Simpósios Temáticos

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SIMPÓSIO TEMÁTICO:

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As salas que acontecerão os Simpósios Temáticos serão divulgadas alguns dias antes do evento!

Distribuição das apresentações Simpósios Temáticos III CIHIS UFSM - site

CONFIRA ABAIXO A LISTA DE SIMPÓSIOS TEMÁTICOS APROVADOS PARA O III CIHIS UFSM:

1) Ensino de História e Cultura Digital: paradigmas e desafios na educação de base do século XXI

FREITAS, Ubiratã Ferreira

Doutor em História

Magistério público do Estado do RS

historiaubirata@hotmail.com 


RAMOS, Luciano Braga

Doutor em história

Magistério público do Estado do RS

lucianohistoria.rs@hotmail.com 


Pensando no desenvolvimento da educação e a construção do conhecimento científico, para a evolução dos atores sociais e visando ampliar uma gama de discussões a respeito da relação professor-aluno dentro da realidade da sala de aula no Ensino de Base no contexto de pandemia e pós-pandemia, este Simpósio Temático enfatiza a discussão entre a disciplina de História e suas especificidades aplicadas no decurso do Ensino Fundamental e Ensino Médio e a utilização de tecnologias digitais no ensino aprendizagem. Uma das questões relevantes sobre o desenvolvimento da disciplina de História na Educação Básica é perceber que os elementos que constituem a sociedade brasileira em sua base se modificaram. Essa percepção centra-se na perda da referência social familiar, cujos elementos culturais da História e memória, que deveriam ser repassados pelos membros da família, estão interferindo e refletindo na perda do conhecimento empírico, histórico e oral dos educandos. Com isso, pensar uma saída emergente seria, talvez, a formação de um novo currículo de História para a Educação Básica para os alunos do século XXI. Nesse sentido, ensinar História é um desafio, pois não preenche as necessidades dos alunos, no entanto, enquanto não houver uma postura mais efetiva, um reconhecimento que nosso currículo está defasado e sem importância para nossos alunos, as dificuldades do ensino de História vão permeando ainda por longos períodos. Fazer-se entender a partir de representações do passado é vislumbrar uma educação de qualidade com bases efetivas no conhecimento científico. Assim, este ST busca uma discussão para fomentar novas abordagens e métodos para ensinar História com a participação das tecnologias digitais que fazem parte da realidade do mundo atual, pensando no desenvolvimento educacional e valorização das escolas públicas no Brasil, bem como pela necessidade de contemplar um ensino de qualidade na área das Ciências Humanas em geral através de um lócus comum que trate a História e as diferentes temporalidades das sociedades em sua complexa diversidade em compreensão do passado com intuito de prever um futuro e desenvolvimento intelectual dos alunos. Para além disto, este Simpósio Temático compagina-se com o mote do III Congresso Internacional de História da UFSM no sentido de aprofundar as experiências de pesquisa, de ensino e de defesa dos valores democráticos no âmbito dos estudos e abordagens da disciplina de História. Este III Congresso de História será o momento de fundação de um GT específico que contemplará os Estudos e Desenvolvimento da Aplicação da História na Educação Básica. 


Palavras-chave: Educação; Ensino de Base; Tecnologias digitais;


Bibliografia de referência do Simpósio Temático 

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 2007. 

CABRINI, Conceição; CIAMPI, Helenice; VIEIRA, M. Pilar; etal. O ensino de História. 3ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. 

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 6ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997. 

__________ . Pedagogia do oprimido. 9ª. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. 

GUIMARÃES NETO, Euclides. Educar para a Sociologia: contribuições para formação do cidadão. Belo Horizonte: Editora RHJ, 2012. 

JENKINS, Keith. A História Repensada. São Paulo: Editora Contexto, 2007. 

PEREIRA, Edimilson de Almeida. Malungos na Escola: questões sobre culturas afrodescendentes e educação. São Paulo: paulinas, 2007. 

RÜSEN, Jörn. Cultura faz sentido. Orientações entre o ontem e o amanhã. Petrópolis. Ed. Vozes. 2014 

RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história: os fundamentos da ciência histórica. Brasília: Ed. UNB, 2001. 

RÜSEN, Jörn. Teoria da História. Uma teoria da história como ciência. Curitiba. Editora UFPR. 2015. Tradução de Estevão C. de Rezende Martins. 

____________. Didática da história: passado, presente e perspectivas a partir do caso alemão. Práxis Educativa, Ponta Grossa-PR, v.1, n.1, 15 jul./dez. 2006. Tradução de Marcos Roberto Kusnick. 

SCHOPENHAUER, Arthur. A Arte de Escrever. Porto Alegre: LP & M, 2008. 

SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Construindo a relação conteúdo método no ensino de História no Ensino Médio. In: KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 2ª. ed. São Paulo: Cortez, 2001. 

SILVAS, Maurício Pedro da. Novas Diretrizes Curriculares para o estudo da História e da Cultura Afro-Brasileira e Africana: A Lei 10.639/03. EccoS – Revista Científica, São Paulo, v. 9, n. 1, p.39-52, jan./jun. 2007. 

2) Trajetórias, espaços e conexões em tempos de Global History

VENDRAME, Dra. Maíra Ines, 

Unisinos, 

mvendrame@unisinos.br


         CARNEIRO, Dr. Deivy Ferreira, 

                                                                              UFU, 

deivycarneiro@gmail.com


Descrição: A proposta deste simpósio é reunir pesquisadora(e)s que trabalham sobre temas e fontes de naturezas diversas, fundamentados na metodologia da Micro-história italiana. Buscamos reunir estudos que possuem relações diretas com a redução de escala como paradigma epistemológico; o nome como fio condutor da pesquisa; as trajetórias como possibilidade de apreensão de elementos mais “globais” da realidade e o uso de uma variada gama de fontes primárias, com o intuito de abarcarem a “totalidade” de um determinado contexto. Este campo de debates informado por perspectivas analíticas e metodológicas heterogêneas que investigam objetos que podem ser agrupados nessas linhas principais: - Pesquisas cujos objetos e objetivos são tributários dessa metodologia nas áreas da história social e demográfica, - Estudos sobre História da família, - Imigração e redes migratórias, - Colonização, espaços e territórios, - Perspectivas analíticas transnacionais e globais, - Relações interétnicas, conflitos, raça e grupo social, - História do crime, da violência e das práticas de justiça na intersecção entre raça, classe e gênero, - Religião e movimentos sociorreligiosos, - Emancipações e pós-abolição.


Palavras-chave: Micro-história, trajetórias e espaços 


Bibliografia de referência do Simpósio Temático 

Bertrand, Romain. L'Histoire à parts égales. Récits d'une rencontre, Orient-Occident (XVIe-XVIIe siècle). Paris: Le Seuil, 2011.

Carneiro, Deivy F. & Vendrame, Maíra. Espaços, escalas e práticas sociais na micro-história italiana. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2021.

Carneiro, Deivy F. Uma justiça que seduz? Ofensas verbais e conflitos comunitários em Minas Gerais (1854-1941). São Paulo: Paco, 2019.

Cerutti, Simona. “Microhistory: social relations versus cultural models? Some reflections on stereotypes and historical practices”. A. M. Castrén, M. Lonkila et M. Peltonen (éd.). Between Sociology and History. Essays on Microhistory, Collective Action, and Nation-Building. SKS. Helsinki. 2004.

De Vito. Christian G. “History Without Scale: the micro-spatial perspective”. Past & Present, Supplement 14, 2019.

Ginzburg Carlo. La Lettera Uccide. Milano: ADELPHI, 2021.

Rojas, Carlos Antonio Aguirre. Micro-história: modo de uso. Maringá: Eduel, 2012.

Torre, Angelo. Luoghi. La produzione di località in età moderna e contemporânea. Milano: Donzelli, 2011.

Trivellato, Francesca. “Is There a Future for Italian Microhistory in the Age of Global History?”. California Italian Studies 2 (2011)

Vendrame, Maíra Ines. O Poder na Aldeia: redes sociais, honra e práticas de justiça entre os camponeses italianos. Porto Alegre: Oikos, 2015.

Vendrame, Maíra; Karsburg, Alexandre; Moreira, Paulo Roberto Staudt (orgs.). Ensaios de micro-história, trajetórias e imigração. São Leopoldo: OIKOS, 2016.

Vendrame, Maíra I. & Karsburg, Alexandre. Micro-história: um método em transformação. São Paulo: Letra & Voz, 2022.

3) História, Religião e Política

BORIN, Marta Rosa

Drª UFSM

marta.borin@ufsm.br

SILVA, Rosani Pivetta

Drdª PPGH/UFSM

rosanipivetta@ufsm.br


O campo religioso tem sido objeto de pesquisa de diferentes áreas do conhecimento configurando-se num campo profícuo de articulações políticas e de conflitos interinstitucionais, onde as diferentes expressões religiões têm alcançado largo espaço nas mídias sociais. Neste sentido, a esfera religiosa e as vertentes explicativas dos complexos processos históricos têm sido analisadas por diferentes perspectivas acadêmicas (história, geografia, antropologia, sociologia, filosofia, arquivologia), tanto sobre as chamadas religiões universais quanto no que concerne às crenças, práticas religiosas e suas múltiplas estratégias de representação/participação política. Assim, o presente simpósio temático pretende promover o compartilhamento de experiências de pesquisa acerca de estudos que contemplem a dinamicidade do campo religioso, nas diferentes temporalidades históricas, problematizando temas relacionados a rede de instituições religiosas e suas articulações no campo político; as articulações das religiões e das religiosidades diante da intolerância religiosa e os negacionismos; questões relacionadas a laicidade do Estado e as tensões resultantes do pluralismo religioso e dos fundamentalismos; as articulações das instituições religiosas através do seu capital simbólico e das relações sócio-políticas que estabeleceram com instituições públicas e privadas; as diferentes interpretações das manifestações de fé na arte, nas peregrinações, nas diferentes devoções, nas festas, nos ritos e cultos; as religiões e as religiosidades como formas de preservação de identidades étnico-culturais; trânsitos religiosos decorrentes de contatos interculturais e os movimentos religiosos modernos.


Palavras-chave: história; religião; política.


Bibliografia de referência do Simpósio Temático 

BORIN, Marta Rosa. Por um Brasil Católico: tensões e conflitos no campo religioso da República. Itapiranga/SC: Schreiben, 2023.

BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1998.

CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas: o imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

ISAIA, Artur César. Catolicismo e autoritarismo no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Edipucrs, 1998.

LENHARO, Alcir. Sacralização da política. Campinas: Ed. UNICAMP, 1986.

MICELI, S. A elite eclesiástica brasileira. São Paulo, Companhia, das Letras, 2009

MAINWARING, Scott. A Igreja católica e a política no Brasil (1916-1985). Trad. de Heloisa B. de Oliveira Prieto. São Paulo: Brasiliense, 1989.

RODEGHERO, Carla Simone. O diabo é vermelho: imaginário anticomunista e Igreja católica no Rio Grande do Sul (1945-1964). Passo Fundo/ EDUPF, 1998.

SIEPIERSKI, Paulo D. e GIL, Bernardino M. (Org.) Religião no Brasil: enfoques, dinâmicas e abordagens. São Paulo: Paulinas, 2003.

SOARES Edvaldo. Pensamento católico brasileiro [recurso eletrônico]: influências e tendências. Marília: Oficina Universitária; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014.

SOUSA, Jessie Jane Vieira de. Círculos operários: a Igreja Católica e o mundo do trabalho no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ, 2002. 

4) História Militar, Exército e Sociedade: história, historiografia e fontes documentais

LIRA, Clarice Helena Santiago

Doutora em História (UFSM), Professora do Curso de História (UESPI)

claricesantiago@cchl.uespi.br


MERON, Luciano Bastos

Doutorando em História (PPGHIS – UFRJ)

lucianomeron@gmail.com


Este simpósio temático tem como proposta compartilhar as experiências de pesquisadores que tratem de temáticas relacionadas ao campo da história militar, especificamente àquelas voltadas aos estudos e pesquisas sobre o Exército e suas relações com a sociedade na primeira metade do século XX. Sabe-se que as forças de terra passaram por várias mudanças em muitas partes do mundo (Europa e América Latina, por exemplo) na configuração temporal citada, articuladas a transformações que também se efetivavam na sociedade, na política e na cultura, tanto a nível mundial quanto nacional. Especificamente no caso do Exército Brasileiro, a primeira metade do século XX foi marcada por grandes transformações estruturais, doutrinárias e ideológicas. Implantou-se, por exemplo, o serviço militar obrigatório por meio de sorteio em todo o território nacional assim como o quartel passou a ser representado como espaço importante de formação do cidadão brasileiro. Além disso, a instituição participou de uma série de intervenções (como no caso da Revolta da Vacina, a Política das Salvações e o Contestado), revoltas (o movimento tenentista é um marco), movimentos revolucionários e golpistas (Revolução de 1930, Revolução Constitucionalista, Intentona Comunista e Estado Novo) como também se envolveu nos dois conflitos mundiais. Novos estudos, especialmente sob o escopo da Nova História Militar, permitem compreender melhor os fenômenos sociais que envolvem os militares, como seu processo de profissionalização, de construção de uma cultura própria e os diversos aspectos relacionais com os civis. Dessa forma, o simpósio pretende agregar tanto trabalhos que tratem da discussão de seus objetos pesquisados como também das escolhas teórico-metodológicas e documentais adotadas no percurso de sua produção.  


Palavras-chave: História Militar; Exército; Sociedade.


Bibliografia de referência do Simpósio Temático

BEATTIE, Peter M. Tributo de sangue: exército, honra, raça e nação no Brasil, 1864-1945. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.

CARVALHO, José Murilo de. Forças armadas e política no Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005.

CASTRO, Celso; IZECKSOHN; KRAAY, Vítor. Nova história militar brasileira. Rio de janeiro: Editora FGV, 2004.

KEEGAN, John. Uma história da guerra. São Paulo: Cia das Letras, 2002.

LIRA, Clarice Helena Santiago. "O exército moderno é a nação armada": o serviço militar obrigatório no Piauí e a fabricação de cidadãos soldados entre os anos de 1908 e 1928. Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Sociais e Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, RS, 2023.

LIRA, Clarice Helena Santiago. O Piauí em tempos de Segunda Guerra: mobilização local e as experiências do contingente piauiense da FEB. Jundiaí, SP: Paco Editorial, 2017. 

MCCANN, Frank. Soldados da Pátria: história do exército brasileiro (1889-1937). São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

MERON, Luciano B. Memórias do front: Relatos de guerra de veteranos da FEB (1944-1945). UFBA, 2009, Dissertação (Mestrado em História Social) - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Salvador, 2009.

RODRIGUES, Fernando da Silva; FERRAZ, Francisco; PINTO, Surama Conde Sá (org.). História militar: novos caminhos e novas abordagens. Jundiaí: Paco Editorial, 2015.

ROUQUIÉ, Alain. O Estado militar na América Latina. São Paulo: Alfa-Ômega, 1982.

TREVISAN, Leonardo N. Obsessões patrióticas: Origens e projetos de duas escolas de pensamento político do exército brasileiro. Rio de Janeiro: Bibliex, 2011. 

5) Lugares de Memória e processos de patrimonialização

SILVA, Juliani Borchardt

Doutora em Memória Social e Patrimônio Cultural (UFFS)

julianiborchardt@gmail.com


MARCHI, Darlan De Mamann

Doutor em Memória Social e Patrimônio Cultural

Pós-doutorando no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pelotas, Bolsista CAPES/BRASIL,

darlanmarchi@gmail.com


Este simpósio é voltado aos pesquisadores que se debruçam sobre as temáticas referentes à constituição de lugares de memória (NORA,2008) e as dinâmicas que envolvem os patrimônios culturais oficiais e não-oficiais de diferentes referencias materiais e imateriais. O objetivo do simpósio é o de discutir o fenômeno contemporâneo do boom da memória, e da consequente febre de patrimonialização, sintoma das mudanças na forma como nos relacionamos com o tempo, conforme Hartog (2014). Dentro de uma perspectiva histórico-crítica do patrimônio, busca-se analisar os reconhecimentos patrimoniais e as comemorações como processos mobilizadores da memória e identidade locais, que refletem valores, conflitos e negociações e que expressam emoções coletivas (FABRE, 2013). Dessa forma, interessa a esse simpósio pesquisas que buscam refletir sobre as relações entre história, memória e patrimônio cultural de forma ampliada, refletindo sobre os desafios contemporâneos que estão impostos aos(as) historiadores(as) enquanto agentes culturais implicados(as) na construção ou na crítica dos processos de memorialização e patrimonialização. São bem-vindas pesquisas que problematizam as ações de ativação patrimonial (PRATS, 1998) e a instituição de políticas de memória e patrimônio em diferentes períodos e lugares. Portanto, visamos reunir trabalhos que investigam em diferentes níveis de governança patrimonial (municipal, estadual, federal, global) os discursos autorizados do patrimônio (SMITH, 2006), mas também os casos de movimentos e grupos que se mobilizam na defesa de bens culturais. Destacam-se, assim, casos de comunidades que lutam a favor ou contra o reconhecimento de diferentes lugares, imóveis, centros históricos, monumentos, celebrações e tradições como referências de identidade e memória. Entendendo esses processos, por sua vez, enquanto balizadores de diversos interesses e lutas sociais contemporâneas.


Palavras-chave: lugares de memória; patrimonialização; conflitos.


Bibliografia de referência do Simpósio Temático

CANDAU, Joel. Memória e Identidade. Trad. Maria Letícia Ferreira. 1ª ed., 1ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2012.

CASTRIOTA, Leonardo Barci. Patrimônio cultural: conceitos, políticas, instrumentos. São Paulo: Annablume, 2009.

CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade: UNESP, 2006.

CONNERTON, Paul. Como as sociedades recordam. 2. ed. Oeiras: Editora Celta, 1999.

FABRE, Daniel. Émotions patrimoniales. Éditions de la Maison des sciences de l’homme, Paris, coll. « Ethnologie de la France », cahier n° 27, 2013.

FONSECA, Maria Cecilia L. O Patrimônio em Processo: trajetória da política federal de preservação no Brasil. Rio de Janeiro: Editora UFRJ/Minc-Iphan, 2005.

HARTOG, François. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.

NORA, Pierre. Pierre Nora en Les lieux de mémoire. Montevideo: Ediciones Trilce, 2008.

PRATS, Llorenç. El Concepto de Patrimonio Cultural. In: Política y Sociedad. nº 27. p.63-76, 1998.

SMITH, Laurajane. Uses of heritage. Routledge, 2006. 

6)“Educação 4.0”: desafios e tensionamentos no uso das tecnologias digitais em salas de aula da educação básica e do ensino superior

SIMÕES, Rodrigo Lemos

Doutor em Educação, Faculdade de História/PPGEDU-ULBRA

rodrigo.simoes@ulbra.br


GOMES, Juliane Maria Puhl

Mestre em História, Faculdade de História-ULBRA

juliane.gomes@ulbra.br



Este Simpósio Temático propõe o debate sobre o uso das tecnologias digitais nas salas de aula da educação básica e do ensino superior, neste último caso mais especificamente em relação à formação de professores. No que diz respeito ao rápido desenvolvimento deste tipo de tecnologia e o seu impacto na sociedade e na cultura contemporânea, diferentes situações verificadas nas últimas décadas têm despertado interesse e debates no âmbito do ensino de história e da educação de um modo geral. Somos professores de História, envolvidos diretamente em componentes curriculares relacionados às metodologias e práticas de ensino, entre elas os estágios supervisionados, que visam preparar os futuros profissionais da educação para enfrentar os desafios da sala de aula. Neste sentido, trazemos algumas observações feitas ao longo dos anos, especialmente a partir do momento em que identificamos no ensino superior a introdução e consolidação dos mecanismos de busca na rede, entre eles o do Google, considerado como um dos principais instrumentos para obtenção de informação e conhecimento na contemporaneidade. Logo, nos interessa pensar a partir do tensionamento de alguns dos conceitos ligados ao ensinar e ao aprender na cultura digital, especialmente aqueles que remetem à naturalização dos usos e práticas de determinados grupos e sujeitos diante das tecnologias digitais (PRENSKY, 2001). Nesta direção, problematizamos as perspectivas solucionistas a respeito da ciência e do desenvolvimento tecnológico (MOROZOV, 2018), assim como os diferentes aspectos das tecnologias educacionais de plataforma, a racionalidade neoliberal e o capitalismo de vigilância (ZUBOFF, 2021), que consideramos estar ressignificando o papel da educação em nossa sociedade, nos seus diferentes níveis e modalidades. Portanto, serão bem-vindos ao diálogo aqueles trabalhos que se proponham a abordar algum dos seguintes temas: o ensino de história no contexto das tecnologias digitais; o desenvolvimento de soluções criativas e contextualizadas nas salas de aula da educação básica; os possíveis impactos causados pelo crescimento das chamadas Big Techs no âmbito da educação; a docência universitária e a formação de professores diante das tecnologias digitais; os saberes e práticas docentes e a formação docente continuada diante dos desafios do mundo digital; a expansão da internet no âmbito do ensino e da pesquisa na área da educação; as questões éticas e autorais, de autonomia, de capacidade de interpretação e de pensamento crítico diante da complexidade das experiências de interação que envolvem as pessoas e as tecnologias digitais.


Palavras-chave: tecnologias digitais; educação; ensino de História


Bibliografia de referência do Simpósio Temático


ANDRADE, Paula Deporte de. Artefatos culturais midiáticos e pedagogias culturais: uma análise para explorar as qualidades pedagógicas da vida contemporânea. Anais. 38ª Reunião Nacional da ANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação - São Luís (MA), 2017. pp. 1-16

COSTA, Marisa Vorraber & ANDRADE, Paula Deporte de. Na produtiva confluência entre educação e comunicação, as pedagogias culturais contemporâneas. Perspectiva, Florianópolis, v. 33, n. 2, p. 843 - 862, maio/ago. 2015. 

DA SILVA, Felipe Ramos; SIMÕES, Rodrigo Lemos. “Ajudando a preparar a próxima geração”: Racionalidade neoliberal, Google e a EAD no Brasil. Conhecimento & Diversidade, v. 15, n. 36, p. 79-100, 2023.

DA SILVEIRA, Sérgio Amadeu. A noção de modulação e os sistemas algorítmicos. PAULUS: Revista de Comunicação da FAPCOM, v. 3, n. 6, 2019.

HALL, Stuart. Cultura e Representação. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio: Apicuri, 2016.

JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2008.

LARROSA, Jorge. B. Tecnologias do eu e educação. In: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). O sujeito da educação: estudos foucaultianos. Rio de janeiro: Vozes, 1994, p. 35-86. 

MEYER, Dagmar Estermann; PARAÍSO, Marlucy Alves. Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. Belo Horizonte: Mazza Edições, v. 2, 2012.

MOROZOV, E. Big Tech: a ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu, 2018.

PRENSKY, Marc. Digital Natives, Digital Immigrants. On the Horizon. NCB University Press, v. 9, n. 5, p. 2-6, out. 2001. 

RAMOS, Altina; FARIA, Paulo. Literacia digital e literacia informacional: breve análise dos conceitos a partir de uma revisão sistemática de literatura. Linhas, v. 13, n. 2, p. 29-50, 2012.

RIBEIRO, Ana Elisa. Do fosso às pontes: um ensaio sobre natividade digital, nativos Jr. e descoleções. Revista da Abralin, v. 18, n. 1, p. 01-24, 2019.

SARAIVA, Karla; VEIGA-NETO, Alfredo. Capitalismo cognitivo, modernidade líquida e educação. Educação & Realidade, v. 34, n.2, Porto Alegre, p. 187-201, maio-ago. 2009.

SIBILIA, Paula. Você é o que o Google diz que você é: a vida editável, entre controle e espetáculo. Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 42, p.214-231, maio/ago. 2018.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.

VEIGA-NETO, Alfredo. Governamentalidades, neoliberalismo e educação. Foucault: filosofia e política. Belo Horizonte: Autêntica, p. 37-52, 2013.

ZUBOFF, Shoshana. A era do capitalismo de vigilância. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca Ltda, 2021. 

7) História Digital: possibilidades e desafios do produzir conectado

FAY, Claudia Musa

Doutora em História, Coordenadora dos cursos de graduação em História (Licenciatura e Bacharelado) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

cmfay@pucrs.br


SAVAL, Priscila Ervin 

Mestra em História, doutoranda no Programa de Pós-Graduação em História PUCRS.

Bolsista CNPq, ervin.saval@outlook.com


Este simpósio temático dedica-se às relações que historiadores vêm estabelecendo com o universo digital, suas possibilidades e seus desafios. O século XXI marcou a popularização da internet acelerando o processo de revolução digital e acarretando mudanças permanentes em diferentes áreas da sociedade contemporânea. A História, como demais ciências, não ficou ilesa das consequências da recém popularizada “era digital”, situação que movimentou discussões entre os historiadores nas últimas duas décadas acerca de produção, acesso, preservação e manuseio desta documentação digital. Em 2020 os efeitos da pandemia da Covid-19 evidenciaram a existência de uma sociedade caracterizada por indivíduos conectados e que estabelece uma relação de dependência com o ciberespaço. As restrições impostas pelo evento pandêmico e da necessidade de garantir a continuação da produção científica, foram responsáveis por conduzir a História a assumir o status de conectada. Seguindo as premissas de qualquer novo campo que busca por consolidação e reconhecimento, a História Digital encontra-se em período probatório, tendo sua existência questionada na mesma intensidade que é defendida, por este motivo é de extrema relevância que pesquisadores que reconhecem suas potencialidades dialoguem acerca da importância do ciberespaço, do crowdsourcing, da cibercultura e das Humanidades Digitais, para a ciência histórica. Diante do exposto, este simpósio temático objetiva reunir pesquisadores cujas produções apresentem proximidade com as inúmeras possibilidades da História Digital. Serão aceitas pesquisas que utilizam de documentações digitalizadas, oriundas ou não de acervos digitais, fontes orais realizadas remotamente (Zoom, Google Meet, Teams,), redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram, Youtube, Whatzapp,), Qrcode ou softwares que auxiliam no processo de elaboração/ organização.  

Palavras-chave: História Digital; Humanidades Digitais; Ciberespaço 


Bibliografia de referência do Simpósio Temático


AGUIAR, Leandro Coelho de. Cultura digital e fazer histórico: estudos dos usos e apropriações das tecnologias digitais de informação e comunicação no ofício do historiador. 2012. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Programa de Pós-graduação em ciência da informação. Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Rio de Janeiro, RJ. Disponível em: http://ridi.ibict.br/handle/123456789/769 acesso em: 13 de junho de 2023.


ALMEIDA, Fábio Chang de. O historiador e as fontes digitais: uma visão acerca da internet como fonte primária para pesquisas históricas. Aedos, Porto Alegre, n. 8, v. 3, p. 9-30, jan.-jun. 2011 


BARROS, José D’Assunção (org.). História Digital: A Historiografia diante dos recursos e demandas de um novo tempo. Petrópolis: Vozes, 2022.


CALDEIRA NETO, Odilon. Breves reflexões sobre o uso da Internet em pesquisas Historiográficas. Revista Eletrônica Boletim do Tempo, ano 4, nº 20, Rio de Janeiro, 2009. Disponível em:  https://www.academia.edu/1509277/Breves_reflex%C3%B5es_sobre_o_uso_da_Internet_em_pesquisas_historiogr%C3%A1ficas?auto=download Acesso em: 10 junho de 2023


LEMOS, André. Cibercultura: tecnologia e vida social na cultura contemporânea. 3.ed. Porto Alegre: Sulina, 2007.


LÉVY, Pierre. O que é virtual? São Paulo. editora 34, 1999.


______. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.


MALERBA, Jurandir.  Os historiadores e seus públicos: desafios ao conhecimento histórico na era digital. Rev. Bras. Hist. [online]. 2017, vol.37, n.74, pp.135-154.Disponível em:  http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-01882017000100135&script=sci_abstract&tlng=pt acesso em: 10 junho de 2023.


NICODEMO, Thiago Lima; ROTA, Alesson Ramon; MARINO, IAN Kisil. Caminhos da história digital no Brasil. Vitória: Mil Fontes, 2022.


RAMÍREZ, Hernán. Protestas de junio y desafíos de la historia en tiempos virtuales. Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 6, n. 13, p. 58 ‐ 89, set./dez. 2014. Disponível em: https://www.academia.edu/38390661 acesso em: 14 junho de 2023.


SANTAELLA, Lucia. Culturas e Artes do Pós-Humano: da cultura das mídias a cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003.


SANTOS, Márcia. ELOS POSSÍVEIS ENTRE FACEBOOK E MEMÓRIA: UMA REFLEXÃO. Revista da Semana Discente de Sociologia Política do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro. (IUPERJ-UCAM) V.1, n.1, 2017 Disponível em: http://iuperj.br/revista/semanadiscente/index.php/sdppgspiuperj/article/download/11/11 acesso em: 10 junho de 2023.

8) Natureza, Espaço e Fronteira: as relações humanas com o ambiente em diferentes espacialidades.


SÁ, Débora Nunes de

Doutora em História - Universidade Federal de Santa Catarina

nunesdesaa@gmail.com


MINUZZI, João Davi Oliveira

Doutorando em História – Universidade Federal de Santa Catarina

bolsista CAPES

jdminuzzi@gmail.com


O objetivo principal desse simpósio temático é criar um ambiente de discussão para pesquisas que reflitam sobre a ação humana em diversos espaços, especialmente os espaços fronteiriços. São bem-vindos trabalhos de pesquisa históricos ou interdisciplinares que destaquem a relação entre humanos e o ambiente rural; o ambiente urbano; as paisagens; ou a relação com os não-humanos. O nosso foco é a discussão em torno das espacialidades, não havendo um recorte temporal restritivo para a participação. Compreendemos que as questões fronteiriças apresentam inúmeras nuances espaciais que são relevantes para discussão, por isso incentivamos que os trabalhos também reservem atenção para essas características, caso o tema de pesquisa e as fontes consultadas permitam tal análise. Nossa perspectiva parte da História Ambiental, mas qualquer pesquisa que dialogue com as temáticas propostas é bem-vinda, especialmente oriundas da História Agrária, História das Ciências e História das Ideias. Destacamos que a historiografia brasileira, apesar dos avanços das últimas décadas, ainda carece de maiores discussões a respeito do ambiente e da espacialidade. É necessário cada vez mais que pesquisas históricas dialoguem com outras áreas do conhecimento, especialmente das Ciências Naturais e Humanas, e que implementem a natureza em sua análise, a fim de romper com a escrita de uma História antropocêntrica, cartesiana e pouco complexa.


Palavras-chave: História Ambiental; Espacialidade; Fronteiras;


Bibliografia de referência do Simpósio Temático

ARMANI, Carlos Henrique. Reflexões sobre o contexto na história intelectual: entre a virada linguística e o novo materialismo filosófico. In: Tempos Históricos (EDUNIOESTE), v. 19, p. 80-102, 2015.

CORRÊA, Dora Shellard. Descrições de paisagens – construindo vazios humanos e territórios indígenas na capitania de São Paulo ao final do século XVIII. In: Varia História. UFMG – vol.24, nº39, 2008

DEAN, Warren. A Ferro e Fogo: A História e a Devastação da Mata Atlântica Brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. 

HENNESSY, Alistair. The frontier in Latin American history. In : Les phénomènes de frontière dans les pays tropicaux: Table ronde organisée en l’honneur de Pierre Monbeig [en ligne]. Paris : Éditions de l’IHEAL, 1981. Disponível em: http://books.openedition.org/iheal/1387>. Acesso em: 03 jan. 2022.

JERRAM, Leif. Space: a useless category for historical analysis? In: History and Theory n.52, 2013.

LOPES, Maria Aparecida; ORTELLI, Sara. Fronteiras Americanas: entre interações e conflitos, séculos XVIII-XX. Estudos de História, Franca, v. 13, n. 2, 2006.

MALLON, Florencia. Las Sociedades Indígenas frente al nuevo orden. In: VASQUEZ, Josefina Zoraida, et. Al. Historia general de América Latina: La construcción de las naciones latinoamericanas, 1820-1870. UNESCO, 2003.

MINUZZI, João Davi Oliveira; SÁ, Débora Nunes De. Fronteiras Sul-Americanas: o Pampa e a Mata Atlântica sob a perspectiva da História Ambiental. FRONTEIRAS: REVISTA CATARINENSE DE HISTÓRIA, v. 1, p. 195-212, 2022.

MURARI, Luciana. Natureza e cultura no Brasil (1870-1922). São Paulo: Alameda Editorial; Fapesp, 2009

NODARI, Eunice Sueli; CARVALHO, Miguel Mundstock Xavier de; ZARTH, Paulo Afonso (Orgs.). Fronteiras fluidas: florestas com araucárias na América Meridional. São Leopoldo: Oikos, 2018.

NODARI, Eunice Sueli; MORETTO, Samira Peruchi; MINUZZI, João Davi Oliveira; SÁ, Débora Nunes de. História ambiental em rede: novos temas e abordagens. Governador Valadares: Univale Editora; Passo Fundo: Acervus, 2022

OLSEN, Bjørnar. Material culture after text: re-membering things. In: Norwegian Archaeological Review, v. 36, n.2, 2003, p. 87-104.

PÁDUA, José Augusto. As bases teóricas da História Ambiental. In: Estudos Avançados nº 24, 2010.

RANGARAJAN, Mahesh. Nações, Natureza e História Ambiental. In: COULTER, Kimberly; MAUCH, Christof. (org.). O Futuro da História Ambiental: necessidade e oportunidades. Munique: Rachel Carson Center Perspectives, 2011. p. 31-34.

RITVO, Harriet. Horizontes mais amplos? In: COULTER, Kimberly; MAUCH, Christof. (org.). O Futuro da História Ambiental: necessidade e oportunidades. Munique: Rachel Carson Center Perspectives, 2011. p. 29-30.

RUNDVALT, Darcio. Para além do cenário, do palco ou do pitoresco: a paisagem dos Campos Gerais no Paraná nos relatos de viagem do século XIX - Auguste de Saint-Hilaire, Thomas P. Bigg-Wither e Visconde de Taunay. Ponta Grossa: UEPG, 2016.

SCHAMA, Simon. Paisagem e Memória. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

WORSTER, Donald. Para fazer História Ambiental. In: Estudos Históricos vol. 4, n. 8, 1991.

TURNER, Frederick. El Significado de la frontera em la historia americana. Secuencia, n.7, 1987. 

9) História Social do Crime, da Violência e das Práticas de Justiça e Controle

THOMPSON FLORES, Mariana Flores da Cunha

Doutora – UFSM

mariana.thompson@ufsm.br


TEXTOR, Bárbara Gonçalves

Mestre/ Doutoranda- UFSM

Bolsista Capes

barbaratextor@gmail.com



Segundo Marcos Bretas, estudar o crime ou a criminalidade foi uma preocupação marcante dos pensadores da sociedade do século XIX. Visto como uma patologia social, o crime era considerado um desvio de comportamento dos padrões da vida cotidiana normal. A historiografia mais recente, no entanto, tem apontado a relação muito próxima existente entre as práticas consideradas criminosas e o cotidiano social. Sem dúvida, a chamada história social inglesa, sobretudo E. P. Thompson, foi fundamental para o desenvolvimento dessa perspectiva. Thompson ampliou a concepção marxista tradicional da lei, indo além da percepção de que ela representa um instrumento da classe dominante para a sujeição dos dominados e percebendo-a como um campo de luta, onde regras fixadas para todos, mesmo que sejam desiguais, abrem a possibilidade para as classes dominadas de estabelecer negociações e estratégias no sentido de buscar brechas na lei que lhes sejam favoráveis. Nesse sentido, para garantir sua legitimidade frente a todos, a lei deve parecer justa e também impor restrições à classe dominante. Em relação à criminalidade, Thompson trabalha com a noção de que algumas categorias de crimes podem, na realidade, representar, costumes cotidianos fundamentados numa cultura popular que não está de acordo com os preceitos da “cultura educada”, refletindo costumes estabelecidos dentro de uma cultura local, os quais diferem largamente das leis e tradições que lhes são colocadas. A presente proposta de ST tem a chamada História do Crime como a âncora temática que pode reunir diversos trabalhos. O campo historiográfico da História do Crime, o qual abarca temas como criminalidade, violência, práticas de justiça e instituições de repressão e controle policial, incorpora um leque bastante amplo de temáticas, as quais vêm apresentando cada vez mais procura por parte de alunos e pesquisadores. Interessam ao ST , pesquisas construídas a partir de diferentes tipologias de fontes, sejam elas criminais, civis, fontes periódicas, etc, uma vez que todas elas permitem entender os sujeitos em diferentes espaços, suas redes e articulações, relações de poder e o controle social para além das instituições oficiais, privilegiando os diferentes usos da violência e da justiça e das manifestações do crime, controle e marginalização. Busca-se, assim, criar um espaço para debatermos as técnicas e as metodologias utilizadas, bem como uma variedade ampla de temas que as referidas fontes permitem abordar.


Palavras-chave: História Social do Crime; Violência; Justiça 


Bibliografia de referência do Simpósio Temático:

ABREU, Márcia. DEAECTO, M. M. A Circulação transatlântica dos impressos - Conexões. Campinas: Unicamp, 2014.

AGUIRRE, Carlos; WALKER, Charles (comps.). Bandoleros, abigeos y montoneros: criminalidad y violencia en el Perú, siglos XVIII-XX. Lima: Instituto de Apoyo Agrario, 1990.

BARRIERA, Darío (comp.). Justicias y fronteras: estudios sobre historia de la justicia en el Río de la Plata: siglos XVI-XIX. Murcia: Universidad de Murcia, Servicio de Publicaciones, Red Columnaria, 2009.

BRETAS, Marcos Luiz. A guerra das ruas: povo e polícia na cidade do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado – IUPERJ Rio de Janeiro, 1988. 

________. O crime na historiografia brasileira: uma revisão da pesquisa recente. BIB, n. 32, p. 49-61, 2o sem. 1991.

CANCELLI, Elizabeth. A cultura do crime e da lei. (1889-1930). Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.

CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da Belle Époque. São Paulo: Brasiliense, 1986.

CHASTEEN, J.C. Violence for show: knife dueling on a nineteenth-century. Cattle Frontier. In: The problem of order in changing societies: essays on crime and policing in Argentina and Uruguay, 1750-1949. JOHNSON, L.L. (ed.) Albuqyerques: University of New Mexico Pres, 1990.

ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Volume 2: Formação do Estado e Civilização. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.1993.

FONTELES NETO, F. L.; BRETAS, M. L.; THOMPSON FLORES, M. História do Banditismo no Brasil. Novos espaços, novas abordagens. Santa Maria: EditoraUFSM, 2019.

FAUSTO, Boris. Crime e Cotidiano. A criminalidade em São Paulo (1880-1924). São Paulo: Editora Brasiliense, 1984.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. História da violência nas prisões. Petrópolis: Vozes, 2003.

GARAVAGLIA, Juan Carlo. Poder, conflicto y relaciones sociales: el Rio de la Plata, XVIII – XIX. Rosário: Homo sapiens Ediciones, 1999.

GAYOL, Sandra. Honor y Duelo en la Argentina Moderna. Buenos Aires: Siglo XXI Editores, 2008.

GALEANO, Diego e Marcos Luiz Bretas, coord. Policías escritores, delitos impresos. Revistas policiales en América del Sur. La Plata: Teseo Press, 2016.

HOBSBAWM, E. Bandidos. São Paulo: Paz e Terra. 2010.

KALIFA, Dominique. Os bas-fonds. História de um imaginário. São Paulo: EDUSP, 2017.LARA, Silvia H. MENDONÇA, Joseli M. N. (org.) Direitos e justiças no Brasil. Ensaios de história social. Caminas: UNICAMP, 2006.

LOPES, Maria Aparecida de S. De costumbres y leyes: abigeato y derechos de propiedad en Chihuahua durante el Porfiriato. México, D.F: El Colegio del México, Centro de Estudios Históricos, 2005.

MANTECÓN, Tomás A. El peso de la infrajuducialidad en el control de crímen durante la Edad Moderna. In: Estudis. Revista de Historia Moderna. (Universitat de Valencia). Nº 28. Ano 2002, pp.43.75.

MAUCH, Claudia. Ordem pública e moralidade: imprensa e policiamento urbano em Porto Alegre na década de 1890. Dissertação de Mestrado – PPGHIST/UFRGS, Porto Alegre, 1992.

MOUTOUKIAS, Zacarias. Contrabando y control colonial en el siglo XVII: Buenos Aires, el Atlántico y el espacio peruano. Buenos Aires: Centro Editor de la América Latina, 1987.

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PESAVENTO, Sandra. GAYOL, Sandra. Sociabilidades, justiças e violencias: práticas e representações culturais no Cone Sul (séculos XIX e XX). Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008.

_____________. Visões do Cárcere. Porto Alegre: Editora Zouk, 2009.

SPECKMAN Guerra, Elisa. “Crimen y castigo: legislación penal, interpretaciones de la criminalidad y administración de justicia, Ciudad de México 1872-1910”. Tesis de doctorado en Historia. Ciudad de México: El Colegio de México, 1999.

THOMPSON, E.P. Senhores e caçadores. A origem da lei negra. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

_____________. Costumes em comum.  Estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

THOMPSON FLORES, Mariana Flores da Cunha. Crimes de fronteira: a criminalidade na fronteira meridional do Brasil (1845-1889). Porto Alegre: EdiPUCRS, 2014.

10) Patrimônio Cultural da saúde e da medicina: acervos, fontes e pesquisas

QUEVEDO, Éverton Reis

Doutor. Casa da Memória Unimed Federação/RS

evertonquevedo@gmail.com


SERRES, Juliane Conceição Primon

Doutora. Universidade Federal de Pelotas

julianeserres@gmail.com


Com a ampliação do campo do patrimônio, patrimonialização e patrimonialidade passaram a ser vistas quase como sinônimos. Embora apresentem patrimonialidade, os bens relacionados à saúde, a medicina, a assistência e, dos saberes de saúde à edificações hospitalares, entre outros, apenas recentemente no Brasil vêm sendo considerados como patrimônio. São elementos da cultura material e imaterial, como, por exemplo, objetos médicos, documentos, livros e testemunhos e fontes orais. Tomando como base essa valorização como vetor de trajetórias, histórias e memórias, como reflexo da sociedade que  criou e o usou estes elementos, podemos tencionar o social, o econômico e o cultural, pois tais acervos, frutos de uma necessidade humana que busca a cura para suas mazelas, são carregados de significados sociais e tecnocientíficos. Esta definição, ainda pouco difundida, estudada e trabalhada entre os profissionais dedicados ao patrimônio, o chamado patrimônio cultural da saúde refere-se a um conjunto de bens materiais e simbólicos socialmente construídos, que expressam o processo da saúde individual e coletiva nas suas dimensões científica, histórica e cultural. Desta forma, o Simpósio Temático proposto apresenta-se como espaço destinado a discussão acerca dessa temática, agregando pesquisadores das áreas de história, museologia, arquitetura e patrimônio de forma geral, oportunizando o entrecruzamento de experiências: pesquisa e/ou organização de acervos, construção e difusão de fontes, processos de documentação museológica, ações educativas, entre outras.


Palavras-chave: Saúde. Patrimônio. História.


Bibliografia de referência do Simpósio Temático

DESVALLÉES, Andre. Cent quarante termes muséologiques ou petit glossaire de l’exposition. In: BARY, Marie-Odile; TOMBELEM, Jean-Michel (Dir.). Manuel de muséographie: petit guide à l’usage des responsables de musée. Haute-Loire: Séguier, 1998.

MEDEIROS, Helena Thomassim. Da exclusão à exposição: Narrativas expográficas do Memorial do Hospital Colônia de Itapuã. Trabalho de conclusão de curso de Museologia da UFRGS, 2015.

POMATTI, Angela Beatriz. De sucata à museália: a trajetória de um objeto museológico, o Pulmão de Aço do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). UFGRS. Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, Curso de Museologia. Porto Alegre, 2016.

QUEVEDO, Éverton; POMATTI, Angela Beatriz. Museu de História da Medicina - MUHM: um acervo vivo que se faz ponte entre o ontem e o hoje. Porto Alegre: Evangraf, 2016.

RAMOS, Francisco Régis Lopes. A danação do objeto: o museu no ensino de história. Ed. Argos: Chapecó, 2004.

SERRES, Juliane Conceição Primon.  As Redes de Museus: preservação e difusão do patrimônio cultural da Medicina no Brasil. In: Museologia e Patrimônio. Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio – PPG-PMUS Unirio | MAST - vol. 5 no 1 – 2012. Pp. 145-155.

_________. Preservação do patrimônio cultural da saúde no Brasil: uma questão emergente. História, Ciências, Saúde-Manguinhos (Online), v. 22, p. 1411-1426, 2015.

11) Poderes e Resistências na Antiguidade: entre a subalternidade e a construção da liberdade política

SILVA, Matheus Barros da

Doutorando (PPGH-UFRGS)

Bolsista CAPES, matheusbarros.dasilva@gmail.com


GONÇALVES, Jussemar Weiss

Professor Doutor (ICHI-UFRG-FURG)

jussweiss@hotmail.com 


No Brasil, o campo da História Antiga apresenta-se como área consolidada. Desde os anos 1960, bibliografia, pesquisas, dissertações, teses e revistas especializadas solidificam o campo. O presente simpósio objetiva possibilitar a discussão sobre articulações e fundamentos do poder e autoridade na Antiguidade. O simpósio está aberto às pesquisas que – na Antiguidade – tematizem os conflitos e resistências que tenham como atores centrais grupos considerados subalternos – mulheres, escravos, marginais, estrangeiros, camponeses. Justifica-se nossa proposição a partir de uma posição epistemológica alinhada àquela corrente historiográfica chamada de História Vista de Baixo. Tal vertente é marcada por uma produção de um conhecimento a partir de olhares e práticas de atores sociais – homens e mulheres comuns – anteriormente não considerados como sujeitos do processo histórico. Assim, aponta-se ao que é conhecido como História Antiga Vista de Baixo. Não esquecendo de um dos ensinamentos do historiador Moses Finley (1990, p. 56), que diz que toda História é, em algum nível, uma História do tempo presente, acreditamos que a História Antiga sob tal perspectiva tem muito a contribuir na discussão sobre nosso próprio mundo. A partir desse ir e vir – entre passado e presente – uma História Antiga pela perspectiva dos “de baixo” visa uma problematização sobre questões, como, por exemplo, liberdade, opressão, resistência, formas de cidadania, trabalho e cotidiano. Dito isso, também estamos amparados na contribuição de Walter Benjamin quando propõe “escovar” a História a contrapelo (1996, p. 35). Quer dizer, observar e compreender o processo histórico como estrutura social em uma apreensão dialética da totalidade e resgatar o ponto de vista dos considerados subalternos em sua elaboração de identidade e liberdade política. Assim, no que concerne à perspectiva do simpósio temático, assume-se uma posição epistemológica a partir da elaboração de saberes e culturas oriundos dos grupos dominados – mas resistentes – ao longo da história. Ancorados na compreensão gramsciana de cultura (1985, p. 77), que considera a instância cultural como redes de associações estruturadas nas quais as classes, e outros grupos sociológicos lutam por seus projetos e visões de mundo. O que se quer é compreender a luz de novas contribuições da teoria, da história, antropologia, arqueologia, entre outras ciências, as formas pelas quais se realizam o convívio com poder, suas criações e as reações que marcaram o mundo antigo. Abrimos nosso simpósio a todos (as) pesquisadores (as) em História Antiga que queiram contribuir com o debate sobre a temática do poder, autoridade, subalternidade e luta política na Antiguidade. 


Palavras-chave: autoridade; poder; resistência; política; antiguidade


Bibliografia de referência do Simpósio Temático

BENJAMIN, Walter. Magia e Técnica, Arte e Política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Editora Brasiliense, 1996.

FINLEY, Moses. História Antiga: testemunhos e modelos. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

FUNARI, Pedro Paulo. Cultura Popular na Antiguidade Clássica. Campinas: Contexto, 1996. 

GRAMSCI, Antonio. Concepção Dialética de História. São Paulo: Civilização Brasileira, 1985. 

OLIVEIRA, Julio Cesar Magalhães; COURRIER, Cyril (org.). Ancient History from Below: Subaltern Experiences and Actions in Context. Abingdon: Routledge, 2022. 

THOMPSON, Edward Palmer. A história vista de baixo. Campinas: Editora da Unicamp, 2001. 

12) Memória, Trabalho e Ditadura Civil-Militar Brasileira

KONRAD, Diorge Alceno

Professor Titular do PPG e do Departamento de História da UFSM

gdkonrad@uol.com.br


COSTA, Osnar da

Doutorando em História – PPGH/UFSM

Bolsista Capes/DS

osnardacosta1989@gmail.com


As reminiscências oriundas da Ditadura Civil-Militar Brasileira são as mais diversas, isso decorrentes do seu período de extensão, tanto dos entraves anteriores, bem como do Pós-64. Tais reflexões indicam que se torna ainda mais necessário compreender os processos envolvidos deste período, especialmente sobre as relações de trabalho e seus aspectos sociais, jurídicos, educacionais, culturais, políticos, entre outros, na formação histórica que, inclusive, se coloca refletida no presente. Diante do exposto, o objetivo desse simpósio é receber trabalhos cujos temas se dirijam para a Ditadura Civil-Militar Brasileira, desde o processo transitório da conjuntura do Golpe de 1964, sua duração de vinte e um anos e os desencadeamentos pós-1985, em relação às lutas dos movimentos sociais e políticos e as diversas formas de repressão e resistência. A metodologia de trabalho consistirá na apresentação oral dos trabalhos inscritos, com tempo a ser delimitado, após a verificação da quantidade de propostas submetidas a esse ST, levando em consideração, também, a quantidade de dias disponibilizados pela organização do evento. As propostas submetidas serão avaliadas em duas categorias gerais: resumo expandido e trabalho completo. Estes, serão analisados de acordo com a proposta, encaixe temático e relevância do tema, sendo que, se ainda merecer adequação, o trabalho será encaminhado ao proponente que fará os ajustes necessários. Espera-se, contudo, que este ST venha a satisfazer os historiadores e historiadoras da temática aqui exposta, especialmente aos que pesquisam Memória, Mundos do Trabalho e Ditadura, a partir de um espaço de apresentação de suas pesquisas, estimulando o diálogo para o aperfeiçoamento da reflexão sobre esse processo histórico, dentro da historiografia e nas áreas afins.


Palavras-chave: Memória; Trabalho; Ditadura.


Referências Bibliográficas

CORADINI, Rafaela A.; KONRAD, Diorge Alceno. Jogos políticos da memória: Possíveis diálogos entre teoria e testemunho de um período extremo no Cone Sul. Métis: História & Cultura, v. 15, p. 253-268, 2016.

CORRÊA, Larissa Rosa. A ‘rebelião dos índices’: política salarial e justiça do trabalho na Ditadura Civil Militar (1964-1968). In. GOMES, Angela M. de Castro; SILVA, Fernando Teixeira da (orgs.). A Justiça do Trabalho e sua História. Campinas: Ed. da UNICAMP, 2013.

FERNANDES, Juliana Ventura de Souza. A “Guerra dos 18 anos”: repertórios para existir e resistir à ditadura e a outros fins de mundo. Uma perspectiva do povo indígena Xakriabá e suas cosmopolíticas de memória. Tese (Doutorado em História) - Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2020.

FICO, Carlos. Além do Golpe. Versões e controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2004.

KONRAD, Diorge Alceno. Resistência e Distensão: a Ditadura civil-Militar no Brasil (1974-1979). Brasil e Portugal: Ditaduras e transições para a democracia, v. 18, p. 169, 2020. 

KONRAD, Diorge Alceno. Trabalhadores e movimentos sociais na resistência à Ditadura Civil Militar e a Luta pela Anistia no Brasil. In. MAIA, Tatyana do Amaral; FERNANDES, Ananda Simões (orgs.). Anistia: um passado presente? Porto Alegre. Ed. da PUC-RS, 2020.

KONRAD, Diorge Alceno. Ditadura e movimentos sociais (1964-1985): repressão e resistência em um ´processo de luta de classes. In. FERNANDES, Ananda Simões; ESPÍNDOLA, Érico Derosso; TIMM, Paola Robaski (orgs.). Movimentos sociais sob suspeita. Documentos da polícia política do Rio Grande do Sul durante a Ditadura. Porto Alegre: Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, 2022.

MONTENEGRO, Antonio Torres. Trabalhadores rurais e justiça do trabalho em tempos de Regime Civil Militar. In. GOMES, Angela M. de Castro; SILVA, Fernando Teixeira da (orgs.). A Justiça do Trabalho e sua História. Campinas: Ed. da UNICAMP, 2013.

NAGASAVA, Heliene. O sindicato que a Ditadura queria. O Ministério do Trabalho no governo Castelo Branco (1964-1967). Jundiaí – SP: Paco, 2018. 

PADRÓS, Enrique Serra; BARBOSA, Vânia M.; LOPEZ, Vanessa Albuquerque; FERNANDES, Ananda Simões (orgs.). A Ditadura de Segurança Nacional no Rio Grande do Sul (1964-1985): História e Memória. 4 vols. Porto Alegre: CORAG, 2009.

QUADRAT, Samantha Viz; ROLLEMBERG, Denise (orgs.). História e memória das ditaduras do século XX. Vol. 1. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2015.

SANTOS JÚNIOR, José Pacheco dos. A Justiça do Trabalho e os pequenos trabalhadores do Sertão Baiano (1964-1972). In. DROPPA, Alisson; Lopes, Aristeu Elisandro Machado; SPERANZA, Clarice Gontarski (orgs.). História do trabalho revisitada. Justiça, ofícios, acervos. Jundiaí – SP: Paco, 2018.

SILVA, Ana Beatriz Ribeiro Barros. Corpos para o Capital: acidentes de trabalho, prevencionismo e reabilitação profissional durante a Ditadura Militar Brasileira (1964-1985). Jundiái: Paco Editorial, 2019. 

13) FRONTEIRAS, CONFLITOS E ATORES ENTRE OS SÉCULOS XVIII E  XX

ANDRADE, Gustavo Figueira

Doutor em História UFSM, Professor dos Colégios Marista Aparecida e Scalabriniano  Nossa Senhora Medianeira, Bento Gonçalves

figueirandrade@gmail.com


ROSSATO, Monica

Doutora em História UFSM, Professora da E.M.E.F. Profa. Cândida Zasso/SMED  Nova Palma 

monyrossato@gmail.com


Este simpósio temático tem por finalidade reunir estudos que tenham por tema os conflitos,  fronteiras e atores, entre os séculos XVIII e XX, voltado à pesquisadores e professores  dedicados a essas temáticas, oriundos da área de Ciências Humanas e Sociais, nos diferentes  níveis de ensino. Nesse sentido, procura-se estabelecer um espaço para divulgação de  investigações que se utilizem/proponham de abordagens, fontes e metodologias, no sentido de  promover trocas de experiências, debates, reflexões, ampliar as perspectivas historiográficas e  aprofundar debates teórico-metodológicos acerca das temáticas propostas neste Simpósio  Temático. Para tal, parte-se do entendimento de Jacques Le Goff (1997) e René Rémond (2003)  que consideram o retorno dos indivíduos, das narrativas e biografias no campo da História  Política, propondo o diálogo com outras áreas da História como forma de repensar a abordagem  e compreensão do político. Desse modo, propõe-se compreender as correlações entre os  aspectos econômicos, sociais e culturais no qual os indivíduos, suas redes e interações com o  espaço, constituem peças chaves para entender o poder, as sociedades, os conflitos e os  bastidores da ação política. Portanto, pretende-se (re)pensar o político desde perspectivas que  contemplem o Local/Global, a partir de distintas escalas de análise, que valorizem a história  regional, aqui compreendida como fundamental para entender os processos históricos além dos  limites políticos dos Estados Nacionais. Nesse âmbito, dedica-se enfoque especial na atuação  dosindivíduos, suas trajetórias, relações de poder e distintas perspectivas de pensar as fronteiras  através de movimentos/conflitos e negociações entre poderes locais/central, relações entre o  local/regional, estabelecendo múltiplas representações acerca do passado.  


Palavras-chave: Conflitos; Fronteiras; Atores. 


Bibliografia de referência do Simpósio Temático 

ANDRADE, Gustavo Figueira. A trajetória política do General João Nunes da Silva  Tavares (Joca Tavares): família, comunicação e fronteira. Dissertação (Mestrado História).  Santa Maria: Programa de Pós-Graduação em História, UFSM, 2017.  

ANDRADE, Gustavo Figueira. Fronteira e territorialização: uma cartografia da  Revolução Federalista (1891-1896) a partir das redes de relações de poder da família  Silva Tavares na região platina. Tese (Doutorado em História). Programa de Pós-Graduação  em História da Universidade Federal de Santa Maria, 2021.  

CASTRO, Celso; IZECKSOHN, Vitor; KRAAY, Hendrik. Nova História Militar  Brasileira. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004.

DAL FORNO, Rodrigo. “Como se em política fosse possível agir sem manhã, sem o senso  de oportunidade”: o processo de formação e atuação do Partido Libertador e suas  lideranças no Brasil Republicano (1922-1933)”. Tese de Doutorado, Pontifícia  Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2020. 

FRADKIN Raúl. Las formas de hacer la guerra en el litoral riolatense. In: BANDIERI,  Susana et al. La historia económica y los procesos de independencia en la América  hispana. 1ª Ed. Buenos Aires: Promoteo Libros, 2010, p. 167-214. 

KUHN, Fábio. Gente de Fronteira: família e poder no continente do Rio Grande  (Campos de Viamão, 1720-1800). São Leopoldo: Oikos, 2014. 

LE GOFF, Jacques. Los retornos en la historiografia francesa. Prohistoria, año 1, n. 1, 1997,  p. 35-44. 

LORIGA, Sabina. O Pequeno X: da biografia à História. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.  LEVILLAIN, Phillippe. Os protagonistas: da biografia. In: RÉMOND, René. Por uma  história política. Tradução de Dora Rocha. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003, p. 141- 184. 

MROS, Gunther Richter. O Brasil nas Guerras dos outros: o interesse nacional em meio a  ressignificações sistêmicas (1914-1919 e 1930-1945). Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2019. 

RABINOVICH, Alejandro. De la historia militar a la historia de la guerra. Aportes y  propuestas para el estudio de la guerra en los márgenes. Corpus, v. 5, n. 1, Enero / Junio  2015, p. 1-6. 

PADOIN, Maria Medianeira. O federalismo no espaço fronteiriço platino. 1999. Tese  (Doutorado em História) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 1999. 

PALERMO, Eduardo R. Terra brasiliensis. La región histórica del norte uruguayo en la  segunda mitad del siglo XIX, 1850-1900. Porto Alegre: FCM, 2019. 

POSSAMAI, Paulo César (org.). Gente de guerra e fronteira: estudos de história militar do  Rio Grande do Sul. Pelotas: Ed. da UFPel, 2010. 

RÉMOND, René (Org.). Por uma história política. 2ª Ed. Tradução de Dora Rocha. Rio de  Janeiro: FGV, 2003. 

ROSSATO, Monica. Relações de poder na região fronteiriça platina: família, trajetória e  atuação política de Gaspar Silveira Martins. 2014. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2014. 

ROSSATO, Monica. Gaspar Silveira Martins e a Revolução Federalista (1893-1895): que  federalismo é esse? 2020. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal de Santa  Maria, Santa Maria, 2020. 

SCHMIDT, Benito Bisso. História e biografia. In: CARDOSO, Ciro Flamarion.; VAINFAS,  Ronaldo. (org.). Novos Domínios da História. São Paulo: Elsevier, 2012. p. 187–205.

NÉSPOLI, José Henrique Songolano. Cultura Política, História Política e Historiografia.  História e Cultura, v. 4, n. 1, p. 361–376, 6 mar. 2015. Disponível em:  http://periodicos.franca.unesp.br/index.php/historiaecultura/article/view/1341. Acesso em: 20  jun. 2023. 

TARACENA ARRIOLA, Arturo. Propuesta de definición histórica para región. In: Estudios  de Historia Moderna y Contemporánea de México, n. 35, enero-junio 2008, p. 181-204. 

VAN YOUNG, Eric. Haciendo Historia Regional: Consideraciones metodológicas y teóricas  Región e historia en México (1700-1850. Anuario del IEHS, Universidad Nacional del Centro  de la Provincia de Buenos Aires, Tandil, n.2, 1987, pp 255-281. 

14) Pesquisas e Fontes na História Social do Trabalho

KONRAD, Glaucia Vieira Ramos. 

Doutora Associada do Departamento de Arquivologia da UFSM e do Programa de Pós-Graduação em História. 

glaucia.konrad@ufsm.br


SILVA NETO, Reginaldo Ferreira da. 

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em História da UFSM. 

Bolsista Capes

reginaldo.neto@acad.ufsm.br


A ampliação da noção de fonte histórica e do documento estabeleceu novas questões relativas ao tempo histórico, direitos sociais, cidadania e memória. A história social preocupa-se com todos homens e mulheres e suas relações sociais, cotidiano e lazer, bem como com toda a sua produção documental. O chamado mundo do trabalho está na origem da própria História. Para o trabalho, todos são os seus “lugares de memória”, mas a síntese dialética entre memória e História vai encontrar nos arquivos históricos e sociais a sua melhor materialização para a história social do trabalho, percebendo trabalhadoras e trabalhadores como sujeitos da História, não meros objetos, com perspectiva de alcançar longevidade, de preservação da memória dos trabalhadores e suas lutas sociais e políticas de classe. A elaboração da área de história social do trabalho, sobretudo a partir das influências dos historiadores britânicos, particularmente Eric Hobsbawm e Edward Thompson, quando este campo se voltou mais para o estudo da vida operária, da vida cotidiana, da cultura e das pessoas comuns, da repressão, tendo como fonte os processos judiciais, os inquéritos policiais, os jornais da classe trabalhadora, os processos trabalhistas, mais recentemente, entre outros. Assim, a incorporação em variados acervos de fontes referentes aos mundos do trabalho, suas lutas de classes e de resistência por justiça e direitos, atravessados por questões étnico-raciais, de gênero e culturais, entre outros, cada vez mais ampliam as fontes e ensejam novas pesquisas na grande área de História Social do trabalho. Assim, o objetivo do Simpósio Temático será contemplar comunicações de pesquisas, finalizadas ou em andamento, com referência a acervos e fontes documentais sobre os mundos do trabalho, no sentido amplo do conceito, tanto do campo como da cidade. Sua metodologia constará de apresentações orais com debates, com respectivos textos completos a serem entregues após as comunicações.


Palavras chave:


Bibliografia de referência do Simpósio Temático 

APRESENTAÇÃO. A Luta pela preservação dos arquivos e da memória dos trabalhadores. In. MARQUES, Antônio José; STAMPA, Inez Terezinha (Orgs.). Arquivos do mundo dos trabalhadores. Rio de Janeiro, Arquivo Nacional: São Paulo, Central Única dos Trabalhadores, 2012, pp. 11-16

CASTRO, Celso. Pesquisando em Arquivos. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

GILL, Lorena Almeida; LONER, Beatriz Ana. O Núcleo de Documentação Histórica da UFPEL e seus acervos sobre questões do trabalho. Esboços (SC), v. 21, p. 109-123, 2014. 

JONG, Rudolf de. Arquivos e história social. Cadernos AEL, Arquivos e Memória, n. 5/6, 1996/1997, pp. 09-36

KONRAD, Glaucia Vieira Ramos. Arquivo Edgard Leuenroth: Centro de Pesquisa e Documentação Social. Relatório de Estágio Supervisionado. Santa Maria: Curso de Arquivologia da UFSM, 2000.

KONRAD, Glaucia Vieira Ramos. Lugares de Memória dos Trabalhadores #42: Cooperativa dos Ferroviários, Santa Maria (RS). Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho (LEHMT). 2020. https://lehmt.org/lugares-de-memoria-dos-trabalhadores-42-cooperativa-dos-ferroviarios-santa-maria-rs-glaucia-vieira-ramos-konrad/

KONRAD, Diorge Alceno. Lugares de memória nos 156 anos de Santa Maria. A Razão, A Razão e a História, edição de 19 de maio de 2014.

NORA, Pierre.  Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História, São Paulo, PUC, n. 10, 1993, p. 07-28.

SILVA, Fernando Teixeira. Nem Crematório nem museu de curiosidades: por que preservar os documentos da Justiça do Trabalho. In: BIAVASCHI, Magda Barros; MIRANDA, Maria Guilhermina; LÜBBE, Anita (Coord.). Memória e Preservação de Documentos: Direitos do Cidadão. São Paulo: LTr, 2007. p. 31-51.

NASCIMENTO, Álvaro Pereira. “Trabalhadores negros e o ‘paradigma da ausência’: contribuições à história social do trabalho no Brasil”. In: Estudos Históricos, vol. 29, n. 59, p. 607-626, set/dez. 2016.

SILVA NETO, Reginaldo Ferreira da. Cidade das chaminés: A formação citadina a partir do processo de modernização em Paulista – PE anos de 1900-1950. In. XII Encontro Estadual de História – Seção Pernambuco. História e mídias: narrativas em disputas Recife, PE – online), 2020.

SILVA NETO, Reginaldo Ferreira da. O Não-Trabalho e a cultura do trabalho fabril na cidade fábrica: cotidiano e lazer em paulista (1904 - 1958). Encontro Estadual de História da ANPHU-RS (16.: 2022: Porto Alegre, RS - online) XVI Encontro estadual de história da ANPUH- RS [livro eletrônico]: história agora: ensinar, pesquisar, protagonizar: caderno de resumos / organização Marcelo Vianna, Marluce Dias Fagundes, Rosane Marcia Neumann. -- Porto Alegre, RS: Associação Nacional de História - Seção Rio Grande do Sul - ANPUHRS, 2022.

15) História Social do Brasil Escravista

COMISSOLI, Adriano

Doutor em História Social e professor adjunto no Departamento de História da UFSM

FAPERGS,

adriano.comissoli@ufsm.br


GREGORY, Júlia Leite

Doutoranda em História no PPGH da Unisinos

Bolsista PROSUC/CAPES, 

jlgregory@universo.univates.br


O objetivo do simpósio é promover a discussão sobre pesquisas que tratam de experiências e comportamentos de grupos e indivíduos durante o período escravocrata brasileiro. A proposta valoriza o panorama de longa duração da escravidão de tipo atlântico na América, discutindo relações de dominação e resistência, estruturas produtivas e tipos de mão-de-obra, organização e hierarquização da sociedade a partir de análise documental e avaliação historiográfica. Convida-se a contrastar modelos explicativos clássicos e recentes; debater a temática do ponto de vista teórico; compartilhar trajetórias e resultados de investigações, métodos, técnicas e fontes. Interessa problematizar a atuação das elites e de grupos subalternos, bem como as tensões que nascem de projetos de sociedade divergentes. Valoriza-se as práticas de ocupação do território e apropriação de terras, as estratégias de resistência, os deslocamentos populacionais de grande e de pequena escala, as hierarquias sociais, o papel do parentesco (consanguíneo, por afinidade e espiritual), as relações de trabalho compulsório ou juridicamente livre, em resumo, as múltiplas dinâmicas socioeconômicas. A proposta justifica-se tanto pela importância em analisar as experiências humanas da América portuguesa e do Império do Brasil  quanto por estimular o interesse de historiadores e historiadoras em desenvolver estudos relacionados ao campo da História Social. Ao final, acredita-se valorizar alternativas a recortes políticos como o que divide o período “colonial” do imperial, percebendo melhor suas continuidades, rupturas e ritmos distintos de mudança social. Os proponentes articulam-se ao Grupo de Trabalho História Social do Brasil Escravista junto à ANPUH/RS, promovendo as atividades do grupo e convidando a novos membros. 


Palavras-chave: História Social; América Portuguesa; Brasil Imperial;


Bibliografia de referência do Simpósio Temático


CHARLE, Christophe. A prosopografia ou biografia coletiva: balanço e perspectivas. In: HEINZ, Flávio (Org.). Por outra história das elites. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006, p. 41-53.

CONGOST, Rosa. Tierras, leyes, historia: estudios sobre ‘la gran obra de la propriedad’. Barcelona: Critica, 2007.

GINZBURG, Carlo; CASTELNUOVO, Enrico; PONI, Carlo (Org.). A micro-história e outros ensaios. Lisboa: Difel. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, 1989.

GRENDI, Edoardo. Microanálise e história social. In: OLIVEIRA, Mônica Ribeiro de; ALMEIDA, Carla Maria Carvalho de (Org.). Exercícios de micro-história. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009, p. 19-38.

LEVI, Giovanni. Herança imaterial: trajetória de um exorcista no Piemonte do século XVII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

______. Usos da biografia. In: AMADO, Janaína; FERREIRA, Marieta de Moraes (Org.). Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002, p. 167-182.

______. 30 anos depois: repensando a Micro-História. In: VENDRAME, Maíra Ines; KARSBURG, Alexandre; MOREIRA, Paulo Roberto Staudt (Org.). Ensaios de micro-história: trajetória e imigração. São Leopoldo: Oikos; Editora Unisinos, 2016, p. 18-31.

KÜHN, Fábio; SCOTT, Ana Sílvia Volpi (orgs). Porto Alegre 250 anos: de uma vila escravista a uma cidade de imigrantes (séculos XVIII e XIX). São Leopoldo: Oikos, 2022.

NEUMANN, Eduardo; BRANDALISE, Carla. O Rio Grande do Sul revisitado: novos capítulos. Porto Alegre: Martins Livreiro, 2019.

OSÓRIO, Helen. O império português no sul da América: estancieiros, lavradores e comerciantes. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2007.

REVEL, Jacques. Jogos de escala. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1998.

RIBEIRO, Max Roberto  Pereira. A terra natural desta nação guarani: identidade, memória e reprodução social indígena no vale do Jacuí (1750-1801). São Leopoldo: Oikos, 2022.

SCOTT, Ana Sílvia Volpi; MACHADO, Cacilda da Silva; FLECK, Eliane Cristina Deckmann; BERUTE, Gabriel Santos. Mobilidade social e formação de hierarquias: subsídios para a história da população. São Leopoldo: Oikos, 2014.

STONE, Lawrence. Prosopografia. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 19, n. 39, jun. 2011. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/rsp/article/view/31689/20209. Acesso em: 17 out. 2019. 

16)  Outras faces do poder: religiosidades, controle social e práticas culturais entre o Medievo e a Idade Moderna

MENDONÇA JÚNIOR, Francisco de Paula Souza de

Doutor, UFSM

kirijy@gmail.com

                                              

SANTINI, Francesco

Mestre (Doutorando), UFSM/AMF

Symbian86@hotmail.it


O medievo e a primeira modernidade foram marcados por diversas conexões estruturantes. A partir e em função da Igreja construíram-se variadas formas de relações, tanto no âmbito religioso, como também na esfera política. Contudo, as religiosidades medievais e modernas não se resumiram a isso. A historiografia tem demonstrado como experiências religiosas diversas foram construídas em diálogo com fenômenos variados, como as heresias e as artes mágicas. Outra dimensão fundamental foi aquela que tratou de outros arranjos sociais. No âmbito da administração da justiça, por parte dos vários poderes estabelecidos, foi central o papel do controle social, o qual influenciava direta e indiretamente a esfera política e a sociedade que orbitava ao redor. Sublinhe-se que se tratou de apenas de duas das múltiplas dimensões que compuseram as realidades às quais esse simpósio temático se dedica, bem como das práticas culturais delas decorrentes. O presente simpósio tem como objetivo reunir pesquisadores dedicados à Idade Média bem como à Primeira Modernidade, seja apresentando inovações temáticas ou metodológicas, como também novos olhares sobre discussões tradicionais. A realização do simpósio justifica-se tanto como espaço de trocas e aportes entre campos distintos de reflexão historiográfica acerca da temática delimitada, como também pela sua importância como ambiente de diálogo entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros.


Palavras-chave: Medievo; Modernidade; Poder


Bibliografia de referência do Simpósio Temático

BLACK, Antony. El pensamiento politico en Europa, 1250-1450. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.

CAVINA, M. Ai confini del problema criminale. Saggi storico-giuridici. Bologna: Bononia

University Press, 2015.

CLARK, Stuart. Pensando com demônios: a ideia de bruxaria no princípio da Europa Moderna. São Paulo: Edusp, 2006.

MUSI, A. Il feudalesimo nell’Europa moderna. Bologna: Il Mulino, 2007.

SBRICCOLI, M. Storia del diritto penale e della giustizia. Scritti editi e inediti (1972-2007)

Milano: Giuffrè, 2009, 2 vol.

SKINNER, Quentin. As fundações do pensamento político moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

17) Construção dos territórios: ressignificação de lugares para o turismo e o desenvolvimento regional na perspectiva da História Pública

PONS, Mônica Elisa Dias

Dra. em Comunicação Social/PUCRS – Profa. Departamento de Turismo/UFSM

monica@ufsm.br


KARSBURG, Alexandre de Oliveira

Dr. em História Social/UFRJ – História Pública Consultoria

akarsburg@gmail.com


Este Simpósio Temático pretende ser um espaço para o debate de pesquisas a respeito da formação e ocupação histórica de territórios, como o da região central do Rio Grande do Sul (Santa Maria, Quarta Colônia, Colônia Santo Ângelo, Restinga Seca, Cachoeira do Sul), da Serra Gaúcha, das Missões Jesuíticas, da Campanha e de outros lugares do Brasil, sob a perspectiva da História Pública. Adotamos uma vertente da História Pública que busca reaproximar os pesquisadores acadêmicos do público em geral, que trabalha de forma conjunta para valorizar os saberes construídos (bens imateriais), os lugares de memória, o patrimônio cultural e as histórias locais. As pesquisas devem problematizar os processos de ocupação e ressignificação dos territórios, buscando possíveis releituras feitas em tempos mais recentes por agentes que visam modificar o passado em função de demandas do presente. O ST quer disponibilizar momentos para que o/a pesquisador/a reflita sobre seu trabalho e como seu conhecimento poderá ser utilizado para incrementar o turismo e o desenvolvimento regional em parceria com prefeituras e outros órgãos não estatais. Pensamos em uma dinâmica colaborativa que incentive a criatividade nos comunicadores deste Simpósio, visando o compartilhamento de experiências e a promoção de estratégias de preservação e reconhecimento das histórias de diferentes territórios, objetivando a comunicação com distintos públicos.


Palavras-chave: História Pública, Territórios, Desenvolvimento Regional.


Bibliografia de referência: 

ABREU, M. C. “Cultura imaterial e patrimônio histórico nacional”. In: ABREU, Martha; SOIHET, Rachel; GONTIJO, Rebeca. (Orgs.). Cultura Política e leituras do passado: historiografia e ensino de história. 1 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira e Faperj, 2007, p. 351-370.

BACCA, Ademir; ROCHA, Luís Rocha (org.). 150 anos de imigração italiana no RS. Vol. 1. Bento Gonçalves: Projeto Cultural Sul/Brasil, 2019.

BAUER, Letícia; BORGES, Viviane Trindade (org.). História oral e patrimônio cultural: potencialidades e transformações. São Paulo: Letra e Voz, 2018.

CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. São Paulo: Unesp, 2001.

DOTTO, Dalva Maria Righi; PONS, Mônic Elisa Dias; HAHN, Diego Trindade (org.) Caminho dos capitéis: Nova Palma/RS. 1. Ed. Santa Maria: UFSM, Pró-Reitoria de Extensão, 2021.

FONSECA, Maria Cecília Londres. O Patrimônio em Processo: trajetória da política federal de preservação no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ, 2005.

FUNARI, Pedro Paulo Abreu. Patrimônio histórico e cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.

GURAN, Milton. Sobre o longo percurso da matriz africana pelo seu reconhecimento patrimonial como uma condição para a plena cidadania. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n. 35, 2017, p. 213-225.

QUADRAT, Samantha Viz. “É possível uma história pública dos temas sensíveis no Brasil?” In: MAUAD, Ana Maria; SANTHIAGO, Ricardo; BORGES, Viviane Trindade (orgs.). Que história pública queremos? São Paulo: Letra e Voz, 2018, p. 213-220.

MARINS, Paulo César Garcez. “Novos patrimônios, um novo Brasil? Um balanço das políticas patrimoniais federais após a década de 1980.” Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 29, n. 57, p. 9-28, janeiro-abril 2016.

MENESES, José Newton Coelho. “Todo patrimônio é uma forma de história pública?” In: MAUAD, Ana Maria; SANTHIAGO, Ricardo; BORGES, Viviane Trindade (orgs.). Que história pública queremos? São Paulo: Letra e Voz, 2018, p. 69-75.

ORIÁ, Ricardo. “História Pública e Monumentos: a narrativa visual do passado nacional”. In: ALMEIDA, Juniele Rabêlo de; MENESES, Sônia (orgs.). História Pública em debate: patrimônio, educação e mediações do passado. São Paulo: Letra e Voz, 2018, p. 33-50.

SCHMIDT, Benito Bisso. De quanta memória precisa uma democracia? Uma reflexão sobre as relações entre práticas memoriais e práticas democráticas no Brasil atual. Anos 90, Porto Alegre, v. 22, n. 42, p. 153-177, dez. 2015.

SCHMIDT, Benito Bisso. “Qual a relação entre a história pública e a profissionalização do historiador?”. In: MAUAD, Ana Maria; SANTHIAGO, Ricardo; BORGES, Viviane Trindade (orgs.). Que história pública queremos? São Paulo: Letra e Voz, 2018, p. 17-22.

VELTHEM, Lúcia Hussak van. Patrimônios culturais indígenas. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n. 35, 2017, p. 227-243. 

18) Política e sociedade no Império do Brasil - século XIX

FERTIG, André Átila

Doutor em História, Professor do Dpto História - UFSM

andre.fertig@hotmail.com


SOUZA, Luciano Nunes Viçosa de

Doutorando em História - PPGH-UFSM / 8ª CRE - SEDUC-RS

lnvsouza2020@gmail.com


Este Simpósio visa criar um espaço para o debate de questões relacionadas ao Brasil durante o século XIX, em especial, a partir da chegada da Corte em 1808, culminando com a Independência do Brasil em 1822 até o final do período Imperial em 1889 com a Proclamação da República; procuramos realizar o simpósio a partir das seguintes temáticas, tais como, o debate sobre o Estado-Nação, a escravidão e a liberdade, as conjunturas políticas que se apresentam ao longo desse século XIX, a historicidade das instituições, a partir de perspectivas teórico - metodológicas que analisem as rupturas, as permanências, o simultâneo e o não-simultâneo, os embates e as contradições intrínsecas aos sujeitos dessas análises, o estudo das elites e das camadas populares, se interagem ou não, a partir de diferentes dimensões de relações de poder, assim como, o clientelismo interligando esta sociedade; nosso simpósio visa analisar as relações de poder, as relações políticas e as relações sociais estabelecidas ao longo do período Imperial, observando as dimensões micro e macro, local e regional, regional e nacional, local e global ou nacional e transnacional, para compreender a participação e protagonismo político de grupos de elites e das camadas populares nestes diferentes contextos, a partir de elementos materiais e/ou simbólicos, percebendo as estratégias utilizadas para (des)construção e (des)legitimação das hegemonias e/ou dominações internas e externas aos grupos analisados ao longo do século XIX; tendo em vista, a emergência de novas pesquisas, trabalharemos com os seguintes eixos: escravidão e liberdade, trajetórias políticas - individuais, de grupos ou de instituições, imprensa, correspondências, eleições e partidos, a relação Igreja e Estado, história e memória, bicentenário da Independência, debate sobre a construção do Estado-Nação, imigração.
Palavras-chave: Brasil Império; Clientelismo; Relações de Poder;

Bibliografia de referência do Simpósio Temático

ALONSO, Angela. Flores, votos e balas. O movimento abolicionista brasileiro (1868-1888). São Paulo: Cia das Letras, 2015.

BEOZZO, José Oscar. (Org.). História da Igreja no Brasil. Ensaio de interpretação a partir do povo. Tomo II/2. Segunda época – A Igreja no Brasil no século XIX. 2. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1985.

CARVALHO, José Murilo de. A construção da ordem: a elite política imperial; teatro das sombras: a política imperial. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora URJ, Relume-Dumará, 1996.

DIAS, Maria Odila da Silva. A interiorização da Metrópole. In: DIAS, Maria Odila da Silva. A interiorização da Metrópole e outros estudos. São Paulo: Alameda, 2005.

GINZBURG, Carlo (org.). A Micro-história e outros ensaios. Lisboa: Difel. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989. 

GRAHAM, Richard. Clientelismo e política no Brasil do século XIX. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997.

KOSELLECK, Reinhart. Futuro Passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto: Editora PUC-Rio, 2006. 

LEVI, Giovanni. A Herança Imaterial: trajetória de um exorcista no Piemonte do século XVII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

MARQUESE, Rafael e SALLES, Ricardo (org.). Escravidão e capitalismo histórico no século XIX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.

MARTINS, Maria Fernanda. A velha arte de governar: um estudo sobre política e elites a partir do Conselho de Estado (1842-1889). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2007.

NEVES, Lúcia Bastos Pereira das e MACHADO, Humberto. O Império do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

REMOND, René (Org.). Por uma história política. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003

REVEL, Jacques (org.). Jogos de Escalas: a experiência da microanálise. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas Editora, 1998.

SALLES, Ricardo e GRINBERG, Keila (org.). O Brasil Imperial, v. 1 (1808-1831). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.

SALLES, Ricardo e GRINBERG, Keila (org.). O Brasil Imperial, v. 2 (1831-1870). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.

SALLES, Ricardo e GRINBERG, Keila (org.). O Brasil Imperial, v. 3 (1870-1889). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.

VARGAS, Jonas Moreira. Entre a paróquia e a Corte: os mediadores e as estratégias familiares da elite política do Rio Grande do Sul (1850-1889). Santa Maria: Editora da UFSM/Anpuh-RS, 2010.

VOLKMER, Márcia Solange. Compatriotas franceses ocupam a fronteira: imigração e comércio na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul (segunda metade do século XIX). Tese de Doutorado. Porto Alegre: UFRGS, 2013. 

19) Protagonismos negros nas lutas em prol da emancipação e no pós-abolição: agências sociais e coletivas em perspectiva

  SÔNEGO, Aline

Doutora em História/UFSM

aline_sonego788@hotmail.com


SILVEIRA, Helen Silva

Doutoranda em História/UFRJ

helen.dasilvasilveira@gmail.com


A presente proposta de Simpósio Temático vincula-se ao Grupo de Estudos sobre o Pós-Abolição (GEPA/UFSM) e ao Grupo de Trabalho Emancipações e Pós-abolição da Associação Nacional de História (ANPUH-RS) e tem como objetivo reunir pesquisas que lancem olhares e discussões acerca dos protagonismos negros nas lutas em prol da abolição da escravidão e da plena cidadania no pós-abolição. Nesse sentido, estarão contempladas comunicações que apresentem possibilidades de análise das diversas agências sociais de homens e mulheres negras para a consolidação da liberdade a partir dos mundos do trabalho, do associativismo, das trajetórias individuais e/ou coletivas, das intelectualidades e imprensa negra, dos espaços educativos formais e não formais, dos diversos movimentos sociais pretéritos e contemporâneos, dos combates antirracistas, do direito à memória e do reconhecimento dos territórios negros e quilombolas, dos processos identitários e discussões sobre raça e racialidade. Serão bem-vindos também, relatos de práticas de ensino de professores e professoras da rede de educação básica sobre a temática. Dessa forma, amparados pela historiografia do campo das emancipações e do pós-abolição, este Simpósio Temático propõe-se contemplar as diversas espacialidades e temporalidades das experiências sociais negras, assim como promover o debate e a troca entre os pesquisadores e professores, evidenciando as  promissoras possibilidades teórico-metodológicas que o referido campo tem se apropriado para potencializar as suas análises sobre as estratégias e sentidos da liberdade e cidadania da população negra.


Palavras-chave: Escravidão; Liberdade; Experiências Negras.


Bibliografia de referência do Simpósio Temático:

AKOTIRENE, Carla. O que é interseccionalidade? Coleção Feminismos Plurais – Coordenação de Djamila Ribeiro – Belo Horizonte: Letramento: Justificando, 2018. 

ALBUQUERQUE, Wlamyra. O jogo da dissimulação: abolição, raça e cidadania no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. 319p.

CHALHOUB, Sidney. Precariedade estrutural: o problema da liberdade no Brasil escravista (século XIX). História Social, n. 19, p. 33-62. 2010. 

CHALHOUB, Sidney; SILVA, Fernando Teixeira da. Sujeitos no imaginário acadêmico: escravos e trabalhadores na historiografia brasileira desde os anos 1980. Cadernos AEL, Campinas, v. 14, n. 26, p. 13-47, jan./jun. 2009.

CUNHA, Maria Clementina Pereira. Você me conhece? In: CUNHA, Maria Clementina Pereira. In: Ecos da folia: Uma história social do carnaval carioca entre 1880-1920. São Paulo: Companhia das letras 2001.

FANON, Frantz. A Experiência Vivida do Negro. In: FANON, Frantz. Peles Negras, Máscaras Brancas. São Paulo: Ubu Editora, 2020. 

FRAGA FILHO, Walter. Encruzilhadas da liberdade: histórias e trajetórias de escravos libertos na Bahia, 1870-1910. 2004. 363p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. 

MAMIGONIAN, B. G. A liberdade no Brasil oitocentista. Afro-Ásia, [S. l.], n. 48, 2013.

MINTZ, Sidney; Richard Price. Parentesco e papéis sexuais. In:MINTZ, Sidney; Richard Price. O nascimento da cultura afro-americana: Uma perspectiva antropológica. Rio de Janeiro: Pallas/ Universidade Cândido Mendes, 2003.

NASCIMENTO, Álvaro Pereira. Trabalhadores negros e o “paradigma da ausência”: contribuições à história social do trabalho no Brasil. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 29, n. 59, p. 607-626, set./dez. 2016.

PEÇANHA, Natália Batista. O Serviço doméstico e o mundo do trabalho carioca: uma análise das relações de trabalho de criadas nacionais e estrangeiras na passagem do século XIX para o XX. Revista Maracanan, Rio de Janeiro, n.21, p. 11-28, maio/ago. 2019.

PERUSSATTO, M. K.. Percursos de uma pesquisa sobre o pós-abolição sul-riograndense: história social, imprensa negra e historiografia. Sillogés, v. 1, p. 89- 115, 2018. 

RIOS, Ana Lugão; MATTOS, Hebe Maria. Memórias do cativeiro: família, trabalho e cidadania no pós-Abolição. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2005.

RIOS, Ana Maria; MATTOS, Hebe Maria. O pós-abolição como problema histórico: balanços e perspectivas. TOPOI, Rio de Janeiro, v. 5, n. 8, p. 170-198, jan./jun. 2004.

SANTOS, Wellington Oliveira dos. Políticas educacionais antirracistas na América Latina: estudos comparados. ProPosições | Campinas, SP | e 20170057 1 / 22 V. 30 | | 2019.

SCHUCMAN, Lia Vainer. Entre o “encardido”, o “branco” e o “branquíssimo”: raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. Tese de Doutorado em Psicologia. USP, São Paulo, 2012. 

SILVA, Jacira Reis da. Diversidade cultural, relações étnico-raciais e práticas pedagógicas: a Lei 10.539 como possibilidade de diálogo. In: SILVA, Gilberto Ferreira; SANTOS, José Antônio; CARNEIRO, Luiz Carlos da Cunha. (Org.). RS NEGRO. Cartografias sobre a produção do conhecimento. 1ªed.Porto Alegre: ediPUCRS, 2008, v., p. 294-303. 

SILVA, Noemi Santos da. Entre letras e lutas: educação e associativismo no Paraná da Abolição e do pós-Abolição. In: MENDONÇA; TEIXEIRA; MAMIGONIAN (Orgs.). Pós-Abolição no Sul do Brasil: Associativismo e trajetórias negras. Sagga: Salvador, 2020. P. 206-227.

SILVEIRA, Helen da Silva. A força viva da cor preta: Associativismo negro como caminho no Vale do Rio Pardo/RS (1880-1940). Dissertação (Mestrado)-Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Gradução em História, Porto Alegre, 2021.

SÔNEGO, Aline. “Correspondemos a uma aspiração da nossa classe”: O pós-abolição a partir do jornal O Astro (Cachoeira e Rio Pardo/RS). Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação em História, Universidade Federal de Santa Maria, RS, 2022.

SOUZA, Robério S. Experiências de trabalhadores nos caminhos de ferro da Bahia: trabalho, solidariedade e conflitos (1892-1909). Dissertação (Mestrado em História). Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2007.

20) Pensamento Político, Mídias e circulação das Ideias: temas, teorias e métodos

MARTINS, Luis Carlos dos Passos

Doutor, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)

luis.martins@pucrs.br


ROSENFIELD, Luis

Doutor, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)

luis.rosenfield@gmail.com


Pensamento Político, Mídias e circulação das Ideias são três temas bastante inter-relacionados nas pesquisas históricas, quando não no nosso exercício cotidiano da cidadania. Estes três itens somados constituem uma das bases dos próprios regimes democráticos, seguidamente colocados em xeque por ideias e práticas que procuram desestabilizá-los. Em termos de pesquisa acadêmica, os estudos sobre pensamento político têm recebido significativa revitalização nos últimos tempos no Brasil, grande parte disso em decorrência da crítica historiográfica aos enfoques tradicionais na área, que retiraram o enfoque em grandes acontecimentos, instituições e personagens políticos. Nesse sentido, grande parte desta revitalização se deu pela incorporação de novas teorias e metodologias de pesquisa, como a história dos conceitos políticos (SKINNER; POCOCK), a história conceitual do político (ROSANVALLON) e a Análise de Discurso (MAINGUENEAU; CHARAUDEAU, LACLAU). Estas novas teorias e metodologias colocaram no centro da análise, além dos processos políticos propriamente ditos, os estudos sobre ideias políticas, conceitos, intelectuais mediadores e, notadamente, as formas de produção, circulação e apropriação dessas ideias/pensamentos.  De outra parte, nas últimas duas décadas, as mudanças no fazer historiográfico foram decisivas para a incorporação das mídias enquanto fonte e/ou objeto da pesquisa histórica. Neste ponto, foi significativa a revalorização do papel dos meios de comunicação na condução de desfechos políticos, na construção de novos sujeitos sociais, na formação, na consolidação e na difusão de pensamento político. Sendo assim, este Simpósio Temático objetiva reunir pesquisas concluídas ou em andamento que reflitam sobre pensamento político, a circulação das ideias e o papel das mídias na sociedade numa perspectiva histórica, considerando-se mídias toda a forma de divulgação massiva de ideias, pensamentos, conceitos, etc., quer sejam elas radiofônicas, televisivas, virtuais ou impressas (livros, panfletos, jornais). Neste sentido, privilegiamos as abordagens que tragam reflexões conceituais e metodológicas sobre pensamento político e que compreendam os “conceitos” como instrumentos de interpretação e de interação com a realidade, bem como concebam as diversas mídias como atores ativos na apropriação e na aplicação destes conceitos. O presente Simpósio Temático se justifica quando considerarmos que muitos trabalhos sobre pensamento político ainda dão como estabelecido justamente aquilo que é preciso questionar, ou seja, qual o papel dos “conceitos políticos” na luta política, como se dá a emergência e a importância das correntes de pensamento e, por fim, como as mídias se relacionam e se apropriam das ideias políticas surgidas em outras instancias de produção cultural.


Palavras-chave: Pensamento Político; Mídias; circulação das Ideias;


Bibliografia de referência do Simpósio Temático

ABREU, A. A. de; LATTMAN-WELTMAN, F. A Imprensa em Transição: O Jornalismo Brasileiro nos anos 50. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996.

BARBOSA, M. História cultural da imprensa: Brasil – 1990-2000. Rio de Janeiro: Maud X, 2007.

BOURDIEU, P. Sobre a Televisão. In: BOURDIEU, P. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

BOURDIEU, P. A opinião pública não existe. In.: THIOLLENT, Michel. Crítica metodológica, investigação social e enquete operária. São Paulo: Polis, 1987.

CHARAUDEAU, P. Discurso político. São Paulo: Contexto, 2008.

CHALABY, J. O Jornalismo como invenção anglo-americana - Comparação entre o desenvolvimento do jornalismo francês e anglo-americano (1830-1920). Media & Jornalismo, n. 3, 2003.

CHAMPAGNE, P. Formar a opinião: o novo jogo político. Rio de Janeiro: Vozes, 1996.

. In: CHARTIER, R. Os Desafios da Escrita. São Paulo: Editora Unesp, 2002.

GRIJÓ. L. A. A democracia sequestrada: mídia e poder no Brasil atual. Anos 90, Porto Alegre, v. 23, n. 43, p. 67-92, jul. 2016.

HABERMAS, J. Mudança estrutural da esfera pública: investigações quanto a uma categoria da sociedade burguesa. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984.

KRILOW, Letícia Sabina Wermeier. Jornal como fonte e/ou objeto da escrita histórica: proposta metodológica aplicada à análise das representações sobre o político na “grande imprensa carioca de 1955 a 1960. Oficina Do Historiador. 12.1 (2019).

LUCA, T. R. de. História dos, nos e por meio dos periódicos. In: PINSKY, C. B. Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2005.

LUCA, T. R. de. A grande imprensa na primeira metade do século XX. In: MARTINS, A. L.; LUCA, T. R. de. História da Imprensa no Brasil. São Paulo: Contexto, 2011.

MAINGUENEAU, Dominique. Novas tendências em Análise do Discurso. 3. ed. Campinas, SP, Pontes/Ed. Unicamp, 1997. 

MARTINS, L. C. dos P. A grande imprensa “liberal” carioca e a política econômica do Segundo Governo Vargas (1951-1954): conflito entre projetos de desenvolvimento. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2016.

POCOCK, J. G. A. Pensamiento político e historia: ensayos sobre teoría y método. Madrid: Ediciones Akal, 2011.

RIBEIRO, A. P. G. Imprensa e História no Rio de Janeiro dos anos 1950. Rio de Janeiro: E-papers, 2007.

RIBEIRO, L. M. Imprensa e Espaço Público: A Institucionalização do Jornalismo no Brasil (1808-1964). Rio de Janeiro: E-Papers, 2004.

ROSANVALLON, Pierre. Le Siècle du populisme. Histoire, théorie, critique. Paris: Seuil, 2020 [Edição brasileira: O Século do Populismo. História, Teoria, Crítica. Rio de Janeiro: Ateliê de Humanidades, 2021].

___. Pour une histoire conceptuelle du politique. Paris: Seuil, 2003.

SKINNER, Quentin. (1969), "Meaning and Understanding in the History of Ideas". History and Theory, vol. 8, nş 1, pp. 3-53.

TRAQUINA, N. Teorias do Jornalismo I. 2. ed. Florianópolis: Insular, 2005. 

21) Migrações na América Latina

WITT, Marcos Antônio

Doutor, UNISINOS

mawitt@unisinos.br


NEUMANN, Rosane Marcia

Doutora

rosaneneumann@gmail.com


O presente Simpósio Temático tem como foco os movimentos migratórios para/na América Latina, nos séculos XIX, XX e XXI, entendendo-os como processos sociais complexos e multifacetados, cujos fluxos populacionais impactam a sociedade de emissão e recepção, implicando na sua reestruturação e adaptação às novas demandas sociais. Contempla trabalhos produzidos a partir de diferentes chaves teóricas e fontes de pesquisa, que abordam as migrações transnacionais contemporâneas e suas dinâmicas; as políticas públicas de imigração e colonização; as colônias públicas, particulares e mistas; as empresas de colonização; os colonos como sujeitos individuais e coletivos; os agentes de imigração; a inserção política, econômica e social dos imigrantes; os conflitos e movimentos sociais.


Palavras-chave: Migrações; colonização; América Latina;


Bibliografia de referência do Simpósio Temático

DEMARTINI, Zeila de Brito Fabri; TRUZZI, Oswaldo Mário Serra. Estudos migratórios:

perspectivas metodológicas. São Carlos: EdUFSCar, 2005.

DREHER, Martin N.; TRAMONTINI, Marcos Justo. Leituras e interpretações da imigração na América Latina: XV Simpósio de História da Imigração e Colonização. São Leopoldo:

Oikos, 2007.

ELIAS, Norbert; SCOTSON, John L. Os estabelecidos e os outsiders: sociologia das

relações de poder a partir de uma pequena comunidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000.

FAUSTO, Boris (org.). Fazer a América: A imigração em massa para a América Latina. São Paulo: EDUSP, 1999.

SAYAD, Abdelmalek. A imigração. São Paulo: Edusp, 1998.

SAYAD, Abdelmalek. O retorno. Travessia - especial, p. 7-32, janeiro 2000.

SEYFERTH, Giralda [et al.]. Mundos em movimento: ensaios sobre migrações. Santa Maria: Ed. UFSM, 2007.

SILVA, Hernán Asdrúbal (Dir.) Historia de las migraciones limítrofes en el Cono Sur de América: Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Paraguay y Uruguay : primeira parte - del siglo XIX a 1960. Mexico (DF): Instituto Panamericano de Geografia e Historia, 2002. 2 v.

22) Intersecções na História Social: Diálogos entre gênero, cor e classe

Daiane Silveira Rossi

Doutora em História das Ciências e da Saúde (FIOCRUZ)

Pós-doutoranda COC/FIOCRUZ/FAPERJ e Professora na Universidade Franciscana (ARD/ARC-FAPERGS)

daisrossi@gmail.com


Gabriela Rotilli dos Santos

Doutoranda em História das Ciências e da Saúde (FIOCRUZ)

Bolsista Capes/PROEX

gabi.rotilli@gmail.com


Durante o século XX a interseccionalidade se consolidou enquanto modo de olhar as desigualdades sociais, complexificando análises e investigando as interconexões entre marcadores sociais enquanto agravantes ou atenuantes de opressões (COLLINS, 2022). Seu potencial para estudo de problemas sociais em perspectiva histórica têm sido evidenciado cada vez mais em trabalhos de fôlego que se propõem a verificar os cruzamentos e seus resultados a nível da vida cotidiana, das construções de afetos, no acesso à saúde, na constituição de redes e estratégias profissionais, assim como na efetivação de projetos de vida dignos e seguros. Em 2019, no II Cihis, propomos o simpósio “Possibilidades de pesquisas em História Social”, que recebeu diversos trabalhos que abordaram diferentes perspectiva em torno da História Social, sobretudo discutindo microhistória e história serial como metodologias para abordar a história da saúde, da imigração e das cidades. Nesta edição de 2023 pretendemos ampliar o escopo, inserindo as análises em torno das interseccionalidades, sobretudo no que diz respeito a gênero, cor e classe. Portanto, objetivamos com o Simpósio Temático Intersecções na História Social: diálogos sobre Gênero, Cor e Classe na Saúde, discutir trabalhos que dialogam com a História Social, a saber, análises micro-históricas e ou seriais, que estabeleçam conexões com a história das ciências e da saúde, história da assistência, história da infância, história das cidades, história das mulheres, masculinidades entre outras. Serão priorizados trabalhos que tenham as questões interseccionais como foco de estudos, sobretudo, investigações que apresentem reflexões sobre gênero, cor e classe. Além de investigações que confluam com aportes metodológicos seriais, voltados para as mais diversas áreas da História Social que priorizem ações coletivas e individuais, em perspectivas públicas e privadas, com temáticas sobre cidades, saúde, assistência, família, trabalho, cultura, imigração.


Palavras-chave: História Social; Interseccionalidade; Gênero; Cor; Classe; Saúde;


Bibliografia de referência do Simpósio Temático

COLLINS, Patricia Hill. Bem mais que ideias: a interseccionalidade como teoria social crítica. São Paulo: Boitempo, 2022.

DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

GRENDI, Edoardo. Microanalisi e storia sociale. Quaderni Storici, n. 35. 1977, p. 506-520.

HARAWAY, Donna. Saberes Localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu (5). p. 07-41. 1995.

MILTON, Cynthia. The many meanings of Poverty. Colonialism, social compacts, and Assistence in Eighteenth-Century Ecuador. Stanford, California: Stanford University Press, 2007.

REVEL, Jacques (org.). Jogos de escalas: a experiência da microanálise. Rio de Janeiro: Ed. da FGV, 1998.

SCHIEBINGER, Londa. Mais mulheres na ciência: questões de conhecimento. História, Ciência e Saúde – Manguinhos, v. 15, suplemento, 2008: 269-281

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, vol. 20, n2, jul./dez. 1995, pp. 71-99. 

23) História do Lazer, do Entretenimento e do Esporte

SANTOS, João Manuel Casquinha Malaia

Doutor (Universidade Federal de Santa Maria)

joao.m.santos@ufsm.br


OLIVEIRA, Elias Costa de

Mestre (Universidade Federal de Santa Maria)

eliascostaiff@gmail.com


Em âmbito nacional e internacional, o avanço da produção acadêmica estimulou o aumento dos debates, estudos, fontes e metodologias que tratam da articulação entre os esportes, o lazer e o entretenimento. Mesmo que estes fenômenos não tenham escapado ao olhar atento de teóricos brasileiros no decorrer do século XX, apenas nas três últimas décadas começaram a despontar quantitativa e qualitativamente tais pesquisas, bem como a adquirir maior organicidade e reconhecimento científico. A complexidade do campo e a aderência da população global às práticas corporais despertaram a possibilidade de ampliar a compreensão de contextos sociais mais complexos. Apontamos a pertinência de um simpósio que trabalhe com a perspectiva de utilizar o esporte, o lazer e o entretenimento como uma chave para compreender, interpretar e/ou explicar cenários culturais, políticos, econômicos e sociais, contribuindo para a ampliação destes estudos no campo da História.


Palavras-chave: esporte; lazer; entretenimento;


Bibliografia de referência do Simpósio Temático 

ANHANHA LIMA, Taiane. Representações de mulheres negras torcedoras nos campos de futebol de São Paulo no início do século XX. Revista Aedos, [S. l.], v. 13, n. 28, p. 93–125, 2021.

CHARLE, C. A Gênese da Sociedade do Espetáculo: teatro em Paris, Londres, Berlim e Viena. São Paulo: Cia. das Letras, 2012.

DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

DIAS, Cleber. História e Historiografia do Lazer.Recorde: Revista de História do Esporte, v. 11, n.1, p. 1-26, 2018.

FARIAS, C. M. de. (2020). Entre diferenças e desigualdades: o protagonismo das primeiras atletas olímpicas negras do Brasil. Canoa Do Tempo, v. 11, n. 2, p. 77–98, 2020.

HOLLANDA, Bernardo Borges Buarque de. A festa competitiva: formação e crise das torcidas organizadas entre 1950 e 1980. In: HOLLANDA, Bernardo B. B.; SANTOS, João M. C. M.; TOLEDO, Luiz H.; e MELO, Victor A. A Torcida Brasileira. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2012, p. 85-122.

LIMA, Marcela Elian. A Grande Esperança: política agrária na canção sertaneja durante a ditadura militar (1964-1985). Sociologia & Antropologia, v. 9, n. 1, p. 211-234, 2019.

MAGALHÃES, Livia G. A Copa do Mundo da ditadura ou da resistência? Comemorações e disputas de memórias sobre a Argentina de 1978. Estudos Históricos, v. 32, n. 68, p. 675 – 694, 2019.

MELO, Victor A. Entre a evidência e a especulação: A “origem” do futebol no Rio de Janeiro e em Niterói. In: GIGLIO, Sérgio; PRONI, Marcelo. O futebol nas ciências humanas no Brasil. Campinas: Editora da Unicamp, 2020.

MELO, Victor. A. de, & Fortes, Rafael. História do esporte: panorama e perspectivas. Fronteiras, v. 12, n. 22, p. 11–35, 2010.

MUNDIM, L. F. C. Quando o mal é grande e sem remédio radical, tomamos remédios improvisados – a industrialização do cinema e as origens da organização do público na França (1895-1914). Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 13, n. 32, p. e0203, 2021

SANTOS, J. Economia do Entretenimento: o processo de monopolização do primeiro empreendimento esportivo no Brasil (1850-1930). Economia e Desenvolvimento. v. 27, n. 1, p. 202-222.

SANTOS, João. Futebol e história. In: GIGLIO, Sérgio; PRONI, Marcelo. O futebol nas ciências humanas no Brasil. Campinas: Editora da Unicamp, 2020.

SANTOS, João Manuel Casquinha Malaia; GIGLIO, Sérgio Settani. O Brasil e o passado dos Jogos Olímpicos Modernos: um vazio historiográfico. Argumentos. Montes Claros, v. 17, n. 2, p. 140-156, 2020.

SANTOS, João; REMEDI, José; e VARGAS, Jonas. “Uma reunião de carreiras de cavalos”: lazer, esporte e os paradoxos da modernidade no Rio Grande do Sul, séculos XIX e XX. Topoi (Rio J.), Rio de Janeiro, v. 21, n. 45, p. 682-704, set./dez. 2020.

SILVA, Diana M. M.. Do branco ao negro, da elite ao popular: cultura visual, fotografia e futebol no início do século XX. Estudos Históricos, v. 34, p. 107-128, 2021.