Na esteira de Pecchinenda (2003) a Professora Lynn Alves (2008, p. 5) indica que jogos eletrónicos se configuram como instrumentos “para pensar, divertir, produzir ideias e representações da realidade”.
No vídeo, a Professora Lynn Alves expõe-nos a compreensão que temos sobre os jogos, analógicos ou digitais, a nível cultural e as suas implicações sociais. Os jogos, em particular os jogos digitais, como cenários de aprendizagem, são apresentados como potencializadores de diferentes habilidades cognitivas: o planeamento, tomada de decisões, administração de recursos e negociação.
Alves, L. (2008). Relações entre os jogos digitais e aprendizagem: delineando percurso. In Educação, Formação & Tecnologias, vol.1(2), Novembro de 2008. pp. 3-10. Disponível em: http://eft.educom.pt
Redes sociais - cenários educativos tradicionais e emergentes
A evolução tecnológica contemporânea influência diversas tendências, globalização, sociedade política, educação que diretamente ou de modo interligado influenciam a educação atual. Esta ideia presente em diversos autores (Siemens & Tittenberger, 2009; Moreira & Januário, 2014; Moreira & Horta, 2020) apontam a tecnologia como promotora de mudanças a diversos níveis.
Em Moreira e Januário (2014, p. 73) verificamos que as redes sociais são um fenômeno que sempre existiram na sociedade “motivadas pela necessidade que os indivíduos têm de partilhar entre si conhecimentos, informações ou preferências”. Contudo, os autores indicam que as novas evoluções tecnológicas que deram lugar ao ciberespaço, surgem como uma nova configuração predominante de organização social.
Nesta perspetiva, e assentes na condição prévia de uma intencionalidade pedagógica, Moreira e Januário (2014) destacam as redes sociais como espaços privilegiados para o desenvolvimento de comunidades de aprendizagem.
Relembrando o vídeo partilhado no Tema 2, o Professor António Moreira indica que o facto de jovens utilizarem tecnologias no seu dia a dia confere aos professores uma obrigação em incorporarem as tecnologias no processo educativo, aproximando assim a educação à própria realidade dos estudantes. Para o Professor António Moreira vivemos atualmente numa sociedade em rede e digital é sendo por isso fundamental integral as tecnologias digitais na educação e nos processos educativos.
Moreira e Januário (2014) indicam o Facebook como cenário de aprendizagem potencial a ser explorado, pelo amplo envolvimento que esta rede social cria nos jovens de hoje. Alicerçados em diversos estudos que têm vindo a ser desenvolvidos, sobre a utilização do Facebook na educação, os autores (p. 79) conferem às redes sociais existentes no ciberespaço meios privilegiados para “pensar, criar, comunicar e intervir sobre numerosas situações fomentando não só a aprendizagem formal, mas também a aprendizagem informal e não formal”.
ELO - Unidade Móvel em Estudos do Local. (30 de março de 2020). Vídeo2 Tecnologias Digitais amoreira SIED [Arquivo de vídeo]. YouTube. https://youtu.be/x6juVIg0dGA
Moreira, J.A. & Januário, S. (2014). Redes sociais e educação: reflexões acerca do Facebook enquanto espaço de aprendizagem. In: Porto, C. & Santos, E. (Orgs.) Facebook e educação: publicar, curtir, compartilhar. Campina Grande: EDUEPB. pp. 67-84.
Moreira, J.A. & Horta, M. (2020). Educação e Ambientes Híbridos de Aprendizagem. Um Processo de Inovação Sustentada. Revista UFG (20).
Siemens, G. & Tittenberger, P. (2009). Handbook of Emerging Technologies for Learning. University of Manitoba.
Educação onLife
Moreira e Schlemmer (2020, p. 3) designam de Educação Digital OnLife um novo conceito e paradigma que advém da utilização sem rigor ou indiferenciada de conceitos fundamentais da Educação onde intervém o digital.
Missão VirtualLife
Após algumas tentativas consegui instalar o SecondLife e entrar na ilha UNISINOS. Instalei o SecondLife na escola Portuguesa de Díli, local onde a internet é "menos má". Isto ocorreu num sábado de manhã, período quando não existem outros colegas a utilizarem internet. Estavam criadas as condições ideais para instalar e usufruir desta experiência disruptiva de qualquer cenário de aprendizagem que já tinha vivenciado.
No âmbito da utilização de recursos educativos tecnologicos, Percy e Van Belle (2012) indicam que estes exigem que a infraestrutura básica de tecnologias da informação e comunicação esteja instalada para permitir o acesso à localização e adoção de conteúdos. Contudo, os autores indicam que as infraestruturas básicas de tecnologias da informação e comunicação não existem na maioria dos países em desenvolvimento. Nesse aspeto destacam a falta de acesso a computadores modernos e a mà qualidade internet, como fatores determinantes para o insucesso da utilização de recursos educativos tecnológicos.
Infelizmente a experiência com o SecondLife ficou resumida a um passeio na ilha UNISINOS, com a colega Joana Cunha. Foram explorados alguns ciberespaços do Campus, onde ficou patente a potencialidade desta plataforma.
Num estudo realizado pela empresa Cable em 2020, incluindo 221 países e territórios, Timor-Leste foi considerada a sexta pior velocidade de internet. A média de velocidade de descarregamento de apenas 0,89 megabits por segundo (Mbps), posicionando assim Timor-Leste como o país com pior qualidade de internet na Ásia. https://www.cable.co.uk/broadband/speed/worldwide-speed-league/
Decidi desenhar a ação de formação tendo por base uma ação - Práticas de desenvolvimento curricular e avaliação em Cidadania e Desenvolvimento - que aplico presencialmente. Com as devidas aplicações e diversas alterações procurei tirar partido de diversas vantagens da tecnologia.
O curso de formação - Práticas de desenvolvimento curricular e avaliação em Cidadania e Desenvolvimento – ocorre em espaço virtual, recorrendo à plataforma moodle. Existem algumas atividades que ocorrem fora do moodle, nessas situações criam-se condições para que os formandos possam, com facilidade, aceder a esses espaços.
Num total de 5 módulos existe um conjunto variado de atividades, realizadas através de diversos recursos (documentos: orientadores, normativos, estudos, artigos, exemplos; vídeos; sites; repositoórios; ferramentas digitais)
O trabalho do formando assume um caráter individual e autonomo, complementado pelo trabalho em grupo através de foruns de discussão. O formador apoia os estudantes através do encamenhamento nas diversas atividades, explorarção dos temas e conteúdos abordados e assume uma papel mediador nos fóruns de discussão. A comunicação assíncrona é priveligiada nesta formação, em particular através de os fóruns de discussão. O momento sincrono realizado, previsto para o módulo 4, será disponibilizado de modo assincrono.
Em cada módulo são disponibilizados os recursos necessários, as orientações para as atividades, bem como as competências que se espera que os formandos desenvolvam.
A ação do docente assenta no apoio aos estudantes na exploração dos temas a abordar e na
clarificação de aspetos eventualmente mal compreendidos ou onde surjam dificuldades.