CARTAS DA MARÉ


Em agosto de 2019 o Fórum articulou, junto com a Redes da Maré, o recolhimento e a entrega de cartas de crianças e jovens da Maré para o Presidente do Tribunal de Justiça sobre a ocorrência de operações policiais na Maré. A atividade de entrega das cartas ocorreu por conta da suspensão da Ação Civil Pública da Maré, que visa regular as operações policiais no território, ter sido julgada improcedente. As cartas foram entregues no momento em que a Defensoria Pública entrou com recurso. O Presidente do TJ não quis receber em mãos, mas o recurso da Defensoria foi julgado procedente. A ação civil pública é referência para diversos territórios que querem regular atuação policial. A Defensoria Pública e o Ministério Público se encontram bem mais próximos do Conjunto de Favelas da Maré, realizando visitas, participando de reunião e atendendo à população da Maré. Essa aproximação é decorrente da articulação pra ACP, não só dessa ação específica de entrega de cartas.


Os integrantes do Fórum Basta de Violência estiveram nas Feiras da Maré (Parque União, Nova Holanda e Vila do João) para coletar cartas dos moradores sobre o fim da Ação Civil Pública da Maré (ACP).

A Ação Civil Pública da Maré define medidas que visam proteger os moradores durante as operações policiais. Embora jamais implementada em sua totalidade, a ACP contribuiu para diminuir o número de homicídios na região.

Em agosto de 2019 moradores e trabalhadores do Complexo da Maré reuniram-se para uma ação coletiva em frente ao Tribunal de Justiça, no Centro do Rio, para entregar as mais de 1.500 cartas que narram o impacto da violência no cotidiano e questionam o sistema de justiça sobre a suspensão da Ação Civil Pública da Maré.

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