As Exposições da 23ª edição do Festival do Instituto de Artes da Unicamp abrirão para público no dia 25 de Setembro de 2022, sendo a versão presencial no salão da Casa do Lago da Unicamp, e a versão virtual nesta aba do site do FEIA 23
As Exposições da 23ª edição do Festival do Instituto de Artes da Unicamp abrirão para público no dia 25 de Setembro de 2022, sendo a versão presencial no salão da Casa do Lago da Unicamp, e a versão virtual nesta aba do site do FEIA 23
Texto Curatorial
Porque se eu não enquadro em um espaço as únicas respostas são: definhar, rachar ou partir. O tema da 23° edição VÃO é amplo. Evoca imagens de espaço e ação. Exatamente por esse motivo que, se dentro da curadoria das outras ações, é dada nota e a partir dela um ranking é formado, para a exposição o processo é muito menos criterioso. Encaixando-se no tema e cabendo na expografia, está dentro. A falta de mais critérios, pode afetar alguns em busca de um certo prestígio. Mas o que interessa para a equipe não é colocar as obras em pedestais, nem elevá-las. Isso entendemos com proposta que distância. A obra de arte aqui se junta ao pó na quina, divide o mesmo espaço que o musgo que brota no asfalto. Não fica muito, passa rápido. Espera a limpeza, a mudança. E o que seria esse acúmulo nos vãos se não um ato de resistência? O que seria uma fresta se não um embate? O que seria essa “sujeira” se não uma ocupação? É desse espaço que arte aqui presente VEM. Nessa mostra percebemos o vão criado pelo contraste. Da cor, da figura. Analisamos uma poética de afrontamento, pela luta, pelo corte, pela solidão. Por tanto o espaço se modela também dessa forma. A expografia se utiliza das frestas das colunas para depositar as obras. Obriga o expectador a ver bem de perto. Cria sobras. Quebra certas artificialidades do espaço expositivo. De um lado um pouco mais de luz, um pouco de sombra. Há pouca uniformidade. Também existe a preocupação de trazer alguns materiais das construções e reformas que ocupam boa parte da realidade do instituto. Não isolar o ambiente da exposição. Trazer aquilo de fora para dentro criando assim uma conexão. Perceber o amplo espaço interditado, bloqueado do público, mas ainda sim percebido, de relance, por entre os tapumes. As problematizações que surgem são o que contornam o tema, assim como oque retorna as obras. Muda o jeito de olhar. Porque uma fresta se transforma. Uma porta, quando entreaberta, nem uma porta é.
Resistência
Re-Existência
Aquele que sobrou
Sobrevivente é o último a voltar pra casa
A permanência
permanecer
criar proximidades [entre as entidades
direções!
E aquele papo de fazer castelo
É mentira, moça!
Elas vão te machucar
E vai doer, vai doer mesmo.
A pouca fé vai ser testada.
Ah... mas você vai resistir.
Olha no espelho,
Quem ta aí?
Aquela menina? Aquela mulher? Aquela guerreira?
Cheia de cicatrizes, sem grana
Pouca família, com gana.
Cheia de sonhos.
Sempre te ensinaram,
que essa vida, nada seria fácil
Só que esqueceram de te avisar, avisar pra todo mundo
QuMah Leone slam da resistência de
Sou vão
Pq te garanto q vai parecer quase oq agora pouco te parecia dor
Vagos desejos insinuam esperanças
Nossos poemas conjuram e gritam.
Quando meus pés abrandarem na marcha, por favor, não me forcem.
Temos só um jeito de nascer e muitos de morrer.
maior espetáculo do pobre da atualidade é comer.
Entre o fundo do poço e a profundidade do posso, é no silêncio do passo que eu ouço
Minha música é feitiço, manifesto, denúncia e ponte
Vermelho rosa fogo cinzas
A paz é uma senhora que nunca olhou na minha cara. Esfregar minha ferida na avenida
E eu ainda tenho que resistir
Mais informações em breve