Educação Digital e Disruptiva
No vídeo Era Híbrida, Educação disruptiva e ambientes de aprendizagem, António Moreira refere que os cenários de educação tradicionais, bem como os cenários de educação a distância carecem de ser reconfigurados. Em particular, para a EaD, António Moreira apela à reconfiguração do conceito contemporâneo de Educação a Distância, considerando que os cenários educativos atuais em que esta modalidade se desenvolve se diferenciam, em larga medida, dos cenários educativos do último século.
Educação Digital - Ecossistemas de aprendizagem
A educação digital é um termo abrangente, que compreende a educação que se realiza, pelo menos parcialmente, por meio de tecnologia digital com o objetivo de enriquecer a aprendizagem. A educação digital pode ocorrer em diferentes cenários educativos, desde salas de aulas tradicionais, até modelos educacionais que ocorrem exclusivamente online. Como nos aponta Moreira et al (2020, p.5)
A Educação Digital é compreendida, nesta perspetiva, por processos de ensino e de aprendizagem que se constituem na relação entre diferentes tecnologias digitais, que podem ou não estar interligadas por redes de comunicação. E é também nesse prisma, que se pode pensar num continuum da Educação Digital que compreende desde processos de ensino e aprendizagem enriquecidos por tecnologias digitais e/ou redes de comunicação, até ao desenvolvimento de uma educação totalmente online e digital, tendo variabilidade na frequência e na intensidade tanto de tecnologias digitais, quanto de redes de comunicação.
Também se verifica que o termo educação digital pode estar associado a processos educativos que promovem a aprendizagem de competências digitais.
Como nos indicam Bourgeois, Birch e Davydovskaia (2019, p. 4), “Digital education' comprises two main strands: the development of digital competences for learners, and the pedagogical use of digital technologies”.
No contexto de ecossistemas de aprendizagem em rede a primeira acepção de educação digital faz sentido em toda a sua amplitude, já que independentemente das aprendizagens que se pretendam provocar a tecnologia pode enriquecer, ou melhor, pode ser utilizada coerentemente para enriquecer a aprendizagem.
Neste sentido, atualmente, como nos aponta J. António Moreira (26 de março de 2020), os cenários de educação tradicionais, bem como os cenários de educação à distância carecem de ser reconfigurados. Em particular, para a EaD, António Moreira apela à reconfiguração do conceito contemporâneo de Educação a Distância, considerando que os cenários educativos atuais em que esta modalidade se desenvolve se diferenciam, em larga medida, dos cenários educativos do último século.
Brota neste pensamento o carater societal da educação, educação que é feita da sociedade para a sociedade. Assim, num período em que a tecnologia e a sociedade em rede são partes inerentes das sociedades contemporâneas, a educação converge inevitavelmente no mesmo sentido. Fazer com que essa convergência se realize de modo adequado, obriga à uma reflexão de construção de “pedagogias” significativas.
Bem, a pedagogia deve ser sempre significativa, mas neste sentido refiro-me a uma utilização adequada da tecnologia digital para dar significado à aprendizagem.
Não é por utilizarmos a tecnologia por si só que estamos a atingir os nossos objetivos e a proporcionar aprendizagens significativas.
Um modelo apresentado por Ruben Puentedura (2013), o modelo SAMR (Substitution, Augmentation, Modification, and Redefinition), ajuda a refletir sobre a utilização da tecnologia na educação, de um modo consciente.
Para além da componente pedagógica na utilização das tecnologias na educação, existem outros dilemas que carecem de reflexão. Como referiu o Pedro Ribeiro a “confiança nas tecnologias não deve ser de maneira nenhuma cega”.
Outra preocupação prende-se com a dicotomia Inclusão/Exclusão Social. Esta situação ganha destaque neste momento de pandemia mundial, em que sistemas educativos de vários países apostam nas tecnologias como forma e meio de mitigar a impossibilidade de ensino presencial. Há semelhança de outros contextos o contexto português não é exceção em que, não abordando as competências dos professores para “ensinar” nestas condições, alunos não possuem acesso à tecnologia desejável.
Ensino remoto emergencial
A expressão “ensino remoto emergencial” já me tinha interpolado quando li alguma da bibliografia desta UC, em particular Educação Digital em Rede: Princípios para o design pedagógico em tempos de pandemia de Moreira et al (2020). Esta expressão é utilizada pelos autores (p. 2) para definir o que procura substituir o ensino presencial no período de pandemia, considerando que “na maioria dos casos, estas tecnologias foram utilizadas numa perspetiva meramente instrumental, reduzindo as metodologias e as práticas a um ensino apenas transmissivo”.
Muitos dos professores, como eu, vivem neste momento emaranhados no “ensino remoto emergencial” ou, como eu lhe chamo às vezes, numa “tentativa de ensino à distância carregada de boas intenções”.
Hodges et al (2020), uma das referências de Moreira et al (2020), distingue o “ensino remoto emergencial” de outras situações de ensino que são realizadas à distância, em particular por falta de planeamento inicial e por ser uma alternativa a modelo de educação (cara-a-cara ou hibrido) provocado por uma situação de emergência. Para os autores o primeiro objetivo do “ensino remoto emergencial” não consiste em criar um modelo educativo robusto e duradouro, mas fornecer acesso temporário a situações de ensino e de aprendizagem que mitiguem as circunstâncias da educação durante a situação de emergência. É com este entendimento e acepção de “ensino remoto emergencial” que Hodges et al (2020) afirmam distinguir este modelo de outros existem.
Educação Digital
A educação digital é um termo abrangente, que compreende a educação que se realiza, pelo menos parcialmente, por meio de tecnologia digital com o objetivo de enriquecer a aprendizagem. A educação digital pode ocorrer em diferentes cenários educativos, desde salas de aulas tradicionais, até modelos educacionais que ocorrem exclusivamente online. O termo educação digital também pode estar associado a processos educativos que promovem a aprendizagem de competências digitais.
A Educação Digital é compreendida, nesta perspetiva, por processos de ensino e de aprendizagem que se constituem na relação entre diferentes tecnologias digitais, que podem ou não estar interligadas por redes de comunicação. E é também nesse prisma, que se pode pensar num continuum da Educação Digital que compreende desde processos de ensino e aprendizagem enriquecidos por tecnologias digitais e/ou redes de comunicação, até ao desenvolvimento de uma educação totalmente online e digital, tendo variabilidade na frequência e na intensidade tanto de tecnologias digitais, quanto de redes de comunicação.
Moreia et al (2020, p. 5). Educação Digital em Rede: Princípios para o design pedagógico em tempos de pandemia.
Digital education' comprises two main strands: the development of digital competences for learners, and the pedagogical use of digital technologies.
Ecossistemas Digitais de Aprendizagem em Rede
ecossistema digital pode ser entendido como um sistema organizado a partir de fatores bióticos (espécie humana e os conteúdos) e abióticos (hardware, software), que se utiliza de recursos abertos ou fechados, podendo ser utilizado tanto em ambientes formais, não formais ou informais de aprendizagem. Podemos também dizer que um ecossistema digital de aprendizagem busca associar ferramentas e soluções desenvolvidas por outros sites, de maneira a enriquecê-lo a partir da integração de diferentes conteúdos.