PLANO 3-3-3
PLANO 3-3-3
O relógio na imagem pode ser encontrado nas salas rádio dos navios desde o tempo da telegrafia e, sinaliza os períodos de silêncio rádio de uns e, oportunidade de pedido de socorro para outros, nas frequências da convenção SOLAS, estando na origem do Plano 3-3-3.
Antes do acidente muito grave com o Titanic, ocorrido a 14 de abril de 1912 após colidir com um iceberg, a história já tinha registado outros acidentes marítimos graves. Contudo, poucos tiveram o impacto duradouro do Titanic e nenhum outro conheceu uma pronta resposta por parte das nações marítimas internacionais com vista à adoção de medidas que contribuíssem para a salvaguarda da vida humana no mar. O acidente do Titanic levou a que comunidade internacional reagisse de imediato na procura de respostas que contribuíssem para evitar que acidentes semelhantes voltassem a repetir-se.
Nesse sentido, foi promovida a primeira conferência internacional sobre a salvaguarda da vida humana no mar, realizada em Londres em janeiro de 1914, a convite do governo britânico. Tal resposta traduziu-se pela aprovação, dois anos depois do acidente, da primeira Convenção Internacional no âmbito marítimo, a Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar, a Convenção SOLAS, e, terá sido ainda certamente decisivo para o estabelecimento, uns anos mais tarde, da Organização Marítima Internacional.
Quando surgiu na marinha de guerra e marinha mercante de todo o mundo há cerca de um século era um plano inovador e, o consumo elétrico dos equipamentos a válvulas eletrónicas era muito elevado, contudo, na atualidade está completamente obsoleto tanto no mar quanto no ar ou em terra, pois é completamente impensável esperar intervalos de 3 horas, para transmitir durante até 3 minutos um pedido de ajuda ou socorro e, felizmente os equipamentos atuais de radiocomunicações consomem muito menos menos energia e, felizmente temos na atualidade fácil acesso a fontes de energia alternativa tais como: baterias, painéis solares, dínamos, alternadores e geradores eólicos.
Em terra, para uso civil, por exemplo em caso de apagão, recomendamos a quem não tem fonte de alimentação alternativa para recarregar baterias ou alimentar diretamente o rádio, o ligue por exemplo de hora a hora ou de meia em meia hora à hora certa ou meia hora certa, durante alguns minutos a definir no plano familiar ou comunitário de radiocomunicações de emergência e assinale a sua presença em canal 9, desligando-o em seguida caso não seja chamado, para assim poupar bateria.
Mais importante do que adotar planos de outros, é saber contextualizá-los na sua realidade contemporânea e, que eles sirvam os propósitos a que se destinam.
APROSOC - Associação de Proteção Civil
Departamento de Comunicações de Emergência
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