Jogar futebol de mesa é jogar em qualquer regra, porque o esporte é muito abrangente e necessita de unidade entre seus praticantes. Além disso, está no Hino do Botonista (...,pois jogando mesmo em qualquer regra, eu vou praticando o meu lazer...), composto por Geraldo Décourt, o Pai do Futebol de Mesa, autor do primeiro livro de regras do esporte, em 1930. E todo esse esmero pelo esporte foi recompensado, pois ele foi reconhecido pela CND em 1988 e conquistou o mundo!
Oficialmente, são praticadas quatro regras no Estado: Dadinho, 12 Toques, 1 Toque e Pastilha. A primeira regra de que temos registro é a regra 1 Toque, trazida por Paulo Bacellar, em 1988. A modalidade 12 Toques chegou em 2004, trazida pelo Dr. Carlos Cláudio; Dadinho começou em 2015 e Pastilha a partir de 2019, de maneira oficial.
Pratica-se, ainda, pelo clube PCF, do capitão Marcelo Praciano, o futsal de mesa. O Subbuteo foi trazido da Itália por Giuseppe Spasiano e o intercâmbio dos botonistas cearenses pelo Brasil e pelo mundo, também propiciaram a oportunidade de adquirir materiais de outras regras, como: Sectorball, trazido por Manoel Moura e Chapas, trazida por Rafael Moreira.
CHAPAS
Rafael Moreira, quando foi atleta do Flamengo/RJ, em 2018, conseguiu um time de Chapas com Abel Cêpa, do Vasco da Gama.
A modalidade Chapas é bem recente no Brasil e tem origem espanhola. É praticada em um campo de tecido, com tampas de garrafas e uma bola esférica. Para jogá-la, deve-se impelir as tampas, voltadas para cima, por meio de petelecos com os dedos.
Devido à influência espanhola, vários países na América do Sul têm praticantes de Chapas: Argentina, Bolívia, Chile, Peru, Uruguai etc. No Brasil, destacam-se Rio de Janeiro e São Paulo como maiores praticantes da modalidade.
FUTSAL DE MESA
O Futsal de Mesa, no Ceará, foi idealizado por Marcelo Praciano em 1983 e, de lá até 2015, foi praticado individualmente pelo ex-atleta de futebol de salão e militar da reserva. Em 2016, foi organizada a primeira Liga. O botonista, federado desde 2017, possui uma Liga de 64 times criados por ele com a finalidade de organizar competições individuais e treinar para as competições. Sua Liga particular é chamada de LIFUSAM - Liga Independente de Futsal de Mesa e é compartilhada com outras Ligas individuais pelo país.
O Futsal de Mesa é jogado em um campo menor (aproximadamente metade do tamanho de uma mesa oficial de Futebol de Mesa) e tem o formato 6x3 (6 toques coletivos e 3 toques individuais para a conclusão da jogada) com 4 jogadores na linha e um goleiro, mais pesado e mais largo; a trave é a mesma utilizada na modalidade dadinho. O tamanho da mesa propicia mais facilidade no transporte e até mesmo uma maior aplicabilidade para quem está iniciando no esporte, como por exemplo, as crianças. Originalmente, o futsal de mesa era jogado com pastilha, mas hoje já se usa o dadinho e a bolinha da modalidade 12 toques. Os botões utilizados podem ser de vidrilha, acrílico ou madrepérola (para jogar dadinho).
Marcelo Praciano
SECTORBALL
Manoel Moura trouxe do Campeonato Mundial de Futebol de Mesa, realizado na Hungria, em 2015, dois times da modalidade Sectorball, Mauro Lima, atleta, atualmente do Projeto Ilha Futmesa, identificou-se com a modalidade por gostar de jogar com régua e, desde então, pratica a regra sob orientação de Marcelo Coutinho (Diretor de Sectorball da Confederação Sul-americana, da CBFM e da FEFUMERJ).
O Sectorball é a modalidade internacional mais difundida no Brasil e foi adotada com o objetivo de levar uma de nossas modalidades ao continente europeu, a Regra Bola 12 Toques. A modalidade expandiu-se de forma sustentada a partir de um acordo firmado em 2009, entre a CBFM e a ISBF (International Sectorball Federation, com sede na Hungria). O maior acontecimento do Sectorball foi a realização, em 2012, do campeonato mundial no Brasil, o primeiro fora do continente europeu. Os jogadores são discos de 2 centímetros de altura por 5 centímetros de diâmetro, impelidos por réguas de plástico ou acrílico sobre mesas pintadas, com quase as mesmas dimensões da mesa de 12 Toques e Dadinho. (Fonte: Federação Internacional de Sectorball).
SUBBUTEO
A modalidade Subbuteo foi trazido pelo italiano Giuseppe Spasiano em 2017, mas não conseguiu grande adesão de imediato. Em 2018, Giuseppe conseguiu uma 5ª colocação no Campeonato Brasileiro da modalidade, pelo Fortaleza e foi Campeão Sulamericano pela Seleção Brasileira e 3ª colocado da competição com a camisa do Torigno Nostro Club/SP. Os resultados deram uma maior visibilidade para a modalidade que já tinha Campeonato Cerense programada, mas a pandemia impediu sua realização.
O Subbuteo é uma modalidade de futebol de mesa, que foi muito difundida no Brasil, nos anos 1970 sob o título de “Pelebol”, comercializado pelo fabricante de brinquedos Estrela, com a imagem e o prestígio do “Rei do Futebol”. É jogado com dez jogadores de campo (uma miniatura de plástico fixada sobre uma base esférica) e um goleiro (miniatura de plástico presa a uma barra plástica/metálica com cerca de 10 centímetros de comprimento) num campo de tecido verde com gols fixos. Os jogadores são acionados com as pontas dos dedos, o goleiro é móvel e existe até impedimento (ITFC).
Fonte: Site CBFM
Seleção Brasileira, Campeã Sularicana, 2018
Os jogadores são acionados com a ponta dos dedos