análise da evolução do pensamento urbanístico moderno através do espaço publico
por: Matheus Thierry
pode-se considerar Le Corbusier como o primeiro urbanista moderno, a tônica de suas ideias era a critica a cidades tradicionais, que vinham se expandindo de maneira desenfreada e sem planejamento por decorrência da revolução industrial, tornando se lugares insalubres.
A resposta do arquiteto para estas cidades problemáticas podem ser vistas como o projeto utópico da Ville Radieuse, e no manifesto da Carta de Athenas. onde defende a geometricidade do traçado regulador, a setorização das atividades. separando as habitações das zonas funcionais e garantindo-as grandes espaços verdes de convívio. Ao contrario das outras zonas da cidade onde dominam as vias rápidas transformando o ser humano numa pequena engrenagem do todo, o tornando mais eficiente no sistema capitalista
Pelo caos instaurado da cidade medieval com malha orgânica que tentava se adaptar as novas tecnologias e necessidades principalmente das industrias, para Corbusier era preferível destruir por completo o existente para assim e reconstrui-la.
Aldo Rossi em seu texto-manifesto Arquitetura e Cidade traça um contraponto a arquitetura e pensamento de Le Corbusier. tratando a cidade existente como um artefato histórico, que deve ser analisado e compreendido e revisitado ao conceber o novo planejamento. Sendo assim a cidade histórica deve ser a base de planejamento e inspiração para a sua evolução. olhar para o passado para planejar o futuro. e com isso traz a critica a visão de Corbusier que achou na negação completa da cidade existente e no racionalismo rígido resposta para os problemas modernos. para contrapor esta ideia Aldo Rossi busca compreender a estrutura intrínseca da cidade e traz o conceito de "genius loci" como o espirito do lugar, ou vocação de um determinado espaço para uma atividade especifica.
O novo urbanismo surgiu como a resposta americana à urbanização baseada nos carros, aumentando as distancias entre os serviços e moradias, e trazendo a degradação dos espaços públicos (prioridade do carro sob o pedestres).ç buscavam trazer cidades compactas baseadas na Garden city de Ebenezer Howard. usar de maneira consciente o solo disponível, estimular o convívio comunitário e reviver o urbanismo tradicional das pequenas cidades americanas. este sistema pouco propunha para a intervenção do poder publico nas cidades existentes. Sendo então usado como um método de negocio de empresas privadas, o que gerou exclusão de pessoas negras, baixa renda e imigrantes, que não se encaixam no perfil de cliente ideal de Americano, branco, classe media alta, com família tradicional. Neste modelo de cidade traz algo curioso que é o jardim privado de cada residência onde reduz os momento de convívio ao núcleo familiar restrito. Estas cidades muitas vezes não possuem poder publico presente pois são propriedades de grandes incorporadoras que gerem estas cidades e exercem controle rígido ate sobre as residências privadas como em Celebration, Florida que é propriedade da Disney, onde é necessário de autorização previa da do órgão controlador ate para pintura das fachadas residenciais que seguem imitações de padrões das residências clássicas americanas.
pode se atribuir a este modelo de cidade o espraiamento urbano. como esta cidade cresce com nucleos urbanos isolados sem conexão entre si.
GALBIERI, Thalita Ariane. Os planos para a cidade no tempo. Resenhas Online, São Paulo, ano 07, n. 079.01, Vitruvius, jul. 2008 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/07.079/3069>.
http://www.cronologiadourbanismo.ufba.br/apresentacao.php?idVerbete=1629
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RETTO JR., Adalberto. Indagações a partir do livro L’architettura della Città, de Aldo Rossi. Resenhas Online, São Paulo, ano 07, n. 078.01, Vitruvius, jun. 2008 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/07.078/3073>.
MACEDO, Adilson Costa. A carta do novo urbanismo norte-americano. Arquitextos, São Paulo, n. 82, p. on line, 2007. Disponível em: < http: //www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq082/arq082_03.asp >.