📖 26. Judas


A epístola de Judas é um chamado à luta pela fé. O autor, irmão de Tiago (e, provavelmente, meio-irmão de Jesus), escreve inicialmente desejando tratar da salvação comum, mas sente-se compelido a advertir os crentes contra os falsos mestres que se infiltraram sorrateiramente na igreja. Esses homens transformam a graça em libertinagem e negam a soberania de Cristo. A igreja presbiteriana, zelosa pela sã doutrina, reconhece esse desafio constante. Temos sido vigilantes com relação ao que se ensina e crê entre nós?


Judas recorre a exemplos bíblicos para mostrar que a impiedade será julgada: os israelitas incrédulos no deserto, os anjos que abandonaram seu estado original e Sodoma e Gomorra. Todos foram alvos do juízo divino. Esses episódios não são apenas memórias, mas advertências. Como compreendemos a graça de Deus? Ela nos impulsiona à santidade ou serve como desculpa para o pecado?


Ele descreve os falsos mestres como sonhadores, arrogantes, que rejeitam autoridade e blasfemam. Judas cita a disputa entre Miguel e o diabo, mostrando que nem o arcanjo ousou proferir juízo, mas confiou o julgamento ao Senhor. Isso ensina humildade na luta espiritual. Em nossos dias, como temos lidado com o erro e o mal? Agimos com discernimento e reverência ou com presunção?


Esses falsos mestres são descritos como perigos ocultos: manchas nas festas cristãs, nuvens sem água, árvores sem frutos, estrelas errantes. São figuras fortes, que retratam líderes que parecem promissores, mas são espiritualmente vazios. Judas denuncia sua hipocrisia e destruição iminente. Somos criteriosos em reconhecer frutos verdadeiros em nossos líderes e mestres?


O autor remete à profecia de Enoque sobre o juízo do Senhor contra todos os ímpios. Isso mostra que a Escritura sempre anunciou o confronto de Deus contra o mal. Judas adverte que os zombadores viriam, seguindo seus próprios desejos. A impiedade cresce em tempos de apostasia. Nossa fé está firmada na Palavra ou nas tendências de nossa época?


Ele conclui com um apelo à perseverança: edificar-se na fé santíssima, orar no Espírito Santo, conservar-se no amor de Deus e esperar na misericórdia de Cristo. Isso exige vida devocional contínua, firmeza doutrinária e dependência da graça. Temos cultivado essa vida piedosa, mesmo em meio à confusão e corrupção religiosa?


Judas exorta os crentes a ajudarem os vacilantes, salvarem os que estão em perigo e até mesmo odiarem a roupa contaminada pelo pecado, sem perder o amor pelas almas. É um chamado ao discernimento pastoral e amor prático. Em nossa comunidade, temos essa compaixão corajosa? Ou preferimos o conforto da indiferença?


A doxologia final é uma das mais belas da Bíblia: "Àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e vos apresentar com exultação, imaculados diante de sua glória...". Judas termina com adoração e confiança. A luta pela fé é árdua, mas a vitória pertence ao Senhor. Confiamos plenamente nesse Deus fiel? Ou vivemos ansiosos, esquecendo que Ele é quem nos guarda?