Olá, estudante! Está preparado para mais um tema de aprendizagem em nossa disciplina de Administração financeira e orçamentária? Por tudo que aprendemos, já deve ter ficado claro que é fundamental para uma empresa a geração de lucros, não é mesmo? Quando a empresa precisa de recursos para fazer investimentos, mas não os possui? A capacidade de uma organização em obter financiamento adequado pode determinar seu sucesso ou fracasso. Nesse contexto, compreender as diversas formas de financiamento disponíveis é essencial para os futuros profissionais que aspiram atuar no mundo dos negócios.
É importante que você, enquanto estudante do curso Técnico em Administração, aprenda as formas de financiamento de uma empresa, considerando a combinação de fontes e os impactos delas na sua estrutura de capital, o que envolve equilibrar dívida e capital próprio para otimizar a relação risco-retorno e maximizar o valor para os acionistas. A compreensão das regulamentações e requisitos legais relacionados ao financiamento é crucial para evitar problemas legais no futuro.
No mercado de trabalho, o conhecimento adquirido sobre formas de financiamento tem aplicações significativas. Empreendedores poderão tomar decisões mais bem informadas sobre como financiar seus negócios, seja buscando capital de risco para empresas ou optando por financiamento tradicional para empreendimentos mais estáveis. Dessa forma, profissionais envolvidos na gestão financeira de empresas terão a capacidade de estruturar o financiamento de forma a otimizar a estrutura de capital e gerenciar os riscos associados a diferentes fontes de financiamento.
Se você é uma pessoa que tem interesse em trabalhar futuramente nessa área, ao estudar sobre a forma de financiamento das empresas, será capaz de oferecer orientação personalizada, auxiliando-as a escolherem as melhores opções de financiamento de acordo com suas necessidades e metas, especialmente quando se fala em financiamento por meio de emissão de ações ou debêntures (assuntos a serem tratados na lição).
Em nossa lição, vamos aprender algumas formas de financiamento mais utilizadas por grandes empresas, que são a emissão de ações e debêntures. Entre as diversas alternativas de financiamento disponíveis, tais opções se destacaram ao longo dos últimos anos, trazendo consigo uma série de desafios que perpassam diversos aspectos da sociedade.
O que são ações? Já aprendemos que elas representam a menor parte do capital social de uma empresa, são frequentemente utilizadas como forma de captar fundos por meio da venda dessas partes a investidores. Esse processo proporciona à empresa a oportunidade de adquirir capital para financiar projetos e expansões.
O que são debêntures? Essa forma de financiamento representa um título de dívida que é emitido por empresas e oferecem uma alternativa em que investidores se tornam credores, recebendo juros ao longo do tempo.
A escolha entre ações e debêntures depende das necessidades e estratégias da empresa. Empreendimentos em fase de crescimento e expansão tendem a optar por ações, buscando capital para financiar inovações e investimentos, enquanto empresas consolidadas podem recorrer às debêntures para obter financiamento sem ceder parte do controle acionário. Entretanto, como você já deve estar atento ao complexo mundo empresarial, essas opções de financiamento não estão isentas de desafios. Ao emitir ações, as empresas podem enfrentar dificuldades em manter a independência nas decisões, uma vez que a entrada de acionistas implica na partilha de poder de decisão. Além disso, há o desafio de gerenciar as expectativas de acionistas em relação a resultados financeiros e dividendos.
No caso das debêntures, embora não haja diluição do controle acionário, há a obrigação de pagamento de juros e a necessidade de cumprir os termos do contrato, o que pode impactar a flexibilidade financeira da empresa. Além disso, o risco de inadimplência pode prejudicar a reputação da organização e afetar sua capacidade de captação futura.
Do ponto de vista econômico, as emissões de ações e debêntures podem influenciar o mercado de capitais, afetando os preços dos ativos e a percepção dos investidores sobre o desempenho das empresas. Além disso, essas decisões também têm implicações políticas, já que o mercado de capitais é frequentemente regulado pelo governo para assegurar a transparência e a confiança no sistema.
Dentro do contexto da lição, que é entender as formas de financiamento das empresas, um case de uma experiência real pode ser uma boa forma de abordarmos e compreendermos o tema, não é mesmo? Por isso, vamos falar da TechInova, uma empresa de tecnologia sediada em uma cidade do Vale do Silício, que iniciou sua jornada como uma startup promissora, desenvolvendo aplicativos inovadores para solucionar desafios do dia a dia. Com uma equipe talentosa e uma visão clara, a empresa logo ganhou reconhecimento no mercado e atraiu a atenção de investidores interessados em apoiar sua expansão. No momento crucial em que a TechInova se deparou com a decisão de como financiar seu crescimento, os fundadores enfrentaram um dilema: eles poderiam optar por uma abordagem mais conservadora, buscando empréstimos bancários para financiar sua expansão gradual, ou poderiam ousar abrir seu capital por meio da emissão de ações na bolsa de valores.
Conscientes das oportunidades e riscos envolvidos, os fundadores decidiram pela segunda opção, apostando na capacidade da TechInova de atrair investidores entusiasmados com sua visão. O processo de abertura de capital trouxe consigo uma série de desafios, pois a empresa precisou passar por um rigoroso processo de auditoria, aprimorar sua governança corporativa e atender aos requisitos regulatórios exigentes para ingressar no mercado de ações. No entanto, esses esforços valeram a pena, dado que a TechInova realizou uma oferta pública inicial bem-sucedida, captando um montante significativo de recursos que impulsionaram sua expansão e pesquisa e desenvolvimento.
O sucesso na abertura de capital permitiu à TechInova investir em novos projetos, contratar talentos adicionais e expandir sua presença global. A visibilidade obtida no mercado de ações também atraiu investidores institucionais e individuais que compartilhavam a visão da empresa, gerando um círculo virtuoso de confiança e crescimento contínuo.
Portanto, esse case nos mostra que a TechInova é um exemplo de como a escolha pela abertura de capital por meio da emissão de ações pode ser uma estratégia poderosa para alcançar o crescimento e o sucesso. A decisão de enfrentar os desafios da abertura de capital foi recompensada com um aumento substancial no capital, alcance e visibilidade. Ao analisar esse caso, você, estudante, pode adquirir um bom conhecimento sobre a complexidade das formas de financiamento e a maneira como elas podem impactar o destino e a influência das empresas no mercado e na sociedade.
Hoje, vamos aprofundar nossos conhecimentos nas formas de financiamento das empresas, possibilidade essa que é de grande importância para elas, principalmente para as que não possuem os recursos necessários para realizarem os investimentos que desejam ou que precisam. Existem diversas formas de empréstimos, como as linhas de crédito, o financiamento de capital de giro e o financiamento de investimento, que são algumas estratégias fundamentais para impulsionar o desenvolvimento empresarial e são cruciais para permitir que as empresas ajam com rapidez e confiança diante de desafios e oportunidades. Ao terem acesso imediato a recursos financeiros previamente aprovados, as empresas podem manter operações contínuas, expandir suas atividades e explorar investimentos estratégicos mesmo em momentos de incerteza econômica.
As chamadas linhas de crédito representam acordos estabelecidos entre instituições financeiras e empresas para fornecer uma reserva de recursos que pode ser utilizada de acordo com as necessidades do negócio. Essas linhas de crédito podem ser rotativas, o que significa que o montante utilizado é reembolsado e pode ser reutilizado, ou não rotativas, em que o valor é disponibilizado uma única vez. As linhas de crédito proporcionam flexibilidade às empresas ao permitirem que elas respondam rapidamente a demandas sazonais (que não são constantes) em momentos de crises ou oportunidades de crescimento, sem a necessidade de passar por longos processos de aprovação de empréstimos a cada vez.
O financiamento de capital de giro, por sua vez, está direcionado à cobertura das despesas operacionais diárias, como salários, aluguel, matéria-prima e outros custos essenciais para manter a empresa funcionando. O capital de giro é vital para garantir a continuidade das operações e evitar interrupções que possam prejudicar a eficiência e a reputação da empresa, pois oferece à empresa a liquidez necessária para enfrentar desafios temporários de fluxo de caixa e se manter estável, mesmo em momentos de incerteza econômica (GUIMARÃES, 2023).
Já o financiamento de investimento é direcionado a projetos de longo prazo que visam expandir ou aprimorar as operações da empresa. Isso pode incluir a aquisição de ativos (lembra do lado direito do balanço patrimonial?), expansão de instalações, desenvolvimento de novos produtos ou entrada em novos mercados. O financiamento de investimento é fundamental para o crescimento sustentável, pois permite que as empresas explorem oportunidades que, embora possam requerer investimentos significativos inicialmente, podem gerar retornos substanciais ao longo do tempo. É comum que esses tipos de financiamento tenham prazos mais longos e taxas de juros favoráveis, dado o potencial de retorno para a empresa (GUIMARÃES, 2023).
É fundamental enfatizar que a utilização dessas formas de financiamento requer uma gestão financeira responsável, pois assim como há casos de sucesso, também existem casos em que o uso excessivo de linhas de crédito levou a problemas financeiros significativos. Portanto, a avaliação criteriosa das necessidades é uma estratégia sólida para a utilização e reembolso dos fundos são essenciais para colher os benefícios a longo prazo das linhas de crédito.
Entre as modalidades de captação de recursos, existem algumas formas amplamente conhecidas e utilizadas pelas empresas, as chamadas ações e debêntures, visto que tais modalidades são opções estratégicas que proporcionam acesso ao capital necessário para a empresa. Esses instrumentos de financiamento desempenham papéis distintos, mas complementares no arsenal das empresas para garantir sua viabilidade e competitividade. Vamos aprender mais sobre isso?
A emissão de ações é uma maneira pela qual as empresas podem levantar fundos diretamente dos investidores, em troca de uma participação acionária na empresa. Quando uma empresa opta por emitir ações, ela divide sua propriedade em unidades que podem ser adquiridas por investidores no mercado financeiro. Esses investidores – agora acionistas – compartilham os riscos e recompensas do empreendimento, uma vez que se tornam sócios (é como se o investidor acionista tivesse direito a uma parte da empresa, mesmo que muito pequena) (CVM, 2014).
Como funciona a captação de recursos via emissão de ações? O processo de emissão de ações começa com a decisão da empresa de aumentar seu capital social. Essa decisão é frequentemente impulsionada pela necessidade de financiar seus projetos, como expansão para novos mercados, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos ou aquisições estratégicas, que somente serão possíveis se a empresa conseguir recursos financeiros. Ao emitir ações, a empresa coloca esses títulos no mercado de capitais, onde investidores interessados podem adquiri-los.
A emissão de ações é uma estratégia que pode ocorrer por meio de uma Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) ou de Ofertas Subsequentes (follow-on). No caso de um IPO, a empresa disponibiliza suas ações pela primeira vez ao público, permitindo que investidores comuns participem da aquisição. Já as ofertas subsequentes envolvem a emissão adicional de ações por parte de empresas já listadas em bolsa.
As empresas utilizam os recursos obtidos com a emissão de ações para financiar suas iniciativas de investimento. Esse capital pode ser direcionado para a expansão de instalações, o desenvolvimento de produtos inovadores, o fortalecimento da infraestrutura tecnológica ou aquisições estratégicas. Ao abrir seu capital para investidores externos, as empresas podem acessar fundos significativos e alavancar sua posição no mercado.
Vamos a um exemplo para compreender melhor?
Imagine que você é dono de uma empresa e sabe que seu mercado consumidor está crescendo, mas sua atual estrutura é incapaz de proporcionar a você aumento de produção, o que você pode fazer?
Nesta situação, caso sua empresa se adeque às exigências mínimas, você pode fazer uma pesquisa de mercado para identificar o valor de sua empresa, por exemplo R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e fazer uma oferta pública de ações de 10.000 (dez mil) ações. Assim, cada ação vai valer R$ 100,00 e você terá os R$ 1.000.000,00 para investir, porém a partir disso, sua empresa passa a ter vários sócios.
Muitas empresas que você talvez conheça utilizam desse instrumento de financiamento para obter recursos. Por exemplo, a Amazon, em 1997, captou cerca de 54 milhões de dólares, a empresa que era uma livraria on-line, utilizou os fundos para expandir seus horizontes, diversificar produtos e serviços, o que fez com que hoje ela se transformasse em uma gigante do comércio eletrônico que abrange desde e-books até nuvem computacional. Outro notório exemplo foi o próprio Google (esse com certeza você conhece) que, em 2004, fez uma IPO e conseguiu arrecadar mais de 1,6 bilhão de dólares, o que permitiu à empresa expandir sua busca para inúmeras áreas, desde publicidade até dispositivos móveis e sistemas operacionais, tornando-a sinônimo de pesquisa on-line e inovação tecnológica. Por fim, o próprio Facebook que, em 2012, por meio de uma IPO, arrecadou 16 bilhões de dólares e consolidou a era das mídias sociais.
Outra estratégia de captação de recursos é a emissão de debêntures. Ao contrário das ações, as debêntures representam títulos de dívida emitidos por empresas com a promessa de pagamento de juros e o reembolso do valor principal no vencimento do título. Elas são adquiridas por investidores que buscam receber retornos regulares em troca do empréstimo concedido à empresa emissora (CVM, 2014).
A emissão de debêntures permite que as empresas obtenham financiamento sem ceder participação acionária e isso pode ser especialmente atraente para empresas que desejam manter o controle de suas operações enquanto buscam recursos para projetos específicos. É similar a uma ação, porém, ao ter acesso ao recurso, a empresa não terá aumentado o número de sócios, apenas irá contrair uma dívida a ser paga com juros.
As debêntures podem ser emitidas em diferentes modalidades, como debêntures simples, conversíveis ou com incentivos fiscais, oferecendo flexibilidade às empresas e investidores (CVM, 2014).
Como apontado anteriormente, ao comprar uma debênture, o investidor empresta dinheiro à empresa emissora em troca de juros regulares e o pagamento do valor principal no vencimento do título (a amortização). Esse mecanismo permite que as empresas obtenham financiamento sem diluir sua propriedade e controle acionário, ou seja, sem perder o comando direto das decisões.
Uma das principais vantagens das debêntures é sua flexibilidade, pois as empresas podem adaptar as características desses títulos as suas necessidades, definindo prazos, taxas de juros, formas de pagamento e até mesmo cláusulas de conversão em ações. Essa customização oferece às empresas a oportunidade de ajustar as debêntures de acordo com seu perfil e os interesses dos investidores. Entre os tipos de debêntures existem as simples, as conversíveis, as não conversíveis, as incentivadas e as com garantia real (CVM, 2014).
As debêntures simples são a forma mais básica desse título de dívida. Elas não possuem cláusulas especiais ou conversão em ações, o que as torna atrativas para empresas que buscam financiamento com menor complexidade e custo. Dessa forma, investidores que desejam uma opção de renda fixa direta também podem se beneficiar dessas debêntures, já que elas oferecem uma estrutura mais simples (CVM, 2014).
Debêntures conversíveis concedem aos detentores o direito de convertê-las em ações da empresa emissora após um período determinado. Esse tipo de debênture é atraente tanto para investidores quanto para empresas, visto que investidores podem potencialmente se beneficiar da valorização das ações, enquanto as empresas podem utilizar as debêntures conversíveis como uma forma de atrair investidores e até mesmo fortalecer seu capital próprio (CVM, 2014).
A categoria de debênture não conversível em ações, como o próprio nome diz, são aquelas que não podem ser convertidas em ações da empresa emissora. No entanto, elas possuem algumas características únicas, como a possibilidade de serem subdivididas em diferentes tipos, como debêntures simples e debêntures incentivadas, dependendo das características específicas do título. Essas debêntures oferecem uma opção direta de dívida, permitindo às empresas captarem recursos sem diluir sua propriedade (CVM, 2014).
No Brasil, as debêntures incentivadas são uma modalidade especial que oferece benefícios fiscais tanto para as empresas emissoras quanto para os investidores. Essas debêntures são voltadas para projetos de infraestrutura, como estradas, portos e energia e visam estimular investimentos nessas áreas críticas para o desenvolvimento do país (os chamados investimentos de mais longo prazo). Os investidores podem aproveitar a isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos, enquanto as empresas têm acesso a fontes de financiamento vantajosas (CVM, 2014).
Nessa modalidade de debênture, um ativo da empresa emissora é oferecido como garantia aos investidores, o que aumenta a segurança para os investidores, já que, em caso de inadimplência (não pagamento), eles têm direito sobre o ativo garantido. Essa modalidade pode atrair investidores que buscam uma opção mais segura e as empresas podem oferecer debêntures com taxas de juros mais atrativas devido à garantia (CVM, 2014).
Assim como as ações, diversas empresas utilizam a captação de recursos via debênture, especialmente empresas de infraestrutura, como concessionárias de rodovias e empresas de energia, que necessitam de financiamento de longo prazo para grandes projetos, além de setores de tecnologia e inovação, como a Apple, que emitiu debêntures para financiar suas operações e projetos de pesquisa e desenvolvimento.
O que deve ficar claro de início é que tanto a emissão de ações quanto a emissão de debêntures oferecem vantagens para as empresas. A emissão de ações permite que as empresas compartilhem riscos e recompensas com um grupo diversificado de investidores (mas sem ter que fazer pagamento do valor obtido acrescido dos juros), enquanto a emissão de debêntures oferece uma alternativa de captação de recursos baseada em dívida (mas sem ter que adquirir sócios). A escolha entre essas opções depende das metas da empresa, sua estrutura de capital e sua avaliação dos custos e benefícios associados.
É importante ressaltar que, ao optar por qualquer uma dessas estratégias, as empresas devem considerar cuidadosamente as consequências em termos de governança corporativa, obrigações financeiras e impacto no relacionamento com investidores. A transparência e a comunicação eficaz são essenciais para manter a confiança dos investidores e maximizar o potencial de financiamento.
No encerramento desta exploração das formas de financiamento empresarial, as emissões de ações e debêntures são modalidades de ampla utilização no cenário financeiro das empresas, principalmente entre as empresas de grande porte e de capital aberto. Como espero ter ficado claro ao longo da lição, as ações representam parcelas de propriedade e permitem a entrada de investidores como acionistas, de modo que ao comprar uma ação, o comprador se torna sócio da empresa, o que não se verifica com as debêntures, visto que elas apenas representam títulos de dívida com promessas de pagamento de juros, ou seja, a empresa consegue o recurso financeiro, mas sem ter que perder seu poder de comando (pagando ao invés de lucros, juros).
A emissão de ações proporciona aos investidores a participação na propriedade da empresa, transformando-os em acionistas, o que fornece não apenas capital, mas também divide os riscos e benefícios da empreitada. A gigante do comércio eletrônico, a Amazon, por exemplo, emitiu ações para financiar suas operações e atrair investidores alinhados com sua visão de inovação e, como podemos ver atualmente, essa forma de captação de recurso foi de grande sucesso. Agora, quando pensamos em debêntures, como visto na lição, elas representam títulos de dívidas emitidos por empresas para, da mesma forma que ações, obterem recursos financeiros. No entanto, investidores que adquirem debêntures emprestam dinheiro à empresa e recebem juros em troca.
Após a lição, você está apto a identificar as possibilidades de escolha entre ações e debêntures. A emissão de ações pode diluir a participação dos acionistas existentes, ou seja, deixa de ter poucos para ter muitos proprietários, enquanto a emissão de debêntures acarreta o pagamento de juros, mas sem aumento do número de sócios. No entanto, a emissão de ações pode atrair investidores comprometidos com a visão da empresa, enquanto as debêntures possibilitam a captação de recursos sem diluir a propriedade.
Conhecer esses tipos de financiamento é importante para você, técnico em administração, pois a realidade do mercado é determinante na tomada de decisões e, em períodos de instabilidade, a emissão de ações pode ser arriscada, uma vez que a avaliação das ações pode flutuar amplamente, já as debêntures podem ser atrativas para investidores em busca de retornos estáveis, especialmente quando as taxas de juros estão em níveis reduzidos.
Para aprofundamento do conhecimento, vamos fazer um desafio? Esse desafio será dividido por partes. Na primeira etapa, faça uma pesquisa explorando as opções de financiamento que vimos na presente lição (financiamento por capital próprio, financiamento por dívida, empréstimos bancários, emissão de ações e debêntures). Após essa pesquisa, compare as vantagens e desvantagens de cada opção, considerando fatores como controle, custo e risco.
Após identificar os fatores de custo e riscos, escolha uma empresa real que tenha passado por mudanças significativas em sua estrutura de financiamento, podendo ser uma empresa que tenha adotado uma abordagem inovadora de financiamento para sustentar seu crescimento ou que tenha enfrentado desafios devido a decisões financeiras inadequadas. Analise as estratégias que a empresa escolheu e os resultados que alcançou.
Após isso, faça um balanço do que foi identificado no caso anterior e tente aplicar no seguinte caso hipotético de um empreendedor que deseja criar uma empresa voltada para tecnologia (com elevados custos com mão de obra e maquinário). Pergunte a si mesmo: quais seriam as opções de financiamento viáveis para essa empresa? Como as decisões de financiamento poderiam influenciar seu crescimento inicial e sua capacidade de competir no mercado?
Por fim, com base em sua pesquisa, crie uma síntese que destaque as principais lições aprendidas sobre as formas de financiamento empresarial! Este desafio de pesquisa permitirá que você explore profundamente o mundo complexo do financiamento empresarial, compreendendo de forma prática suas características, desafios e oportunidades de forma que, ao final, você terá desenvolvido uma compreensão abrangente das estratégias de financiamento e estará mais bem preparado para enfrentar os desafios do mundo dos negócios.
O resultado dessa atividade pode ser compartilhado com os colegas da sala em um momento oportuno! Bons estudos!
CVM. Mercado de valores mobiliários brasileiros. 3. ed. Rio de Janeiro: Comissão de Valores Mobiliários, 2014.
GUIMARÃES, E. C. Capital de giro e investimento: a relação entre a duração do ciclo operacional e as restrições financeiras ao investimento das empresas industriais com capital aberto no período de 2007-2020. Uberlândia: UFU, 2023.