PALESTRANTES CONVIDADOS

Palestra 1 – Sirius: a nova fonte de luz síncrotron brasileira

Prof. Dr. Douglas Galante – Laboratório Nacional de Luz Sincrotron (LNLS) – Cetro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) - LATTES

RESUMO: O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, localizado em Campinas, SP, está finalizando a construção de sua nova fonte de luz, o Sirius. Aberto a usuários em 1997, o LNLS operou a fonte UVX por 22 anos de forma ininterrupta, atendendo a comunidade de pesquisa brasileira de diferentes áreas, da medicina à física básica. O Sirius representa um grande avanço em relação ao UVX, em termos de brilho, emitância e coerência de sua radiação, permitindo alcançar resoluções espaciais na escala nanométrica e explorar novos tipos de contraste para geração de imagens e análise de materiais, como o de difração coerente. Previsto para iniciar as operações em 2020, o Sirius seguirá a missão do CNPEM de prover para a comunidade brasileira e internacional uma infraestrutura completa para preparação de amostras, realização de medidas com raio X e técnicas complementares, além de análise de dados. Suas linhas de luz estão sendo construídas para cobrir uma ampla faixa espetral, do IR aos raios X duros, e realizar medidas usando técnicas de espectroscopia, espalhamento, difração e imagem.

Palestra 2 – O Eclipse solar de 1919 e o triunfo de Einstein

Dr. Luciano Casarini – Departamento de Física – Universidade Federal de Sergipe (DFI/UFS) - LATTES

RESUMO: A teoria geral da relatividade de Albert Einstein tem sido fundamental para a nossa compreensão do universo. Por 100 anos, Einstein é o símbolo da genialidade, ocupando um grande espaço na cultura popular. Um evento decisivo? Um eclipse solar total no céu radiante do Brasil.

Palestra 3 – A pesquisa no ensino de Física: desafios e possibilidades

Dr. Tiago Nery Ribeiro – Departamento de Física – Universidade Federal de Sergipe – Campus Itabaiana (DFCI/UFS) - LATTES

RESUMO: A licenciatura em Física deve ter por objetivo formar profissionais para atuar na educação e que estejam devidamente preparados para interagir significativamente com os estudantes, mas para isso ocorrer, o trabalho docente deve ter como objeto o conhecimento, que na graduação não pode de maneira nenhuma estar afastado de uma sólida formação em pesquisa. Nessa perspectiva, levando-se em conta a atividade profissional do professor de física, um eixo central da sua formação deve ter elementos ligados a pesquisa em ensino de física, porém os modelos de formação têm subestimado essa questão, entendendo que, para os professores de física basta o conhecimento a ser transmitido. Dessa forma, temos por objetivo apresentar e discutir, acerca da pesquisa em ensino de física, suas origens, questões de interesse, desafios e implicações para a formação de professores para o ensino de física, bem como uma apresentação dos programas de pós-graduação na área.

Palestra 4 – SPIN

Prof. Dr. André Ribeiro Neves – Instituto Federal de Sergipe (IFS) - LATTES

RESUMO: Partículas fundamentais possuem propriedades intrínsecas, uma delas é o spin - um momento angular que confere às partículas uma característica magnética. Uma relação íntima entre spin e simetria com relação à permutação de partículas permite classificar todas as partículas como férmions ou bósons. O spin é comumente visto como um efeito relativístico. Nessa palestra faremos uma breve revisão da evolução histórica do conceito de spin, discutiremos sua natureza, sua relação com o magnetismo de materiais, e finalizaremos com algumas considerações sobre a eletrônica de spin ou spintrônica.

Palestra 5 – Atuação do físico médico especialista em radiodiagnóstico em um ambiente hospitalar

Me. Marcela Costa Alcântara – Hospital Universitário (HU/UFS) - LATTES

RESUMO: Nos últimos 5 anos houve um crescimento da atuação do físico médico especialista em radiodiagnóstico em hospitais do Brasil. Dentro de um hospital, o físico médico deve atuar no programa de garantia de qualidade dos equipamentos emissores de raios X e em tudo que diz respeito à proteção radiológica do paciente, trabalhador e indivíduo do público. Como consequência da participação do físico médico nestes processos, pode-se obter como resultado uma otimização de doses em procedimentos e exames, associados à uma imagem com qualidade diagnóstica suficiente para laudo.

Palestra 6 – What ultrasonic waves can do for you from macro to microscale

Dr. Glauber Jose Ferreira Tomaz da Silva – Instituto de Física – Universidade Federal de Alagoas – UFAL - LATTES

RESUMO: I will start discussing how to generate superresolution ultrasonic images using a polymer ball lens. Then, I will talk about the spin-induced torque on subwavelength particles immersed in a viscous fluid. This phenomenon can be used to measure the ultrasonic intensity of acoustical vortex tweezer. On the other part, the acoustic patterning of microparticles in 2D employing the radiation force of ultrasonic standing waves will be shown. I will explain the mechanisms behind this phenomenon using a potential energy theory. This approach might be helpful for further develop the “one cell per well” assay method. Besides being patterned, the soft matter can be squeezed by acoustic radiation stresses. As an example, I illustrate how the aspect ratio of a liposome is used to assess its membrane elasticity. Finally, I will discuss the possibilities of cell mechanophenotyping using ultrasonic waves.

Palestra 7 – Da pesquisa básica ao mercado: Qual o meu papel no processo de inovação tecnológica? Em qual fase atuo no processo de inovação? Como alcanço o lançamento do produto?

Dr. Jose da Silva Rabelo Neto – J. Rabelo gestão da inovação, tecnologia e engenharia (www.jrabelo.pro) - LATTES

RESUMO: O processo de inovação de base tecnológica é composto por diversas fases, com características e tempo de execução diferente para seu desenvolvimento, nas partes e no todo. Para cada fase, há diferentes atores, necessidades, recursos e fatores que influenciam a sua realização e conclusão. Por muitas vezes, pode haver confusão entre os papéis a serem desempenhados entre seus integrantes e interessados. Como também, conflitos entre seus objetivos e prioridades para com os resultados e seus impactos, tanto para as pessoas e instituições envolvidas, como para a sociedade que é a beneficiária final. Os fatores mais importantes e cruciais para o melhor êxito neste processo é a clareza na comunicação e alinhamentos dos objetivos entre os interessados e a definição dos papéis que cada um desempenha no processo.

Palestra 8 – É mesmo possível abrir mão de aulas expositivas? A experiência SCALE-UP no IFUSP

Dra. Carmen Pimentel Cintra do Prado – Instituto de Física – Universidade de São Paulo (USP) - LATTES

RESUMO: Nessa palestra iremos apresentar de discutir os resultados (dificuldades e conquistas) de uma experiência de aprendizagem ativa implantada a partir de 2014 nas disciplinas de física 1 e 2 dos cursos de bacharelado em física, astronomia, geofísica e meteorologia (diurno e noturno) da Universidade de São Paulo, campus capital. A experiência adaptou à realidade brasileira um protocolo conhecido como SCALE-UP, que combina diversas propostas como aula invertida, educação por pares, clickers, experimentos e simulação numérica, entre outros, com uma mudança e modernização do conteúdo das físicas básicas do primeiro ano. Os resultados depois de 5 anos, são promissores, com um aumento na taxa de aprovação sem que tenha sido possível detectar alteração no desempenho dos alunos em física 3. Pretendemos ainda discutir dificuldades concretas, como garantir que os alunos estudem antes, resistência do próprio corpo docente do IFUSP, particularidades do trabalho em equipe, entre outros.

PALESTRA 9 – O Laboratório de Preparação e Caracterização de Materiais (LPCM) / DFI: Passado, presente e futuro

Dr. Mário Ernesto Giroldo Valerio – Departamento de Física – Universidade Federal de Sergipe (UFS)

RESUMO: O Laboratório de Preparação e Caracterização de Materiais (LPCM) do DFI-UFS , criado em 1991, foi o primeiro laboratório em Física Experimental do Estado de Sergipe. Nesta palestra apresentaremos a trajetória do LPCM com foco nos resultados importantes e impactos gerados na produção de conhecimento, formação de recursos humanos, e desenvolvimento de técnicas inovadoras e novos materiais. Apresentaremos as pesquisas atuais, tanto em física básica quanto em física aplicada, as perspectivas de futuro, envolvendo as colaborações, os produtos e processos e a atuação no cenário científico nacional e internacional."