Disciplinas - Tipo 1 (2022/2)

Tipo 1 - 2as e 5as feiras (9:30 - 12:50)

1° Bimestre

Renato César - Clube Náutico Recreativo 15 vagas - PRJ078/A

Conteúdo programático: clube náutico, público alvo, articulação de edificações, articulação com lago, articulação com o sistema de transporte local, articulação com a proposta urbanistica.

Objetivo: Os estudantes deverão, após o curso, fazerem sínteses projetuais para apresentação em concursos ou estágios iniciais de projeto, contendo todos os elementos gráficos para sua perfeita compreensão.

Metodologia: aulas de orientação projetual, aulas teóricas, seminários, sessões participativas de críticas, elaboração de projeto.

Estratégias e Procedimentos de avaliação: avaliação dos projetos frente aos conteúdos ministrados e à clareza dos desenhos desenvolvidos.



Wellington Cançado - Anti-construção 21 vagas - PRJ080

A arquitetura e o urbanismo estão de tal forma vinculados ao ato de construir que parece impossível (e dispensável) pensá-las sem construção, para além da construção e como práticas anti-construção. E apesar da conotação socialmente partilhada da ideia de “obra” como algo benéfico e da prevalência do projeto como uma noção carregada de positividade utópica encobrirem os impasses e dilemas da arquitetura e do urbanismo, projetos e construções, mesmo aqueles francamente sociais, humanitários, ecológicos, ambientalmente justos e bem- intencionados pressupõem relações de poder, formas de violência e destruição.

E em um momento em que o processo de urbanização planetária e a cadeia da construção civil são responsáveis pela devastação de ecossistemas únicos, pelo neoextrativismo eco-etnocida, pela exclusão planejada de comunidades inteiras, pela despossessão de povos e saberes ancestrais e pela devoração de quase a metade de todos os recursos disponíveis na Terra, como celebrar a construção sem ignorar a destruição que lhe é intrínseca?

O que fazer com tantos projetos que não deveriam – por motivos éticos, ambientais, sociais, econômicos – ter sido construídos? Quais as responsabilidades locais e planetárias de arquitetxs e urbanistas no Antropoceno? Quais as prioridades, os fundamentos, os procedimentos, os paradigmas, as expectativas, as operações, as ferramentas, os princípios éticos, os impactos, os condicionantes, os destinatários, os modelos de financiamento, as teorias e os projetos de uma prática arquitetônica e urbana anti-construção?


Adriano Mattos - ARQUITETURA INVENTADA nas FRESTAS das CIDADES: desenho + tecnologia construtiva para CONTEXTOS urbanos CONSTRANGIDOS 18 vagas - PRJ082

> ARQUITETURA para contextos CONSTRANGIDOS > MODOS contemporâneos de VIVER + em circunstâncias singulares + SOBREPOSTOS a uma CIDADE existente;

> proposta de um ‘método de ação’ abrigado por um ‘atelier’ teórico|prático|construtivo, com o objetivo de promover uma reflexão crítica + a concepção + a construção de ‘ARQUITETURAS em BRECHAS urbanas cartografadas + INVENTADAS’ - a partir de provocações acerca do pensar RELAÇÕES diversas por habitar + COMPARTILHAR a CIDADE contemporânea;

> ações diferenciadas entre TÁTICA x ESTRATÉGIA;

> ‘arquitetura menor’ + ‘má carpintaria’ – princípios e proposições;

> discussão + investigação acerca de um referencial teórico + técnico como argumento para a concepção e a produção de uma arquitetura/habitação contemporânea para CONTEXTOS territoriais URBANOS ‘apertados’;

> abordagem + MAPEAMENTO de um contexto de EXISTÊNCIA territorial singular;

> compreendidas as condições de tal TERRITÓRIO, elaborar uma AÇÃO crítica/propositiva de habitação + trabalho desse CONTEXTO territorial por abordar;

> invenção e desenho de uma ‘pequena arquitetura’ nas FRESTAS do URBANO capaz de MEDIAR uma relação de HABITAÇÃO + TRABALHO para tal CONTEXTO territorial SINGULAR de CIDADE;


Otávio Brandão - Galpão 16 vagas - PRJ092/A

Os alunos deverão trabalhar em duplas na elaboração de estudo preliminar e anteprojeto de um galpão em estrutura metálica, e para tanto deverão aprofundar seus conhecimentos nos temas: especificação, detalhamento e pré-dimensionamento de estruturas e coberturas metálicas; detalhamento de esquadrias em estrutura metálica; lajes internas e externas em steel deck e concreto maciço; conforto térmico para construções em estruturas e coberturas metálicas; impermeabilização de lajes, instalações hidráulicas prediais.



Luciana Bragança - Jardim no Jardim América 15 vagas - PRJ089

O objetivo da disciplina é pensar o espaço debaixo do viaduto da Avenida Silva Lobo, esquina com a Avenida Amazonas. Ela será desenvolvida em módulos de projetos de paisagismo/jardins para a praça que será construída. O projeto será pensado com a participação da comunidade envolvida. Serão levados em consideração elementos como: plantas, animais, água, clima, ventos, insolação e pessoas. Os resultados serão projetos de paisagismo, com especificações técnicas e com quantitativos.


André Penido - Abrir para dentro - Casas no Jardim Canadá 16 vagas - PRJ084

O módulo ABRIR PARA DENTRO – CASAS NO JARDIM CANADÁ pretende apresentar um novo enfoque na concepção de conjuntos de casas em contextos urbanizados: casas que se abrem para dentro. A ideia de conceber casas que se abrem para dentro não é novidade considerando-se a história da arquitetura, mas o que se pretende é a radicalização da ideia. Em termos práticos, é um módulo composto por uma breve introdução teórica a partir de um pequeno relatório individual, discussões e aula expositiva e, posteriormente o desenvolvimento dos anteprojetos das casas considerando as interfaces urbanas e os problemas que a solução acarreta.


Marcos Mascarenhas Franchini - Arquitetura de Exposições 16 vagas - PRJ085

A disciplina propõe uma aproximação dos alunos com o contexto da arquitetura expositiva e da linguagem museal ao longo da história (dos gabinetes de curiosidades às práticas contemporâneas) partindo do reconhecimento de aspectos singulares do território da cidade de Belo Horizonte, no que diz respeito à paisagem natural (seus rios, serras e parques), edificada (patrimônio material e imaterial), bem como manifestações do cotidiano.


O exercício proposto pressupõe:

- Estreitamento entre projeto-execução, fabricação e montagem por meio de ferramentas adequadas para trabalhar a pequena e média escala.

- A inexistência de um programa pré-determinado para os projetos, de tal forma que o aluno possa se ater na intepretação do lugar e nas discussões de fundamentação teórica do bimestre.


O processo de ensino-aprendizagem do módulo é estruturado com base em:

- Aulas expositivas com objetivo de estabelecer referenciais inseridos na história e na prática, bem como reflexões e interlocuções da cultura e da arte com a arquitetura;

- Estudos de casos com discussão em sala além de encontros com profissionais que atuam com projetos de arquitetura de exposições;

- Visita-guiada no museu INHOTIM;

- Aulas práticas para desenvolvimento e orientação das propostas (em duplas).



2° Bimestre

Renato César - Edifício Semi-Rural 15 vagas - PRJ078

Conteúdo programático: conceito de edifício integrador de atividades de trabalho urbanas e rurais - todas em pesquisa, projeto de 25 laboratórios, conceituação e mapeamento de instalações adicionais, infraestrutura (logística, insumos para pesquisa, capelinha, reservatórios especiais de gases e produtos químicos, etc.) articulação de edificações, articulação com o local, articulação com o sistema de transporte, articulação com a proposta urbanística.

Objetivo: Os estudantes deverão, após o curso, fazerem sínteses projetuais para apresentação em concursos ou estágios iniciais de projeto, contendo todos os elementos gráficos para sua perfeita compreensão.

Metodologia: aulas de orientação projetual, aulas teóricas, seminários, sessões participativas de críticas, elaboração de projeto.

Estratégias e Procedimentos de avaliação: avaliação dos projetos frente aos conteúdos ministrados e à clareza dos desenhos desenvolvidos.



Wellington Cançado - Cidade Nutriente 21 vagas - PRJ080/A

A alimentação é um direito social previsto na Constituição Federal. Apesar disso, em 2022, quase 20 milhões de brasileiras e brasileiros passam 24 horas ou mais sem ter nada para comer, e cerca de metade da população – 116,8 milhões de pessoas – sofre de algum tipo de insegurança alimentar.

O alastramento da fome no Brasil, segundo maior exportador de alimentos do mundo e país com 85% da população vivendo em áreas urbanas, reflete a perversidade da re-primarização acelerada da economia e da extinção em curso da maioria dos programas de assistência social, agricultura familiar e combate a fome. Mas também revela a falência de uma lógica urbana monocultural, fóssil- dependente e predatória sustentada em cidades excludentes, desiguais, doentes, improdutivas e injustas.

Este pflex tem como objetivo mapear iniciativas, projetos e programas dedicados à soberania alimentar, aos sistemas agroecológicos e agroflorestais, à produção local, autogestionada, comunitária e coletiva de hortaliças, frutas, plantas medicinais, aromáticas, condimentares, PANCs, compostagem, orgânicos, hidropônicos, redes de sementes crioulas, e à criação de animais na cidade. Visa ainda, especular conceitualmente sobre a contribuição potencial da arquitetura e do urbanismo para produção de biodiversidade e para a partilha da abundância no cerne da cidade, e investigar projetualmente possibilidades de transformação de edifícios, vizinhanças, espaços públicos, bairros e da própria cidade de Belo Horizonte em uma ecologia multiespécie nutriente, social e ambientalmente justas.



Adriano Mattos - ARQUITETURA INVENTADA para HABITAR/TRABALHAR ‘fora’ dos CENTROS URBANOS: investigação + imaginação de um VIVER ‘distante’ das ‘grandes’ CIDADES 18 vagas - PRJ082/A

> considerando as PREMISSAS de Félix GUATTARI:

> de que (...) “o ser humano CONTEMPORÂNEO é fundamentalmente DESTERRITORIALIZADO”.

> (...) “seus TERRITÓRIOS etológicos (ou seja, costumeiros ou habituais) ORIGINÁRIOS – corpo, casa, família, clã, aldeia, culto, corporação... – NÃO estão mais dispostos em um ponto PRECISO da terra”...

> ou então (...) “se INCRUSTAM em universos INCORPORAIS”...

>>> daí que (...) “a SUBJETIVIDADE entrou no reino de um NOMADISMO generalizado”,

> (...) “um FALSO NOMADISMO que na realidade nos deixa no MESMO lugar”;

> ações diferenciadas entre TÁTICA x ESTRATÉGIA;

> ‘fuga’ do URBANO + ‘busca’ do RURAL + outras relações VIZINHANÇAS possíveis;

> discussão + investigação acerca de um referencial teórico + técnico como argumento para a concepção e a produção de uma arquitetura/habitação contemporânea para CONTEXTOS territoriais RURAIS ‘imaginados/fantasiados’; > arquitetura como MEDIAÇÃO + TRADUÇÃO da realidade ‘URBANA’ em contextos ‘RURAIS’;

> abordagem + MAPEAMENTO de um contexto de EXISTÊNCIA territorial singular;

> compreendidas as condições de tal TERRITÓRIO, elaborar uma AÇÃO crítica/propositiva de habitação desse CONTEXTO territorial por abordar;

> o pensador e crítico das relações de TRABALHO no Capitalismo Globalizado – André Gorz, desde o final do século XX, apontava ideias críticas e estimulantes acerca dos limites e da necessidade de superação ou desconstrução da idéia de TRABALHO na sociedade contemporânea (dentre outros, ver O IMATERIAL: Conhecimento, Valor e Capital de 2003 e ECOLÓGICA de 2008, – ensaios sobre Economia, Ecologia e Trabalho na contemporaneidade);

> cabe também aos ARQUITETOS imaginar e INVENTAR espacialidades capazes de propor outras relações de TRABALHO, PRODUÇÃO de BENS e de SERVIÇOS, articulados com as nossas CASAS + modos de VIVER, – em um contexto ‘DISTANTE’ dos grandes centros URBANOS;

> abordar + IMAGINAR uma possibilidade PRODUTIVA, alternativa ao sistema de TRABALHO a que estivemos até então submissos, capaz de conviver com outros modos de propor uma HABITAÇÃO cotidiana;



Tales Lobosco - Estratégias e Explorações Projetuais: Da Materialidade à Realidade Virtual 16 vagas - PRJ087

A proposta da disciplina se baseia em experiências processuais de projeto, enfatizando as diversas estratégias projetuais através de exercícios integrados e propostas projetuais, com foco no processo de projeto, concepção e criação em arquitetura.


Temas abordados:

- A questão das interfaces: complexidade x proximidade cognitiva.

- A influência da materialidade na exploração projetual.

- A relação entre materialidade projetual e construtiva (estrutura e forma arquitetônica).

- O projeto como um processo evolutivo darwiniano.

- Exploração das diversas interfaces: do Manual à Realidade Virtual.

- O uso de diagramas na exploração de soluções e alternativas.

- A importância dos diferentes métodos de representação no processo de projeto.

- A abstração nas propostas de articulação projetual.

- Padrões tipológicos, analogias e explorações temáticas no desenvolvimento do projeto.




Juliana Torres - ARQUITETURA PARA APRENDER: lugares poéticos no Campus 16 vagas - PRJ083/A


A partir de leituras, ao mesmo tempo analíticas e poéticas, da arquitetura e dos modos de apropriação de espaços na Escola de Arquitetura e no Campus da UFMG, propor “lugares poéticos” no local reservado à Escola de Arquitetura no Campus. O exercício contará com etapas de desenvolvimento, em grupos e individual. O projeto do “lugar poético” será desenvolvido até o nível de anteprojeto. O exercício de projeto objetiva propiciar aos estudantes: conhecer e refletir sobre princípios em arquitetura e em projeto, a partir de uma perspectiva histórica e analítica (análise de projeto); experimentar um processo de projeto que explore procedimentos diagramáticos e poéticos; refletir sobre seu aprendizado e formação em arquitetura; investigar sobre a organização, a caracterização e a construção de espaços destinados ao aprendizado.



André Penido - Alienação, Dialética Material e o Mediterrâneo de Fernand Braudel 16 vagas - PRJ084/B


ALIENAÇÃO, DIALÉTICA MATERIAL E O MEDITERRÂNEO DE FERNAND BRAUDEL pretende iniciar as discussões abordado o fenômeno da alienação no contexto da dialética material considerando os territórios onde as comunidades históricas se instalam. Nesse caso pretendemos discutir como a aparição da tecnociência foi capaz de desenraizar as práticas construtivas impondo, homologamente, às práticas projetivas, transformações brutais sob a égide do incipiente capitalismo e dos vários processos de alienação dos artífices em relação aos canteiros de obra mas também das tecnologias subjugadas pela tecnociência. Em termos práticos, é um módulo composto por discussões de textos situando primeiramente a ideia de alienação, a ideia de profunda propriedade dos processos conceptivos e construtivos das sociedades antigas tecnológicas e a inevitável ruptura daqueles preceitos e práticas na esteira das profundas transformações impostas pelo capitalismo e sua tecnociência.




Marcos Mascarenhas Franchini - ESCOLA, o espaço físico como um terceiro professor 16 vagas - PRJ085/A

A partir da consideração do ambiente físico das escolas como elemento ativo do processo de ensino e aprendizado, tal como um terceiro professor (em conjunto com os professores e o material didático), a disciplina propõe inicialmente o exercício de investigação e análise de estratégias contemporâneas dos edifícios destinados à aprendizagem e, num segundo momento, o desenvolvimento de um projeto arquitetônico (desenvolvido em dupla) para uma escola na cidade de Belo Horizonte.


Dentre os temas que serão abordados, figuram:

- Experimentações pedagógicas

- Multissensorialidade;

- Fabricação digital;

- Sistemas Construtivos e Estruturais.




Silke Kapp - Cirurgia de casas 16 vagas - PRJ088

Ementa:

Serão elaborados, individualmente ou em duplas, projetos de reformas de moradias ou outros espaços de pequena escala (lojas, escritórios etc.), cujas demandas as/os própria/os estudantes trazem para a disciplina. Tomamos por diretriz a prática do arquiteto argentino Rodolfo Livingston e as pesquisas do Grupo MOM acerca de métodos de atendimento para famílias de renda média a média-baixa.


Objetivos

• ampliar o conhecimento acerca da produção do espaço cotidiano;

• aprender a se comunicar com clientes e trabalhadores da construção;

• compreender e analisar situações espaciais e construtivas instaladas;

• lançar hipóteses variadas de melhorias espaciais e construtivas;

• conhecer possível formas de execução das intervenções;

• compreender as exigência e condições de trabalho no canteiro;

• medir o próprio tempo de trabalho.