Recursos Tecnológicos: Música
Histórico:
Para BLOMBERG 2011, a primeira história da música no Brasil foi escrita em 1908, por Guilherme de Melo (1867-1932) e foi intitulada “A música no Brasil: desde os tempos coloniais até o primeiro decênio da República”. Este autor, baiano de nascimento, havia iniciado sua formação musical no Colégio de órfãos São Joaquim, no qual assumiu a banda musical em 1892 e foi bibliotecário do Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro durante os últimos cinco anos de sua vida.
A autora aponta que em 1956 o diplomata Luiz Heitor Correia de Azevedo (1905-1992) publicou o 150 anos de música no Brasil (1800-1950). Este autor, assim como Melo, foi também bibliotecário do Instituto Nacional de Música no Rio de Janeiro e assumiu posteriormente a cadeira de folclore nesta instituição. Foi responsável por seções de música em periódicos no Brasil e assumiu, na década de 50, o cargo de comissariado de música da UNESCO em Paris, aonde veio a falecer.
Segundo BLOMBERG 2011 em 1977 foi publicada a História da Música Brasileira de Bruno Kiefer (1923-1987), este autor, nascido na Alemanha, imigrou para o Brasil ainda criança. Foi funcionário público, compositor e professor universitário e contribuiu para a formação dos cursos superiores de Música nas faculdades federais de Santa Maria e do Rio Grande do Sul.
Esta enfatiza que em 1981 foi datada a última obra escrita sobre a história da música no Brasil, do também diplomata e advogado Vasco Mariz (1921). Mariz é um autor profícuo na área de cultura musical. Sua obra História da Música no Brasil recebeu sua sétima reedição recentemente em 2009 e é, junto do livro de Kiefer, a bibliografia utilizada como referência nos cursos de nível superior de música pelo país.
Características:
Conforme Dantas (2020) a música possui as seguintes caracteristicas:
Melodia - A melodia é a organização de uma sequência dos sons, ou seja, é a forma com que os sons são emitidos. Cada música possui uma melodia diferente
Ritmo - nada mais é que a duração de um som;
Harmonia - é o agrupamento agradável dos sons, é a forma ideal de combinação de todos os elementos da música. Quando falamos que uma canção é harmônica, queremos dizer que todos seus elementos estão corretos, ou seja, ela está sendo cantada ou tocada de uma forma agradável aos nossos ouvidos.
Sons - Os sons que são usados na música se chamam notas musicais. Ao total, existem 7 notas: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si.
Experiências do uso na Educação no Ensino Fundamental
Conforme ARAUJO 2020, no Brasil, a aprendizagem na formação musical, está prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 9394/96 e com a promulgação da Lei nº 13.278/16 que confere: “as artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que constituirão o componente curricular de que trata o § 2o deste artigo” (BRASIL, 1996).
Para este autor a linguagem da música está presente na vida de qualquer ser humano. Educar musicalmente é proporcionar ao estudante uma compreensão progressiva da linguagem musical, por meio de experimentos e consciência orientada. Quando o aluno canta e/ou toca um instrumento, entra em contato com a musicalidade e pode adquirir noções importantes sobre iniciação musical, facilitando o seu autoconhecimento.
Para ARAUJO 2020 educar musicalmente é proporcionar ao estudante uma compreensão progressiva da linguagem musical, por meio de experimentos e consciência orientada. Quando o aluno canta e/ou toca um instrumento, entra em contato com a musicalidade e pode adquirir conhecimentos importantes que norteiam uma boa iniciação musical. Para realização da aprendizagem em música se faz necessário utilizar o corpo, a respiração e a voz, o que ajuda a desenvolver: coordenação motora; percepção musical; afinação; memória auditiva; concentração; cultura e consequentemente o respeito pela diversidade.
Referências:
ARAUJO, A.R.I. MÚSICA NA ESCOLA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA MUSIC AT SCHOOL: AN EXPERIENCE REPORT. Cadernos da Pedagogia, v. 14, n. 28, p. 241-245, Maio-Ago/2020. Disponível em: <file:///C:/Users/SEMED/Downloads/cecilialuiz,+Gerente+da+revista,+20-1389-REL.pdf >Acesso em: 07 ago 2023.
BLOMBERG, C. HISTÓRIAS DA MÚSICA NO BRASIL E MUSICOLOGIA: UMA LEITURA PRELIMINAR. Projeto História nº 43. Dezembro de 2011. Disponível em: < file:///C:/Users/SEMED/Downloads/Blomberg-Historias_da_Musica_no_Brasil.pdf> Acesso em: 07 ago 2023.
DANTAS, T. MÚSICA. 2020Disponível em: https://www.preparaenem.com/educacao-artistica/musica.htm. Acesso em: 07 ago 2023.
Recursos Tecnológicos: Rádio
Histórico :
Primeiro aparelho eletrônico voltado à comunicação em massa, o rádio nasceu no século XIX, mas ganhou popularidade nos anos 30 do século passado. Por muito tempo, o aparelho foi o único meio de informação das pessoas e até hoje continua sendo o maior instrumento de comunicação do mundo, dado o seu baixo custo e facilidade e rapidez de produção. Por conta disso, essa ferramenta vem, a cada dia, sendo trazida também para os currículos escolares, já que por meio do rádio é possível trabalhar – coletivamente – diversos conteúdo.
Professores de todo o Brasil utilizam as rádios escolares para divulgar as atividades educativas, envolver os estudantes com professores e demais funcionários e criar conexões entre a unidade escolar e seu entorno. A ferramenta possibilita ainda trabalhar habilidades como a pesquisa, produção de texto e expressão verbal.
Meneguel 2020 aponta que no Brasil, a primeira experiência radiofônica ocorreu em 1922, porém, somente em 1923 foi instalada a primeira emissora. Até o início da década de 1930, o rádio permaneceu em caráter experimental. Organizado em sistema de sociedade, com uma programação voltada para a elite, o rádio teve um desenvolvimento lento até quando foram permitidas propagandas comerciais que levaram à organização de empresas para disputar o mercado.
Para Meneguel 2020 o rádio foi utilizado como um instrumento político capaz de formar opiniões e mobilizar a sociedade em prol de determinados interesses. Tendo inicialmente o objetivo de difundir a cultura e promover a integração nacional, o rádio logo assumiu um papel de destaque, tornando-se capaz de alterar hábitos e criar necessidades. Nesse período o poder público procurou regulamentar o meio radiofônico incentivando o seu desenvolvimento comercial, técnico e profissional.
O autor afirma que o rádio exerceu forte influência na vida das pessoas, sendo capaz de criar modas, inovar estilos e inventar práticas cotidianas. Após o seu lançamento, o rádio passou a fazer parte do cotidiano das pessoas, tornando-se um companheiro de todas as horas e um importante meio de informação e entretenimento. E continua presente em todos os meios, nas mais diversas situações. É utilizado como veículo de informação, lazer, denúncias e difusão de uma ideologia formadora de opiniões.
Características:
Para BARONI e BALDO do ponto de vista da recepção, o rádio tem um alcance maior do que os impressos ou a TV pelos seguintes motivos:
O ouvinte basta ter a capacidade de ouvir (não ser surdo) para captar a mensagem.
Não é exigida alfabetização (como no jornal impresso).
.O rádio permite mobilidade tanto do emissor (produção em estúdio ou externas de diversas naturezas), quanto do receptor (rádios portáteis que possibilitam a audição na rua, no carro, nos diversos cômodos da casa etc). ·
É um veículo de comunicação imediato: os fatos podem ser transmitidos no instante em que ocorrem. · e instantâneo (efêmero): a mensagem é recebida no momento em que é emitida, se o ouvinte não estiver exposto ao meio naquele instante, a mensagem não o atingirá (assim como na TV, neste ponto os impressos levam vantagem).
Experiências do uso na Educação no Ensino Fundamental:
Barbieri 2011, refere que o rádio pode ajudar na construção de uma prática onde os alunos sejam os protagonistas da aprendizagem, propiciando uma comunicação mediadora entre os componentes da comunidade escolar.
A autora acrescenta que o rádio é uma ferramenta capaz de colaborar com a construção de diversos saberes, transformando a escola num lugar de troca, de solidariedade, de partilha, de construção coletiva, de interação, socialização, ampliando as relações de ensino e aprendizagem, além de desenvolver diversas habilidade e competências tanto em alunos, quanto em professores.
Conforme Barbieri 2011, o rádio tem grande poder de mobilização e divulgação devido a facilidade com que alcança as mais longínquas regiões. Seu uso educacional pode transformar crianças e adolescentes em fazedores de cultura. Além de exercitar a comunicação oral, aprimorando a objetividade e clareza de exposição do pensamento, o uso do rádio no espaço educacional favorece as atividades coletivas e a convivência em grupo.
Referências:
BARBIERI, S. O uso da rádio escola como ferramenta pedagógica de socialização e inserção escolar. Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, 2011. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1235/Barbieri_Sandra_Elise_Bonin.pdf?sequence=1&isAllowed=y Acesso em: 07 ago 2023.
MENEGUEL, Y.P. RÁDIO NO BRASIL: DO SURGIMENTO À DÉCADA DE 1940 E A PRIMEIRA EMISSORA DE RÁDIO EM GUARAPUAVA. Disponível em: < http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/713-4.pdf>. Acesso em: 07 ago 2023.
BARONI. D e BALDO, R. O RÁDIO VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO DE MASSA E PARA A MASSA. XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Caxias do Sul, RS – 2 a 6 de setembro de 2010. Faculdade Anhanguera de Taubaté, Taubaté, SP. Disponível em: <http://pdf.iteksoft.com/pdf-writer/>. Acesso em: 07 ago 2023.