Módulo 3

Planejamento, mainstreaming e as ferramentas metodológicas existentes

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Planejamento público e privado e conceito de mainstreaming em adaptação

A apresentação busca dar um panorama geral das motivações e justificativas para o planejamento em adaptação, e, ao apresentar as diferentes ações esperadas do poder público, situar os investimentos públicos nessa agenda, inclusive em infraestrutura. Passa novamente pelo conceito de integração nos preparando para a próxima seção e apresenta a ferramenta de Lentes climáticas (Climate Lens).

(se preferir o baixe o vídeo aqui, ou só os slides aqui)


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M3_1 Planejamento.mp4

Mainstreaming no nível de projetos de desenvolvimento

A seção anterior abordou o conceito de integração da adaptação. Tal conceito foi abordado sob a perspectiva da cooperação para o desenvolvimento em uma publicação (policy guidance) da OCDE que se tornou consagrada na literatura de adaptação e continua sendo amplamente citada: Integrating Climate Change Adaptation into Development Co-operation: Policy Guidance.

Voltando a atenção ao nível do projeto, o PDF ao lado traz o capítulo 9 do guia para sua leitura. “Este capítulo aborda as razões pelas quais o nível de projeto é relevante para a adaptação. Ele estabelece o ciclo do projeto, desde a identificação à aprovação, o seu desenho detalhado para a implementação, a monitorização e a avaliação. Continua discutindo a integração da adaptação no âmbito do ciclo de projeto e o papel dos doadores para facilitarem a integração da adaptação ao nível do projeto. O capítulo termina com uma discussão dos desafios e prioridades de ação ao nível do projeto.”

Importante notar que a abordagem adotada aqui vem sendo seguida e aprimorada e se consagrou nas diversas agências e bancos multilaterais de desenvolvimento. Notaremos que os frameworks que veremos adiante, se não seguem, se inspiram bastante neste.

OCDE IntegraçãoAdaptação CooperaçãoDesenvolvimento-2011_123.pdf

Aprofundamento: Abaixo os links para quem quiser acessar a publicação completa (em PT e EN).

OCDE (2011), Integração da Adaptação às Alterações Climáticas na Cooperação para o Desenvolvimento: Guia para o Desenvolvimento de Políticas, OECD Publishing. http://dx.doi.org/10.1787/9789264110618-pt

OCDE (2009), Integrating Climate Change Adaptation into Development Co-operation: Policy Guidance, OECD Publishing. http://www.oecd.org/dac/environment-development/integrating-climate-change-adaptation-into-development-co-operation-policy-guidance-9789264054950-en.htm

Com uma abordagem ampla e prática o guia aborda desde o entendimento da MC nas práticas da ajuda para desenvolvimento e a necessidade de integrar a adaptação nas agências de cooperação; identifica abordagens para integrar a adaptação nas políticas ao nível nacional, setorial e de projeto; além de identificar modos para os doadores apoiarem os países.

Mainstreaming no setor financeiro: exemplo do Task Force

Veja a seguir um exemplo de mainstreaming dos riscos climáticos no setor financeiro e empresarial. Explore a iniciativa Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD) do Financial Stability Board.

Ela visa desenvolver disclosures voluntários sobre riscos financeiros relacionados ao clima para uso de empresas no fornecimento de informações a investidores, financiadores, seguradoras e outras partes interessadas. Buscam ajudar as empresas a entender o que os mercados financeiros querem da divulgação, a fim de medir e responder aos riscos das mudanças climáticas, e incentivar as empresas a alinhar suas divulgações com as necessidades dos investidores.

Navegue no site, tem muitos vídeos explicativos: https://www.fsb-tcfd.org/ . Abaixo, leia a breve apresentação das recomendações que a iniciativa já dispõe (pdf da esquerda). Caso queira se aprofundar, acesse o relatório completo (da direita ) ou o material do site.

TCFD-Recommendations-Overview-062717.pdf
M3_TCFD-Summary-of-Changes-and-Clarifications-062717.pdf

Infraestrutura resiliente e financiamento

Depois de assistir ao breve vídeo da SwissRe (resseguradora) sobre financiamento em infraestrutura energética, sugerimos o artigo ao lado que trata da promoção de infraestrutura resiliente buscando assim conectar a discussão acima sobre ações de planejamento governamental com o papel dos investimentos públicos e por consequência bancos de desenvolvimento. Ao examinar ações de governos nacionais, fornece informações recentes de associações profissionais e industriais, bancos de desenvolvimento e outras instituições financeiras sobre como tornar a infraestrutura mais resiliente às mudanças climáticas.

O mesmo aponta quatro áreas prioritárias em que a ação dos governos nacionais poderia apoiar a resiliência da infraestrutura:

  1. Melhorar a avaliação de riscos e informações para apoiar a tomada de decisões.
  2. Promover a triagem e consideração de riscos climáticos em investimentos públicos: requerer de investidores e fornecedores a consideração dos riscos climáticos.
  3. Promover resiliência através de alinhamento de políticas de planejamento espacial, normas técnicas, políticas e regulamentação da infraestrutura.
  4. Encorajar o disclosure dos riscos climáticos e sua gestão por parte do setor privado.

Recomendamos a leitura do Sumário Executivo (pág. 7) e do capítulo 3 (pág. 17) que trata dos investimentos públicos. A leitura dos outros capítulos é opcional.

OCDE_Climate Resilient Infrastructure_2017.pdf

Características das ferramentas de gestão de risco climático

O objetivo desta apresentação é gerar um repertório sobre o que são "ferramentas" e suas diferentes classificações, tipos e funções, e com isso prover um repertório que auxilie nas futuras discussões sobre o tema.

Para isso, a apresentação parte dos passos da gestão de risco climático (CRM – Climate Risk Management ), sua correlação com os ciclos de tomada de decisão em políticas e projetos, explora a definição de frameworks e ferramentas para finalmente abordar diferentes classificações de ferramentas. Em especial as Process Guidance tools, suas características correspondência com o ciclo de CRM e de projetos; e as Data & Information tools, e seu papel no processo.

  • Etapas da Gestão de Risco Climático e ciclo de projetos
  • Tipos e diferenças das estruturas, ferramentas e modelos
  • Process Guidance Tools: caracerísticas e exemplos
  • Frameworks botton-up x top-down: caracerísticas e exemplos
  • Data & information Tools : caracerísticas e exemplos

Se preferir baixe a primeira parte do vídeo aqui e a segunda parte aqui, ou só os slides aqui)


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M3_2 Frameworks_Parte1.mp4
M3_1 Frameworks_Parte2.mp4

Exemplos de ferramentas usadas por instituições financeiras

A seguir, explore algumas ferramentas utilizadas por instituições financeiras, onde você poderá entrar mais nos detalhes de seus passos, informações requeridas e como ela é aplicada.

World Bank Screening Tools

Dentre as diversas iniciativas providas pelo Banco Mundial para o mainstreming da mudança do clima, ele desenvolveu e disponibilizou as Climate and Disaster Risk Screening Tools.

São ferramentas de triagem inicial de riscos para políticas, programas e projetos (agricultura, água, estradas, costas, energia e saúde). As de projetos seguem o fluxograma da figura ao lado.

Pegando a ferramenta de Estradas como exemplo, clique aqui e baixe o vídeo que mostra como usar a ferramenta. Para mais detalhes, percorra os dois PDFs abaixo que detalham 1) a metodologia para o Screening de Estradas (13 pág) e 2) um exemplo de resultado final da análise usando a ferramenta (veja os tipos de resultado e tabelas gerados)

WB_Roads-methodology.pdf
WB_Sample-Road-Tool.pdf

ADB’s Climate Risk Management Framework

O Asian Development Bank (ADB) exige que a exposição e a vulnerabilidade aos riscos das MC sejam identificadas e contabilizadas na preparação de projetos de investimento. Em resposta a este requisito, ele desenvolveu uma estrutura para a gestão do risco climático de projetos de investimento, documentos de orientação, guias e ferramentas (em geral restritas) e vem imprimindo o conceito de Climate Proofing em seus projetos.

Acesse abaixo 6 slides institucionais sobre como o banco aborda a gestão de risco em seus projetos e em seguida, leia o sumário executivo (2 pág e 2 fluxogramas) do Guidelines for climate proofing investment in the transport sector: Road infrastructure projects. (ADB, 2011) para um exemplo mais concreto de guia.

ABD_climate-risk-management-adb-projects.pdf
ABD_guidelines-climate-proofing-roads_2011.pdf

Projetos Piloto do IFC com setor privado

A publicação ao lado Climate Risk and Business - Practical Methods for Assessing Risk do IFC traz três aplicações práticas de frameworks e ferramentas de avaliação de risco no setor privado. Buscando testar os métodos avaliando as barreiras e entendendo o papel de diferentes atores nas mesmas, a publicação é rica em mostrar o que foi feito em casos reais e apontar as lacunas e dificuldades deste tipo de análise.

Interessante notar o capítulo sobre abordagem (Approach), onde há um tópico sobre a análise de impactos financeiros (tentativas) e o Anexo 1 que traz a abordagem adotada (framework do UKCIP).

IFC_ClimateRisk_Business_2010.pdf

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