Nesta página publico meus próprios extratos, para que os leitores compreendam com o que vão se deparar e tenham um norte a seguir.
Antes de começar, é importante realizar a leitura da "Cartilha para Leitura de Microfichas do PASEP" disponibilizada pelo Banco do Brasil". O documento, segundo o próprio nome do arquivo, é uma cartilha, mas por algum motivo desconhecido começa com - "O referido Manual...". Coisa que poderia deixar o leitor em dúvida se está faltando algum capítulo, ou se a cartilha seria parte de outro documento mais completo. A resposta é não.
A fonte do arquivo foi o próprio Banco do Brasil, não necessariamente visando os servidores requerentes das planilhas, mas com certeza em decorrência de questionamentos feitos pela justiça, já que o ano da elaboração foi 2020.
Os lançamentos anteriores a 1999 são quase incompreensíveis. Obtidos por microfilmagem, além de serem cópias ruins, não incluem um campo para explicar o que significam os códigos referentes ao campo "HIST", que obviamente significa "histórico". Compilados, fazem surgir informações ali colocadas com o objetivo de confundir, ocultar, e não de registrar.
A propósito, o campo "Prefixo" no extrato mais recente não é relevante, se refere apenas à agências do Banco do Brasil.
Dada a dificuldade de trabalhar com os extratos acima, formulei as planilhas abaixo contendo as mesmas informações e da forma como se encontravam. Uma espécie de "tradução". Ainda assim, alguns números são ilegíveis, pelo que os substituí pelo símbolo "?".
As planilhas abaixo são navegáveis. Se estiver em um celular, tablet ou PC com tela muito pequena, utilize seu mouse ou deslize o dedo pela tela tanto para percorrer as colunas quanto as linhas. Ou seja, a tabela é mais larga e contém mais colunas do que aparece na sua tela (a última coluna é a "Observações") e também é mais comprida, tem mais linhas do que você vê (o último lançamento foi em 06/11/2015).
Como é possível notar, várias inconsistências apareceram.
Datas discordantes, extratos repetidos, valores que sofreram cortes por conversão de moeda, números ilegíveis e, obviamente, a diferença de metodologia adotada entre os extratos mais antigos (com códigos no campo "HIST") e os mais recentes (com "Histórico" e descrição por extenso).
Para resolver o problema, compilei uma nova planilha, abaixo. É, basicamente, uma planilha compreensível.
Com a tabela compilada acima, uma coisa fica evidente: fomos ROUBADOS. Observem por exemplo que, na conversão de moeda de 1988 para 1989, o saldo SUMIU.
Não tiraram só três zeros. Aproveitaram e mandaram o saldo dos correntistas para as cucuias.
Finalmente, de posse das informações acima, podemos comparar com a tabela do Tesouro Nacional que já disponibilizei na primeira página, mas que repito abaixo para facilitar.
Comparando os extratos, as tabelas (para facilitar) e esse documento do Tesouro Nacional não dá para dizer que a gestão das contas foi propriamente bem realizada.
De fato, pouco do que está lançado parece condizer com os direitos garantidos aos cotistas.
Observem que, pela gestão aporcalhada, irresponsável e mal executada, o Banco do Brasil era , e bem, remunerado. Nunca prestou contas aos participantes, nunca apresentou um relatório individual de gestão, nunca SEQUER informou ao participante de que havia uma relação consumidor/prestador de serviço pelo qual mensalmente garfava um valor das cotas. Nessa relação nunca foi abordado um direito do consumidor enquanto beneficiário de um serviço de gestão financeira, só a obrigação de pagar sem nem tomar conhecimento do fato.
Na próxima página, a legislação pertinente.