Racializar as nossas histórias é um processo coletivo e em comunidade!
Somos um espaço online de acolhimento para pessoas asiáticas (amarelas e marrons) mulheres e/ou LGBTQIAP+ que queiram pensar em coletivo sua racialidade. Mediamos encontros dirigidos para acolher, trocar e entender o que significa ser uma pessoa asiática em nossas realidades atravessadas por diversos aspectos da nossa história e identidade.
O processo de se descobrir uma pessoa racializada é gradual e doloroso, sobretudo se tratando de descendentes da Ásia em território brasileiro. Ele passa - entre outras questões - por reconhecer ao longo da sua história de vida as opressões da branquitude. Se defrontar com o auto-ódio, vergonha e negação de suas origens; a luta incansável de se adequar ao mito da minoria modelo; a auto-cobrança de cuidar das feridas intergeracionais de familiares e antepassados; a solidão dessas angústias sem ter um grupo para poder partilhar; entre tantos outros desafios.
Racializar o modo que contamos nossas histórias e construímos nossas relações é fundamental para o reconhecimento do lastro da colonização. Entender o fundo social por trás de inquietações individuais torna o ser racializado ainda mais complexo, mas também pode nos movimentar de um lugar solitário rumo a um senso de pertença.
Em outras palavras, conversar com pessoas que podem ter vivências semelhantes e/ou entendam de onde viemos, para então criar novos futuros possíveis. Isso só é possível dentro de um contexto de segurança e acolhimento.
Alguns temas abordados nas edições anteriores:
Identidade não-branca, branquitude, ancestralidade, impactos de gênero e sexualidade em pessoas amarelas e marrons, desafios de saúde dentro de comunidades diaspóricas, entre outros.
Acreditamos que elaborar nossa identidade racial pode promover potência para nossa saúde e bem-estar. Mas não é algo que ocorre espontaneamente, tampouco individualmente. Para nós, racializar nossas histórias é um processo coletivo e em comunidade!
Venha fazer parte da comunidade asiatique!
✨ Nova edição vindo aí! ✨
A Comunidade Asiatique chega à sua quarta edição com um questionamento profundo: O que é amor para nós asiatiques?
Partindo dessa premissa, queremos investigar juntes se é possível construir uma ética amorosa (à luz da autora Bell Hooks) com olhar racializado dentro das relações de pessoas descendentes da imigração asiática no Brasil
Vamos investigar o amor enquanto horizonte de possibilidades, revendo o que nos foi dito a seu respeito e ressignificando possíveis eventos rumo à uma sociedade que tem como objetivo o letramento racial, o respeito aos povos não-brancos e a luta antiracista.
Vem com a gente? Segue o link de inscrição: