As oficinas são gratuitas e abertas à comunidade. Para participar delas não é obrigatório estar inscrito no congresso, mas é preciso inscrever-se especificamente em cada uma delas, pois elas possuem vagas limitadas. A inscrição no congresso não garante vaga nas oficinas. 

A participação na charrette será feita apenas mediante indicação de professores e processo seletivo, mas seus resultados serão apresentados a todos durante o congresso.

✉️ Coordenação das visitas e oficinas: Luana Cruz, Laura Carvalho e Ana Sperandio

As inscrições são feitas pela página Inscrições.

A oficina visa proporcionar uma compreensão aprofundada do conceito de economia circular e sua aplicação em áreas urbanas, com foco especial nos distritos de inovação. Utilizando exemplos práticos, será explorado como a economia circular pode gerar valor no desenvolvimento dessas áreas, destacando o estudo de caso de Paris Saclay e comparando-o ao Distrito de Inovação que será implantado na área da Fazenda Argentina.

Os principais objetivos são:

1. Apresentar o conceito de economia circular, destacando suas principais áreas-chave.

2. Explorar a aplicação prática da economia circular em distritos de inovação, utilizando os estudos de caso como referência.

3. Identificar potencialidades locais e desafios específicos para a implementação da economia circular no Distrito de Inovação da Fazenda Argentina.

A oficina destina-se a pesquisadores, profissionais, especialistas e estudantes envolvidos nos temas de desenvolvimento e planejamento de de distritos de inovação, e interessados na integração prática da economia circular.

O programa inclui uma apresentação sobre economia circular, suas áreas-chave e exemplos práticos em distritos de inovação; uma análise do estudo de caso Paris Saclay, destacando os pontos positivos e as lições aprendidas e uma comparação com o Distrito de Inovação da Fazenda Argentina. em seguida, será feita uma divisão dos participantes em grupos para trabalhar no estudo de caso da Fazenda Argentina, promovendo discussões e análises aprofundadas. Na conclusão, todos os participantes devem discutir e compartilhar os achados dos grupos, permitindo uma visão abrangente das possibilidades e desafios.

Os participantes devem sair da oficina com uma compreensão sólida do conceito de economia circular e sua aplicação em distritos de inovação. Espera-se gerar insights valiosos e soluções adaptadas à realidade local, aplicando de forma prática a circularidade nas quatro áreas-chave da economia circular em áreas urbanas: Energia Limpa e Renovável, Ar saudável e Proteção climática; Saúde e Circularidade dos Fluxos de Materiais; Gestão da Água e do Solo e Ganhos em Biodiversidade Local; Comunidades Fortes, Igualitárias e Justas. Pretende-se, ainda, identificar de diretrizes para a implementação da economia circular em distritos de inovação, com foco específico no estudo de caso da Fazenda Argentina. Finalmente, a oficina é uma oportunidade de networking e de interação entre os participantes para facilitar futuras colaborações e projetos relacionados à economia circular em distritos de inovação. 

Lea Gejer é arquiteta e urbanista (Unicamp) e mestre em gestão ambiental urbana (Wageningen University, Holanda), com especialização em Cradle to Cradle no ambiente construído. Atualmente, é doutoranda na Unicamp no programa de Arquitetura, Tecnologia e Cidades. Em 2019, recebeu o prêmio de “highly commended” pelo júri do The Circulars 2019 para a categoria Leadership (Liderança), iniciativa do Fórum Econômico Mundial e do Fórum Global de Jovens Líderes. É parte também do Grupo de Liderança para a Economia Circular do programa Solve do MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos EUA.

Katia Sartorelli Verissimo é Arquiteta e Urbanista pela Universidade Estadual de Campinas. É sócia-fundadora (2008) do escritório Okna Arquitetura e Design , onde desenvolve projetos de arquitetura residencial, comercial, institucional e de acessibilidade.Em 2013, inicia a parceira com a Flock , empresa de consultoria e design, para facilitar a construção de cases de novos modelos circulares em projetos e processos de arquitetura, construção e cidades. 

Beatriz Lins é formada em Arquitetura e Urbanismo pela Unicamp (2018) e desde 2021 desenvolve projetos de arquitetura e interiores no escritório Okna Arquitetura. Em 2023, iniciou parceria com a Flock, consultoria de  economia e design circular e Cradle to Cradle, e faz parte do time do projeto piloto de economia circular aplicada à reformas e obras civis. 

De modo a estimular a participação da sociedade civil nas discussões sobre os territórios do conhecimento de 4ª geração, junto às instituições de ensino e pesquisa, ao governo e aos setores produtivos, o público-alvo da oficina envolve técnicos e gestores públicos, trabalhadores e profissionais de múltiplas áreas do conhecimento, população local e toda a comunidade acadêmica. A oficina será gratuita e aberta aos interessados, mediante inscrição prévia, com limite de 30 vagas.

A oficina tem por objetivo apresentar metodologias para levantamento de aspectos críticos da implementação do modelo de hélice quíntupla em distritos do conhecimento de 4ª geração. Será demonstrada a aplicação prática de ferramentas colaborativas para elaboração de propostas, buscando a superação de conflitos e desenvolvimento de potencialidades no campo da governança, com atenção especial aos desafios relacionados ao Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável da Unicamp (HIDS), quanto às diretrizes de uso e ocupação do solo para a implantação do Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável (PIDS), estabelecidos pela Prefeitura Municipal de Campinas.

A Oficina será dividida em duas etapas: na primeira parte serão apresentados alguns estudos de caso, buscando uma leitura mais abrangente e crítica da realidade, a partir do ponto de vista das participantes, servindo como ponto de partida para um processo que visa ampliar e qualificar o diagnóstico da situação existente. 

Na etapa seguinte, serão realizados exercícios práticos para aplicação de algumas metodologias colaborativas, tais como o Diagnóstico Rápido Participativo (DRP), uma adaptação do método alemão de Planejamento de Projetos orientado por Objetivos (ZOPP), que busca ampliar a participação social nos processos de planejamento e gestão de projetos pela obtenção de informações de forma simplificada e por escrito; o Design Thinking, no desenvolvimento de soluções e protótipos para problemas complexos, com uma visão centrada na cooperação e os Arranjos Produtivos Locais (APL), através dos quais se busca tratar o conjunto das agendas relacionadas a determinado tema sem isolar cada uma das pautas, identificando cada processo e estabelecendo uma articulação em rede.

Ao identificar o risco de isolamento dos distritos de conhecimento nos territórios em que se encontram inseridos, através da descaracterização morfológica pelo processo de valorização imobiliária; a exclusão socioespacial pela gentrificação  e a perda da identidade local pela ausência de diretrizes de preservação cultural, a oficina pretende apresentar metodologias de participação colaborativa que possam auxiliar a gestão participativa e a governança desses territórios quanto aos parâmetros desejáveis de desenvolvimento socioeconômico, sustentabilidade, preservação ambiental e integração regional, que permitam a diversidade e a inclusão da população nos debates sobre acessibilidade, moradia, geração de emprego e renda, entre outros, estimulando o sentido de comunidade.

Jean Pierre Crété é mestre em Ecologia pela Universidade Santa Cecília (UNISANTA), com graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e especialização em Planejamento de Cidades. Servidor público concursado da Prefeitura Municipal de Morungaba/SP. Coordenador do Grupo de Trabalho em Assessoria Técnica para Habitação de Interesse Social (GT-ATHIS) do Instituto Procomum e do coletivo ATHIS na Baixada (AnB).

Daniela Colin Lima é mestre em Ecologia pela Universidade Santa Cecília (UNISANTA), com graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e MBA em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Docente na Universidade São Francisco (USF). Coordenadora do GT-ATHIS do Instituto Procomum. Coordenadora, Gestora de equipes e especialista em Patrimônio Cultural do coletivo AnB. 

Isabella Pereira Bocaletto é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade São Francisco (USF), atua na Fundação Clara de Assis (FUNCLAR) elaborando bases georreferenciadas e estudos setoriais de planejamento urbano regional. Responsável Técnica pelo projeto “Da Ponte pra Cá: Soluções Inovadoras e Sustentáveis de Saneamento Rural e Gestão Hídrica”, parceria do coletivo AnB com a Associação de Engenheiros e Arquitetos de Itatiba (AEAI), fomentado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU/SP).

André Luís Blanco é mestre pelo Instituto de Geociências da UNICAMP (IG), graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP) e especialização na Universidade Politécnica da Catalunha (UPC). Docente na Universidade Paulista (UNIP). Diretor Presidente do Instituto de Cooperação e Desenvolvimento Ambiente Total (IAT), OSC atuante em cooperações nacionais e internacionais para capacitação, elaboração e execução de projetos de tecnologias socioambientais: Programa de Desenvolvimento Comunitário (PRODEC) em Campinas, São Carlos, Piracicaba e Ribeirão Preto; Projeto Técnico de Trabalho Social (PTTS/PTS) em Limeira e Mogi Mirim; Desenvolvimento Comunitário na RDS de Tupé, em Manaus (Biotupé). 

Este workshop fornecerá uma visão geral e prática de uma metodologia única (o Strategigram®) para analisar os perfis estratégicos de parques científicos/tecnológicos e ambientes de inovação similares. O público-alvo abrange diversos perfis, como técnicos e gestores de parques científicos ou outros ecossistemas de inovação, empresas, sociedade civil e comunidade acadêmica.

A IASP representa uma rede global de parques científicos, distritos de inovação, áreas de inovação e outras comunidades de inovação semelhantes. Embora a IASP reúna espaços de inovação com uma missão comum e muitas semelhanças, ainda existem diferenças em modelos e estratégias. Compreender a sua própria estratégia e compará-la com outras é um valioso exercício de benchmarking. O Strategigram® é uma ferramenta poderosa projetada para mapear as decisões estratégicas da equipe de gestão, permitindo que a organização alinhe os planos futuros de acordo.

Escolher o modelo e a estratégia certos é crucial para o sucesso de todos os ambientes de inovação.

Durante este workshop, Laura Monasterio (Gerente de Projetos e Conhecimento da IASP) apresentará os blocos de construção de tais ambientes de inovação e estratégias relacionadas usando os sete eixos do Estratégiagrama da IASP: 1. Localização e ambiente 2. Posição no fluxo de conhecimento/tecnologia 3. Alvo empresas 4. Grau de especialização 5. Mercados-alvo 6. Networking 7. Modelo de governação/gestão.

O workshop será dividido em duas seções principais – a primeira fornecerá uma visão geral do contexto internacional dos ecossistemas de inovação e uma introdução à metodologia Strategigram®.

A segunda seção apresentará um estudo de caso de parque científico e tecnológico ao qual será aplicada a metodologia Strategigram®, e o grupo discutirá uma nova ferramenta para análise da estratégia de distritos de inovação.

Em ambas as partes, os participantes terão a oportunidade de participar em diversas atividades interativas que visam a compreensão da metodologia, fomentando o brainstorming colaborativo e o pensamento crítico. Recomenda-se assistir à primeira parte do workshop para participar nas atividades interativas da segunda.

O workshop será realizado no edifício Vértice, na Av. Alan Touring, 345, e será em espanhol.

Laura Monasterio é Gerente de Conhecimento e Projetos da Associação Internacional de Parques Científicos e Áreas de Inovação IASP. Laura é licenciada em Ciência Política e Sociologia pela Universidade de Granada e mestre em Estatística Aplicada. Atua em projetos e serviços na IASP, com ampla experiência em gestão e participação em projetos internacionais. É responsável pela análise de dados e pesquisas industriais, além de realizar estudos sobre modelos estratégicos de parques científicos e tecnológicos e outros espaços de inovação.

Nos dias que antecedem o evento, teremos uma mini charrette de design urbano de distritos de inovação. A charrette é uma metodologia prática para o desenvolvimento de projetos complexos, baseada na colaboração e participação de profissionais e stakeholders em alguns dias de trabalho intenso.

Em todo o mundo, as universidades tornaram-se âncoras importantes para a agregação de economias de inovação, ímanes para capital humano e talento e motores de investimento económico, regeneração urbana e desenvolvimento comunitário. A UNICAMP, como uma das melhores universidades da América Latina, está preparada para se tornar líder no estímulo à produção científica e na expansão da pesquisa, e se tornar um motor de inovação e empreendedorismo.

Esta charrette de design urbano reunirá participantes com diversas experiências para um intenso workshop de 2 dias para co-criar uma estratégia espacial para um distrito de conhecimento na UNICAMP. Os participantes serão expostos aos fundamentos teóricos dos distritos de conhecimento e desenvolverão estratégias para catalisar sinergias entre a universidade e atores externos no contexto de um ecossistema urbano vibrante. A charrette terá como foco um local pré-designado de propriedade da UNICAMP e seu entorno urbano e paisagístico.

Objetivos do workshop: conhecer os Distritos do Conhecimento e sua relação com as âncoras institucionais; desenvolver estratégias conceituais para sinergias entre a universidade e potenciais futuros interessados ​​na área; conceber uma estrutura voltada para o futuro para o local que se baseie em esforços de planejamento anteriores, integrando desenho urbano, paisagem e ecologia para estabelecer um distrito de conhecimento do século XXI em Campinas; produzir e apresentar diagramas e gráficos atraentes que representem ideias e uma visão do distrito no congresso FGKD24 na UNICAMP. O programa também incluirá uma visita ao local, sessões práticas de idealização, discussões sobre estudos de caso anteriores e muito mais.

A charrette é limitada a 16 participantes e aberta a estudantes de graduação e pós-graduação em arquitetura + urbanismo (ou áreas afins), e depende de recomendação do corpo docente e envio de portfólio/currículo. Recém-formados que trabalham em práticas profissionais relevantes também são incentivados a se inscrever. As inscrições deverão ser enviadas para celani@unicamp.br e veskinazi@sasaki.com até o dia 20 de abril. Os participantes aceitos serão notificados até 2 de maio.

O workshop será ministrado por Victor Eskinazi, arquiteto e diretor de design urbano da Sasaki, uma empresa global com escritórios em Boston, Nova York, Denver e Xangai. Desde que ingressou na Sasaki em 2009, Victor liderou equipes multidisciplinares em diversos projetos nos Estados Unidos, Ásia, América Latina e Oriente Médio. Sua experiência inclui planos de regeneração urbana, distritos de uso misto e de inovação, campi universitários e planos de desenvolvimento de zonas ribeirinhas. Seu trabalho tem sido consistentemente reconhecido por prêmios nacionais e internacionais, incluindo o American Institute of Architects, a American Planning Association, a American Society of Landscape Architects e a Society for College and University Planning.