O futuro do planeta: Uma pergunta sem resposta.

Ações cotidianas que precisam ser alteradas pelo bem do planeta.

Como estará o planeta daqui a vinte anos? Como será a vida e o consumo das futuras gerações? Como consumir de forma consciente? Essas são perguntas que a cada dia se torna mais difícil e arriscado tentar prever sem cair no utópico ou nos desejos individuais. Por isso reunimos três cidadãos com perfis diferentes para tentarmos responder a essas questões.

Professora, casada há mais de vinte cinco anos, moradora do interior de Minas Gerais, mãe de quatro filhos, essa é a Leila, que acredita que o futuro de seus três netos está ameaçado por nosso padrão de consumo e práticas de descarte de lixo. Segundo a professora, a maneira que ela e sua família se locomovem e se vestem estão diretamente associadas à maior frequência de desastres naturais. Apesar disso, seu grupo familiar não se preocupa com o descarte do lixo ou em consumir de maneira mais racional. Segundo a entrevistada, não adiantaria somente ela modificar seus hábitos se os demais moradores do planeta não se preocupam com isso.

Em nossa segunda entrevista conversamos com Marcell Thiago, vinte e três anos, solteiro, recém-formado em história e ativista dos direitos humanos. Ao ser questionado sobre o consumo e o descarte dos produtos, ele afirma que ao comprar um produto não é uma preocupação o descarte das embalagens, apenas se preocupa com a procedência, qualidade e respeitos por parte das empresas aos direitos universais. Por isso, ele não consome produtos de empresas que sejam suspeitas de trabalho análogo à escravidão ou que utilizem matérias prima de origem extrativista.

Para o historiador, vivemos num mundo refém dos interesses das grandes corporações capitalistas e nossos desejos e necessidades são moldados, e até mesmo criados, pela vontade do capital. Por isso, nossos produtos, especialmente os eletroeletrônicos, possuem vida útil pré-determinada e quase sempre somos compelidos a substitui-los antes mesmo de pagá-lo, o que ele chamou de obsolescência programada. Por isso, ele afirma “É bem difícil a gente descartar esses produtos (eletroeletrônicos) lá em casa, a gente só descarta quando não dá mais ‘pra’ usar mesmo, quando estraga...”

Já para a professora de espanhol, Raiane Chaves, recém-casada, devemos substituir um produto quando sua possibilidade de conserto se torna impossível ou inviável. Segundo a professora, devemos consumir evitando o supérfluo ou a compra por impulso, priorizando produtos que possam ser reutilizados, reciclados ou até mesmo consertados. “Eu, por exemplo, costumo fazer isso com roupas quando uma roupa rasga, ou pui de alguma maneira, enfim, algo que eu não possa consertar para o uso. Caso ela ainda sirva de alguma outra maneira, então se é uma calça que rasgou embaixo e ainda é possível cortar e fazer uma bermuda ou algo do tipo, mas se não me interessa eu costumo doar para que outra pessoa possa usar.”.

Após as entrevistas e reflexões acerca dos apontamentos dos entrevistados fica evidente a necessidade se modificar os hábitos de consumo e de descarte de materiais para que as futuras gerações não sofram as consequências desastrosas do consumismo desenfreado. O futuro do planeta depende dessas mudanças, que de certo modo já foram assimiladas pelas gerações mais novas, entretanto é fundamental que as todas as pessoas do mundo se dediquem e se comprometam para que o futuro seja ambientalmente harmonioso. E você o que opinas?

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