Caboclos 

Os Caboclos e Caboclas se apresentam com o arquétipo do índio brasileiro, integrado à natureza, representando a jovialidade, a ação, a determinação, a força para conseguir e buscar o que deseja e de atitude e perseverança nas crenças. De certa forma, são os guerreiros que, com sua vitalidade, usam a força para suportar, abrir caminhos e proteger o seu clã. São leais e ordeiros, sendo as entidades que prezam pelo bom comportamento e cumprimento das regras da casa.

Já os Curumins são as crianças indígenas.

De acordo com o [1] Blog da Anna Pon: Linhas de trabalho na umbanda - Caboclos:

"Quando alguém diz: “Eu sou um caboclo”, o que ele está querendo dizer com isso: eu sou um caboclo? Então, vamos a palavra: caboclo. O que quer dizer caboclo? Na cultura Brasileira, na língua portuguesa, qual a terminologia da palavra caboclo?

Quer dizer: simples. Caboclo é isso: é um homem simples. Quando uma entidade, um espírito diz que é um Caboclo, isso tem sido considerado sinônimo de índio, mas Caboclo não é sinônimo de índio. Quando alguém perguntou para aquela entidade: quem é você?

Ele não respondeu: eu sou o índio Sete Encruzilhadas, ele respondeu: “Eu sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas”.[...]No entanto, para a Umbanda, quase todos os Caboclos tem se apresentado como índios.

'Todo Caboclo é índio?'

Não necessariamente.

Nem todo Caboclo é índio e nem todo Caboclo foi um índio ou teve uma encarnação como índio. Os espíritos que se manifestam como Caboclo, em sua grande maioria, trazem um pouco de sua cultura nativa, dessa cultura do índio, mas não necessariamente eles foram índios.

[...]

Caboclo tem uma mensagem relacionada a essa outra forma de ver o mundo, essa outra forma de ver a vida, aquele que é caboclo traz uma mensagem de simplicidade, de ver a vida com simplicidade, de relacionar-se com simplicidade na vida.

Há uma mensagem implícita na presença do Caboclo, ser Caboclo representa alguma coisa dentro da Umbanda, ser Caboclo representa, na Umbanda, um conjunto de valores, uma forma de expressar-se, uma maneira de ser, que vai muito ao encontro da cultura indígena - mas não apenas da cultura indígena, mas não apenas da cultura indígena Brasileira – vai ao encontro da natureza, das forças da natureza, da simplicidade do ser e da força que isso pode representar."

COR DE VELA

REFERÊNCIAS

[1] Blog da Anna Pon: Linhas de trabalho na umbanda - Caboclos