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02.01.2024
Associado a um novo ano, frequentemente surgem novas metas, desejos e expectativas de que esta etapa seja melhor, ou no mínimo tão boa quanto a anterior. Há quem crie “quadros dos sonhos” para visualizar diariamente aquilo que gostaria de alcançar, há quem tenha um “caderninho de metas”, há quem prefira guardar para si próprio as suas aspirações e há ainda quem não goste de planear nada e se deixe levar pelo que o novo ano lhe trouxer.
Estabelecer algumas metas/objetivos para o novo ano poderá ser vantajoso, na medida em que poderão servir de guia e como compromisso às suas ações. No entanto, deixamos aqui algumas sugestões para refletir e implementar:
Ao definir objetivos, procure alinhá-los com os seus valores (ex: honestidade, empatia, coragem, responsabilidade) para que se sinta mais realizado. Por vezes, há o risco de definir metas que pouco ou nada têm a ver com quem é ou no que acredita, mas antes guiados por “normas culturais” que lhe são impostas, por exemplo. Para alcançar maiores níveis de satisfação com a vida, importa conciliar, ao máximo, os seus valores com os seus objetivos.
Há coisas que irão, inevitavelmente, fugir do seu controlo e poderão adiar ou alterar algum dos seus planos. Ao acontecer, é natural que possa sentir frustração, tristeza e talvez alguma raiva, no entanto, para que possa potenciar o seu bemestar experimente fazer um balanço dessas alterações e seja gentil consigo. Que aprendizagens retirou dessas adversidades?
Não se esqueça: as mudanças ocorrem devagar! Por vezes, o desejo de mudança conduz a uma preocupação quase exclusiva para com os resultados, em detrimento do processo. Lembre-se do puzzle: nem sempre as peças que escolhe vão encaixar à primeira, mas sem tentar não descobrirá a solução. Por tentativa e erro lá chegará.
Atenção aos pensamentos intrusivos! Quando falamos de pensamentos intrusivos, falamos de pensamentos que surgem e provocam desconforto, stress e dúvidas se seremos capazes de alcançar aquilo a que nos propusemos! Surgem pensamentos e questões sobre se temos o que é necessário para seguir um novo caminho, como “Ah, vá lá, não estás à altura disso!"; “Não te estás a esforçar assim tanto”, entre outros que comprometem a nossa autoconfiança e o nosso bem-estar.
Por fim, gostaríamos de terminar com este convite: Abrace e acolha os seus sentimentos de maior fracasso, de insegurança, de insuficiência e outros que perspetive como sendo mais dolorosos. Tal como começar um puzzle, iniciar uma renovação pode parecer assustador e o momento de terminar inatingível! Mas podemos focar-nos no momento presente e peça a peça ir completando este passo desafiante! Além disso, estamos em constante (des) construção. Não é possível querer tudo “para ontem”.
Nos vários contextos/ambientes
Os ambientes/contextos presentes nas nossas vidas têm um grande impacto nas nossa forma de nos relacionarmos com os outros e nas nossas emoções, pensamentos e comportamentos. Vamos falar sobre Red Flags?
Mas o que são Red Flags?
É um termo em inglês usado para designar alerta de atitudes negativas e comportamentos abusivos nos ambientes onde nos inserimos no nosso dia a dia e que podem ser indicadores de perigo para nós.
Muitas vezes nas nossas relações, quer seja num contexto profissional, de amizade ou amoroso não está presente uma comunicação assertiva. Quando se costuma dizer que não há comunicação, não é verdade. Estamos sempre a comunicar, por exemplo através da comunicação não verbal, por meio da nossa postura corporal e das nossas reações.
O silêncio também é uma forma de comunicação! É importante estarmos atentos às emoções que podemos sentir e expressá-las de forma adaptativa.
Se sentirmos que o outro não está a ser claro ou nos está a passar uma mensagem que nos magoa, podemos expressar o impacto que isto tem em nós e impor um limite, não deixando de o dizer. Podemos recorrer a uma comunicação mais assertiva, expressando claramente o que precisamos e o que estamos a sentir! Começar frases com “eu sinto que...”, “na minha opinião...” pode ajudar! Afinal, o objetivo não consiste em atacar o outro, mas sim comunicar eficazmente.
Em muitas áreas da nossa vida procuramos controlar as situações que nos vão surgindo, pois lidar com a insegurança ou a imprevisibilidade pode ser difícil e/ou assustador. Quer seja nas relações amorosas e/ou profissionais, o controlo excessivo pode ser um sinal que a relação não é saudável e nos pode magoar, pode magoar e condicionar a confiança imprescindível para que uma relação prospere!
Em vários dos nossos contextos relacionais, podemos sentir que nos responsabilizamos demais ou que nos pedem demasiado, como se tivéssemos a responsabilidade de fazer o(s) outro(s) feliz(es). Por vezes, no seio familiar, podemos ser cobrados através de expressões como “não fazes nada” ou “não trabalhas o suficiente”. No ambiente profissional podemos ouvir “preciso deste trabalho para ontem”, exigindo horas extraordinárias ou prazos muito apertados. Nas relações amorosas podem também ser-nos transmitidas mensagens como “nunca fazes nada por mim” ou “se gostasses realmente de mim fazias isto”.
Podemos sentir que o/a nosso/a parceiro/a nos pede imenso, desequilibrando o trabalho de cooperação que uma relação requer. Esta cobrança pode não ser saudável. Comunicar os nossos limites e necessidades individuais, assim como sentir que somos ouvidos e respeitados é importantíssimo!
Podemos sentir que por vezes as pessoas à nossa volta não nos respeitam e não se importam com o que sentimos e, até, com a nossa opinião. Face a isto, é normal sentirmo-nos oprimidos, desvalorizados e desiludidos por exemplo. Se em algum ambiente/contexto no seu dia a dia estiver a vivenciar algo semelhante, pode ser necessário falar com alguém em quem confie, ou até mesmo por vezes sair deste contexto tóxico. Não conseguimos mudar os outros, mas podemoss mudar a forma como nos relacionamos com essas partes dos outros e isso muda algo dentro de nós e na forma como nos sentimos.
Mas tendo isto em conta, o que fazer?
O primeiro passo é identificar as Red Flags, e tomar consciência de que estão presentes na sua vida. Estabeleça limites, recorrendo a uma comunicação assertiva.
Procure falar com pessoas da sua confiança sobre o que acontece no seu contexto, para ter outras perspetivas sobre o que possa ser saudável para si.
Sair desse ambiente pode ter de acontecer. É saudável proteger a afastar-se do que manter-se em sofrimento constante e prolongado.
Cuide de si e do seu bem-estar!
Em jeito de conclusão, lembre-se que cada pessoa define os seus limites no contexto das suas relações... Um psicólogo pode ajudar a conhecer-se melhor, às suas necessidades e limites, bem como a comunicá-los de forma eficaz e assertiva! Não está sozinho/a! Estamos aqui para ajudar!
Ao longo do tempo a sociedade foi classificando a adolescência como semi-patológica, cheia de conflitos e uma “fase difícil”. Na verdade, qualquer etapa do ciclo da vida traz consigo novas competências, oportunidades e desafios, mudanças e crises. Tratando-se a adolescência de uma fase de transição e de curso da vida, existem várias mudanças e crises:
“Revolução” nas relações com os pais - necessidade de autonomia vs dependência
Com o aparecimento de novas relações que despertam interesse bem como novas áreas e atividades, é natural que os adolescentes desloquem as relações com os pais para um papel menos preponderante como anteriormente. Se a sociedade observa a adolescência como uma fase perigosa e instável, os pais ao verem os filhos mais ausentes podem ficar mais inseguros. Ocorre um jogo de forças por parte dos pais, querendo a autonomia dos filhos mas mantendo-os por perto. Os adolescentes começam, assim, a criar uma base relacional para o futuro extra família!
Novos papéis sociais
Os jovens também lidam com mudanças em muitas das suas relações sociais. Os grupos de pares são poderosos para a consolidação da identidade ao longo da adolescência. São influenciados direta ou indiretamente pelos outros à sua volta. Aumenta o tempo que passam juntos, ocorrendo uma maior interação que resulta em maior influência. Por vezes até pode ser difícil gerir novas relações, interesses e atividades com os resultados académicos e/ou outros objetivos o que pode provocar desconforto. Muitas vezes quando os adolescentes estão sob pressão podem envolverse em comportamentos menos saudáveis, o que pode influenciar a transição para a vida adulta.
Exploração de relações íntimas e novos papéis sexuais
As relações amorosas também têm um papel fundamental na identidade. Os jovens podem sentirse competentes, desejados, compreendidos e ainda um certo estatuto entre colegas. Novas relações íntimas contribuem expectavelmente para a sua autoestima. É uma altura de descoberta, tanto a nível psicológico (crenças, ideias, ideais e valores) como físico.
Mudanças corporais
Alterações na voz, acne, pelos, barba, menstruação .
Mudanças nos lobos frontais do cérebro
Em funções como autocontrolo, julgamento, regulação emocional, organização e planeamento.
Crises e formação da identidade social e pessoal!
A forma como os adolescentes se relacionam como os outros à sua volta, quem são, e as suas responsabilidades sofrem alterações. Deixam de ter aquela proteção que lhes era assegurada anteriormente por parte de figuras próximas e significativas e começam a agir mais por si póprios e verificando as consequências das suas decisões e comportamentos. Isto pode ser assustador e desafiante!
Planeamento do futuro, dúvidas e incerteza
É perfeitamente expectável surgirem questionamentos e incertezas. Podem surgir pensamentos como “O que quero fazer?”, “Será que estou à altura?”. A saída da escola para a universidade ou para o mercado de trabalho pode levar os adolescentes a questionarem se têm as ferramentas necessárias para atingir os objetivos a que se propõem. Podem aparecer inseguranças difíceis de gerir!
A adolescência é uma jornada única e desafiadora, repleta de mudanças e descobertas. Estamos aqui para oferecer suporte e orientação ao longo desse caminho.
As alterações climáticas detém um forte impacto nos nossos contextos, colocando em risco a continuidade do modo de vida de populações e em última instância, a sobrevivência. Acentua as desigualdades sociais, impactando mais negativamente os grupos de maior vulnerabilidade psicossocial (NSE baixo, idosos, crianças, doenças crónicas, etc.) Vários são os relatos de eco-ansiedade em pessoas mais conscientes para o tópico, destacando-se os jovens, os cientistas e os ativistas, o que tem merecido cada vez mais a atenção de profissionais da psicologia.
Mas afinal, o que é eco-ansiedade?
Eco-ansiedade caracteriza-se por “medo crónico da destruição ambiental” que poderá apresentar diferentes intensidades, desde stress ligeiro a depressão, ansiedade, perturbação de stress pós-traumático, tentativa de suicídio, etc.
Ter eco-ansiedade é “mau”?
As opiniões dividem-se, mas diremos que depende da intensidade. Possuir níveis adaptativos de eco-ansiedade, em que o nosso funcionamento não fique fortemente comprometido devido ao tópico, poderá ser vantajoso, na medida em que nos poderá incentivar a agir e a obter mudanças urgentes! No entanto, em níveis demasiado elevados, poderá comprometer o nosso bem-estar.
As alterações climáticas são reais e cada vez mais visíveis, mas porque não agimos todos?
Existem algumas teorias psicológicas que procuram dar resposta a essa “apatia”, vamos explorar duas: Hipótese de “alarme defeituoso”? Parte do princípio de que os seres humanos desenvolveram a capacidade para responder a ameaças diretas, rápidas, e com impacto visível nas suas vidas. Dado que as mudanças do clima nem sempre têm uma influência direta e rápida no quotidiano, muitas pessoas ignoram-nas, pois não se sentem ameaçadas. Assim sendo, não adotam comportamentos ecológicos, agravando ainda mais a crise climática. Para contrariar esta tendência, o primeiro passo será tomar consciência das ameaças reais provocadas pelas alterações climáticas, auxiliando assim a adoção de comportamentos que reduzam a pegada ecológica em prole do cuidado com a Casa-comum.
Dilema Social: efeito espectador
Envolve um conflito entre interesses individuais e coletivos.
Ex: Pensemos no mundo empresarial. Por um lado, interessa-me lucrar mais dinheiro do que investir em políticas ecológicas (retorno mais imediato), mas por outro lado, seria importante para o planeta - onde também me incluo- haverem regras ambientais mais rígidas. Além disso, como poderei ter a certeza de que os outros empresários, meus concorrentes, irão respeitar as normas? A cooperação e o compromisso para com o que foi acordado/legislado poderá ajudar a superar este dilema.
Com ou sem eco-ansiedade, a verdade é que precisamos de agir coletivamente em prol da proteção do maior contexto que temos- o nosso Planeta! Sem ele, a nossa existência fica ameaçada!
A transição para a parentalidade é uma das mudanças mais significativas durante a vida. Para algumas pessoas, ter um@ filh@ é um grande objetivo/propósito, para outras essa questão não se coloca e seja qual for o seu plano, está tudo certo! O momento da transição para a parentalidade é bastante desafiador e é vivido por cada pessoa de forma única. Assim, há alguns fatores que influenciam este momento, assim como estratégias facilitadoras.
O que influencia a transição para a parentalidade?
Desejo/plano para ser mãe/pai: foi algo planeado e/ou desejado ou aconteceu “sem querer?”
Temperamento e estado de saúde do bebé/criança: temperamento difícil e/ou problemas de saúde associados estão relacionados com maiores exigências físicas e psicológicas no cuidado a esta criança.
Rede social de apoio: “É preciso uma aldeia para educar uma criança”. Apesar do projeto de parentalidade ser seu, a verdade é que poder contar com o auxílio de familiares, amigos, creches e escolas é uma mais valia na adaptação a esta nova realidade.
Forte idealização do meu papel de mãe/pai e do meu filho: pode levar a cobranças excessivas e a níveis elevados de frustração, caso eu não corresponda ao modelo parental que tinha planeado ou se o meu filho não corresponder às minhas expectativas.
Como posso lidar melhor com esta fase de transição?
Autocompaixão: permita-se compreender e acolher que o que está a fazer é o melhor que pode com os recursos que possui neste momento e está tudo bem!
Valide o que está a sentir sem se culpabilizar: cansaço, frustração, tristeza, angústia! Lembre-se de que está a passar por uma mudança muito desafiante e por algo novo e que portanto é normal estar a perceber o que funciona melhor e que esses sentimentos em nada determinam o quão boa mãe/pai é!
Peça ajuda e permita-se descansar e ter momentos de lazer: Delegar tarefas pode ser desafiante porque temos a sensação de que ninguém o fará como nós, no entanto, se não estivermos bem connosco próprios também não conseguiremos ter um papel ativo. Além disso, ver como outros desempenham algumas tarefas pode ser útil para enriquecer as nossas aprendizagens!
Seja flexível e esteja aberto ao que esta fase lhe trará. Não se preocupe em controlar e responder imediatamente a cada acontecimento. Conheça o seu bebé, a sua nova versão e veja o que funciona melhor convosco.
Procure ajuda psicológica: Um profissional de psicologia pode ajudar a ressignificar esta nova fase e dotá-lo de ferramentas úteis em que todo o seu sistema familiar sai beneficiado! Estamos aqui para ajudar!
Body Shaming
Compreender, Gerir e Superar
O Que É o Body Shaming?
Body Shaming refere-se à prática de criticar ou humilhar alguém com base na sua aparência física. Pode incluir comentários negativos sobre o tamanho, forma ou características do corpo, bem como sobre a forma como se veste ou se comporta. Esta forma de agressão pode ocorrer tanto pessoalmente como online, afetando pessoas de todas as idades, géneros e corpos.
Exemplos de Body Shaming:
Externamente:
Comentários como "Estás tão magro/a, devias comer mais", "Essa roupa não é para ti" ou "Precisas de ir ao ginásio".
Internamente:
Pensamentos autodepreciativos como "Deveria ser mais magra", "A minha barriga é horrível" ou "Nunca serei atraente".
Impacto Emocional e Psicológico
O Body Shaming pode fazer-nos sentir envergonhados, magoados e desconfortáveis com a nossa própria imagem. Pode levar a problemas sérios de saúde mental, incluindo:
Baixa autoestima
Ansiedade e depressão
Isolamento social
Distúrbios alimentares
É assim importante...
Aceitação Corporal:
Reconhecer que todos os corpos são diferentes e que a saúde e a beleza vêm em várias formas e tamanhos.
Valorização do Corpo:
Focar-se nas capacidades do nosso corpo, como a sua força e resistência, em vez de apenas na aparência.
Escolhas Saudáveis:
Cuidar do nosso corpo com uma alimentação equilibrada e exercício físico regular, mas fazê-lo pela saúde e bem-estar, não pela pressão estética.
Falar Sobre os Sentimentos:
Conversar com alguém de confiança sobre como nos sentimos pode ajudar a lidar com emoções desagradáveis. .
Autocuidado:
Dedicação a atividades prazeirosas, relaxantes e lúdicas que promovem o nosso bem-estar mental e emocional.
Lembre-se:
Ninguém merece ser julgado ou humilhado pela sua aparência. Respeitar o nosso corpo e o dos outros é fundamental. A verdadeira autoestima vem de dentro, da forma como nos valorizamos como pessoas, não apenas pela nossa aparência física.
Se precisar de ajuda...
Um profissional de psicologia pode ser um aliado importante para trabalhar questões de imagem corporal e autoestima.
As emoções têm uma função essencial na nossa sobrevivência física e psicológica.
Aliás, não só nos ajudaram ao longo da história, como asseguram a qualidade desta sobrevivência. Por exemplo o medo preserva e ajuda-nos a estar alerta para um perigo ou ameaça, de modo a que possamos adoptar o comportamento mais ajustado a cada situação, evitando, lutando, congelando ou até desmaiando perante essa ameaça se for muito intensa.
A verdade é que as emoções têm uma influência preponderante no nosso bem-estar psicológico.
Mas porque não chamamos emoções positivas e negativas?
Não devem a tristeza e o medo e até a raiva serem emoções negativas?
Não, isto porque...
Quando falamos de emoções, estas podem ser adaptativas/saudáveis. Aliás, as emoções acima mencionadas, medo, raiva, tristeza são maioritariamente desagradáveis. Mas mais importante ainda é que estas emoções que consideramos desagradáveis são essenciais para a nossa sobrevivência e bem-estar! Para que o bem-estar seja possível é necessário processarmos as emoções mais associadas à sobrevivência como o medo, tristeza e raiva, atribuindo-lhe um significado e agindo na direcção do que necessitamos.
Para o nosso bem-estar, físico e psicológico precisamos de experienciar e processar da melhor forma, tanto emoções agradáveis (alegria), como desagradáveis (tristeza, raiva, medo, nojo)! Tanto as emoções mais agradáveis de sentirmos como as desagradáveis são adaptativas/saudáveis ou não adaptativas/não saudáveis, dependendo do contexto!
Se calhar uma emoção como a alegria/prazer que se constitui como uma emoção agradável, pode ser não adaptativa se for associada a uma tentativa de magoarmos alguém durante um jogo/treino. Já uma emoção como a tristeza que é desagradável, pode ser extremamente adaptativa se a sentirmos depois de perdermos um jogo, pois tem uma função, ajudando-nos a processar a derrota/insucesso de forma saudável!
Agora que já refletimos um pouco sobre as emoções...
Se calhar é altura de ver como por vezes não as processamos da forma mais adaptativa e deslocamos o que estamos a sentir para o outro no contexto desportivo!
Por vezes deslocamos o que estamos a sentir para os outros. Ou seja, por vezes atletas podem ter tido um dia difícil ou algum desentendimento com alguém. Ao não gerirem da melhor forma as suas emoções e sentimentos, podem deslocar emoções como a raiva num colega e/ou outra pessoa presente, magoando os outros à sua volta. Quando não processamos e não nos deixamos experienciar as emoções que sentimos, podemos ter comportamentos mais impulsivos, afetando não só o nosso bem estar, mas também o dos outros à nossa volta!
Sendo o desporto um contexto desafiante, propício a experienciarmos muitas emoções, é importante aceitarmos que não controlamos muitos aspetos deste ambiente. Quando existe uma mistura de desafios e dificuldades noutros contextos em conjunto com os existentes no desporto, pode ser difícil entendermos o que estamos a sentir.
MITO