o primeiro portal | nível 1 | turma PORTUGAL 2022

Sofia Maul
Dias 07, 14, 21 e 28 de abril de 2022

MÓDULO II

Tema: O poder da escuta


Como posso contar, se não escutar?

Somos histórias, e também somos esponjas de estórias... E é assim que nos conectamos e nos partilhamos.

Só contamos se deixarmos o que escutamos entrar verdadeiramente e fazer eco na nossa história. Assim somos nós, contadores, e assim é quem nos escuta.

Conteúdo programático:

  • O poder da escuta;

  • A fala da escuta e a escuta da fala;

  • O ouvir e o contar na performance do narrador;

  • Exercícios para ampliar a escuta.

Só contamos se deixarmos o que escutamos
entrar verdadeiramente e fazer eco na nossa história.
Sofia Maul


Sofia Maul é uma contadora de histórias bilingue a viver na Madeira. Nasceu nesta bela ilha e teve a sorte de crescer a ouvir as histórias que os seus quatro avós, todos de origem diferente, contavam (inglês, alemão, sueco e californiano).

Teve uma infância cheia de caminhadas nas montanhas e mergulhos no mar, ténis e natação e observação de aves em abundância. Passou uma temporada na Universidade de Coimbra a estudar Letras (Inglês e Alemão) para tornar-se tradutora e, de seguida, uma mudança de caminho para poder ajudar pessoas (depois de 2 anos como voluntária na Cruz Vermelha): mudou-se para Lisboa e tornou-se terapeuta da fala, trabalhando principalmente com crianças surdas e multilingues.

Em 2004, depois de ouvir um serão de contos, começou um ciclo de formações com actores e contadores de histórias profissionais na Biblioteca Municipal de Oeiras, que, em 2006, resultou na criação de uma associação cultural sem fins lucrativos: os Contabandistas - um grupo de cinco contadores de histórias todos de diferentes origens muito activos na promoção de contadores de histórias e da narração oral como forma de arte performativa contemporânea.

Com a Associação Cultural Contabandistas de Estórias, organizou pela primeira vez em 2012 o Terra Incógnita - Festival Internacional de Contos de Lisboa, que vai na quarta edição e apresenta narradores convidados nacionais e internacionais para mais de mil participantes ao longo de um fim-de-semana cheio de histórias.

Em Setembro de 2016 organizou com a Associação Musical e Cultural Xarabanda o primeiro festival de narração oral da Madeira, EVA, Era uma Vez no Atlântico, integrado numa rede de festivais de narração da orla atlântica que incluem o Atlantica na Galiza, o Terra Incógnita em Lisboa, o Conto Contigo na Praia na Terceira e Rencontres de l'Imaginaire na Bretanha.

Coordena desde Março de 2015 uma tertúlia de cantigas tradicionais semanal onde todos são bem vindos para cantarmos juntos reforçando assim o espírito de comunidade e memória partilhada que a memória colectiva e a partilha de afectos proporciona.

Conta histórias em bibliotecas, escolas, feiras de livros, castelos, bares, festivais, praças, campos de golfe, restaurantes, teatros, terraços, aeroportos, grutas e praias, por todo o país e até no exterior em festivais internacionais de storytelling na Alemanha, Irlanda, Inglaterra, Itália, Bélgica, Espanha e Polónia.

As suas histórias vêm de perto e de longe, mas as que ela mais gosta de partilhar são as que vêm da pequena ilha no meio do Atlântico, para onde voltou depois de 20 anos a viver fora, para abraçar família e amigos, para contar e recolher histórias e também para plantar dragoeiros e fotografar muito.