Hospital não é igreja. A dificuldade em compreender isso faz que muitos cristãos cheios de boa vontade, mas também de muito orgulho e altivez, deixem de se submeter às normas do hospital, colocadas para o seu bom funcionamento e melhor atendimento às necessidades do paciente.
Por essa razão, preste muita atenção a essas normas, esforçando-se para cumprir cada uma delas.
1. Ore e prepare-se espiritual e emocionalmente para realizar a visita.
2. Obedeça a todas as normas do hospital, mesmo que isso signifique que você não possa fazer a visita naquele momento, tendo de voltar em outra hora ou dia.
3. Não use perfume.
4. Sapatos de tecido e sandálias não devem ser usados no hospital.
5. Se gostar de usar joias ou bijuterias, que elas sejam discretas.
6. Use sempre um jaleco ou roupas brancas para fazer visitas.
7. Se estiver visitando áreas infectadas, lave o jaleco separado de outras roupas. Não esqueça de usar a paramentação adequada.
8. Nunca esqueça do seu crachá.
9. Use uma Bíblia pequena, de bolso.
10. Não entre em qualquer quarto sem antes bater à porta.
11. Verifique se há qualquer sinal expresso proibindo visitas.
12. Se você estiver doente, não faça visitas (ex. gripe, resfriado, febre, etc.).
13. Dê prioridade ao atendimento dos médicos e enfermeiros, assim como o horário de refeições. Ceda a sua vez.
14. Não critique seus colegas, a equipe médica, o tratamento realizado ou o hospital. O paciente precisa confiar nas pessoas que estão cuidando dele. É uma importante parte do tratamento.
15. Evite meter-se em discussões e brigas entre a família e o paciente.
16. Não tome como pessoal a ira, à depressão, ou o silêncio do enfermo. Pode ser sintoma de medo, frustração ou mesmo insegurança.
17. Não aceite pedidos do paciente para obter resultados de exame médico ou dar-lhe notícias de diagnósticos.
18. Tome cuidado com qualquer aparelhagem ao redor da cama.
19. Evite esbarrar na cama ou sentar-se nela.
20. Avalie a situação logo ao entrar, afim de poder agir objetivamente quanto ao tipo e duração da visita.
21. Procure colocar-se numa posição confortável para o paciente, ao seu nível visual, para que ele possa conversar com você sem se esforçar.
22. Não fique assistindo a TV, ou lendo as revistas que estão sobre a mesa de cabeceira.
23. Não manifeste nojo de suas feridas, nem medo de contágio.
24. Se a pessoa não o conhece, apresente-se com clareza.
25. Não dê impressão de estar com pressa, nem demore até cansar o enfermo. Com bom senso, encontre a duração ideal para cada situação.
26. Não pergunte sobre a gravidade da doença.
27. Não leve qualquer tipo de alimento.
28. Não dê água o paciente sem permissão da enfermagem.
29. Não tente movimentar o doente sem autorização da enfermagem.
30. Evite chamar o paciente de “querido”, “meu amor”, “meu anjo”, ou outros títulos padronizados. Chame-o pelo nome.
31. Não faça perguntas inapropriadas do tipo: “o que há de errado com você?”, ou “que tipo de cirurgia você vai fazer?” Se ele não comentar sobre sua doença, guarde a sua curiosidade e trate de respeitá-lo.
32. Não apresente fisionomia emotiva ou de comiseração (piedade).
33. Não lhe estenda a mão (só se o paciente tomar a iniciativa).
34. Toque o paciente. Fale num tom de voz normal. Não cochiche com outras pessoas no quarto. Não cante no quarto. Ore em tom normal. Olhe nos olhos dele, enquanto lhe dá ouvidos ou compartilha uma mensagem.
35. Homens não devem tocar mulheres e mulheres não devem tocar os homens, com exceção de um simples aperto de mão quando o paciente tomar a iniciativa. Parte da depressão de alguns pacientes pode ser causada pela falta de um toque humano carinhoso, mostrando-lhe interesse pela sua vida. Muitas vezes um leve aperto no braço do paciente, ou um “cafuné” em seus cabelos, ou em alguns casos um delicado abraço farão mais efeito do que o melhor antidepressivo.
36. Tente colocar-se no lugar do paciente. Como você se sentiria se estivesse naquele leito, sentindo aquelas dores e preocupações?
37. Pense: se você fosse o paciente, o que gostaria que alguém que o visitasse fizesse ou dissesse?
38. Não tente convencer o paciente de que a sua aparência está boa, ele verá que você não está sendo sincero e não confiará em suas palavras deste momento em diante.
39. Não negue as expressões de emoção do paciente, dizendo que não deveria estar se sentindo daquele jeito. Nunca diga que sentir-se triste ou amedrontado é falta de fé.
40. Nunca diga que a enfermidade é resultado de pecado ou causada por demônio(s).
41. Evite completar as suas palavras ou sentenças ou corrigir suas respostas.
42. Não pense que você sabe como ele está se sentindo. Deixe-o falar. Procure observar cada paciente, detectando sua problemática e respondendo individualmente, baseado nos valores e respostas da palavra de Deus.
43. Concentre-se em atender as necessidades daquela pessoa diante de você.
44. Não fale de outros enfermos ou compare-o com outros em estado pior de saúde, não fale de si mesmo ou de suas experiências pessoais.
45. Saiba que a dor e a medicação podem alterar o humor do paciente.
46. Não queira forçar o doente a sentir-se alegre, nem o desanime. Aja com naturalidade, pois se você se sentir à vontade ele terá maior probabilidade de sentir-se à vontade também. Encoraje-o com carinho e, se houver espaço, no momento apropriado, use seu bom-humor. Procure relembrá-lo de outras situações difíceis na vida dele, que ele conseguiu vencê-las, com ajuda de Deus.
47. Deixe o enfermo chorar. Isso inclui os homens também. Se ele se mostrar envergonhado por suas lágrimas, diga a ele como chorar faz bem para a alma, e que até mesmo Jesus chorou quando estava triste.
48. Sempre que possível, deixe uma literatura bíblica de acordo com o assunto sobre o qual vocês desenvolveram a conversa, e peça-lhe que a leia atentamente.
49. Termine a visita de maneira agradável. Diga-lhe como foi bom estar com ele, ouvi-lo e conhecê-lo melhor.
50. Pergunte ao paciente se você pode orar por ele, em caso afirmativo, ore de maneira direta e breve. Nunca use expressões como: “eu determino”, “você receberá a cura”, etc. Toda oração deve ser feita com reverência a Deus.