Precisamos de 75 mil euros para ser felizes? Neste episódio, Filipa Galrão e Diogo Mendes, professor de Finanças na Universidade de Estocolmo, conversam sobre a forma como nos relacionamos com o dinheiro – da infância à reforma. Um tema que desperta cada vez mais interesse, mas sobre o qual ainda há muitas dúvidas, como revela o 4.º Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa. Com uma abordagem prática, ficamos a conhecer os três pilares fundamentais de uma vida financeira saudável e esclarecem-se conceitos-chave como o de «juro composto», que Einstein considerava a oitava maravilha do mundo. Além disso, fica claro um contraste: enquanto nos países nórdicos a transparência salarial é norma, em Portugal falar de dinheiro permanece tabu - algo que um novo diploma europeu pode transformar a partir de 2026. Mas e a educação financeira nas escolas? Será uma solução viável? O Diogo apresenta-nos dados surpreendentes de várias geografias. Não só resultados promissores de países que foram pioneiros, mas também casos, como o de Portugal, em que ainda é cedo para avaliar a eficácia de projetos-piloto. No final, há um desafio inesperado que mostra como as nossas decisões financeiras estão cada vez mais automáticas e, ao mesmo tempo, desmaterializadas. Não perca!
Quanto estaria disposto a pagar por um bilhete para um grande jogo de basquetebol? E será que o método de pagamento – dinheiro físico ou cartão – influencia essa decisão? Neste episódio, Filipa Galrão e o especialista em finanças Diogo Mendes partilham estratégias para criar um orçamento familiar equilibrado, incluindo a regra 50/30/20 e a técnica «Pay Yourself First» – capazes de transformar as nossas fragilidades psicológicas numa motivação para poupar. À boleia da neurociência, exploram ainda como a desmaterialização do dinheiro está a transformar os nossos hábitos de consumo. Se quer saber como passar de um gasto de 72 para 4 euros num ano, mas ainda acha que «no poupar é que está o ganho», então esta é mesmo a conversa certa para si.
Imagine a sua riqueza a encolher silenciosamente, ano após ano. Não é ficção: é o que acontece ao dinheiro de 70% dos portugueses, «adormecido» em depósitos. Neste episódio, Filipa Galrão conversa com o especialista em finanças, Diogo Mendes, que nos explica por que motivo apenas 2% dos portugueses investem em ações, enquanto nos países nórdicos essa percentagem está próxima dos 20%. Se formos além da realidade europeia, os contrastes são ainda mais significativos: sem um Estado Social robusto, 62% dos americanos participam no mercado acionista. O que explica estas diferenças? Um fator-chave é precisamente o nível de literacia financeira. Mas há outros: o género, a educação e, naturalmente, o rendimento influenciam as nossas decisões financeiras e o nosso grau de aversão ao risco ao longo da vida. Quer seja um investidor experiente ou alguém que nunca comprou uma ação, junte-se à conversa e aprenda a navegar o mundo dos investimentos com mais conhecimento e confiança.
Por que razão achamos que um produto mais caro é sempre melhor? E que estratégia devemos seguir numa negociação salarial? Neste episódio, Filipa Galrão e o especialista Diogo Mendes exploram os mecanismos da economia comportamental, para lhe responder a esta e a outras questões. Descubra como o nosso cérebro, longe de ser uma máquina 100% racional, recorre a atalhos mentais que nos levam, muitas vezes, a tomar decisões financeiras pouco sensatas. As empresas conhecem bem essas vulnerabilidades - não é por acaso que a Amazon é hoje a segunda maior empregadora de economistas doutorados nos EUA. Ao longo da conversa, são desvendados alguns dos truques de marketing mais eficazes: o «efeito isco», por exemplo, que explica por que o pacote médio de pipocas no cinema existe apenas para nos fazer comprar o grande; ou a razão pela qual o antigo «leite gordo» passou a chamar-se «leite inteiro», mesmo sem qualquer alteração no produto. Uma conversa essencial para perceber como funciona o comportamento humano e para agir de forma informada na hora de consumir e investir.
Quase metade dos portugueses têm pelo menos um produto de crédito, mas será que sabem a diferença entre TAN e TAEG? Quantos lêem as letras pequenas dos contratos ou sabem que fatores devem ter em conta para escolher o crédito mais indicado? Além de permitir antecipar rendimentos individuais, o crédito é também uma ferramenta essencial do Banco Central Europeu para controlar a inflação. Estima-se, no entanto, que 1 em cada 5 pessoas no mundo não tenha acesso a crédito. Neste episódio, Filipa Galrão e o especialista Diogo Mendes conversam sobre as vantagens e desvantagens do crédito e o peso que pode ter no orçamento familiar. Exploram também estratégias e dicas práticas para lidar com situações de sobre-endividamento e para tomar decisões financeiras mais informadas.
Será que a reforma, como a conhecemos, tem os dias contados? Neste episódio, Diogo Mendes e Filipa Galrão falam sobre o impacto da longevidade e do envelhecimento da sociedade na economia portuguesa, e mundial. Uma conversa obrigatória, para enfrentar o futuro com tranquilidade. A reforma representa, para a maioria dos cidadãos, uma merecida fase de descanso depois de uma vida de trabalho. Mas... será que estamos preparados para viver uma reforma sem preocupações financeiras? 81% dos portugueses espera financiar a reforma com os descontos que faz para a segurança social durante a vida ativa. No entanto, numa época em que a longevidade é cada vez maior e em que o envelhecimento da população não pára de aumentar, a sustentabilidade do sistema público de pensões está seriamente em risco. Mais do que nunca, é preciso agir cedo para garantir, mais tarde, uma vida confortável. Neste episódio, o especialista Diogo Mendes aponta caminhos alternativos para complementar as reformas convencionais. Já ouviu falar em ‘fundos de pensões corporativos’? Conhece o conceito de ‘juro composto’? Sabe quais são as vantagens, e desvantagens, de fazer um Plano Poupança Reforma?
Acredita que jogar é uma forma de ganhar dinheiro? Será que o jogo pode ser considerado um investimento? Quais são as verdadeiras probabilidades de ganhar ou perder dinheiro quando fazemos apostas? Entre ilusões de lucro rápido e riscos muito reais, a dupla examina a relação entre o jogo e as nossas finanças, do Euromilhões à raspadinha, dos casinos às criptomoedas. Sabia que cada português gasta, em média, por mês, 184€ em jogo? E que se estima que mais de 30 mil pessoas estejam ‘viciadas’ na raspadinha? Por estas e outras razões, o jogo não é só uma questão financeira mas também de saúde pública. Entenda o conceito de ‘margem da casa’ e porque é que é uma armadilha insisitir no jogo com o intuito de obter retorno financeiro. A conversa explora ainda o universo especulativo das criptomoedas: será um jogo moderno ou uma nova forma de investir? Entre ‘regras de ouro’ para jogar no Euromilhões e conselhos para ser um jogador saudável, prepare-se para ficar perplexo com o ‘Paradoxo do Aniversário’, que ilustra bem como o nosso cérebro tem dificuldade em calcular probabilidades.
Os impostos são um mal necessário ou um bem comum? Diogo Mendes e Filipa Galrão exploram o mundo dos impostos em Portugal: para que servem, como nos afetam e por que mexem tanto com as nossas carteiras. Ninguém gosta de pagar impostos, mas todos querem ter acesso à saúde, à educação e ao progresso. Num país de ‘taxas e taxinhas’, resta saber como lidam os portugueses com as obrigações fiscais e contributivas. O professor de Finanças analisa para onde vai o dinheiro que entregamos ao fisco, quanto pagamos em média ao longo da vida, e qual é a satisfação dos contribuintes com os serviços públicos que recebem em troca. A dupla fala também sobre ‘moral tributária’ – a motivação (ou falta dela) para cumprir com o dever fiscal – e de como a ‘dívida pública de hoje são os impostos de amanhã’. Portugal tem o 4º pior desempenho fiscal da OCDE, e isso levanta questões: quais são os impostos que mais pesam no Orçamento de Estado? O que significa ‘regressividade fiscal’? E que distorções a carga fiscal pode criar na economia? Entre conceitos e estudos recentes, há ainda espaço para dicas práticas sobre como pagar menos impostos... dentro da legalidade, claro.
Qual é o papel dos seguros na nossa vida financeira? O especialista Diogo Mendes e Filipa Galrão dão a resposta e refletem sobre o que estamos dispostos - e obrigados - a pagar, em troca de proteção na adversidade. Os acidentes são, por definição, imprevisíveis. A melhor solução é estarmos precavidos contra despesas inesperadas que podem resultar em altos danos patrimoniais. Neste episódio, ficamos a par de quais são os seguros obrigatórios, e os facultativos, em Portugal. O que devemos ter em conta quando contratamos um seguro, seja automóvel, de vida ou de habitação? Sabemos o que está incluído, por exemplo, num seguro de acidentes de trabalho? E como é que as seguradoras calculam os prémios que pagamos? A conversa também descodifica conceitos como o ‘known unknowns’ e o ‘unknown unkonwns’ – os riscos previsíveis e os completamente imprevisíveis – que estabelecem os limites entre o que a seguradoras podem, ou não, antecipar. Apesar de haver quem ainda prefira criar fundos de emergência a fazer seguros, há produtos cada vez mais procurados: só a subscrição de seguros de saúde cresceu 17% nos últimos anos. A dupla analisa ainda porque é que quem tem mais escolaridade recorre mais ao seguro, o que são os riscos ‘não seguráveis’ e o que é a chamada “seleção adversa”. No fim, coloca-se a questão: que influência têm os seguros no nosso comportamento?
Quanto vale o nosso trabalho hoje... e amanhã? Diogo Mendes e Filipa Galrão analisam o mercado de trabalho em Portugal - dos salários à produtividade, das profissões do futuro aos desafios de criar um negócio. Mais do que um número, o salário é a remuneração do nosso capital humano. Mas porque é que este capital tem tendência a perder valor? O especialista em finanças, Diogo Mendes, identifica as oportunidades e as fragilidades do nosso mercado laboral. Num país onde as diferenças salariais entre quem tem e quem não tem ensino superior estão entre as maiores da Europa, investir na educação faz a diferença. Mas não só. Ter experiência e mudar de emprego também pode trazer grandes vantagens na progressão da carreira. A conversa explora ainda as profissões que vão crescer e as que tendem a desaparecer até 2030, os riscos e oportunidades de criar empresas, e os desafios de uma geração de jovens adultos que continua longe da independência financeira. Há também espaço para discutir o ‘brain drain’ – a fuga de talento para o estrangeiro – e desfazer mitos sobre o impacto da imigração no mercado de trabalho português. Um retrato incisivo e realista de um país em que a maioria da população ativa trabalha muito, mas nem sempre se sente valorizada.