Dados Gerais

Gentílico: alexandrinense 

Fundação: 7 de novembro

Emancipação:

População estimada [IBGE 2021] : 13.529  pessoas  

População no último censo [IBGE 2010]:  13.507  pessoas  

Densidade demográfica [IBGE 2010] :  35,43  hab/km²  

Área Territorial [IBGE 2020] :  381,205  Km²

Bioma: Caatinga  

Clima: 

Mesoregião [IBGE 2020] :  Oeste Potiguar

Microregião [IBGE 2020] :  Pau dos Ferros

Latitude: Situado a 303 metros de altitude, Latitude: 6° 24' 15'' Sul, Longitude: 38° 0' 35'' Oeste.

Distância de Natal:  369 KM

Distância dos municípios circunvizinhos: nas proximidades de Alexandria no RN: Várzea (10.1 km); outros municípios vizinhos: Pilões (15.6 km), Tenente Ananias (19.7 km), Marcelino Vieira (21.4 km), Serrinha dos Pintos (23.3 km), Antônio Martins (23.5 km), João Dias (28 km), José da Penha (31.3 km), Paraná (33.4 km), Frutuoso Gomes (33.5 km), Rafael Fernandes (33.5 km), Major Sales (34.1 km), Martins (37 km), Riacho de Santana (37.6 km).  Vizinhos na Paraíba: Brejo dos Santos (20.7 km), Santa Cruz (14.5 km), Lagoa (21.4 km).

Formação Administrativa - base legal


Por meio de lei datada de 12.11.1913, a Intendência Municipal de Martins atribuiu à povoação da Barriguda a denominação de Alexandria.

Por meio da Lei nº 572, de 3 de dezembro de 1923, o então governador Antonio José de Mello e Souza elevou a povoação de Alexandria à categoria de vila, mantendo a denominação.

Elevado à categoria de vila com a denominação de João Pessoa (ex-povoado), pelo Decreto Estadual, n.º 10, de 07-11-1930, desmembrado dos municípios de Pau dos Ferros e Martins. Instalado em 15-11-1930.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído do distrito sede.

Elevado à condição de cidade e sede municipal com a denominação de Alexandria, pela Lei Estadual, n.º 19, de 24-10-1936.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município já denominado Alexandria é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950.

Pela Lei Estadual n.º 897, de 18-11-1953, é criado o distrito de Tenente Ananias Gomes (ex-povoado) e anexado ao município de Alexandria.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 2 distritos: Alexandria e Tenente Ananias Gomes.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

Pela Lei Estadual n.º 2.775, de 10-05-1962, é criado o distrito de João Dias e anexado ao município de Alexandria.

Pela Lei Estadual n.º 2.771, de 10-05-1962, é criado o distrito de Pilões (ex-povoado) e anexado ao município de Alexandria.

Pela Lei Estadual n.º 2.846, de 26-03-1963, é desmembrado do município de Alexandria o distrito de Tenente Ananias Gomes. Elevado à categoria de município com a denominação de Tenente Ananias.

Pela Lei Estadual n.º 2.905, de 20-08-1963, é desmembrado do município de Alexandria o distrito de Pilões. Elevado à categoria de município.

Pela Lei Estadual n.º 2.930, de 24-09-1963, é criado o distrito de Rosário e anexado ao município de Alexandria.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Alexandria e Rosário.

Pela Lei Estadual n.º 2.904, de 02-08-1963, é desmembrado do município de Alexandria o distrito de João Dias. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2018. 

História

O documento mais antigo alusivo à existência humana no atual município de Alexandria foi descoberto pelo historiador Dr. Antonio Fernandes Mousinho, na última década de 50. Trata- se de um velho tombo de demarcação, no qual, às fls. 13 e verso, em 26.09.1759, o preto alforriado José da Costa, analfabeto, pondo a mão direita sobre os santos evangelhos e jurando falar a verdade, afirmou contar a idade de 63 anos e morar na Fazenda Barriguda.

Após profundas, criteriosas e reiteradas pesquisas junto a diversos documentos do Século XVIII, o advogado George Veras concluiu que a razão mais consentânea da primitiva denominação do lugar – Barriguda – deriva da serra localizada nas encostas da cidade. Há mais de duzentos e cinquenta anos, a pedra já era conhecida como Serra Barriguda, devido a sua parte frontal apresentar semelhança com o estado de uma mulher durante a gestação.

Então, sendo Serra Barriguda, e não Serra da Barriguda, a correta denominação da grande pedra que emoldura toda a cidade de Alexandria, inteira razão há para se atribuir ao mesmo acidente geográfico a origem da primeira denominação do lugar.

A título de registro, convém mencionar que outra versão vincula a denominação à suposta existência, no olho d’água perene da serra, de uma árvore conhecida como Pé de Barriguda, da família das bombacáceas (Cavanilesia arborea), onde os boiadeiros e demais pessoas que transitavam pelo local voltariam suas atenções para o olho d’água e a árvore, indo dar de beber aos seus animais e desfrutar da sombra do Pé de Barriguda.

Por meio de lei datada de 12.11.1913, a Intendência Municipal de Martins atribuiu à povoação da Barriguda a denominação de Alexandria, homenageando, assim, a senhora Alexandrina Barreto Ferreira Chaves, esposa do então Desembargador e Senador Joaquim Ferreira Chaves Filho, ex-governador do Estado e, na época, recém-eleito para chefiar, pela segunda vez, o Poder Executivo Potiguar.

Por meio da Lei nº 572, de 3 de dezembro de 1923, o então governador Antonio José de Mello e Souza elevou a povoação de Alexandria à categoria de vila, mantendo a denominação.

Como consequência do desenvolvimento do lugar,  o então Presidente Interino Revolucionário do Rio Grande do Norte, Irineu Joffily, editou o Decreto nº 10, de 7 de Novembro de 1930, criando o Município, com a denominação de João Pessoa, em homenagem ao líder político da Paraíba, assassinado em julho do mesmo ano. O decreto instituiu como sede do município a então Vila de Alexandria, que também passou a ser denominada de João Pessoa, criando-se, ainda, o Distrito Judiciário, integrante da Comarca de Martins.

Constituído por partes dos territórios de Martins, do qual era integrante, e Pau dos Ferros, o Município de João Pessoa foi instalado em 15 de novembro de 1930, ocasião em que foi nomeado e empossado seu primeiro prefeito, o senhor Noé Muniz Arnaud.

Seis anos após a criação do Município com a denominação de João Pessoa, foi restabelecido o nome Alexandria, concomitantemente com a elevação da Vila à Cidade, por iniciativa do Deputado Estadual João Marcelino de Oliveira, autor de proposição transformada na Lei nº 19, de 24.10.1936, sancionada pelo Governador Rafael Fernandes.

A mudança ocorreu com o objetivo de evitar as constantes confusões postais e comerciais com a capital paraibana, vez que a identidade de nome entre ambas as localidades provocava atrasos e extravios nas correspondências e mercadorias dirigidas à então Vila, as quais eram remetidas, antes, à homônima do vizinho Estado.

Fonte:

CASCUDO, Luís da Câmara. Nomes da terra: história, geografia e toponímia do Rio Grande do Norte. Natal: Fundação José Augusto, 1968. 

RNonline. Guia de municípios. Disponível em: http:\\cbugi.globo.com/rnonline/mun_resp_int. asp?codigo_cidade=4. Acesso em: 17 fev. 2004


www.cidade-brasil.com.br