REFRAÇÃO 

Como havia dito no informativo anterior, como catalizador da Inciativa Logos y Cosmos, que é uma iniciativa da IFES-CIEE (International Fellowship of Evangelical Students - Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos), fui à Seropédica para um encontro com estudantes onde pude ministrar uma oficina sobre a importância do Sabá para nosso campo missionário (saiba mais sobre o projeto na aba ILC). Destaco aqui alguns pontos que nortearam essa conversa com os estudantes: 

1) Afirmar a importância do descanso no ambiente acadêmico significa afirmar que uma outra ciência é possível, uma ciência que vise a criação do novo e não a repetição mercadológica do saber, que visa comungar com as formas não-humanas de vida, e não a maneira exploradora e dominadora que se tornou um paradigma dominante no mundo ocidental; 

2) afirmar que outras relações são possíveis, garantindo condições trabalhistas e de estudos que não explorem servidores e professores universitários à sua exaustão, nem exponham estudantes a um ritmo frenético em busca de méritos individualmente conquistáveis, é possível olhar para o estudante ao lado como um amigo, não um competidor, um rival; 

3) outra forma de fazer missão é possível, num tempo onde as técnicas e métricas, influência e eficiência têm sido o parâmetro para nosso fazer missionário, ainda é possível sermos anunciadores de "boas novas de grande alegria" ao invés de conquistadores de almas e administradores de casos de sucesso. 

GRAÇA COMUM, ALEGRIA INCOMUM

Esse foi o título do Treinamento Micro Regional que realizamos em Seropédica - RJ. Destaco a seguir algumas formas em que essa alegria incomum se manifestou para mim neste evento:

1) o sabor da distância, da saudade: Aprender a saborear os encontros e as partidas, desfrutar de cada um desses momentos tem sido enriquecedor. Muita gente que encontrei no TMR, só voltarei a ver em alguns meses, ou ano. Mesmo na escassez de nossos contatos, a simples lembrança destas, revela a profundidade e sinceridade do afeto que nos une. Obra divina. Partir o pão com esses irmãos e irmãs foi revigorante e encorajador.  

2) alegria partilhada: é preciso mencionar como as histórias dos estudantes me conquistaram e alegraram. Ver e ouvir suas pequenas e grandes conquistas pessoais e profissionais, vê-los "chegar lá", foi motivo de alegria para mim, mas não pelas conquistas em si, e sim pela maneira com que chegam. Tem sido minha "coroa e glória" poder participar da bonita trajetória de algumas e alguns estudantes. 

Aproveitamos as férias da Ju para termos um tempo com nossas famílias em um sítio em Marechal Floriano - ES. Há muitos anos não tínhamos uma oportunidade como essa e foi, sem dúvida uma experiência renovadora. 

No TMR reencontrei amizades recentes, mas após esse encontro vivi outros encontros, com amizades mais antigas. A fidelidade de Deus entre nós, ao longo de nossas histórias nos nutre ainda hoje. A alegria se manifesta aqui ao ver que nossos velhos amigos estão bem. Um doce sabor. Nossas filhas e filhos brincando juntos, um café e caminhada pelas ruas do Rio de Janeiro, pequenas alegrias que renovam.