1791 • Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã. Olympe de Gouges 🇫🇷
1792 • Reivindicação dos Direitos da Mulher. Mary Wollstonecraft 🇬🇧
1851 • E Eu Não Sou uma Mulher? - a narrativa de Sojourner Truth. Sojourner Truth e Gilbert Olive 🇺🇲
1913 • O Dia das Mulheres. Alexandra Kollontai 🇷🇺
1918-1920 • A Nova Mulher e a Moral Sexual. Alexandra Kollontai 🇷🇺
1920-1921 • A Oposição Operária. Alexandra Kollontai 🇷🇺
1926 • Autobiografia de uma Mulher Comunista Sexualmente Emancipada. Alexandra Kollontai 🇷🇺
1968 • Mulheres e o Movimento Radical. Anne Koedt 🇩🇰
1968 • O Mito do Orgasmo Vaginal. Anne Koedt 🇩🇰
1970-1980 • Entre Nós Mesmas: poemas reunidos. Audre Lorde 🇺🇸
1970-1980 • Textos Escolhidos de Audre Lorde. Audre Lorde 🇺🇸
1974-1994 • Uma História Feita por Mãos Negras - relações raciais, quilombos e movimentos. Beatriz Nascimento 🇧🇷
1974 • Ódio à Mulher. Andrea Dworkin 🇺🇸
1974 • Uma Autobiografia. Angela Davis 🇺🇸
1976 • Nosso Sangue. Andrea Dworkin 🇺🇸
1977 • O Significado de Nosso Amor pelas Mulheres é o que Devemos Expandir Constantemente. Adrienne Rich 🇺🇲
1977 • Marxismo e Revolução Sexual. Alexandra Kollontai 🇷🇺
1979 • Poder. Andrea Dworkin 🇺🇸
1979 • Quando a Ignorância Irá Acabar? Audre Lorde 🇺🇸
1980 • Heterossexualidade Compulsória e Existência Lésbica. Adrienne Rich 🇺🇲
1981 • Pornografia - homens possuindo mulheres. Andrea Dworkin 🇺🇸
1981 • Mulheres, Raça e Classe. Angela Davis 🇺🇸
1983 • Mulheres de Direita (cap 1-2). Andrea Dworkin 🇺🇸
1984 • Irmã Outsider. Audre Lorde 🇺🇸
1988 • Pornografia e Direitos Civis. Andrea Dworkin e Catharine MacKinnon 🇺🇸
1990 • Mulheres, Cultura e Política. Angela Davis 🇺🇸
1990 • Ódio às Mulheres da Direita à Esquerda. Andrea Dworkin 🇺🇸
1993 • Prostituição e Supremacia Masculina. Andrea Dworkin 🇺🇸
1994 • Por que Pornografia Importa para Feministas. Andrea Dworkin 🇺🇸
1995 • Teoria Feminista e as Filosofias do Homem. Andrea Nye 🇺🇸
1996 • Cinema vivido: raça, classe e sexo nas telas. bell hooks 🇺🇸
2002 • Comunhão - a busca das mulheres pelo amor. bell hooks 🇺🇸
2003 • Estarão as Prisões Obsoletas. Angela Davis 🇺🇸
2003 • Política e Prisões - uma entrevista com Angela Davis. Angela Davis 🇺🇸
2004 • As Mulheres Negras na Construção de uma Nova Utopia. Angela Davis 🇺🇸
2005 • A Democracia da Abolição. Angela Davis 🇺🇸
2005 • Eu Sou Atlântica - sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. Alex Ratts 🇧🇷
2005 • Alisando Nosso Cabelo. bell hooks 🇺🇸
2012 • O Sentido da Liberdade. Angela Davis 🇺🇸
2015 • A Liberdade é uma Luta Constante. Angela Davis 🇺🇸
2015 • Todas (as) Distâncias - poemas, aforismos e ensaios de Beatriz Nascimento. Org. Bethania Gomes e Alex Ratts 🇧🇷
2015 • Anseios: raça, gênero e políticas culturais. bell hooks 🇺🇸
2018 • Beatriz Nascimento, Quilombola e Intelectual - possibilidade nos dias da destruição. Beatriz Nascimento 🇧🇷
2019 • Democracia para Quem? - ensaios de resistência. Angela Davis et al 🇺🇸
2020 • Da Organização Política Feminista. Org. Aline Rossi 🇧🇷
2020 • O Guia (Mal Humorado) do Feminismo Radical. Andreia Nobre 🇧🇷
2020 • Construindo Movimentos: uma conversa em tempos de pandemia. Angela Davis e Naomi Klein 🇺🇸
2020 • HQ Miss Davis - a vida e as lutas de Angela Davis. Sybille Titeux de la Croix e Amazing Ameziane 🇫🇷
2021 • Introdução ao Pensamento Feminista Negro e Por um Feminismo para os 99. Angela Davis et al 🇺🇸
2023 • Opressão de Mulheres e Meninas. Andreia Nobre 🇧🇷
2023 • Abolicionismo. Feminismo. Já. Angela Davis et al 🇺🇸
• Relembre, Resista, Não se Conforme. Andrea Dworkin 🇺🇸
Sheila Jeffreys é uma ativista, escritora e ex-professora feminista conhecida por seu impacto no feminismo lésbico e radical desde os anos 1970. Sua teoria critica a s3xu4lidade como estruturalmente desigual, onde as mulheres são objetificadas e subordinadas ao prazer masculino. Nascida em Londres em 1948, iniciou seu ativismo inspirada por grupos socialistas e leituras feministas, como Política S3xu4l, de Kate Millett. Sheila rejeitou padrões de feminilidade impostos, assumiu-se lésbica e criticou a indústria da beleza por lucrar com a opressão feminina. Ela se destacou por sua oposição à p0rn0gr4f¡4 e à pr0st¡tu¡ç40, que considera desumanizantes, afirmando que não há espaço para p0rn0gr4f¡4 feminista. Também critica a revolução s3xu4l dos anos 1960, alegando que não emancipou as mulheres, pois a s3xu4lidade masculina continua fundamentada em relações de poder desiguais. Atualmente ela cofundadora da WDI - Declaração dos Direitos das Mulheres, organização que luta pelos direitos das mulheres com base no s3x0 biológico, e pela CATW - Coalizão contra o Tráfico de Mulheres, ONG feminista radical e crítica de gênero, que se opõe ao tráfico de mulheres, à pr0st¡tu¡ç40 e a outras formas de s3x0 comercial.
Fonte: Feminismo INC • A Origem da Política Queer (Editora Leia Ginna)
Nicole Brossard é uma renomada escritora lésbica canadense, nascida em 1943, em Montreal, Quebec. Ao longo de sua vida, publicou mais de 40 livros, abrangendo poesia, romances, ensaios e obras experimentais. Nicole iniciou sua carreira literária na década de 1960. Em 1965, cofundou a revista literária La Barre du Jour, um espaço de inovação literária e questionamentos sobre o papel das mulheres na sociedade patriarcal. Em 1975, ao participar de uma conferência internacional sobre Mulheres e Escrita, Nicole envolveu-se na luta feminista e, no ano seguinte, cofundou o jornal Les Têtes de Pioches, onde denunciava experiências de opressão feminina em todas as suas formas. Em 1982, fundou a editora L'Intégrale Éditrice, centrada em publicações feministas. Sua escrita poética é marcada por experimentação linguística, abordando lesbianismo, feminilidade e subjetividade. Seus textos são descritos como densos, simbólicos e profundamente inovadores, desafiando as normas tradicionais da escrita poética e narrativa. Por sua relevância como escritora e sua contribuição à cultura e literatura do país, Nicole recebeu inúmeros prêmios, dentre eles o Prêmio Athanase-David (1985 e 1991), o Prêmio de Poesia do Governador-Geral (1974 e 1984), e a Ordem do Canadá (2019).
Fonte: Wikipedia • Cartas Lésbicas (Editora As Ondas)
Octavia Butler nasceu em 1947 na Califórnia, Estados Unidos. Reconhecida como uma das maiores escritoras de ficção científica, construiu distopias explorando temas como raça, identidade, poder e opressão. Octavia começou a escrever ficção científica aos 10 anos. Tímida e introspectiva, recorreu a escrita como uma forma de expressão e escapismo do mundo. Aos 29 anos publicou seu primeiro romance, que deu início a saga “O Padronista”. Mas foi aos 32 anos, com a publicação de “Kindred”, que alcançou um público mais amplo. O livro foi um divisor de águas em sua carreira. Suas distopias refletiram suas preocupações sobre a direção da sociedade, especialmente sobre o impacto das mudanças climáticas, desigualdade social e violência. A escritora enfrentou discriminação tanto por ser mulher quanto por ser negra. Ela era uma das poucas autoras negras no gênero de ficção científica, um campo dominado por homens brancos. Apesar das barreiras, ela permaneceu firme na sua escrita. Ao longo de sua carreira, recebeu diversos prêmios de prestígio na literatura, incluindo os prêmios Hugo e Nebula. Seu legado influencia mulheres e escritores de diversas origens raciais, especialmente por sua habilidade em tratar questões sociais complexas de forma acessível e profunda.
Fonte: Wikipedia • Livros de Octavia Butler
Adrienne Cecile Rich nasceu em Baltimore, nos Estados Unidos, em 16 de maio de 1929. Feminista radical, poeta, professora e escritora assumidamente lésbica, era profundamente crítica dos valores dominantes. Adrienne abordou temas como a necessidade de autodefinição feminina, a existência e o legado lésbico, a instituição da heterossexualidade, maternidade e racismo. Sua jornada na poesia e na prosa refletiu sua busca contínua por justiça social e pela libertação das mulheres da dominação masculina. No Brasil, 3 livros foram traduzidos: Uma Paciência Selvagem, Que Tempos São Estes e Heterossexualidade Compulsória e Outros Ensaios. Em 2021, foi lançado um curta-metragem chamado Uma Paciência Selvagem Me Trouxe Aqui, com elenco de Zelia Duncan e Bruna Linzmeyer (Globoplay). Por mais de seis décadas, a escritora contribuiu significativamente para a segunda onda do feminismo e para o movimento antiguerra. Rich 82 anos, recebeu inúmeros prêmios e deixou um acervo enorme de livros de poesia e de crítica literária e social.
Fonte: Poetry Foundation • Artigos de Adrienne Rich
Andrea Rita Dworkin nasceu em New Jersey, nos Estados Unidos, em 26 de setembro de 1946. É reconhecida como uma das feministas radicais mais proeminentes do mundo, escreveu 14 livros, sendo P0rn0gr4f14: homens possuindo mulheres (1981) o mais famoso. Dworkin tornou-se reconhecida por sua forte crítica à p0rn0gr4f14, associando-a ao 3stupr0 e à violência contra mulheres. No início dos anos 1970, compartilhou suas próprias experiências de 4bus0 s3xu4l e violência, em um período em que poucas mulheres falavam sobre isso. Além disso, Andrea foi também a primeira feminista da segunda onda a discutir detalhadamente as práticas de beleza como parte da opressão feminina, criticou a heterossexualidade, apontando que as mulheres que se relacionam com homens compartilham a cama com seus opressores e descreveu o s3x0 heterossexual como compulsório, argumentando que os homens reivindicam o direito de p3n3trar as mulheres como uma ferramenta do patriarcado.
Fonte: QG Feminista • Livros e artigos de Andrea Dworkin
Dana Densmore é uma acadêmica estadunidense independente, com vasta experiência em ensino, tecnologia de computação para missões espaciais avançadas, publicação feminista e autodefesa. Dedicou-se ativamente ao movimento da segunda onda do feminismo, que criticou a dominação masculina e buscou a libertação das mulheres. Dana aprendeu Tae Kwon Do na escola feminista de artes marciais, liderada por Jayne West, e aplicou seus aprendizados em organizações feministas, com o objetivo de promover autossuficiência e segurança a mulheres. Atualmente Dana é codiretora e editora-chefe da Green Lion Press, uma pequena editora especializa-se em oferecer acesso a textos originais sobre a história da ciência, da matemática e das ideias.
Fonte: Green Lion Press • Artigos de Dana Densmore
Jessica Eaton Taylor é autora e graduada em psicologia forense britânica. Ela foi professora sênior de psicologia forense e criminológica na Universidade de Derby. Taylor iniciou sua carreira como voluntária com vítimas de violência doméstica antes de se formar em psicologia pela Open University. Cofundou a Eaton Foundation e fundou a VictimFocus, visando combater a culpabilização das vítimas em diversas áreas. Em 2019, completou um doutorado com uma tese sobre a autoculpabilização de mulheres que sofreram violência sexual. Reconhecida por suas contribuições à psicologia e ao feminismo, Jessica publicou o livro "Por que as mulheres são culpadas por tudo" em 2020, que explora a atribuição de culpa às mulheres pela violência masculina. Em 2022, lançou "Sexy But Psycho", discutindo como a doença mental é utilizada para desacreditar mulheres.
Fonte: Wikipedia • Artigos de Dra. Jessica Taylor
Teresa Cárdenas Angulo é uma escritora, atriz, contadora de histórias e assistente social nascida em Matanzas, Cuba, em 1970. Ciente da escassez de protagonistas semelhantes a ela em livros infantis, Teresa dedica-se a criar narrativas para crianças com protagonistas negras e latinas. Sua produção literária inclui poesia, ensaios e narrativas curtas, onde aborda temas como morte, imigração, partidas, encontros e a vida. A escritora, que se destaca como uma das vozes mais relevantes da literatura infantojuvenil em Cuba, vem recebendo diversos prêmios literários e atualmente é Membra da Associação de Escritores da União de Escritores e Artistas de Cuba.
Fonte: UFSC • Livros de Teresa Cárdenas
Marta Breen nasceu em 1976. Escritora e jornalista norueguesa, Marta é referência em seu país por abordar em seus livros temas como os direitos das mulheres e o movimento feminista. Jenny Jordahl nasceu em 1989. Designer, cartunista, ilustradora e blogueira norueguesa, Jenny estreou na literatura infantil e vem trazendo pautas do feminismo e da justiça social em seus trabalhos. Juntas, as duas lançaram HQs, como Mulheres na luta: 150 anos em busca de liberdade, igualdade e sororidade e A queda do patriarcado: O combate ao machismo através dos séculos, que trazem dados históricos sobre a luta feminista no Ocidente.
Fonte: Cia das Letras • HQ de Marta Breen e Jenny Jordahl
Lhaiza Morena nasceu e vive em Salvador, Bahia. Inspirada pelas animações da Pixar e Dreamworks, Lhaiza se formou em Computação Gráfica na Escola de Arte, Jogos e Animação de São Paulo e se qualificou em design de cenários e personagens pela Escola Revolution. Com estilo de desenho alegre e ousado, a ilustradora vem ganhando destaque na cena infantil brasileira, trazendo em sua narrativa visual personagens negras que promovem o amor-próprio, assim como o apreço por seus cabelos e sua pele. Sua arte já esteve presente em marcas renomadas como Salon Line, Unilever/Seda, Telecine e Disney/FOX.
Fonte: Wacom Blog • Lhaiza Morena na Amazon
Marjane Satrapi, nome artístico de Marjane Ebihamis, nasceu em 1969, em Rasht, Irã, e cresceu em Teerã, onde testemunhou as mudanças políticas e sociais da Revolução Iraniana. Com 14 anos, foi mandada por seus pais para Viena, Áustria, a fim de fugir do regime. Após um ataque de pneumonia devido às péssimas condições de vida, retornou ao Irã, onde fez faculdade e obteve mestrado em Comunicação Visual. Atualmente mora na França e é reconhecida por seus trabalhos como romancista gráfica, ilustradora, cineasta e escritora, utilizando temas relacionados a vivências de mulheres.
Fonte: Cia das Letras • HQ de Marjane Satrapi
Adania Shibli nasceu em 1974 na cidade de Nazaré, na Palestina, e divide seu tempo entre Berlim e Jerusalém. Ph.D. em Estudos de Mídia e Cultura e professora universitária no Reino Unido e na Palestina, Adania tornou-se conhecida mundialmente por sua obra literária de romances e ensaios que exploram temas como identidade, deslocamento, conflito e memória na Palestina. Recentemente a autora sofreu silenciamento e teve sua nomeação para o prêmio de melhor livro na Feira do Livro de Frankfurt cancelada, devido ao conteúdo do livro indicado, "Detalhe Menor", que denuncia a violência de soldados israelenses contra palestinas/os.
Fonte: Nexo Jornal • Adania Shibli na Amazon
Marília Marz nasceu em São Paulo. Formada em Arquitetura e Urbanismo, atua na área de quadrinhos, design, ilustração e expografia. Sua jornada no mundo da arte sequencial começou em 2016, quando criou seus primeiros zines e esboços de HQ, mas seu interesse se expandiu quando cursou uma disciplina na área com teoria e prática, na University of Oregon, nos Estados Unidos. Desde então, ela utiliza o espaço das ilustrações e dos quadrinhos para expressar sua visão de mundo, abordando temas como negritude, memória, resistência e a relação entre indivíduo e cidade.
Fonte: Blog Marília Marz • Marília Marz na Amazon
Aimée de Jongh nasceu em 1988 em Waalwijk, na Holanda. Desde jovem, Aimée demonstrou interesse e aptidão para a arte, e sua paixão pela criação de histórias a levou a estudar animação e, em seguida, trabalhar na área. No entanto, logo se voltou para a criação de histórias em quadrinhos, tornando-se reconhecida pela série Snippers, publicada diariamente por cinco anos no jornal holandês Metro. Sua dedicação à arte e sua capacidade de contar histórias significativas tornam-na uma das principais vozes da cena de quadrinhos contemporânea.
Fonte: Eurochannel • Aimée de Jongh na Amazon
Marguerite Abouet nasceu em 1971 na cidade de Abidjan, Costa do Marfim. No início de sua juventude, foi enviada pelos pais a Paris, França, para se dedicar aos estudos. Ao longo de sua vida, trabalhou como babá, cuidadora e assistente jurídica, mas seu verdadeiro interesse estava na escrita, cuja estreia se deu com a série de HQs “Aya de Yopougon”, inspirada em suas memórias de infância em seu país de origem. Atualmente, reside em Romainville, nos arredores de Paris. Sua trajetória como escritora contribuiu para difundir a cultura e história marfinense, ganhando reconhecimento internacional.
Fonte: Wikipedia • Marguerite Abouet na Amazon
Alison Bechdel nasceu em 10 de setembro de 1960 na Pensilvânia, Estados Unidos, e se tornou famosa pelos seus trabalhos enquanto escritora, cartunista e ilustradora lésbica, assim como criadora do Teste de Bechdel. Alison é amplamente reconhecida por seu trabalho no campo dos quadrinhos autobiográficos e sua representação de personagens lésbicas e bissexuais. Seus livros exploram temas como sexualidade, amizade, relacionamentos amorosos, ativismo, política, família e a descoberta da própria verdade. A autora também é conhecida pelo Teste de Bechdel, um critério para avaliar a representação de mulheres em filmes, quadrinhos e outras mídias. O teste exige que uma obra tenha pelo menos duas mulheres que conversem entre si sobre algo que não seja um homem. O teste destaca a sub-representação e a falta de complexidade dos papéis femininos em muitas narrativas. A contribuição de Alison para a indústria dos quadrinhos lhe rendeu vários prêmios e reconhecimentos, incluindo um MacArthur Fellowship em 2014. Seu trabalho vem influenciando uma geração de artistas e escritoras, especialmente na comunidade lésbica e feminista.
Fonte: Wikipedia • HQs de Alison Bechdel
Liv Strömquist nasceu em 1978 em Lund, na Suécia, e começou sua carreira como cartunista nos anos 2000. Popularmente conhecida como escritora e quadrinista, Strömquist também foi apresentadora do programa de rádio suéco chamado "I'm an Alien", onde discutia questões sociais e políticas de forma humorística. Em suas histórias em quadrinhos, a artista aborda temas vinculados ao corpo feminino, como vulva, vagina, menstruação e capacidade reprodutiva. Também examina criticamente o papel da mulher na sociedade patriarcal, condicionado pelos instrumentos de dominação masculina. Com estilo cômico e sarcástico, Liv usa sua arte para expor e criticar a misoginia, o poder e a opressão dos homens contra as mulheres, utilizando referências pessoais, históricas e da cultura pop.
Fonte: Cia das Letras • HQ de Liv Strömquist
Aline Rossi nasceu em Cuiabá, Mato Grosso, e mora hoje em Portugal. Feminista, mãe, tradutora, blogueira e doula, é conhecida principalmente pelo seu ativismo em defesa de mulheres e crianças, dentro e fora das redes sociais, abordando temas como sexo/gênero, maternidade, raça e classe. Aline estudou Letras, Literatura Portuguesa e Pedagogia nas universidades do Mato Grosso (UFMT) e de Coimbra (UC-Portugal). Nos espaços virtuais, sua trajetória tem sido marcada pela criação/participação como editora, tradutora e escritora no blog Mundo Desalienado, no blog, canal no YouTube e podcast Feminismo com Classe (@blog.feminismocomclasse) e na revista virtual QG Feminista (@qgfeminista), uma das maiores revistas feministas no Brasil. Em Portugal, participou do grupo Geração Abolição Portugal e da Assembleia Feminista de Lisboa. Atualmente é membra fundadora e ativista da Coletiva Maria Felipa, coletivo feminista de mulheres brasileiras imigrantes no país. Além disso, é doula, apaixonada por nascimento e pós-parto.
Fonte: Exit Prostitution • Livro de Aline Rossi
Margaret Eleanor Atwood nasceu em 18 de novembro de 1939, na cidade de Ottawa, no Canadá. Ao longo da sua vida, publicou cerca de 40 livros, dentre eles ficção, não-ficção, contos e livros infantis. Tornou-se conhecida mundialmente por apresentar em suas histórias personagens mulheres que triunfam sobre a dor e trilham seus próprios caminhos. Desde a década de 1970, Margaret é membra fundadora da ONG Writers' Trust of Canada, que atua em apoio à comunidade de escritores canadenses ou que residem no país. A escritora recebeu diversos prêmios por sua produção literária e foi escolhida para estrear no projeto Future Library (Biblioteca do Futuro), em que 100 autores escreverão um livro a cada ano em uma coleção que deve ser lançada em 2114. Margaret defende que suas histórias mais famosas pertencem ao gênero ficção especulativa, mas não ficção científica. Isso porque os assuntos presentes em livros como "O Conto da Aia" - distopia com forte teor político em relação ao controle da vida das mulheres - e "Oryx e Crake" - distopia pós-apocalíptica, onde o mundo é habitado por criaturas biologicamente modificadas e tomadas pelo vício -, sejam possíveis de acontecer ou já ocorrem em algum nível.
Fonte: Wikipedia • Livros de Margaret Atwood
Zélia Gattai nasceu em 2 de julho de 1916, na cidade de São Paulo. Ao longo dos seus 91 anos, foi escritora, memorialista e fotógrafa, residindo grande parte da sua vida na Casa do Rio Vermelho, atual patrimônio histórico e museu cultural de Salvador/BA. Vivendo sua infancia no começo do século XX, Zélia acompanhou de perto e relatou em seus livros o processo de urbanização da capital paulista. Participou do movimento político-operário anarquista com sua família de imigrantes italianos e de comissões políticas em defesa dos trabalhadores, fato que a aproximou de personalidades políticas, intelectuais e artísticas. Assim conheceu Jorge Amado, com quem se casou e traçou um caminho de movimentações e interações sociais, ficando refém, no entanto, do papel de coadjuvante da própria vida, em função do outro. Em sua trajetória literária, Zélia registrou suas experiências de vida tanto no Brasil, quanto no mundo afora. Recebeu diversos prêmios e, em 2001, foi eleita para a Academia Brasileira de Letras (cadeira 23), para a Academia de Letras da Bahia e para a Academia Ilheense de Letras.
Fonte: Fundação Casa de Jorge Amado • Livros de Zélia Gattai
Carmen da Silva nasceu no município de Rio Grande, Rio Grande do Sul, em 31 de dezembro de 1919. Ao longo dos seus 65 anos, trabalhou como psicanalista, jornalista e escritora brasileira, tornando-se conhecida como uma das precursoras do feminismo no país. Iniciou sua carreira na escrita na década de 1940, período em que morou no Uruguai e na Argentina em em 1957 publicou seu primeiro livro (Setiembre). No Rio de Janeiro, Carmen escreveu, durante duas décadas, a coluna “A arte de ser mulher”, da revista Claudia, abordando a história e a condição das mulheres, a partir de temas desigualdade nos relacionamentos heterossexuais, uso da pílula anticoncepcional, divórcio, entre outros, considerados polêmicos em um tempo anterior à existência de movimentos feministas organizados no Brasil contemporâneo. Em 1985, de forma precoce e súbita, quando participava de uma conferência sobre jornalismo e feminismo, Carmen sofreu a ruptura de um aneurisma abdominal, vindo a falecer poucos dias depois. A Revista Impressões, espaço cofundado pela escritora, idealizado para abordar de forma mais livre assuntos sobre feminismo e cultura, foi publicada em 1987, dois anos após sua morte, em sua homenagem.
Fonte: Wikipedia • Livro de Carmen da Silva
Jarid nasceu no município de Juazeiro do Norte, Ceará, em 12 de fevereiro de 1991. Conhecida pela sua escrita, cordel e poesia, possui além de contos e romances, mais de 70 títulos publicados em Literatura de Cordel, incluindo a coleção Heroínas Negras na História do Brasil. Em meio a manifestações de cultura tradicional nordestina, Jarid cresceu tendo como referências membros da sua própria família, que se destacaram nas artes e na literatura regional e crítica. No entanto, percebia a falta de mulheres ocupando tais espaços de poder, sendo este incômodo fator pulsante na busca pelo conhecimento de autoras, poetas e mulheres de diversas áreas que foram invisibilizadas ao longo da história. A escritora começou a publicar em blogs feministas e negros até se tornar colunista e jornalista na Revista Fórum, colaborando também em outros portais e revistas. No Ceará, participou do coletivo regional Pretas Simoa e fundou o FEMICA. Já em São Paulo, fez parte da ONG Casa de Lua e criou o Clube da Escrita Para Mulheres, um coletivo de encontros gratuitos em São Paulo, ativo desde 2015, que objetiva encorajar mulheres a escrever. Em 2019 recebeu o prêmio APCA de Literatura na categoria contos/crônicas pela Associação Paulista de Críticos de Arte e em 2020 foi considerada pela Forbes uma das trinta personalidades de jovens que vem fazendo a diferença no Brasil.
Fonte: Blod de Jarid Arraes • Jarid Arraes na Amazon
Carolina Maria de Jesus nasceu numa comunidade rural do município de Sacramento, Minas Gerais, em 14 de março de 1914. Ao longo dos seus 62 anos de vida, foi escritora, poetisa e compositora. Se tornou uma das primeiras escritoras negras brasileiras reconhecidas mundialmente por conta do sucesso de sua obra inicial “Quarto de Despejo”, publicada em 1960. Carolina teve uma infância conturbada: por ser filha ilegítima de um homem casado, foi excomungada pela Igreja Católica. Jovem adulta, após a morte de sua mãe, migrou para São Paulo e construiu lá sua própria casa, utilizando madeira, lata, papelão e outros materiais que encontrava. Trabalhou como catadora de papel, mudou-se para a extinta favela do Canindé, na zona norte de São Paulo, teve acesso a livros em uma biblioteca e passou a registrar o cotidiano da comunidade onde morava nos cadernos encontrados no material que recolhia. Após sua primeira publicação, Carolina teve que lidar com ataques de seus vizinhos que a acusaram de ter colocado suas vidas no livro sem autorização. A escritora continuou se mudando, em busca de um lar para si e seus filhos, e mantendo firme sua decisão de recusa à submissão de um casamento. Sua escrita se manteve constante, porém, apesar do seu legado, recebeu menos do que deveria de direitos autorais, retornando frequentemente à linha da pobreza.
Fonte: Wikipedia • Livros de Carolina Maria de Jesus
Eliana Alves dos Santos Cruz é uma jornalista, escritora e roteirista, nascida em 1966 no Rio de Janeiro, Brasil. Suas raízes africanas, presentes na ascendência beninense, nigeriana, marfinensa, serra-leonina, ugandensa, gambiana e norte-africana, influenciam diretamente suas obras, a exemplo do seu romance de estreia Água de Barrela, baseado na trajetória da sua família desde o século XIX, na África. Em seus livros, textos e reportagens, vem abordando temas relacionados ao racismo, escravidão, trabalho entre mulheres negras e resgate da memória social e cultural afro-brasileira. Eliana se formou em comunicação social e trabalhou como gerente de imprensa da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, tendo a oportunidade de viajar para diversos lugares enquanto cobria campeonatos nacionais e mundiais, Jogos Pan-Americanos e Jogos Olímpicos, além de atuar no resgate da presença negra no esporte. Como escritora, conquistou o Prêmio Literário Oliveira Silveira, da Fundação Palmares e Ministério da Cultura, o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, e o Prêmio Thomas Skidmore 2018, do Arquivo Nacional e da americana Brown University.
Fonte: Wikipedia • Livros de Eliana Alves Cruz
Chloe Ardelia Wofford, batizada como Anthony, nasceu em Lorain (EUA), em 18 de fevereiro de 1934, e viveu 88 anos como editora, professora e escritora de peças, romances, ensaios, literatura infantil e um libreto de ópera. Dentre suas atividades, Toni ajudou, enquanto editora, na popularização da literatura negra em seu país, incentivando o surgimento de novas/os escritoras/es, e criou nas universidades em que lecionou projetos como o Princeton Atelier, reunindo estudantes com artistas famosos para desenvolverem obras artísticas que seriam apresentadas no fim do semestre. Toni foi a primeira escritora negra a receber o Prêmio Nobel de Literatura. Apesar de não considerar sua obra feminista, a autora apresenta em seus livros personagens negras com personalidades fortes e histórias de vida marcantes, trazendo recorrentemente a intersecção entre raça, sexo e beleza.
Fonte: Wikipedia • Livros de Toni Morrison
Florence Onyebuchi “Buchi” Emecheta nasceu na Nigéria, em 21 de julho de 1944, foi radicada em Londres e viveu 72 anos como socióloga e escritora de romances, peças de teatro, autobiografia e livros para crianças. Em sua infância, após a morte de seu pai, Buchi recebeu uma bolsa para estudar em uma escola metodista. Casou-se aos 16 anos, mudou-se para Londres e teve cinco filhos, mas viveu um casamento violento. Começou a escrever e publicou seu primeiro livro, "Preço de noiva", em 1976. Aos 22 anos, deixou o marido e sustentou a família trabalhando na biblioteca do Museu Britânico, obtendo um bacharelado em sociologia em 1972 e um doutorado em 1991. Em suas obras, Buchi aborda temas como escravidão, maternidade, mulheres divorciadas e imigrantes, resistência de mulheres africanas na sociedade patriarcal, independência feminina, educação para libertação e conflito entre tradição e modernidade.
Fonte: Wikipedia • Livros de Buchi Emecheta
Audrey Geraldine Lorde nasceu no Harlem, em Nova York, em 18 de fevereiro de 1934, e viveu 58 anos como escritora, poeta, ensaísta e ativista dos direitos humanos, feminista, mulherista, lésbica, negra e mãe. Trabalhou como bibliotecária e fundou com Barbara Smith e Cherríe Moraga a primeira editora dos Estados Unidos para mulheres negras (Kitchen Table: Women of Color Press). Nessa mesma década, atuou na militância com mulheres afro-alemãs numa temporada em Berlim. Tanto em sua poesia quanto na teoria, Audre incentiva as mulheres lésbicas e pessoas negras a se sentirem confortáveis em sua própria pele. Audre criticou feministas brancas e burguesas da década de 1960, como Betty Friedan, por focarem somente em experiências e valores de mulheres de classe média, e escreveu sobre a necessidade de aplicar a ferramenta de análise da interseccionalidade, para se aprofundar nas questões de sexo, sexualidade, classe, raça, idade e saúde das mulheres — seus ensaios trazem muito da sua própria experiência de lutar contra o câncer nos últimos anos de vida.
Fonte: Wikipedia • Livros de Audre Lorde
Colette Dowling é uma escritora norte-americana que nasceu em 1938, se formou em serviço social clínico e vem trabalhando na área de psicoterapia. É mais conhecida por seu primeiro livro, O Complexo de Cinderela, que se tornou um best-seller na década de 1980. Voltada ao estudo da psicologia feminina, Colette aborda em sua obra o medo das mulheres da independência e o desejo inconsciente de serem cuidadas por outros, construídos por meio de referências estereotipadas apresentadas desde a infância. Esta espécie de fenômeno, complexo ou síndrome, advindo da socialização feminina, desincentiva as mulheres à busca pela autonomia e autossuficiência.
Fonte: Medium • Livro de Colette Dowling