LENDAS CRIATIVAS

Professor: José Edimilson Kober

Esta lenda foi reescrita pela Inteligência Artificial. Inclusive as imagens foram criadas pelo "Copilot". Baseada na lenda Maldição da Gadaria. Do jornalista Saldino Antonio Pires. 

Na vastidão das pampas, onde o vento sussurra histórias de tempos antigos, ergue-se a lenda da Maldição da Gadaria. Conta-se que, na segunda metade do século XVIII, nas terras que hoje conhecemos como Charqueadas, um sombrio destino se abateu sobre os charqueadores e suas charqueadas.

A Lenda da Gadaria Amaldiçoada

Nos campos de Charqueadas, onde o gado pastava livre, E os charqueadores, com suas facas, a morte escrevia. Sob o céu cinzento, as almas dos bois se elevavam, E em cada gota de sangue derramado, uma maldição nascia.

Os charqueadores, cegos pela ganância, não viam, Que cada vida tomada, uma dívida se acumulava. E quando o seguro surgiu, com ele a trapaça veio, Barcos fundeados, riquezas afundadas, a fraude prosperava.

Mas os espíritos dos animais, em silêncio, observavam, E na calada da noite, aos charqueadores, eles sussurravam. “Vocês que da vida fizeram mercadoria, ouçam agora, A terra que mancharam de sangue, sua paz cobrará.”

E assim, nas águas do Rio Grande, um vórtice se formou, Engolindo barcos, esperanças, e os sonhos de amanhã. Os charqueadores, agora temerosos, a verdade enfrentavam, A maldição da gadaria, uma herança de dor e aflição.

Dizem que até hoje, nas noites de lua cheia, se escuta, O mugido dos bois, o lamento daqueles que se foram. E em Charqueadas, o progresso é um visitante tímido, Pois os espíritos ainda vagam, buscando justiça e redenção.

Que esta lenda sirva de aviso, para que nunca esqueçamos, As vidas que foram ceifadas, e o preço da ambição. Pois na terra gaúcha, onde a história se entrelaça com o mito, A maldição da gadaria, eternamente, ecoará.

Esta lenda, tecida com os fios da memória e do esquecimento, serve como um espelho para as gerações futuras, refletindo as consequências de atos movidos pela ganância e pela indiferença à vida. Que os ventos das pampas levem consigo a sabedoria e a compaixão, para que a maldição da gadaria seja, um dia, apenas uma lembrança distante.