O trabalho desenvolvido é amplo e procura impactar além da criança, também os seus familiares e agressores. Iniciaram o trabalho em Santo Amaro (região sul da cidade de São Paulo), oferecendo 20 vagas a um abrigo da região sul. De imediato, observou-se que não bastaria atender apenas às crianças ou adolescentes que chegavam ao serviço, mas também à sua família como um todo, e, principalmente, aos responsáveis. Mesmo sendo tratados, os primeiros continuavam dentro de uma dinâmica familiar violenta e/ou incestuosa, muitas vezes reproduzindo (ou revivendo) uma história vivida primeiro por seus responsáveis. O ciclo só se interromperia com uma atenção integral à família toda. De acordo com a experiência adquirida, percebeu-se a necessidade de inclusão de um profissional da área de psicopedagogia no quadro funcional, visto que o número de crianças e adolescentes com bloqueio cognitivo, em decorrência da violência, era significativo.