Cultivar e Amar

Há duas coisas...

que nos impelem a buscar a Shalom da cidade (Jr29.7): o mandato cultural e o mandamento de amar o próximo. Deus nos diz para guardar e cultivar sua criação e isso não muda porque deixamos o Jardim. Deus também diz que devemos amar o próximo. Logo, não guardamos e cultivamos para nós mesmos, mas sim para benefício de todos. Trabalhamos para o Bem Comum.

Jeremias não disse ao povo “transformem a Babilônia para que fique parecida com Jerusalém” ou “dominem a Babilônia e derrotem seus inimigos”. Ele diz ao povo que busque a paz da cidade. A shalom: a totalidade do bem-estar de uma comunidade. É ter 3 tipos de relacionamentos restaurados: entre as pessoas, entre nós e a criação e entre nós e Deus.

"Portanto, Jesus é nosso exemplo do que significa cumprir o mandato cultural. Ele nos mostra o que isso significa num mundo fragmentado e violento: a forma dessa imagem será cruciforme. Refletir a imagem de Deus para este mundo que hoje habitamos - este mundo ‘entre tempos’, suspenso no ‘já’ do anúncio do Reino por Jesus e no ‘ainda não’ de sua consumação - requer que sigamos a perfeição com que Jesus porta a imagem de Deus como novo Adão, algo que se manifestou, não pela conquista triunfante do mundo, mas pelo seu sofrimento submisso pelo mundo.” James K A Smith, em Desejando o Reino

O estilo único de El Grego destaca o sofrimento do Apóstolo Pedro e a interpretação de Waterhouse do martírio de Santa Eulália como pintura histórica nos faz considerar os diferentes contextos socioculturais que os santos viveram.

Podemos tomar como exemplo as virtudes dos mártires que, seguindo a Cristo, tomaram a sua cruz e amaram a Deus e ao próximo. Eles nos mostram como podemos deixar a cidade terrena e seus amores desordenados, a Babilônia, para habitar a cidade celeste.