Em 2021, iniciamos no Instagram leituras ao vivo de livros de escritoras dos séculos XVIII, XIX e XX, como Olympe de Gouges, Mary Wollstonecraft, Nísia Floresta, Sorjourner Truth, Virginia Woolf e Simone de Beauvoir. Em 2022, expandimos o projeto com a criação do podcast e, desde então, fazemos leituras de livros e artigos de teóricas feministas, como Marilyn Frye, Sheila Jeffreys, Nicole Brossard, Janice Raymond, Gerda Lerner, Adrienne Rich, Andrea Dworkin, Ti-Grace Atkinson, Audre Lorde, Colette Dowling, Dee Graham, entre outras.
"Nenhuma de nós obedece a todas as regras [dos papéis sexuais], mesmo que queiramos. Mas os estereótipos, as regras, as expectativas comuns a nós circunda todas em uma barragem estável de imagens verbais e visuais em veículos culturais populares, de elite, religiosos e alternativos. (...) Praticamente todo indivíduo está imerso, a maior parte do tempo, em um meio cultural que fornece imagens sexistas e misóginas do que nós somos e do que achamos que estamos fazendo."
"Se nossa cultura define a normalidade em termos da experiência masculina e valoriza apenas as mulheres que se relacionam com os homens, freiras e lésbicas tendem a ser ridicularizadas ou postas de lado, pois são consideradas irrelevantes no quadro maior da história. (...) A própria existência de comunidades autônomas de mulheres ameaça a arrogância patriarcal."
"As brincadeiras, roupas e preferências não definem o sexo de uma criança, e associar essas expressões a uma suposta necessidade de “redesignação” não é apenas equivocado, mas profundamente prejudicial. O uso de hormônios bloqueadores de puberdade em crianças e adolescentes, por exemplo, apresenta riscos significativos à saúde física e mental. Entre os efeitos mais preocupantes estão a redução da densidade óssea e prejuízos ao desenvolvimento neurológico."
"Os princípios do feminismo lésbico, que o diferenciam de modo inequívoco da política queer de hoje, são: o amor entre mulheres; organizações, comunidades e ideias separatistas; a ideia de que o lesbianismo diz respeito à escolha e à resistência; (...) o pessoal é político; a seleção da personagem na forma de reprodução de papéis sexuais e do sadomasoquismo; uma crítica da sexualidade da supremacia masculina, que erotiza a desigualdade."
"Os quatro efeitos do sexo (...) - na medicina, no esporte, na orientação sexual e em questões como disparidade salarial e prevalência de violência sexual em combinação com a heterossexualidade (...) - não são influenciados por identidades de gênero. Embora a manifestação de cada efeito discutido possa variar dependendo do contexto cultural, segue havendo um efeito significativo que atravessa grandes diferenças de raça, classe e religião."
"O surgimento de uma cultura de mulheres depende da energia que temos, teremos, mas também depende, acima de tudo, da energia que, em espírito de solidariedade, vamos gerar para mudar nossas vidas. (...) Precisamos de uma base mínima de acordo sobre o significado a ser dadas palavras para que possamos pensar no surgimento de uma cultura que se assemelha a nós."
"As origens da amizade feminina revelam mulheres originais. Uma mulher original mapeia seu próprio princípio nos mais profundos confins de seu Eu e no de outras mulheres. Ela se ergue através da história como uma antítese às mulheres fabricadas pelo homem na criação patriarcal. Enquanto mulher original, ela toma para si o poder de originar. (...) As mulheres precisam fazer do Gin/afeto um evento primordial, isto é, uma prioridade em suas vidas."
"As mulheres ‘fizeram história’, mesmo sendo impedidas de conhecer a própria História [ordenação do passado] e de interpretar a história, seja a delas mesmas ou a dos homens. Foram excluídas da iniciativa de criar sistemas de símbolos, filosofias, ciências e leis. Elas não apenas vêm sendo privadas de educação ao longo da história em toda sociedade conhecida, mas também excluídas da formação de teorias. Nomeei de ‘a dialética da história das mulheres’ a tensão entre a experiência histórica real das mulheres e sua exclusão da interpretação dessa experiência. Essa dialética impulsionou as mulheres para o processo histórico."
"Quando estamos total e apaixonadamente envolvidas em trabalhar e agir e nos comunicar com e pelas mulheres, a noção de 'extrair energia dos homens' se torna irrelevante; já estamos renovando nossa energia entre nós mesmas. Temos que nos lembrar que fomos penalizadas, caluniadas e zombadas não por odiar os homens, mas por amar as mulheres. O significado do nosso amor pelas mulheres é o que devemos expandir constantemente."
"A existência lésbica inclui tanto a ruptura de um tabu quanto a rejeição de um modo compulsório de vida. É também um ataque direto e indireto ao direito masculino de ter acesso às mulheres. (...) A destruição de registros, memória e cartas documentando as realidades da existência lésbica deve ser tomada seriamente como um meio de manter a heteross3xu4lidade compulsória para as mulheres, afinal o que tem sido colocado à parte de nosso conhecimento é a alegria, a sensualidade, a coragem e a comunidade, bem como a culpa, a autonegação e a dor."
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