Depoimentos

"O Programa de Recursos Humanos em Biocombustíveis desempenhou um papel crucial na minha formação como engenheiro químico, proporcionando conhecimentos aprofundados em fontes renováveis de energia. Ao combinar teoria e prática, capacitou futuros profissionais a enfrentar os desafios de transformação energética na indústria. Tenho certeza que o PRH contribuiu muito para eu atingir as conquistas profissionais que eu tenho hoje." 

"Ter sido contemplado com uma bolsa do PRH-39 Biocombustíveis durante meu período de mestrado representou um marco significativo em minha trajetória profissional. Naquela ocasião, a concessão da bolsa me possibilitou aprofundar meus conhecimentos no campo dos biocombustíveis, o que me motivou a prosseguir nessa área durante meu doutorado. Dando sequência aos passos iniciados como bolsista do PRH-39, desempenhei a função de líder de projeto no setor de Pesquisa e Desenvolvimento da Shell em Amsterdã, com foco na conversão eletrocatalítica de CO2. Atualmente, ocupo a posição de líder de equipe na FlyGAFT (Green Air Fuel Technology), empresa sediada na Holanda, cujo propósito é a produção de combustíveis renováveis para aviação, conhecidos como SAFs (Sustainable Aviation Fuels), por meio da conversão eletrocatalítica do CO2. Reconheço a importância do primeiro passo, viabilizado pelo PRH-39, para alcançar os objetivos profissionais que estabeleci ainda durante meu período de mestrado." 

"O Programa de Recursos Humanos da ANP (PRH) desempenhou um papel fundamental no meu desenvolvimento profissional durante o mestrado. Graças a ele, obtive acesso a recursos financeiros e acadêmicos essenciais para a realização da minha pesquisa. Além disso, a vinculação ao PRH também conferiu reconhecimento institucional, abrindo portas para possíveis colaborações futuras e oportunidades de carreira." 

"Tive o privilégio de integrar uma das primeiras turmas de alunos de graduação a participar do Programa de Especialização em Biocombustíveis do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de São Carlos (DEQ/UFSCar). O ano era 2011, meu último ano de graduação, e já havia me decidido por tentar o ingresso na Pós-Graduação. Desde 2009, eu já realizava Iniciação Científica em temas da área de Engenharia Bioquímica, sob orientação do Professor Alberto Colli Badino Júnior. Ciente do meu desejo pela Pós-Graduação, ele me convidou a desenvolver um projeto de pesquisa naquele último ano de curso. O projeto, intitulado “Avaliação das transferências de calor e massa na recuperação de etanol por arraste por CO2”, integrava o conjunto de vários temas de IC propostos pelos docentes do PRH-DEQ. De forma simplificada, o objetivo era avaliar se a utilização de arraste gasoso (stripping) seria capaz tanto de remover etanol, a taxas adequadas para a sua aplicação durante uma fermentação alcoólica, quanto remover calor da dorna. 

Inicialmente, utilizaríamos uma abordagem experimental para o projeto. Entretanto, ficou claro que seria possível aprofundar a pesquisa mediante aplicação dos diversos fundamentos da Engenharia Química. Para isso, houve imensa colaboração dos professores Antônio José Gonçalves da Cruz e Luiz Fernando de Moura. As diversas reuniões de discussão de resultados foram valiosas para minha formação. Além de me aprofundar nos vários assuntos relacionados ao tema do projeto (equilíbrio líquido-vapor, modelagem matemática, simulação, etc), compreendi o quão importante é o trabalho em equipe. 

Ao final da IC, propusemos uma modelagem matemática que explicasse tanto o fenômeno de remoção de etanol quanto a remoção de calor. Os resultados foram importantes a ponto de vislumbrarmos a publicação de um artigo científico. Tratava-se de um mundo ainda desconhecido para mim, um aluno de graduação, já que tive que aprender a redigir um artigo científico. Não bastasse a redação, todo o processo de revisão também representou um grande aprendizado, afinal de contas era necessário “vender o peixe” e fundamentar escolhas feitas. Apesar do desafio, obtivemos sucesso e o artigo foi aceito para publicação em um periódico de elevado impacto.

Atualmente, os professores Alberto e Antônio possuem uma linha de pesquisa relacionada a esse tema. Tenho orgulho de ter participado e de ainda colaborar com as pesquisas do grupo.

Posteriormente, desenvolvi o mestrado e o doutorado, sob orientação do professor Alberto Badino, em outro tema: o projeto de biorreatores para produção de celulases. A abordagem era a de “avaliar o biorreator como uma operação unitária”, ou seja, avaliar os fenômenos de transferência (momento, calor, massa) relacionados à operação do biorreator e tentar associá-los ao processo produtivo. Eu já possuía alguma experiência no tema hidrodinâmica de biorreatores, pois havia desenvolvido uma IC sobre o assunto. Contudo, minha formação foi complementada com a inclusão de outras abordagens como a análise de biorreatores por Fluidodinâmica Computacional (CFD). Nesse sentido, também foram fundamentais os papéis desempenhados pelos meus coorientadores: professores Marcel Otávio Cerri (mestrado) e Rodrigo Béttega (doutorado). Essa proximidade de trabalho permanece até os dias atuais, sendo que desenvolvemos pesquisas em parceria.

Outro aspecto decisivo para a minha formação foram as disciplinas ofertadas pelo PRH-DEQ. Era necessário que cada aluno cursasse uma determinada quantidade de disciplinas relacionada ao tema Biocombustíveis. Dessa forma, nos apropriamos de conhecimentos sobre os diferentes tipos e rotas de produção de biocombustíveis, além de nos aprofundarmos em conteúdos específicos, que em diversas situações se encontravam na fronteira do conhecimento. Essa formação de excelência estava alicerçada nos profissionais do DEQ. Era nítida a intimidade dos pesquisadores com os assuntos abordados.

Finalmente, o aspecto que considero mais marcante no PRH-DEQ: os eventos de integração. Havia vários deles: desde seminários com a participação dos diversos bolsistas, até encontros com a participação de pesquisadores externos ao PRH-DEQ. Tais eventos permitiram debates, trocas de experiências e conhecimentos com colegas que atuavam em temas correlatos aos biocombustíveis, mesmo que em outras áreas de Engenharia Química. Visualizar o vasto mundo dos biocombustíveis com outras lentes foi mais prazerosa com estes eventos. Nesse sentido, destaco o papel crucial dos professores José Mansur Assaf e Janaína Fernandes Gomes, coordenador e pesquisadora-visitante, respectivamente, do PRH-DEQ à época. 

Considerando esse histórico, tenho plena convicção de que participar do PRH-DEQ foi fundamental para me tornar o profissional que sou hoje. E sou extremamente grato por isso." 

"Acredito que o investimento do PRH/ANP na educação, mais especificamente, no meu desenvolvimento enquanto profissional especialista em biocombustíveis, me permitiu ter disponibilidade para me dedicar à minha pesquisa, tranquilidade ao descobrir que existiria uma taxa que me amparou no momento em que foi necessário adquirir materiais para execução do meu trabalho, me trouxe uma validação requerida pelo mercado de trabalho (certificado) e, especialmente, me proporcionou conhecimentos que poderei aplicar na atuação de um setor que encontra-se em plena ascensão não somente no Brasil, mas em todo o mundo. "