A memória de um povo faz-se de representações e monumentos mais ou menos grandiosos, mas também, de edificações singelas na sua aparência, mas poderosas na imaginação popular. É assim que a cultura popular pelos oratórios, carregam um significado espiritual estratégico no mundo rural, que se ritualiza em símbolos de base religiosa como são as alminhas, nichos, cruzeiros e outros oratórios.
O projeto "Alminhas Digital", nasceu, com a intenção de recolher e georreferenciar as alminhas, que proliferam em diversas regiões do país, mas cedo nos apercebemos que a designação é redutora do vasto campo do património religioso dos oratórios, quer, devido à «ampla variedade de composições e aspetos permitidos pela sua dimensão e material pétreo» (Sara VIEIRA, p. 27) destes monumentos, como também, à falta de documentação destas edificações de carácter popular. Assim, o projeto alargou o seu objeto de recolha à generalidade dos oratórios, mas, manteve a designação de "alminhas", como denominação abrangente que a cultura popular dá aos monumentos comunitários de devoção religiosa.
Este é um projeto sem fins lucrativos suportado exclusivamente por trabalho voluntário com o intuito de inventariar e georreferenciar as alminhas e outros oratórios, que genericamente a cultura popular designa por "alminhas", tais como, nichos, cruzes memorativas e calvários.
Sendo o autor deste site, licenciado em história, tem também o apoio de consultores nas áreas de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e Geografia Humana.
O modelo de inventariação com adaptação nossa, segue a estrutura usada por Olinda Maria de Jesus Rodrigues na tese de mestrado em Arte e Património e Teoria do Restauro - As Alminhas em Portugal e a devolução da memória. Estudo, recuperação e conservação, RODRIGUES, Olinda Maria de Jesus, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2010, 2 Vol.
A base WebSIG e a solução de mapas interativos, foi desenvolvida especificamente para este projeto, por Ezequiel Correia.
A divisão administrativa que usamos é a última antes da revisão de 2013 (CAOP 2012).
A georreferenciação é feita localmente quando as fotos são nossas. Quando usamos obras de autor, se não houver georreferenciação de apoio, recorremos ao Google Earth e ao QGis e, caso não consigamos localizar, recorremos a cartografia incluída ou a descrição geográfica por aproximação. As coordenadas são em WGS84 (graus decimais).
Fernando Manuel Tavares Correia
fmt.correia@gmail.com