Joana D'Arc de Paula - Sagrado Feminino

Pra você o que é o Sagrado Feminino?

Ontem li um texto sobre os riscos de caminharmos para um mundo feminista, onde as mulheres tomariam o poder e comando da sociedade, apenas mantendo a visão machista invertida, e isso me fez refletir um pouco para escrever esse texto.

Pra você o que é o Sagrado Feminino?

Estamos em um grupo estudando a cura do nosso lado feminino, tão massacrado, que teve que ser escondido por muitos e muitos anos.

Vivemos verdadeiros anos de terror quando qualquer tipo de conhecimento vindo das nossas ancestrais ou da nossa intuição poderia ser considerado bruxaria, não só por homens, mas também por outras mulheres, ou seja, até o surgimento de desconfiança em relação a outras mulheres foi plantado, nos fazendo nos afastar e assim diminuir mais ainda a transmissão dos nossos conhecimentos.

Todas nós temos nosso lado bruxa, mas por muitos e muitos anos sentir esse poder que temos era algo que amedrontava. Hoje podemos nos sentir mais leves, felizes e honradas por fazer parte de grupos que estudam o Sagrado Feminino, é como retornar às nossas origens. Sinto que podemos expressar novamente nossas essências. Mas, só sinto tudo isso porque tenho uma profunda esperança de que estamos em um momento mais evoluído, sem desejar testar forças e sim uma busca pelo equilíbrio.

Meu desejo é que homens e mulheres possam se respeitar e compreendam que não precisam mais esconder seus sentimentos, seus sentidos, sua intuição, sua força, cada um a sua maneira.

Sonho com um mundo onde as pessoas se respeitem e também respeitem nosso planeta, nossa casa que nos acolhe com tanto amor.

E para você? O que é o Sagrado Feminino?

Texto: Joana D’Arc de Paula

Seja você a diferença

Ler sobre o sagrado feminino tem sido algo mais fácil hoje em dia! Basta procurarmos que encontramos algo relacionado.

Nosso lado feminino, depois de tantos anos de opressão pode se manifestar, e quando falo de lado feminino não estou pensando só em nós mulheres, mas em todos nós humanos tentando equilibrar nossas essências, masculina e feminina.

Mas ao pensar no sagrado feminino quais transformações você permitiu e tem permitido na sua vida para se reconectar com sua essência feminina?

Compreende que o mundo oprimiu nossa essência feminina, e que tivemos que expressar nosso lado masculino de forma enérgica, muitas vezes para mostrarmos nossa igualdade com o sexo masculino, mas que nós mulheres temos grande responsabilidade em relação a essa opressão?

Compreende que durante o patriarcado a educação foi e é basicamente uma tarefa feminina e que a mesma mãe que educava um filho machista educava uma filha que teria que lidar com um marido machista? Não estou escrevendo aqui para nos enchermos de sentimentos de culpa, raiva, ou qualquer coisa do tipo, muito pelo contrário, gostaria apenas de pensarmos que todos somos responsáveis pelas mudanças que podemos promover no mundo, e que temos nossa parcela de responsabilidade de começar essa mudança por nós. Então, refaço a pergunta, o que você tem feito para se reconectar com sua essência feminina? O que você tem feito para permitir que sua essência feminina entre em equilíbrio com sua essência masculina? Você conseguiu mudar alguns padrões de comportamento? Tem se permitido conversar sobre isso com amigas e amigos? Consegue pensar em como você pode ser a mudança no seu meio?

Hoje convido você a ser e fazer a diferença, convido você a repensar determinados comportamentos que não devem mais ser passados adiante, convido você a pensar no que pode mudar na sua vida hoje, pense em quantas mulheres conseguiram resistir a toda opressão se mantendo fiéis a seus princípios, mantendo o sagrado feminino como uma linda fonte de poder e se inspire nelas para que você possa também fazer parte desse momento planetário, trazendo todo o amor e sabedoria que essa energia feminina representa!

Que sejamos luz por onde caminharmos, podendo demonstrar através do amor toda mudança que podemos ser e trazer ao mundo!

Joana D’Arc de Paula

A energia da Grande Mãe

Muito se fala sobre o Sagrado Feminino, e junto com um movimento de ascensão dessa energia feminina surgem movimentos de reforço ao patriarcalismo. E é interessante o medo que o patriarcalismo possui da reascensão dessa energia feminina, tão poderosa e que, mesmo adormecida, habita cada ser, afinal todos temos nossa energia feminina e masculina.

O patriarcado surgiu como forma de separatividade, indo contra tudo o que era idealizado pela Deusa, aquela energia masculina em desequilíbrio desejava dominar, superexplorar, maltratar e abusar tudo e todos justamente para mostrar que era superior a Deusa. Por não conceber a vida e nem se identificar com ela torna-se seu explorador e usurpador.

E o que é a Deusa? A Deusa é a fonte de toda a vida, integrando tudo em si, inclusive o masculino. Como a Deusa era mãe de tudo, todas as coisas estavam em irmandade. Tudo era considerado sagrado e divino, não existia superioridade, entre reinos animal, vegetal, mineral, apresentando uma parte divina que equipara e une.

A Terra é o corpo da Deusa, as pedras, mares e oceanos são seus ossos, os rios sua boca. A vegetação seus cabelos, as estrelas são um colar onde a lua é uma pérola desse colar, sendo a Senhora da Terra e dos Céus. Assim como tudo se integra, o mesmo acontece com o movimento de morte, vida e renascimento que expressa os ciclos ininterruptos da vida.

Permitir que a energia da Deusa retorne seria abrir mão do controle, seria tirar o poderio da mão de muito poucos e retornar para cada ser, devolvendo a responsabilidade, ou melhor a autorresponsabilidade em gerir um planeta de forma consciente e harmoniosa.

A energia da Deusa é uma energia de amor e união, a energia do patriarcado é a energia da exclusão, mas quando uma deusa acorda, reascendendo o poder dentro de si, esta tem o poder de acordar várias outras e fortalecer novamente o amor, a compaixão e a união necessária para que sim, a energia da Deusa volte a reinar, e mulheres e homens possam voltar a se reconhecer como iguais.

Por Joana D`Arc de Paula

Inspirada pelo Oráculo da Grande Mãe de Claudiney Prieto

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