Fonte: Plano Diretor de Regionalização de Pernambuco, 2011.

III Região de Saúde - Palmares

Municípios que compõem a III Região de Saúde

Água Preta

Amaraji

Barreiros

Belém de Maria

Catende

Cortês

Escada

Gameleira

Jaqueira

Joaquim Nabuco

Lagoa dos Gatos

Maraial

Palmares

Primavera

Quipapá

Ribeirão

Rio Formoso

São Benedito do Sul

São José da Coroa Grande

Sirinhaém

Tamandaré

Xexéu

A III Região de Saúde é composta por 22 municípios e tem sede no município de Palmares. A população estimada é de 624.933, sendo 49,5% do sexo masculino e 50,05% do sexo feminino. Acerca da população feminina é observado que 65% (204.073) encontram-se em idade fértil (10-49 anos). O maior percentual de pessoas alfabetizadas nesta região está nas faixas etárias de adolescentes e adultos jovens, não chegando ao percentual preconizado.

Considerando os indicadores de saúde da III região, para os indicadores de nascimento observamos um aumento no número de nascimentos entre 2013 e 2014. Porém, após esse período o quantitativo vem diminuindo. Além disso, é observado um aumento de prematuridade entre os anos de 2010 e 2014, com discreta redução a partir de 2015, mantendo uma média de 11,5% no período de 2015-2018. Outros fatores considerados relevantes são a proporção de partos cesáreos que se apresenta em 50%, a proporção de mães adolescentes em 25% e a média de crianças com baixo peso ao nascer de 7,7% para o período observado.

No que concerne aos indicadores de mortalidade infantil é observado que nos últimos anos a região apresentou redução na taxa de mortalidade infantil. A exceção é observada para os municípios de Catende, Jaqueira, Ribeirão e Rio Formoso que apresenta tendência de crescimento. A mortalidade materna tem se apresentado estável ao longo dos últimos anos.

No âmbito da Atenção Primária, a III região de saúde apresenta uma cobertura de 93,43% de seu território. A cobertura para o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) é de 98,32%, sendo que entre os anos de 2015 e 2020 houve uma redução de 1,3% no número de ACS. Um destaque importante é observado no município de São Benedito do Sul que tem um percentual de apenas 65,11% de cobertura do PACS, um valor bem abaixo do observado nos demais municípios da região. Outro fator que fragilizou o funcionamento da rede de assistência dentro do território foi a desativação do NASF-AB em 06 municípios após mudança no financiamento da Atenção Primária em Saúde (APS). No âmbito da saúde bucal a região conta com 156 equipes na modalidade I e 01 equipe na modalidade II.

Diante do funcionamento da Rede de Atenção à Saúde no território da III região nota-se que a mesma apresenta uma rede de saúde mental fragilizada, sendo necessário a implantação de novos serviços para CAPS, principalmente o CAPS III, CAPSi, CAPS AD e Residência Terapêutica. A rede Materna e Infantil conta com o Programa Mãe Coruja que fortalece as ações voltadas à saúde materna e infantil. Todavia entre os anos de 2013 e 2019 houve uma queda no cadastro das crianças nascidas vivas no programa. Outro fator importante é o percentual de gestantes adolescentes que se mostra acima de 19% para os municípios de Amaraji, Joaquim Nabuco, Maraial, Palmares, Rio Formoso e Xexéu.

Para a Rede de Atenção às Urgências e Emergências é observado que apenas os municípios de Joaquim Nabuco e Maraial não aderiram ao SAMU 192. Entre os anos de 2015 e 2020 foi observado uma redução significativa no número de leitos do SUS. Porém, é observado um aumento no número de leitos de UTI, especialmente para a cobertura da Covid-19. Outro fator a considerar no território da III região é a não existência de equipes de atenção domiciliar e de Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

Dentro da Rede de cuidados à Pessoa com deficiência (RCPD), apesar da existência de serviços de reabilitação, a rede se encontra com várias fragilidades devido a ausência de profissionais específicos para atendimentos ambulatoriais, a falta de especialidades voltadas ao atendimento à pessoa com deficiência, a alta de demanda de usuários na fila de espera, estrutura física precária e falta de equipamentos apropriados que dificulta a dinâmica de atendimentos.

Na Rede de Oncologia é observado que os índices de mamografia e de exame citopatológico do colo uterino estão abaixo dos índices registrados no estado. Apesar da existência de mamógrafos nos municípios que compõem a região, foi verificado que ainda há um percentual considerável de mulheres que precisam se deslocar para outras regiões de saúde, para realizar confirmação de diagnóstico. Para o período avaliado, foi observado que houve uma redução de 200% no número de mamógrafos disponíveis para a população. Os municípios de Escada e Palmares foram os que apresentam os maiores números de internações em oncologia entre os anos de 2015 e 2019 na regional. Os dados mostram ainda que, apesar de haver estabilização no número de internações nos municípios, tem havido aumento de mortalidade.


Fonte: Equipe técnica da III GERES, 2022.