oficinas
poéticas do corpo em paisagens pandêmicas:_
_como caminhar mais perto do chão
com Laís Rosa e José Teixeira
data e horário do encontro: 20 de outubro, das 16h às 19h.
local do encontro: Sala de dança, Ciclo Básico I - Rua Sérgio Buarque de Holanda, 800 (antigo endereço do Centro de Memória da Unicamp).
público-alvo: aberto a artistas, pesquisadores, educadores, estudantes de artes visuais, do corpo e da cena, além de interessados em investigar movimentos de resistência política a partir do corpo.
Da atenção ao corpo à ocupação do espaço, como podemos contra-colonizar nossa presença no mundo? A partir do movimento cíclico entre as ações de estar em pé, caminhar, rebolar, tropeçar, cair, rastejar, deitar-se no chão e acocorar-se, essa oficina busca construir uma relação mais próxima com o chão sob nossos pés e com os chãos de nossas histórias.
Sugerimos a leitura de três textos não obrigatórios, mas que dialogam com as discussões que serão abordadas na oficina. Reforçamos a importância de vir usando roupas confortáveis e que protejam o corpo, como calças e blusas de manga comprida, para a realização mais segura das práticas propostas.
sugestões de leituras para esse encontro
Ngũgĩ wa Thiong’o. Enactments of Power: The Politics of Performance Space. TDR (1988-), vol. 41, no. 3, 1997, pp. 11-30. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/1146606. Acesso em: 27 set. 2022.
Tradução disponibilizada em: https://drive.google.com/file/d/1JJ2oj_qSSU9R5OYI60V24_LHzIuXXV5A/view?usp=sharing
MÃE, Valter Hugo. O cadáver de todas as coisas está na língua. In: MÃE, Valter Hugo. As doenças do Brasil. São Paulo: Biblioteca Azul. p. 90-96. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1auZsUOTtWNcefWtUvfQuJGAi6AyoLxvm/view?usp=sharing.
Alguns trechos do livro O Livro das Ignorãnças, de Manoel de Barros, separados em: https://drive.google.com/file/d/1N6qOznpidrk1FEY9jDQ2JfQhEpMYGdLW/view?usp=sharing
_restos do carnaval
data e horário do encontro: 09 de novembro, das 16h às 19h.
local do encontro: Sala AD02 do Departamento de Artes Corporais da Unicamp - Rua Pitágoras, 500.
público-alvo: aberto a artistas, educadores, estudantes de artes visuais, do corpo e da cena e leitores que deixam suas janelas abertas.
Convido os participantes para lermos juntos o conto “Restos do carnaval” (na coletânea Felicidade clandestina, 1971) de Clarice Lispector e percebermos o que é mobilizado em nós a partir da leitura. Manifestando-nos artisticamente a partir do texto, atentos a quais novos materiais, recortes, desenhos e poesias somos capazes de produzir como coautores da obra. Desejo que, a partir de perguntas provocativas em torno dos temas que o conto mobiliza (processos de individuação relacionados à memória da cidade, espaços liminares entre a casa e a rua), o grupo seja capaz de reagir à questão “o que aconteceu comigo ao ler o texto?” confeccionando lambe-lambes que serão afixados em espaços da cidade. As ações dessa oficina acontecem sob uma perspectiva da Poética do Leitor, provocando os participantes a se posicionarem como pesquisadores atentos aos próprios processo de recepção e ao entorno onde leem e lambem suas artes urbanas em diálogo direto com as superfícies de memória da cidade.