Fazer um eixo paisagístico entre parque da cidade e pontos estratégicos no sudoeste qualifica o desenvolvimento urbanístico da cidade em diversas instâncias. Objetiva-se a melhoria do acesso da região do Sudoeste ao parque. Dessa forma, facilita-se o acesso da população que reside e ou trabalha no sudoeste e os usuários do BRT. Logo, a intervenção possibilita um trajeto agradável e seguro entre as paradas de ônibus do BRT e o parque, incentivando a utilização desse equipamento público pela população do entorno.
Criar eixos paisagísticos com pontos comerciais que incentivam a circulação natural de pessoas pelo trajeto entre o parque da cidade e via EPIG traz uma escala humanizada em frente a um conjunto de rodovias que perpassam a região. Assim, procura-se estimular, democratizar e intensificar o acesso ao parque.
Dessa forma, a intervenção vem qualificar o espaço que cerca as novas vias construídas na região, levantando a atenção para a necessidade de investimentos voltados à caminhabilidade das cidades, que podem ser integrados com os atuais desenvolvimentos rodoviários. Contribuindo, assim, para criar um meio intermediário que vença que aridez, falta de calçadas e de sombreamento que existe entre o parque da cidade e as paradas de ônibus da via EPIG.
No bairro Sudoeste, existem diversos caminhos com calçadas adequadas que direcionam até a via EPIG. No entanto, a conexão para pedestres entre esta via e o parque é insuficiente. Dessa forma, diminui-se muito a possibilidade de uma integração fluída do sudoeste, bairro com boa densidade demográfica, a estrutura do parque da cidade.
No setor de indústrias gráficas, há uma faixa fronteiriça com o parque da cidade. Devido à falta de faixas de transposição de pedestres entre os acessos criados pelo sudoeste, esta zona limiar e o parque, cria-se um grande trecho com caminhabilidade precária. A criação de caminhos que possibilitem essa travessia eleva o caráter do parque como equipamento público que serve à sociedade em suas funções de lazer.
Recentemente, há um grande investimento governamental na expansão das faixas da via EPIG e nas suas conexões com o setor policial, eixo monumental e com vias internas do sudoeste. No entanto, não houve uma adaptação que permeasse essas novas vias no sentido de circulação de pedestres. Logo, observa-se a necessidade de qualificar as formas de acesso para pedestre entre o parque da cidade e via EPIG.
Observa-se, ainda, a grande correlação existente entre uma ocupação frequente de pedestres e a boa conservação dos espaços públicos. Logo, promover boas vias de conexão via calçada até o parque da cidade incentiva a preservação e investimentos na manutenção e conservação de calçadas, ciclovias, ciclofaixas, mobiliário urbano, etc.