📖 17. Tito
A carta a Tito, companheiro de Paulo e líder na ilha de Creta, tem como objetivo orientar a organização e edificação da igreja local. Paulo instrui Tito a estabelecer presbíteros em cada cidade, com critérios rigorosos: irrepreensíveis, maridos de uma só mulher, com filhos crentes, e firmes na Palavra. O governo da igreja, segundo o modelo bíblico, é plural, espiritual e íntegro — o que respalda a estrutura presbiteriana. Temos valorizado e orado por líderes que sigam esse padrão?
Tito deveria também corrigir os insubordinados, especialmente os da “circuncisão”, que ensinavam o que não deviam por ganância. Paulo é duro: eles precisam ser silenciados, pois corrompem famílias e desonram a fé. A sã doutrina deve ser protegida com firmeza. Esse zelo pela verdade revela que o amor pela igreja também se manifesta na disciplina. Temos enfrentado os erros com clareza e amor? Ou temos sido omissos?
No capítulo 2, Paulo mostra como a sã doutrina deve moldar o comportamento de todos os grupos: idosos, mulheres, jovens e servos. Ele destaca que a graça de Deus nos educa a renunciar à impiedade e viver de modo sensato, justo e piedoso. A doutrina reformada insiste nessa conexão entre fé e prática, graça e santidade. Temos permitido que a graça nos eduque? Nossa conduta reflete a beleza do evangelho?
A esperança cristã está na volta de Cristo — “a bendita esperança”. O próprio Salvador, que se entregou por nós para nos redimir e purificar, é o centro da fé. Paulo mostra que o evangelho é transformador: não apenas nos salva, mas nos santifica. Temos aguardado a vinda do Senhor com expectativa e pureza? Ou temos perdido de vista a eternidade?
No capítulo 3, Paulo chama os crentes à submissão às autoridades, à mansidão e à brandura para com todos. Ele relembra que também nós éramos insensatos, mas a bondade e amor de Deus nos alcançaram — não por obras, mas pela regeneração e renovação do Espírito. Essa salvação graciosa nos leva à prática do bem. Temos sido submissos, mansos e bondosos? Ou reproduzimos a agressividade do mundo?
Paulo insiste que os que creem devem se aplicar às boas obras. A doutrina da graça não leva à inatividade, mas à ação piedosa. Ele também adverte contra contendas tolas e divisões. A igreja deve manter o foco na verdade e na prática do amor. Nossas obras têm sido reflexo de gratidão? E temos zelado pela unidade da igreja?
A disciplina é tratada claramente: aquele que causa divisão, depois de duas advertências, deve ser evitado. A saúde da igreja depende da firmeza com pecados persistentes. Esse princípio é coerente com a prática presbiteriana de disciplina eclesiástica. Temos lidado com o pecado com seriedade e amor? Ou tolerado o que Deus reprova?
A carta termina com recomendações práticas e bênção. Paulo une doutrina e vida, verdade e amor, liderança e santidade. Tito nos convida a uma fé que organiza, instrui e transforma. Como temos contribuído para o bom andamento da igreja local? Nossos dons e vidas têm edificado a comunidade?