Caiçara do Norte

Lei Orgânica do Município     Hino

Dados Gerais

Gentílico: caiçarense do norte 

Fundação: 16 de julho 

Emancipação: 

População estimada [IBGE 2021] :  6.572  pessoas  

População no último censo [IBGE 2010]:  6.016   pessoas  

Densidade demográfica [IBGE 2010] :  31,74   hab/km²  

Área Territorial [IBGE 2020] :  225,633 Km²

Bioma: Caatinga 

Clima:  

Mesoregião [IBGE 2020] :  Central Potiguar  

Microregião [IBGE 2020] :  Macau 

Latitude: 

Distância de Natal

Distância dos municípios circunvizinhos:

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Caiçara, pelo Decreto-lei Estadual n.º 2.347, de 31-12-1958, subordinado ao município de São Bento do Norte.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o distrito de Caiçara figura no município de São Bento do Norte.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 17-1-1991.

Elevado à categoria de município com a denominação de Caiçara o Norte, pela Lei Estadual n.º 6.451, de 16-07-1993, desmembrado de São Bento do Norte. Sede no atual distrito de Caiçara do Norte (ex-Caiçara). Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1997.

Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2018. 

História

Por volta do ano 1000, a região, assim como a maior parte do litoral brasileiro, foi invadida por povos tupis procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os originais habitantes tapuias para o interior do continente. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus (franceses e portugueses) à região, ela era ocupada pela tribo tupi dos potiguaras. No século XVIII, a economia da região se baseava na extração de sal, na pesca, na criação de gado e na agricultura. Em 1844, o missionário frei João da Purificação orientou a construção da capela de santo Antão. Em 1847, a localidade foi elevada à condição de distrito pertencente a Touros. No ano seguinte, ganhou sua primeira escola. Era zona de pescarias de peixe-voador. O nome original da povoação era "Baixa Verde". Em 1912, a povoação foi invadida pela areia das dunas, forçando a transferência do povoado. O núcleo antigo passou, então, a ser chamado de "Caiçara, a velha", na praia atlântica. A nova povoação é a vila atual. A sua atual capela de Santo Antão é de 1915. Passou a pertencer a São Bento do Norte pelo decreto-lei de 31 de outubro de 1938. Pela Lei nº 6 451, de 16 de julho de 1993, Caiçara do Norte recebeu status de município.

Em Caiçara do Norte, estão cadastrados, na colônia de pescadores, 300 barcos e 1200 pessoas atuando na atividade pesqueira, com destaque para a pesca do peixe-voador. Essa espécie de peixe é tão abundante no local que sua venda é usualmente tratada por milheiro. E cada milheiro, com cerca de 142 quilos, é vendido por 40 reais. A sua produção em 1998 foi de 1100 toneladas. Por conta do fenômeno El Niño, em 1999, a produção caiu para 700 toneladas. Sendo, um dos recordistas, Epaminondas Quirino da Paz, de 77 anos, com 18 milheiros. Caiçara do Norte é, ainda, tida como um sítio de alimentação de outras espécies de peixe, como a sapuruna ou xira, agulhinha-preta, agulhinha-branca, dourado e a sardinha-laje .

O primeiro proprietário da região salineira chamada Caiçara foi o Sargento-Mor Bento Gomes da Rocha. Em março de 1734, seu filho, o Capitão Inácio Gomes da Câmara tomou posse de três léguas de terras, que começavam no setor chamado Três Irmãos, estendendo-se até Água Maré e alastrando-se pelo sertão.

O povoamento de Caiçara foi crescendo e já na metade do século XVIII começou a dar sinais de desenvolvimento a partir do trabalho nas salinas e na pesca, da criação de gado e de várias plantações espalhadas pelas redondezas.

No ano de 1844, o missionário frei João da Purificação comandou a construção da Capela de Santo Antão Abade. As pedras usadas na construção da capela vieram da Ponta da Santa Cruz e a imagem, de acordo com os moradores mais antigos, pode ter vindo da Itália ou ter sido encontrada numa embarcação naufragada.

Em 1847, Caiçara foi elevada à condição de distrito de Touros, ganhando sua primeira escola no ano seguinte. O distrito tinha uma extensa rua, construída em sentido paralelo à chamada pancada do mar, ladeada de estaleiros improvisados, que serviam para salgar e secar o pescado.

Caiçara teve sua vida normal e em desenvolvimento até o ano de 1912, quando sofreu a invasão das areias das dunas, ficando praticamente soterrada. Com a Capela de Santo Antônio Abade sendo atingida pelas areias, a imagem do santo foi transferida, sob a coordenação do Padre João Clemente, para um prédio na localidade de São Bento. 

Fonte:

CASCUDO, Luís da Câmara. Nomes da terra: história, geografia e toponímia do Rio Grande do Norte. Natal: Fundação José Augusto, 1968. 

https://caicaradonorte.rn.gov.br/pages/historico

Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte. Perfil do seu município: Caiçara do Norte. IDEMA, 2008. Disponível em: http://adcon.rn.gov.br/ACERVO/idema/DOC/DOC000000000016647.PDF. Acesso em: mar. 2018.