📖 38. Zacarias


Zacarias profetiza durante o mesmo período que Ageu, encorajando o povo a continuar a reconstrução do templo e a renovar sua fé no Senhor. Contudo, enquanto Ageu é mais direto, Zacarias fala por meio de visões simbólicas e mensagens proféticas que apontam para o futuro glorioso do povo de Deus. O cristão presbiteriano encontra neste livro a beleza do entrelaçamento entre promessa e responsabilidade: Deus promete restaurar, mas Seu povo é chamado à santidade, à fé e à obediência. Estamos atentos às promessas de Deus? Temos respondido com fé e diligência?


O livro se inicia com um apelo ao arrependimento, convidando o povo a não repetir os erros de seus pais, que rejeitaram a palavra dos profetas. Esse chamado reflete o princípio reformado de que a Escritura é autoridade final e deve ser ouvida com reverência e prontidão. Como estamos lidando com as advertências bíblicas? Temos aprendido com os erros do passado e nos submetido, de fato, à Palavra de Deus?


As visões de Zacarias — entre elas os cavalos que percorrem a terra, o homem com o cordel de medir, o sumo sacerdote Josué purificado, e o castiçal de ouro — mostram a ação divina em favor do Seu povo, mesmo em meio à fraqueza e à impureza. Para o cristão presbiteriano, essas imagens falam da graça de Deus que purifica, restaura e conduz Sua igreja por meio do Seu Espírito. Confiamos que Deus nos santifica mesmo quando nos sentimos inadequados? Somos sensíveis à obra do Espírito em nossa vida e comunidade?


O livro anuncia a vinda do Renovo, um título messiânico, e mostra o sacerdote Josué sendo vestido com vestes limpas — uma clara figura do perdão e da justificação pela graça. A doutrina da justificação pela fé é central na fé reformada, e Zacarias antecipa a obra de Cristo que purifica o Seu povo. Temos vivido essa justificação com alegria e reverência? Nossas obras refletem a nova vida que recebemos por meio de Cristo?


Zacarias enfatiza que o templo seria reconstruído "não por força nem por poder, mas pelo Espírito do Senhor", desafiando a tendência humana de confiar em meios puramente naturais ou políticos. Para a igreja presbiteriana, isso reforça a confiança na ação soberana de Deus e a necessidade de dependência total do Espírito para cumprir a missão. Temos confiado em métodos humanos ou no poder de Deus? Nossos projetos e ministérios têm sido conduzidos pelo Espírito?


A profecia também denuncia o jejum hipócrita e a religião vazia, afirmando que Deus deseja justiça, misericórdia e fidelidade. Isso nos remete à importância da ética cristã como expressão do verdadeiro culto. O cristão presbiteriano é chamado a viver uma fé coerente, em que liturgia e vida estejam em harmonia. Nossa adoração resulta em transformação de vida? Buscamos justiça e misericórdia em nossas relações?


Zacarias aponta para o futuro glorioso de Sião, quando Deus habitará com Seu povo, e as nações virão até Jerusalém. Isso prefigura a igreja de Cristo e a consumação escatológica da história, quando o Senhor reinará sobre todos. Essa visão alimenta a esperança do cristão presbiteriano na vinda do Reino de Deus, já inaugurado em Cristo, mas ainda não plenamente revelado. Vivemos com os olhos na eternidade? Estamos participando da missão de reunir os povos ao redor do trono de Deus?


Por fim, o livro culmina com a figura do Rei humilde que entra em Jerusalém montado num jumento, apontando diretamente para Jesus Cristo. Zacarias antecipa tanto o sofrimento quanto a exaltação do Messias, o Pastor ferido que salvaria o Seu rebanho. A fé presbiteriana confessa esse Rei servo como centro da história e Senhor da igreja. Estamos vivendo sob o governo do Rei Jesus? Nossa vida reflete a humildade e o domínio de Cristo, o Senhor da paz?