Ao afetarem a mente e a subjetividade dos indivíduos, a Literatura, a Música e o Cinema impõem uma modificação no mundo, individual e coletivo. Criei o projeto @adorelivros com o fim de promover as Artes para o público jovem, que, se não incentivado corretamente, perde o interesse por essas expressões que contribuem para o seu crescimento pessoal e o seu conhecimento. O blog, que será alimentado semanalmente, é o meu mais novo canal para isso.
Aqui, frequentemente, o leitor se depará com críticas literárias, resenhas cinematográficas, texto autorais e outras indicações de manifestações artísticas que nos ajudam a crescer como indivíduos.
Sejam bem-vindos(as)!
A Escola do Bem e do Mal é um romance que se mistura aos contos de fadas e famosos personagens infantis. O primeiro livro da coleção escrita pelo autor Soman Chainani foi publicado em maio de 2013. A narrativa acompanha duas melhores amigas que foram escolhidas para frequentarem as Escolas do Bem ou do Mal, onde estudam para se tornarem heroínas ou vilãs.
A cada quatro anos, dois jovens (um bem-comportado e outro malcriado) do povoado de Galvadon são levados pelo Diretor. Anos mais tarde os jovens se tornam parte dos contos de fadas dos livros ilustrados que surgem magicamente na livraria do Sr.Deauville e são distribuídos à toda cidade.
Em Galvadon todos acreditam nessas lendas, o que manteve as histórias vivas durante gerações. Isso inclui Sophie, com seu vestido cor-de-rosa e sapatos de cristais, que sonha em ser admitida na Escola do Bem para se tornar uma princesa. Já Agatha, sua melhor amiga, não consegue imaginar como uma cidade inteira acredita em tanta baboseira. Evidentemente, a aventura começa quando ambas são sequestradas pelo Diretor, mas caem nas Escolas erradas. Com essa peça pregada, a obstinada Agatha precisa resgatar a vaidosa e frívola Sophie da Escola do Mal.
Há problemáticas interessantes para serem discutidas em A Escola do Bem e do Mal. Na Escola do Bem, as princesas são encarregadas de serem belas e de praticarem supostas Boas Ações, enquanto esperam indefesas que seus cavalheiros as salvem. Há muitas relações construídas por interesses materiais e de status, principalmente após o ingresso de Tedros Pendragon, futuro rei de Camelot, na Escola do Bem. Já na Escola do Mal, os vilões procuram por um propósito maior. Apesar de não simpatizarem com os heróis, eles são ensinados a ver a Escola do Bem como necessária para manter o equilíbrio do universo mágico.
Na Escola do Bem, Tedros Pendragon procura por uma princesa que vê além de suas posses. Mesmo sendo cabeça-dura, agindo antes de pensar e sentindo uma necessidade enorme de parecer-se inabalável, Tedros é um menino sensível, confiante e conquista a empatia dos leitores. Já na Escola do Mal, há o coven de três bruxas assustadoras, maleficamente divertidas e essenciais em disputas que ameaçam as cabeças de todos. Além disso, há o personagem mais querido: Hort, o astuto, pateta e inexplicavelmente apaixonado por Sophie.
Soman surpreende com as ações que determinam em qual lado o personagem está. O autor se aprofunda igualmente em ambos os pontos de vista para entender suas motivações. Com isso, os leitores podem ficar indecisos quanto torcer para o Bem ou Mal. O autor criou uma linha tênue para que o leitor tire suas conclusões sobre o que é moral ou antiético.