Sinopse: Educadores, gestores ou agentes de políticas públicas veem-se diariamente diante de inúmeros dados relacionados à educação. Mas o que fazer com eles? Como utilizá-los sabiamente para transformar o ensino e a aprendizagem? Desenvolvido na Harvard Graduate School of Education, o Projeto Data Wise – cujo processo é abordado neste livro – tem como missão “apoiar uma comunidade de investigadores e profissionais no desenvolvimento e na utilização de recursos a fim de trabalhar colaborativamente, usando dados para implementar melhorias reais e duradoras no ensino e na aprendizagem”. Dividido em três partes – preparar, investigar e agir –, o processo do Data Wise não é um “programa” a “implementar”, mas sim um meio de organizar e trazer coerência para as atividades de melhoria na área, apoiado nos “hábitos mentais ACE”, ou seja, no compromisso compartilhado com ação, avaliação e ajustes, na colaboração intencional e no foco implacável em evidências.
Sinopse: Os primeiros diagnósticos de autismo datam de 1943, e, de início, os médicos não souberam ao certo que abordagem adotar. A origem daqueles comportamentos atípicos seria biológica ou psicológica? Tais comportamentos eram o que aquelas crianças haviam trazido ao mundo? Ou teria sido o mundo que os instilara nelas? O autismo era fruto da natureza ou da criação?
Atualmente, estima-se que cerca de 1% da população mundial seja portadora do transtorno do espectro autista, o que faz com que o tema seja cada vez mais conhecido e discutido. Os estudos da área também se transformaram nos últimos anos: passaram da psicologia à neurologia e à genética. E, graças a novas pesquisas revolucionárias sobre causas e tratamentos, há cada vez mais esperança. Em O cérebro autista , Temple Grandin apresenta, com Richard Panek, a vanguarda da ciência sobre o tema.
Ao mesclar importantes e surpreendentes descobertas com a sua própria experiência como autista, Temple Grandin evidencia os avanços científicos na área. Somos apresentados a cientistas e estudiosos que exploram teorias inovadoras sobre as causas do autismo. Além disso, a autora compartilha suas ressonâncias cerebrais para mostrar quais anomalias podem explicar os sintomas mais simples, e destaca transtornos sensoriais frequentemente desconhecidos.
Segundo Grandin, pais, professores e terapeutas devem evitar se prender a rótulos. Ela argumenta que a educação de crianças autistas não deve se centrar apenas em suas fraquezas: estudos revelam que elas têm pontos fortes por muito tempo ignorados, sendo capazes de multiplicar as formas de aproveitamento de suas contribuições únicas. Em O cérebro autista , somos apresentados ao poder transformador de tratar o autismo por meio de cada um dos seus sintomas, em vez de agrupá-los todos sob o mesmo diagnóstico.
A autora esmiuça conceitos ligados à luta antirracista, como pacto da branquitude, racismo estrutural, cotas raciais e educação emancipatória, para (re)pensar as ações pedagógicas e a formação e o papel dos educadores, que são, afinal, todos nós, os "doadores de memórias" que integram a escola.
Longe de ser um manual com fórmulas prontas, o livro, resultado de anos de experiência da autora como educadora e idealizadora da Escola Maria Felipa, primeira escola afro-brasileira registrada em uma Secretaria de Educação no Brasil, faz um convite aberto para o leitor conhecer e desenvolver práticas antirracistas em sala de aula e na vida.
Ao analisar a situação colonial, Fanon tensiona política, sociedade e indivíduo, demonstrando de forma clara as estratégias e efeitos do poder dominante ― o resultado da opressão é raiva, dor e loucura. Com isso, o autor desmonta a lógica colonial europeia ― branca, brutal e racista ―, e propõe uma “descolonização do ser”, afirmando: “É preciso mudar completamente, desenvolver um pensamento novo, tentar criar um homem novo.” Só assim é possível criar um mundo realmente humano, onde a massa deserdada de homens e mulheres dos países colonizados e pobres ― os condenados da terra ― sejam os inventores de sua própria vida.
Publicado em 1961, ano da morte de Fanon, que o escreveu doente e sabendo que o tempo era escasso, o livro é considerado um clássico absoluto, suma de seu pensamento e um tratado magistral sobre as relações entre colonialismo, racismo e insubmissão.