đź“– 17. Ester


O livro de Ester narra a história da providência de Deus para preservar o Seu povo durante o exílio persa, mesmo sem mencionar explicitamente o nome de Deus em todo o texto. Essa ausência deliberada desafia o leitor a perceber a ação silenciosa e soberana de Deus nos bastidores da história, evidenciando que Ele age mesmo quando não O vemos diretamente. Para o cristão presbiteriano, isso é um lembrete poderoso de que Deus governa todas as coisas, mesmo quando enfrentamos situações aparentemente desprovidas de intervenção divina visível. Estamos atentos à providência de Deus em nossas vidas, mesmo quando não a percebemos claramente?


Ester, uma jovem judia que se torna rainha da Pérsia, é chamada a assumir uma posição de influência para defender seu povo contra a ameaça do inimigo Hamã, que planeja a aniquilação dos judeus. Sua coragem e sabedoria são evidentes quando ela se dispõe a arriscar sua própria vida em favor do povo. Esse chamado para a coragem e a intercessão em favor dos outros é um exemplo para todos os cristãos. Como temos exercido nossa influência e intercedido pela igreja e pela sociedade? Temos a coragem de agir em situações de injustiça, mesmo quando isso pode nos custar a própria vida ?


O livro destaca a importância do jejum, da oração e da comunhão do povo de Deus diante da crise. Ester pede que os judeus jejuem por três dias antes de ela se apresentar ao rei, demonstrando uma fé ativa que reconhece a dependência total da graça divina para a vitória. A igreja presbiteriana valoriza a oração comunitária e a disciplina espiritual como instrumentos poderosos para a intervenção de Deus. Estamos praticando essas disciplinas espirituais? Reconhecemos a necessidade de buscar a Deus em oração antes de agir?


A narrativa também mostra que a salvação do povo não é fruto do acaso, mas resultado da ação combinada da coragem humana e da providência divina, e é assim por escolha do próprio Deus, pois Ele é Senhor de todas as coisas.  Deus usa pessoas comuns para realizar Seus propósitos maiores, confirmando que a cooperação entre o divino e o humano é essencial no plano de salvação. Para o cristão presbiteriano, isso reforça a ideia de vocação e serviço em todos os âmbitos da vida. Estamos conscientes do nosso papel na missão de Deus? Temos buscado viver com propósito e fidelidade em nossa vocação?


A reversão do decreto de Hamã e a instituição da festa de Purim simbolizam a vitória de Deus sobre as forças do mal e a preservação de Seu povo. Essa celebração perpétua lembra a fidelidade divina em tempos difíceis. A fé reformada enfatiza a memória da obra de Deus como base para a esperança e o encorajamento da igreja. Como temos cultivado a recordação das bênçãos de Deus em nossas vidas e na vida da igreja? Celebramos o que Deus tem feito para fortalecer nossa fé?


O livro também ressalta a soberania de Deus sobre as autoridades humanas, utilizando reis e governantes para cumprir Seus desígnios. Mesmo em um sistema político estranho e muitas vezes opressor, Deus age para preservar seu povo e cumprir suas promessas. Isso traz conforto e esperança para a igreja hoje, que muitas vezes enfrenta regimes hostis ou contextos desafiadores. Temos confiado na soberania de Deus mesmo em tempos de instabilidade política? Nossa fé é sólida diante das mudanças e desafios externos?


Ester é também um convite à fidelidade e à sabedoria no uso das oportunidades que Deus nos concede. Sua história nos lembra que a providência divina muitas vezes requer nossa ação corajosa e responsável. Para o cristão presbiteriano, isso reforça a vocação de ser sal e luz no mundo, vivendo com integridade e propósito. Estamos atentos às oportunidades que Deus nos dá para testemunhar e servir? Temos sido fiéis e sábios no exercício dessa vocação?


Por fim, o livro de Ester inspira confiança no Deus que nunca abandona seu povo, mesmo quando tudo parece perdido. Ele nos chama a permanecer firmes, a orar e a agir, confiantes na vitória definitiva que teremos em Cristo. Como igreja, essa certeza nos fortalece para perseverar em meio às dificuldades, sabendo que somos guardados por um Deus fiel. Estamos firmes na esperança que temos em Cristo? Vivemos com a convicção de que, apesar das lutas, Deus está no controle?