1. DECLARAÇÃO DOUTRINÁRIA
1.1. Bíblia
Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana (Sl 119.89; Hb 1.1; Is 40.8; Mt 24.35; Lc 24.44,45; Jo 10.35; Rm 3.2; 1Pe 1.25; 2Pe 1.21). O registro da revelação que Deus fez de si mesmo aos homens (Is 40.8; Mt 22.29; Hb 1.1,2; Mt 24.35; Lc 16.29; 24.44,45; Rm 16.25,26; 1Pe 1.25). Sendo Deus seu verdadeiro autor, foi escrita por homens inspirados e dirigidos pelo Espírito Santo (Ex 24.4; 2Sm 23.2; At 3.21; 2Pe 1.21).
Tem por finalidade revelar os propósitos de Deus, levar os pecadores à salvação, edificar os crentes e promover a glória de Deus (Lc 16.29; Rm 1.16; 2Tm 3.16,17; 1Pe 2.2; Hb 4.12; Ef 6.17; Rm 15.4). Seu conteúdo é a verdade, infalível, inerrante; perfeita (Sl 19.7-9; 119.105; Pv 30.5; Jo 10.35; 17.17; Rm 3.4; 15.4; 2Tm 3.15-17).
A Bíblia é a autoridade única, regra de fé e conduta sem qualquer outro livro ou documento equiparável. Ela deve ser interpretada à luz da pessoa de Cristo, de Seus ensinos e dos ensinos dos apóstolos (Lc 24.44,45; Mt 5.22,28,32,34,39; 11.29,30; 17.5; Jo 5.39,40; Hb 1.1,2; Jo 1.1,2,14).
1.2. Deus
Há um só Deus (Dt 6.4), espírito criador e sustentador de todas as coisas (Jo 4.24; At 4.24; Ne 9.6), infinito e imutável (1Rs 8.27; Tg 1.17), absolutamente soberano (Ef 1.11), sábio (Rm 11.33), justo (Is 45.21), santo (i) e amoroso(1 Jo 4.8); onipresente (Sl 139.7-11), onisciente (Hb 4.13) e onipotente (Jó 42.2), que subsiste eternamente em três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Mt 28.19; 2 Co 13.13).
1.3. Jesus Cristo
Jesus Cristo é o Filho de Deus (Mt 16.16), a segunda Pessoa da SantíssimaTrindade (Mt 28.19), totalmente Deus e totalmente homem (Jo 1.14; Rm 9.5;Cl 2.9; 1 Tm 2.5; 1 Jo 5.20), não-criado (Cl 1.17), eterno (Mq 5.2; Jo 8.58), impecável (1 Jo 3.5), gerado pelo Espírito Santo da Virgem Maria (Mt 1.18-23), criador do universo (Jo 1.3; Hb 1.2), sustentador de tudo (Cl 1.16-17; Hb 1.3), salvador de todo aquele que nele crê (Jo 3.16), que, por sua morte na cruz, fez expiação pelo pecado (Gl 3.13), foi ressuscitado ao terceiro dia (1 Co 15.3-4) e subiu aos céus onde está sentado à direita do Pai (At 1.9; Hb 10.12), de onde um dia voltará para estabelecer seu Reino Eterno (Hb 9.27; Ap 11.15).
1.4. Espírito Santo
O Espírito Santo é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade (Mt 28.19), o Consolador divino prometido (Jo 15.26), que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11), que regenera e batiza o crente no momento de sua conversão (Jo 3.3-6; 1 Co 12.13), passando a habitar nele permanentemente(1 Co 6.19), selando-o como propriedade perene de Deus (Rm 8.9; Ef 1.13-14) e dando-lhe dons que o capacitam para o serviço de edificação da igreja(1 Co 12.4-7).
1.5. Homem e mulher
Homem e mulher foram criados por Deus que os fez à sua imagem e semelhança e heterossexuais (Gn 1.27; 5.1-2; Tg 3.9), sem pecado (Ec 7.29), com um corpo maravilhosamente formado (Gn 2.7, 21-22 – veja também Sl 139.14) e uma alma imortal (Ec 12.7; Mt 10.28), dando-lhes, em seguida, o domínio sobre toda a criação (Gn 1.26, 29-30) e impondo-lhes o dever de dela cuidar (Gn 2.15).
1.6. Pecado
O pecado entrou no mundo por um ato voluntário do primeiro ser humano (1 Tm 2.14) que, no Éden, desobedeceu a ordem expressa de Deus, comendo do fruto proibido (Gn 3.6 – compare com Gn 2.16-17). Como resultado disso, toda a raça, representada em Adão, tornou-se pecadora (Rm 3.23; 5.18). A morte, que é o salário do pecado (Rm 6.23), passou a todos os homens (Rm 5.12), os quais, agora, estão separados de Deus (Ef 4.18), eternamente perdidos (Mt 25.41, 46) e vivendo conforme os ditames de suas próprias paixões e raciocínios vãos (Ef 2.1-3; 4.17).
1.7. Salvação
A provisão para a salvação do ser humano foi feita em Cristo, o qual, por sua morte na cruz do Calvário, satisfez as exigências de Deus, sofrendo as consequências da nossa culpa (Mt 20.28; Gl 3.13; 1 Pe 2.24; 3.18; 1 Jo 2.2; 4.10). Ao ressuscitar ao terceiro dia (1Co 15.3-4), nosso Senhor demonstrou que a justiça de Deus foi plenamente satisfeita por ele no Gólgota (Rm 4.25; 1 Pe 1.3), bastando agora que o pecador o receba pela fé (Jo 3.36; Ef 2.8) como seu único e suficiente salvador (At 4.12; 1 Tm 2.5) a fim de ter o perdão dos pecados (Rm 5.1; Ef 1.7) e a remoção da culpa que leva à eterna condenação (Rm 8.1).
1.8. Igreja
A igreja é a comunidade dos crentes em Cristo (Ef 1.1), comprada, fundada, protegida, edificada e dirigida por Ele (Mt 16.18; At 20.28), a qual se reúne para cultuar o Deus Trino (At 13.1-2), sustentar com firmeza a verdade revelada (1 Tm 3.15), observar as ordenanças do Senhor (batismo e ceia), nutrir uma amorosa, edificante e pura comunhão entre os irmãos (At 2.42-47) e proclamar a salvação ao mundo (1 Pe 2.9), tudo com o propósito final de promover a glória de Deus (Ef 3.21). Ela possui caráter universal que é a reunião de todos os crentes de todos os tempos e de todos os lugares; e caráter local onde é composta pela congregação de crentes professos, batizados que se reúnem com frequência.
1.9. Liberdade religiosa e separação entre Igreja e Estado
Deus e somente Deus é o Senhor da consciência. A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais do homem, inerente à sua natureza moral e espiritual. Cada homem tem o direito de cultuar a Deus, segundo os ditames de sua consciência, livre de coações de qualquer espécie. A Igreja e o Estado devem estar separados por serem diferentes em sua natureza, objetivos e funções. É dever do Estado garantir o pleno gozo e exercício da liberdade religiosa, sem favorecimento a qualquer grupo ou credo. O Estado deve ser leigo, e a Igreja, livre. Reconhecendo que o governo do Estado é de ordenação divina para o bem-estar dos cidadãos e a ordem justa da sociedade, é dever dos crentes orar pelas autoridades, bem como respeitar e obedecer as leis e honrar os poderes constituídos, exceto naquilo que se oponha à vontade e à lei de Deus.
1.10. Ordem social
O cristão é o sal da Terra e a luz do mundo, e tem o dever de participar em todo esforço que tende ao bem comum da sociedade em que vive. O maior benefício prestado é anunciar o Evangelho a toda criatura, só por meio dele o homem pode encontrar a paz com Deus, com o próximo e consigo mesmo.
Como cristãos, devemos estender as mãos aos órfãos, às viúvas, aos anciãos, aos enfermos e a outros necessitados, bem como em casos de injustiça e opressões.
Isso é feito pelo amor, não visando a receber recompensas materiais ou espirituais, pois cremos que a salvação é um dom gratuito que Deus oferece ao homem pecador, não tendo em vista seus méritos pessoais, mas unicamente por seu amor misericordioso. É pela graça, e só por ela, que o homem é salvo por meio de Jesus em sua morte na cruz, nada que ele faça pode levá-lo a perder a salvação, pois ela parte de Deus em direção ao homem.
1.11. Morte
É consequência do pecado e se estende a todos os homens (Rm 5.12). Cremos que “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hb 9.27).
Pela fé nos méritos de Jesus, aqueles que nele creem, após sua morte, são transportados para um estado de completa e eterna felicidade na presença de Deus. Os incrédulos entram, após a morte, em um estado de separação definitiva de Deus (Lc 16.19-31; Jo 5.28, 29).
Na palavra de Deus encontramos claramente expressa a proibição divina de busca de contato com os mortos bem como a negação da eficácia de atos religiosos com relação aos que já morreram (Ex 22.18; Lv 19.31; Dt 18.10; 1Cr 10.13; Is 8.19; 38.18; Hb 3.13).
1.12. Justos e ímpios
Deus tem o total controle da história e a conduz a seu termo final. Jesus voltará ao mundo de forma pessoal, visível e audível, em grande poder e glória. Os mortos em Cristo ressuscitarão e os crentes vivos serão transformados e arrebatados para se uniram ao Senhor. Os mortos sem Cristo também ressuscitarão, mas para a condenação eterna.
Todos os homens comparecerão perante o Tribunal de Jesus Cristo (Mt 13.49, 50; 1Co 4.5). Os ímpios sofrerão no inferno o castigo eterno separados de Deus. Os justos, com os corpos glorificados, habitarão para sempre com senhor.