📖 23. 1 João


A primeira epístola de João tem como propósito confirmar a fé dos crentes e protegê-los dos falsos ensinos, especialmente das heresias gnósticas. Ele começa com uma poderosa declaração sobre a encarnação: “O que era desde o princípio… o que vimos com nossos olhos… e nossas mãos tocaram”. João afirma a plena humanidade de Cristo contra os que negavam sua carne. Para a fé presbiteriana, a encarnação é central. Nossa compreensão de Cristo é bíblica e completa? Reconhecemos a importância de sua verdadeira humanidade?


A comunhão com Deus é o grande tema da carta. João ensina que Deus é luz e, se andamos na luz, temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus nos purifica. Ele também adverte que, se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos. O caminho cristão inclui confissão contínua e fé no perdão gracioso. Vivemos à luz, reconhecendo nossas falhas, ou escondemos nossos pecados com aparência de piedade?


Cristo é apresentado como nosso advogado e propiciação pelos nossos pecados. João mostra que o verdadeiro conhecimento de Deus se manifesta na obediência aos seus mandamentos. O amor a Deus se revela no amor ao próximo. Para o cristão presbiteriano, a ética e a doutrina caminham juntas. Nossas práticas refletem o evangelho que professamos? Obedecemos com gratidão e integridade?


A carta insiste que quem odeia seu irmão está nas trevas. João vai além da aparência: amar em palavras não basta; é preciso amar com ações e em verdade. O amor cristão é concreto. Ele também denuncia o mundo — seus desejos e vaidades — como oposição ao amor do Pai. Temos amado com ações práticas? Ou nosso amor tem sido apenas teórico e conveniente?


João alerta contra os anticristos, que saíram do meio da comunidade, negando que Jesus é o Cristo. Ele afirma que os crentes têm a unção do Espírito e não precisam ser enganados. A verdade permanece neles. Aqui está o papel do discernimento: não crer em qualquer espírito, mas provar se são de Deus. Como temos cultivado esse discernimento espiritual? Somos firmes na verdade revelada?


Ele enfatiza a identidade dos filhos de Deus: aqueles que praticam a justiça, não vivem na prática do pecado e amam seus irmãos. O novo nascimento produz uma nova vida. João escreve para que saibamos que temos a vida eterna. Essa certeza é pastoral e prática. Temos vivido como filhos regenerados? Ou permanecemos nas velhas práticas, disfarçadas de religiosidade?


João nos ensina sobre a confiança na oração, a intercessão por irmãos em pecado, e o cuidado com o “pecado para morte”. A vida cristã é marcada por vigilância, intercessão e discernimento. Ele conclui dizendo: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos”. Mesmo os crentes correm o risco da idolatria sutil. Que ídolos temos tolerado em nossos corações?


A carta combina doutrina sólida, ética elevada e espiritualidade viva. João nos convida a viver em verdade, amor e santidade. A fé reformada se vê refletida aqui em sua plenitude. Temos essa fé viva, que ama e obedece? Ou temos substituído a realidade espiritual por forma e aparência?