O Mapa de Aprendizagem, também conhecido como Mapa de Atividades, é um recurso bastante utilizado por designers instrucionais na elaboração de cursos virtuais formais. O mapa ajuda o instrutor e sua equipe a planejar o processo de aprendizagem do estudante dentro de um curso ou disciplina.
Problema
Como criar o Mapa de Aprendizagem do meu MOOC?
Forças
O formato do mapa pode variar de acordo com a plataforma ou a estratégia pedagógica adotada.
Solução
O Mapa de Aprendizagem descrito a seguir é útil para projetar MOOCs usando a plataforma Tim Tec e o Modelo pedagógico para MOOCs inspirado na Aprendizagem Invertida, que neste Framework é usado como estratégia pedagógica.
Coluna 1 (Semana): informe o número da semana. Como o Modelo pedagógico para MOOCs inspirado na Aprendizagem Invertida sugere o uso de atividades anteriores ao inicial efetivo do curso, você pode usar os valores 0 ou 1 para indicar isso.
Coluna 2 (Nome da Aula): Como a plataforma Tim Tec é baseada em aulas e unidades, insira o nome da aula. O estudante navegará pelo curso utilizando a lista de aulas, conforme identificado na figura a seguir:
Coluna 3 (Descrição da Aula): Informe o objetivo geral da aula, suas características e/ou principais atividades a serem realizadas pelos estudantes.
Coluna 4 (Unidade): São subdivisões mais detalhadas das aulas.
Coluna 5 (Objetivos Específicos): Informe os objetivos específicos a serem alcançados pelo estudante ao final da aula ou unidade. Esses objetivos serão alcançados por meio das atividades a serem realizadas. A Taxonomia de Bloom é um dos principais recursos utilizados para definir objetivos de aprendizagem. Alguns links úteis:
Taxonomia Revisada (em português): http://www.desenhodidatico.com.br/taxonomia-de-bloom-revisada-2001/
Taxonomia Original: http://penta2.ufrgs.br/edu/bloom/bloom.htm
Mapa de Atividades para o Moodle: https://tidia-ae.ufabc.edu.br/uab/mapa_de_atividades/index.html
Coluna 6 (Espaço Facebook): Informe as atividades que serão realizadas pelos estudantes ou outras informações úteis para compor o espaço social e colaborativo do curso. Esta estratégia é opcional. Você pode usar o próprio fórum da plataforma como estímulo à criação de uma comunidade de aprendizagem. Outro ponto, no lugar de Facebook, você pode usar esta coluna para descrever atividades em outros ambientes (blogs, ferramentas externas, etc).
Coluna 7 (Espaço Plataforma): Informe as atividades que serão realizadas pelos estudantes ou outras informações úteis para compor o espaço do curso na plataforma. A sequência e tipos de atividades são baseadas na estratégia pedagógica utilizada, nesse caso, o Modelo pedagógico para MOOCs inspirado na Aprendizagem Invertida e os mini-modelos (Aprendizagem Baseada em Projetos, Problemas, Casos, Interpretação de Papeis, etc).
É importante definir o tipo da atividade, por exemplo: Texto do submódulo (ou unidade), Vídeo, Atividade do Fórum, Atividade em par, etc...
Exemplo da Coluna "Ambiente Principal da Plataforma", de um curso planejado para o provedor MiríadaX, que permite a inclusão de texto, vídeos e outras atividades na descrição da aula (Texto do Submódulo: X, Vídeo: Y, Link Fórum: Z.
Neste caso, os scritps dos vídeos estariam descritos em um documento separado. Veja um Exemplo de Roteiro para Vídeos aqui.
Clique em arquivo (file) - Dowload as (salvas como) - Word
Ação
Você vai precisar dos padrões descritos a seguir, para iniciar a composição do Mapa de Aprendizagem do seu curso. O mapa, em branco, está no documento Projeto_Padrões_GrupoX. Clique aqui para ver um exemplo.
Como preencher o mapa? (em progresso)
A estratégia Understanding by Design pode ser utilizada como apoio para preencher o mapa. Primeiro define-se objetivos e habilidades a serem alcançadas pelos estudantes. Depois define-se formas de buscar evidências de que tais conhecimentos ou hablidades foram alcançadas. Por fim, define-se a estratégia de ensino.
Mais informações em: https://cft.vanderbilt.edu/guides-sub-pages/understanding-by-design/
A estratégia Flipped Learning, também conhecida como Flipped Classroom ou Sala de Aula Invertida, tem sido bastante utilizada no ensino presencial. Uma forma simples de aplicá-la é: antes da aula presencial os estudantes precisam se preparar, assistindo a vídeos, leitura de texto, ou seja, atividades passivas. O momento dentro da sala de aula em si é usado para aplicação de estratégias ativas de ensino aprendizagem, tais como Aprendizagem baseada em Projetos, Problemas, Casos, Simulações, Interpretação de Papeis, dentre outras. Flipped Learning busca incentivar a autorregulação da aprendizagem e questões relacionadas: autoavaliação, papel ativo do estudante, avaliações contextualizadas, dentre outras.
Problema
Como usar ideias e princípios da Aprendizagem Invertida como estratégia pedagógica para guiar o projeto do Mapa de Aprendizagem de um MOOC?
Solução
O Mapa de Aprendizagem desse framework usa um Modelo Pedagógico para MOOCs, inspirado nas ideias e fundamentos de Flipped Learning, conforme definido a seguir:
Descrição dos principais elementos:
· A realização de uma ou mais atividades antes do curso iniciar efetivamente. Atua como uma oportunidade para ativar o conhecimento prévio e preparar os alunos para assumirem um papel ativo no curso. Também é uma forma de desenvolver competências relacionadas ao autogerenciamento ou autorregulagem da aprendizagem (do inglês self-regulated learning), tão instigada em projetos de cursos abertos. Exemplos de atividades: quizzes, questionário de autoavaliação e autorreflexão para estudantes, avaliação diagnóstica inicial, elaboração de um portfólio digital sobre o conteúdo do curso, descrever experiências com o conteúdo a ser trabalhado no curso, discussão sobre um determinado assunto ligado ao curso. Tais atividades estão mais relacionadas aos objetivos dos níveis mais baixos da taxonomia de Bloom, tais como lembrar, compreender, dentre outros.
· A adoção de uma plataforma de MOOCs que possa ser usada para o desenvolvimento de Mapas de Aprendizagem baseados em metodologias ativas de ensino aprendizagem, tal como a aprendizagem baseada em projetos, problemas, casos, dentre outras, com o apoio do instrutor e tutores. Aqui, as atividades devem estar mais relacionadas aos objetivos dos níveis mais altos da taxonomia de Bloom, tais como aplicação, análise, síntese, dentre outros.
· O uso de um espaço social de aprendizagem colaborativa, inserido na plataforma ou fora dela (um grupo no Facebook, por exemplo), que funcione como uma comunidade de aprendizagem e repositório de recursos digitais de aprendizagem.
o Sugestões de atividades orquestradas por instrutores no espaço social.
§ Apresentação das instruções iniciais de funcionamento do espaço e/ou um guia de aprendizagem, para contextualizar os estudantes sobre o papel desse espaço e o tipo de comportamento esperado.
§ Compartilhamento de recursos digitais de aprendizagem que forneçam uma base de conteúdo ou apoio às atividades realizadas na plataforma (textos, vídeos, fotos, outros artefatos relacionados ao curso.
§ Desenvolvimento de atividades (miniprojetos, problemas a serem resolvidos individualmente ou em pares, discussões em pares, etc)
o Sugestões de atividades orquestradas por estudantes
§ Compartilhar material de autoria própria ou de terceiros.
§ Iniciar posts com discussões e participar de discussões iniciadas pelos colegas.
§ Participar de atividades orquestradas pelos professores.
§ Criar e/ou participar de enquetes e outros recursos fornecidos.
Exemplo
Essa figura resume a ideia apresentada anteriormente:
Ação
Ao detalhar o Mapa de Aprendizagem do seu MOOC, tenha em mente essa especialização do modelo definido anteriormente:
· Os tipos de atividades e a sequência de atividades do Mapa de Aprendizagem devem ser definidos considerando esse modelo (atividade antes do curso começar efetivamente + Grupo de Discussão + Aprendizagem baseada em Projetos (e/ou problemas, e/ou casos, dentre outras, na plataforma do Curso).
· Semana 0: antes do curso começar. Definir a atividade que o estudante deve realizar antes de iniciar o curso efetivamente. Exemplo: avaliação diagnóstica inicial, elaboração de um portfólio digital sobre o conteúdo do curso, descrever experiências com o conteúdo a ser trabalhado no curso, discussão sobre um determinado assunto ligado ao curso.
· Sugestão: Usar o padrão Fórum Mediado por Problemas para guiar as discussões no Grupo do Facebook.
· Usar o padrão Aprendizagem Baseada em Projetos para guiar o curso em si (plataforma).
Dentro do contexto do Modelo pedagógico para MOOCs inspirado na Aprendizagem Invertida, vídeos são usados para guiar os estudantes nas atividades que precisam ser realizadas. Poucos devem ser os momentos de aula expositiva em forma de vídeos.
Problema
Como deve ser feito o planejamento de vídeos no contexto de MOOCs?
Forças
· A estrutura do curso e a estratégia pedagógica adotada impactam e influenciam a estratégia usada para construir os vídeos.
Solução
· Crie um documento de Roteiro para os Vídeos. Seu preenchimento deve estar alinhado com o Mapa de Aprendizagem (nomes das aulas, sub-aulas/módulos/unidades, etc). Segue um exemplo aqui.
· As nossas pesquisas indicam que o tamanho ideal para vídeos em MOOCs varia de 2 a 3 minutos. Em vez de gravar um vídeo de 15 minutos sobre um assunto X. Crie mini-vídeos de 2 ou 3 minutos. Cada vídeo deve ter um objetivo de aprendizagem bem definido e, se possível, ser independente dos demais vídeos. Isso facilita manutenção e futuras atualizações. Conceitos de REAs e Objetos de Aprendizagem podem ser utilizados para melhorar o processo de criação de vídeos.
· Use entrevistas para reforçar aspectos do mundo real, por meio de vídeos com profissionais falando sobre seus papeis, carreiras e como usam e/ou aplicam os conceitos que estão sendo abordados no curso.
· Use screencast para demonstrar uma ferramenta, técnica, processo ou software.
· Use micro-aulas (microlectures) quando perceber que alguns pontos específicos precisam ser abordados para guiar os estudantes.
· Exemplos de tipos de vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=cuGCkXHgn7E&feature=youtu.be
http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=7735
7. vídeos gerados a partir de ferramentas de autoria (versão paga de http://www.sparkol.com ou www.powtoon.com). Exemplo: https://www.youtube.com/watch?v=ZPg-DOvnW4g&t=89s
8. gravação externa: https://www.youtube.com/watch?v=IM77XIngUEg ou https://www.youtube.com/watch?v=9M_rPEjSpHQ
9. Vídeo informal com discussões ou reflexões fornecidas pelo professor ao final da aula ou curso.
10. Simulações
11. Podcasts (ver exemplos a seguir).
Figura - Tela do podcast no curso Globalizing Higher Education Research for the Knowledge Economy (Coursera)
Figura - Tela com uma coleção de podcasts (Globalizing Higher Education - Coursera)
Referências
https://onlinelearninginsights.wordpress.com/2015/02/24/five-alternatives-to-the-talking-head-video-for-moocs-online-courses/
É bastante comum, no contexto de MOOCs, o uso de questionários iniciais para caracterização dos usuários. É uma forma de coletar dados geográficos, pessoais, de gênero, motivação para fazer o curso, expectativas, etc. Esses dados podem ser usados para fazer adaptações no curso, seja em tempo real ou em futuras atualizações. Desenvolvedores de plataformas de MOOCs (sistemas) também têm usado tais dados como parâmetros para implementar técnicas de adaptação de conteúdo, atividades, dentre outras estratégias para personalizar a aprendizagem.
Problema
O que considerar durante o planejamento de um questionário de caracterização de usuário?
Solução
<em construção>
Exemplos
A Online Learning Enrollment Intentions (OLEI) Scale tem sido utilizada para identificar a relação entre as intenções de matrícula e comportamentos do curso. Contém questões simples que podem ser incorporadas num questionário mais completo de Caracterização do Usuário. Aqui tem uma versão em espanhol: https://figshare.com/articles/OLEI_Scale_Spanish/1585144. O artigo completo, que descreve a escala, está disponível aqui: http://rene.kizilcec.com/wp-content/uploads/2013/02/kizilcec2015motivation.pdf