Geossítios
Património Geológico do concelho de Penamacor
Património Geológico do concelho de Penamacor
Sabia que no nosso concelho encontra 15 Geossítios
(local ou sítio de interesse geológico)
O Complexo Mineiro Romano é um testemunho notável da atividade mineira romana de extração de ouro no nordeste da província romana “Hispania Vlterior Lusitania” (foi uma província romana fundada durante a República Romana, mais precisamente em 197 a.C.).
As dimensões espetaculares que chegaram a alcançar estes trabalhos auríferos, a céu aberto, têm chamado a atenção de vários investigadores internacionais.
📍40,2032535, -7,1301457
Estas minas são um testemunho da atividade mineira no nosso concelho associada à exploração do chumbo, em meados do séc. XX, com o registo de descoberta no ano de 1942.
Na área da antiga exploração mineira, que não está em laboração, é possível ver uma “corta mineira” (mina a céu aberto) e uma entrada para uma galeria. Ainda é possível visitar os antigos edifícios, nas imediações das frentes de exploração (casas, lavarias, escritórios, …).
📍40,179928, -7,192240
As Minas da Mata da Rainha são consequência da intensificação da procura do volfrâmio no início do século XX, onde foi identificada uma importante reserva de estanho e volfrâmio (Sn-W), com exploração dominante de cassiterite (SnO2).
O auge de produção destas antigas explorações mineiras foi durante o período de 1936-44, relacionado com o contexto da 2ª Guerra Mundial, cuja história é contada na obra de Fernando Namora “Minas de San Francisco”.
Localizadas junto da ribeira do Taveiró, ainda é possível identificar galerias e escombreiras, antigos edifícios e vagonetas.
📍40.0965547535599, -7.308432342274041
São exemplo único da exploração de manganês e ferro no nosso concelho e na região do Geopark Naturtejo.
A sua contextualização temporal é difícil, mas estas minas mostram ter um longo período de evolução desde a proto-história.
O Vieiro das Gralhas tem uma aberturas em abóbada de traçado irregular para as galerias, estas, por vezes enormes e muito próximas da superfície, o que permitindo um fácil acesso, pode-se ainda identificar minerais e escórias resultantes da atividade metalúrgica.
📍40.08184999736145, -7.078551302911039
Poderão ser observadas neste local formações de singular beleza que resultam da fissuração poligonal dos blocos graníticos, vulgarmente designada por alteração em côdea de pão, uma vez que a sua superfície se assemelha à côdea da broa de milho.
Este tipo de alteração desenvolvida a partir da fraturação de um bloco maior terá resultado da infiltração das águas, que “corroeram” os granitos antes dos mesmos serem expostos à superfície por processos de levantamento e erosão.
📍40.09809879468055, -7.212228999573466
Crista Quartzítica de Salvador
Aqui se inicia uma dobra tectónica que se estende até Ciudad Real, em Espanha. As rochas quartzíticas, datadas entre 478 e os 468 milhões de anos, contêm importantes registos para interpretação de ambientes passados. Na altura em que estas rochas se formaram a região era banhada por um oceano cheio de vida, testemunhado hoje pelas marcas produzidas pelas trilobites e outros seres.
📍40.093110, -7.086048
Neste local é possível visualizar a parte meridional do “Vale de fratura de Valdedra-Meimão” com cerca de 16 km de comprimento e uma orientação preferencial quase norte - sul. Com particular importância para a compreensão da evolução da paisagem da Serra da Malcata, o Vale representa a estrutura que fracionou o conjunto principal da Malcata em dois blocos com profundas diferenças morfológicas entre si.
📍40.24062411271035, -7.1138669740684985
No relevo da Serrinha destacam-se as morfologias graníticas. Alguns blocos graníticos apresentam curiosas formas moldadas em épocas muito longínquas, quando a água era abundante à superfície e se infiltrou provocando alterações nos granitos outrora localizados em profundidade.
São exemplo as pias (cavidades circulares pouco profundas), blocos em equilíbrio, pseudoestratificações (blocos em camadas paralelas), blocos com alteração alveolar de diferentes dimensões e profundidades e blocos graníticos com formas zoomórficas.
📍40.10038020013292, -7.1761481415292705
A Serra d’Opa constitui uma elevação, relativamente individualizada na paisagem envolvente, que se assemelha na sua forma à opa utilizada em sessões solenes. A influência da rede de fraturação na evolução e delimitação deste relevo é evidenciada pelas vertentes claramente definidas, como também pela ocorrência simultânea de rochas graníticas e xistentas, praticamente à mesma cota.
O miradouro assente num local onde predominam as rochas graníticas que apresentam diferentes conjuntos de geoformas, permite também uma leitura sobre o desenvolvimento da Meseta Ibérica a norte da Serra da Malcata.
📍40.28669947202384, -7.212765169060013
A Parada interior do antigo quartel permite obter uma visão panorâmica da área Sul do concelho de Penamacor, onde se destaca a intrigante planura da “Superfície de Castelo Branco” irrompida por relevos residuais e condicionada pela mudança das litologias xistenta, granítica e quartzítica.
Para sudeste destaca-se o Sinclinal de Penha Garcia; para sul sobressaem os “Montes-Ilha” ou Inselbergs de Monsanto, Moreirinha e Alegrios; para oeste é ainda visível a Serra da Gardunha, um prolongamento da Serra da Estrela.
📍40.1667628474781, -7.169929045235051
Na Mata da Câmara estão localizados os blocos graníticos que constituem um pequeno abrigo, popularmente conhecido por “Casa do Ramalho”.
Próximo a este local obtém-se uma visão panorâmica da área a norte do concelho de Penamacor, onde é possível distinguir diferentes unidades geomorfológicas como a Meseta Ibérica, à qual pertence a Superfície de Castelo Branco ou a Cova da Beira, além de relevos residuais (Penamacor e Belmonte).
📍40.1667975447347, -7.189101702907706
Em plena Reserva Natural da Serra da Malcata, o Miradouro dos Sete Concelhos tal como o nome indica, permite visualizar pelo menos sete concelhos em Portugal: Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor, Fundão, Covilhã, Guarda e Sabugal. Para norte, visualiza-se a continuação da Serra da Malcata; para ocidente a Serra d’ Opa, Serra de Santa Marta e a sua continuação para a Cova da Beira; para sul os relevos residuais de Penamacor, Monsanto e Penha Garcia; e para oriente o prolongamento da Malcata para a espanhola Serra da Gata.
📍40.23258595653562, -7.0705579317414555
A partir deste local é possível visualizar toda e extensão do vale abandonado após a “captura” do Rio Bazágueda, pela rede hidrográfica da Ribeira da Meimoa. Este rio que anteriormente pertencia à bacia hidrográfica do rio Zêzere, correndo para ocidente ao seu encalço, faz hoje parte da bacia hidrográfica do rio Erges. Toda esta área assume particular importância pois poucas são as capturas suscetíveis de demonstração para a explicação da evolução da rede hidrográfica.
📍40.178464216285434, -7.111119587561958
No cimo da Serra de Santa Marta, na torre de vigia, obtém-se uma visão panorâmica 360º da área envolvente ao concelho de Penamacor. A partir deste local é possível ver parte da Cordilheira Central (localizada no centro da Península Ibérica), que inclui a Serra da Estrela e o seu setor meridional, a Serra da Malcata; a “Cova Beira” e o relevo da Serra d’Opa; e ainda a “Superfície de Castelo Branco”.
📍40.20680079547035, -7.24114677921906
Estas são as mais antigas e importantes nascentes mineromedicinais frias do concelho de Penamacor e certamente estão relacionadas com a origem do topónimo da freguesia onde se localizam: Águas. A circulação de águas subterrâneas nas formações graníticas em associação com falhas profundas permite a ocorrência de uma água mineral sulfúrea, com reconhecidas indicações terapêuticas para doenças reumáticas, musculosqueléticas e doenças do aparelho respiratório.
📍40.10485663913151, -7.2053680452374795