Acreditação Erasmus+
Consórcio das Escolas Associadas ao
Centro de Formação de Professores do Litoral à Serra
2022-1-PT01-KA120-SCH-000105580
Consórcio das Escolas Associadas ao
Centro de Formação de Professores do Litoral à Serra
2022-1-PT01-KA120-SCH-000105580
A acreditação Erasmus+ é uma ferramenta para as organizações nos setores do ensino e formação profissional (EFP), do ensino escolar e da educação de adultos que se queiram abrir ao intercâmbio e à cooperação transfronteiriços.
A acreditação Erasmus da Associação de Escolas do Litoral à Serra pretende contribuir para dar resposta às necessidades dos diversos agrupamentos de escola (AE) e escolas não agrupadas (ENA) associadas através da mobilidade de alunos e de pessoal docente e não docente para fins de formação, entre 2023 e 2027, para o desenvolvimento de competências nas áreas da inclusão, inovação e desenvolvimento europeu.
A associação é composta por todos os agrupamentos de escola e escolas não agrupadas dos concelhos de Loulé e S. Brás de Alportel associadas ao Centro de Formação de Professores do Litoral à Serra (CFLS): a Escola Secundária de Loulé (ESL), o AE Padre Coelho Cabanita, o AE Eng. Duarte Pacheco, o Conservatório de Música de Loulé Francisco Rosado, o AE de Almancil, o AE Dra. Laura Ayres, o AE D. Dinis, e o AE José Belchior Viegas. O consórcio é coordenado pela Escola Secundária de Loulé, escola sede do Centro de Formação de Professores do Litoral à Serra.
Ainda que cada unidade orgânica tenha características específicas, todas partilham necessidades similares e desafios comuns em resultado das mutações do meio envolvente, formação do pessoal educativo, diversidade dos aprendentes e implementação das orientações educativas (em especial a AFC e a Inclusão). No geral, os AE, são de grande dimensão, com escolas sede, essencialmente, em meio urbano mas na maioria dos casos, as suas escolas não se situam na mesma localidade, estando dispersas, muitas em meio rural, com distância geográfica significativa entre elas, o que não favorece a identidade organizacional nem o trabalho cooperativo entre o pessoal educativo. Um dos AE tem ensino itinerante. A pluriculturalidade da região algarvia, que vive num permanente processo de integração de múltiplas nacionalidades que para aqui imigram ou de etnias, como a roma, e mais recentemente, de refugiados do Leste Europeu e do Norte de África, continua a colocar desafios aos docentes e não-docentes e às lideranças de cada Escola.
O reforço da capacitação dos docentes e não docentes para responder à diversidade e assegurar equidade, no acesso de todos os alunos, a uma aprendizagem de qualidade, é essencial para termos escolas inclusivas e abertas à comunidade local e internacional e aos diferentes parceiros educativos. A plena inclusão de todos os alunos é uma preocupação comum nos 8 AE/ENA do consórcio e tem sido um dos objetivos do CFLS promover formação de capacitação do pessoal educativo para responder à heterogeneidade e desigualdade de oportunidades. Continua a ser identificada necessidade de reforçar competências para: (i) trabalhar cooperativamente em equipas multidisciplinares para (ii) gerir o currículo de forma flexível e interdisciplinar, (iii) criar situações de aprendizagem centradas no aluno, (iv) diversificando estratégias de ensino-aprendizagem-avaliação com recurso a metodologias ativas, (v) que mobilizem os recursos digitais disponíveis e adequados (vi) e que promovam a participação ativa de todos os alunos, (vii) tendo em conta os princípios do Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA).
É estratégico, neste contexto, o aprofundamento do sentimento de pertença à comunidade europeia e o enriquecimento das culturas de escola e práticas educativas individuais e organizacionais através de mobilidades de pessoal e de aprendentes, que possibilitem realizar aprendizagens em outros contextos europeus, que acrescentem valor à formação que aqui lhes é oferecida. O desenvolvimento das competências dos docentes e não-docentes e as aprendizagens dos jovens alunos através da experiência de mobilidades internacionais, terá um efeito positivo na qualidade do ensino, na melhoria das aprendizagens, resultando em mais sucesso e melhor educação para a cidadania europeia.
Objetivos específicos:
Melhoria da inclusão de todas as crianças e jovens estudantes dos AE/ENA do consórcio: Este objetivo, no eixo "inclusão", responde ao desafio colocado pela diversidade nas nossas Escolas e à persistência da desigualdade de oportunidades entre os jovens aprendentes. Todos os AE/ENA do consórcio e, em especial, os 4 AE em TEIP têm diversas iniciativas para melhorar as condições de inclusão de todos os aprendentes mas as mobilidades internacionais de pessoal e de aprendentes focalizadas nesta temática serão prioritárias para todas as Escolas do consórcio, que as encaram como uma estratégia de enriquecimento da formação do pessoal educativo e de melhoria das aprendizagens dos alunos. Espera-se que o pessoal docente e não-docente aprenda com práticas educativas em outros países que acolhem imigrantes e trabalham com crianças e jovens com menos oportunidades em contextos multiculturais e pretende-se oferecer aos jovens aprendentes experiências de aprendizagem noutros países.
Desenvolvimento de competências promotoras de inovação: Em resposta às necessidades e desafios referidos na secção anterior, que partem do levantamento de necessidades de formação do pessoal educativo nos 8 AE/ENA, serão incentivadas as mobilidades promotoras de inovação metodológica, que melhorem as competências do pessoal educativo, sobretudo as que se centrem no estímulo da participação ativa dos aprendentes no seu processos de aprendizagem e de avaliação e sejam mobilizadoras dos novos recursos tecnológicos. No eixo "inovação" o consórcio pretende que as mobilidades internacionais possam enriquecer a formação do pessoal educativo, através da experimentação, noutros países, de práticas pedagógicas em equipas multidisciplinares que trabalhem a interdisciplinariedade e a diversificação de situações de aprendizagem e de processos de avaliação. No caso do pessoal não-docente, será estimulada a aprendizagem internacional de procedimentos que melhorem a qualidade do serviço educativo, tendo em mente a inovação.
Desenvolvimento da dimensão internacional das organizações escolares do consórcio: A experiência transnacional é muito diferenciada no consórcio e carece de estímulo, no caso dos AE sem experiência ou com menos cultura de internacionalização, e de aprofundamento nos casos em que os projetos internacionais já fazem parte dos planos de atividades anuais da Escola. Mesmo nos casos de maior experiência e participação em parcerias de cooperação internacional ou em atividades de mobilidades de pessoal e aprendentes, é preciso explorar os resultados obtidos e assegurar que o seu impacto se torne cada vez mais significativo. Todos os elementos do consórcio reconhecem a importância da dimensão europeia da educação e da mais-valia do trabalho em redes internacionais, tanto na formação do pessoal como na melhoria das condições para a qualidade da aprendizagem de crianças e jovens, sobretudo os mais desfavorecidos.
Neste sentido foram projetadas atividades de frequência de cursos estruturados e a participação em atividades de Job Shadowing em países europeus, para docentes e não docentes e participação em mobilidades de grupos de alunos, em três momentos ou projetos:
Idealmente, até 2027, pelo menos 20% do pessoal e 10% dos alunos, em cada uma dos AE/ENA, teria feito uma mobilidade. Contudo, e atendendo a que alguns AE/ENA não têm experiência significativa de internacionalização no âmbito do Programa Erasmus+ , os números projetados serão mais realistas, podendo ser revistos, de acordo com a monitorização anual do executado e a própria evolução de cada um dos elementos do consórcio. Os fluxos de mobilidades de docentes, não-docentes e discentes deverão ter participantes de cada um dos AE/ENA, de forma tendencialmente equitativa e sempre tendo em conta as respetivas dinâmicas de internacionalização.
Prevê-se distribuir as mobilidades da seguinte forma:
1º projeto (call de 2023, a executar até 31 agosto de 2024)
1AE/ENA com menos de 100 docentes/não-docentes e menos 800 alunos - mínimo de 4 docentes + 1 não-docente + 4 alunos - 9 mobilidades
1AE/ENA com 100 a 200 docentes e não-docentes e 800 a 1500 alunos - mínimo de 6 docentes + 2 não-docentes + 12 alunos - 20 mobilidades
6 AE/ENA com mais de 200 docentes e não docentes e 1500 a 2000 alunos - mínimo de 8 docentes + 3 não-docentes + 16 alunos- 27 mobilidades por AE/ENA
2º projeto (Call de 2024, a executar até agosto de 2025)
Os participantes devem aumentar pelo menos 10%, de forma proporcional, para chegar a um total de cerca de 87 mobilidades pessoal e de 123 alunos.
3º projeto (call de 2025, a executar até agosto de 2026)
Os números devem aumentar pelo menos 10% relativamente ao projeto anterior para realizar pelo menos cerca de 96 mobilidades pessoal e de 136 alunos.
No final de 3 projetos, 3 ciclos de 15 meses, até finais de agosto de 2026, teremos, pelo menos, cerca de 261 mobilidades de pessoal e 371 alunos, ou seja cerca de 13% do pessoal e de 3,8% do total dos alunos, desejando que até agosto de 2027 se atinjam percentagens de 15% de mobilidade de pessoal e de 5% de mobilidade de estudantes, no âmbito deste projeto de mobilidades.
Planos de Desenvolvimento Europeu dos AE/ENA
Critérios de seleção dos participantes
AE de Almancil;
AE Dra. Laura Ayres: Alunos e Pessoal Docente e Não Docente;
AE José Belchior Viegas (Alunos e Pessoal Docente e Não Docente)
Destinos das mobilidades já realizadas