A anilhagem científica de aves é uma técnica essencial para o estudo das populações de aves selvagens. Consiste na aplicação de uma pequena anilha metálica, com um código único, na pata da ave, permitindo a sua identificação individual ao longo do tempo e do espaço.
Este método não invasivo fornece dados valiosos sobre migração, longevidade, reprodução, dispersão, e dinâmicas populacionais. A anilhagem é fundamental para a conservação, ajudando a detetar alterações nos ecossistemas e a avaliar o impacto de ameaças como a destruição de habitats, alterações climáticas ou a poluição.
O processo é realizado por anilhadores certificados, que capturam temporariamente as aves usando redes apropriadas (redes de neblina). Após a colocação da anilha e a medição de parâmetros biométricos (idade, sexo, músculo, gordura, asa, peso, etc.), as aves são libertadas de imediato. As recapturas posteriores (feitas pelos mesmos ou outros anilhadores ou observadores) permitem construir um histórico da ave.
Em Portugal, a anilhagem científica é coordenada por:
Central Nacional de Anilhagem / CEMPA – Centro de Estudos de Migrações e Proteção de Aves / ICNF
https://www.icnf.pt/conservacao/especies/aves/cempa
Responsável pela coordenação nacional da anilhagem e pela emissão de licenças para anilhadores.
Associação Portuguesa de Anilhadores de Aves
https://apaapt.wixsite.com/apaa
Promove vários projetos com recurso à anilhagem.
A anilhagem é um esforço global coordenado por entidades internacionais, garantindo a uniformidade e partilha de dados:
EURING – European Union for Bird Ringing
https://euring.org
Organiza e integra os dados dos esquemas nacionais de anilhagem da Europa. Portugal é membro através do ICNF.