Os minicursos e oficinas são espaços de atualização e aprofundamento temático com duração de duas a quatro horas/aulas, em uma única sessão. A proposta de minicurso/oficina deverá estar inserida em pelo menos um dos Eixos Temáticos do Simpósio:
História, Estado e Políticas Afirmativas
Sociedade, desigualdades e processos educacionais
Infâncias, escola e relações étnico-raciais
Cultura, diversidade, inclusão e gênero
Juventudes, Movimentos Sociais e resistências
Comunidades Tradicionais, territorialidades e desenvolvimento social
Processos Psicossociais, racismo e Educação
Antirracismo, interseccionalidades e feminismo negro
Violências e sistemas de garantias de direitos
Políticas públicas e resistências no Brasil: saúde e educação
Contexto pandêmico, vulnerabilidades e implicações educacionais e psíquicas
Processos clínicos, diversidade e minorias
Psicologia, Educação e Relações Étnico-raciais
Formação docente, profissionalização e desigualdades
O número mínimo de participantes inscritos/as para que o minicurso ou oficina possa se efetivar será de 10 participantes. Para cada minicurso ou oficina, serão abertas até 40 vagas, de acordo com cada proposta. As vagas poderão ser ampliadas havendo comum acordo entre a Comissão Organizadora e os/as proponentes.
Cada minicurso ou oficina poderá ser ministrada por até dois/duas proponentes. Nesse caso, cada um/uma deverá fazer a inscrição individualmente na área de inscrições.
Importante!
Caso a oferta do minicurso/oficina não seja aprovada, não haverá devolução do valor referente às inscrições.
Para se inscrever nos minicurso ou oficinas propostas é necessário preencher o formulário de inscrição como ouvinte.
OFICINAS APROVADAS
Andreza Mara da Fonseca (Mestra em Educação - PUCMG)
Duração: 4h
Ementa: Associar museus (físicos e virtuais) à discussão étnico racial, aliando educação escolar e espaços não escolares e virtuais de educação e aprendizagem, pode estabelecer o diálogo necessário para potencializar a construção, reflexão e ampliação de conhecimentos, para estimular as interações proporcionadas pelo uso das TDICs por esses espaços, para a educação das relações raciais e atendendo à Lei 10.639/03 que alterou a LDBEN 9394/96.
Objetivo: Refletir e contribuir para as discussões em torno da necessidade de ações que criem sujeitos mais reflexivos em relação à sociedade e no tratamento das relações raciais, ao utilizar as Tecnologias Digitais da Comunicação e Informação (TDIC), visitas a museus físicos e virtuais na educação infantil.
Conteúdo Programático: 1) Situar discussões sobre a Educação infantil, a educação das relações étnico-raciais desde a infância, museus (físicos e virtuais) e uso das TDICs. 2) Pensar e refletir para realizar uma educação em que conhecer, escutar, garantir a voz, respeitar, valorizar os sujeitos e suas diversidades culturais, numa perspectiva mais ampla de educação, sem hierarquizar, silenciar ou inferiorizá-las e ao mesmo tempo proporcionando experiências que ampliem os repertórios culturais, oportunizando diferentes experiências nos espaços escolares e não escolares, utilizando de diversas tecnologias são demandas atuais. Essa abordagem busca situar e discutir como o acesso aos bens culturais proporcionados pela internet e as visitas aos museus físicos e virtuais com foco nas relações étnico raciais, podem contribuir para a construção de outro olhar sobre a presença do negro no Brasil e tentar diminuir as ações de discriminação e preconceito.
Metodologia: dinâmica inicial, apresentação oral, imagens e textos, dialogando com os participantes da oficina.
Referências:
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
BRASIL. Lei n. 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Diário Oficial da União, Brasília, 11 de março de 2008.
BRASIL. Lei n. 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Inclui a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira” no currículo oficial da rede de ensino. Diário Oficial da União, Brasília, 9 de janeiro de 2003. BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, MEC/SEF, 1998. In: Pedagogia ao Pé da Letra, 2013. Disponível em: https://pedagogiaaopedaletra.com/rcnei-referencial-curricular-para-educacao-infantil/ . Acesso em: 6 out. 2021.
FONSECA, Andreza Mara da. MUSEUS VIRTUAIS E INFÂNCIA: uma possibilidade para a educação das relações étnico-raciais.(TCC)Trabalho de conclusão de curso de especialização em mìdias na Educação. NEAD/Universidade Federal de São João Del Rei. São João Del Rei, 39p., 2019.(http://hdl.handle.net/123456789/382
FONSECA, A. M. da; NORONHA, V. Educação Étnico-Racial de Crianças Pequenas no “Percurso Território Negro” de Museus em Belo Horizonte. LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, [S. l.], v. 24, n. 4, p. 1–34, 2022. DOI: 10.35699/2447-6218.2021.37709. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/licere/article/view/37709. Acesso em: 13 jan.2022.
FONSECA, A.; NORONHA, V. “Aqui não tem máscaras africanas?” A educação étnico-racial em uma EMEI e a experiência com o Percurso Território Negro em museus de Belo Horizonte/MG. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISADORE(AS) NEGROS(AS), COPENE, 11., 2020, Curitiba. Anais...Curitiba: Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as), 2020. Disponível em: https://drive.google.com/drive/folders/1iQHs9gW45UBuAfmJYO4NKS608SelU1Ug. Acesso em: 13 jan. 2022.
Marta Soares da Silva (Doutoranda - UFSCar)
Tamires Fernanda Baptista Frasson (Mestranda - UFSCar)
Duração: 4h
Ementa: Quem pode falar a partir da ideia da descolonização do conhecimento, tendo como ponto de partida a poesia marginal nesse movimento contra hegemônico.
Objetivo: 1) Tecer diálogos com base na autora Grada Kilomba, no texto "Quem pode falar? Falando do centro, descolonizando o conhecimento"; 2) Refletir os processos educativos, o que é o centro e o que são as margens, tratando-se do ambiente acadêmico, das pesquisas, dos sujeitos/objetos.
Conteúdo Programático/Metodologia: 1 - Roda de conversa para breve explanação nos tópicos: subalternidade, neutralidade e imparcialidade; discursos de poder e autoridade racial; as margens e o centro; 2 - Produção de poesias individuais como movimento contra hegemônico e resistência.
Referências:
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo. Brasiliense, 2007. Coleção primeiros passos; 1. ed. 1981.
CALDAS, Edla C. R.; ONOFRE, Elenice M.C. Pesquisa decolonial e privação de liberdade: reflexões epistemológicas e metodológicas. Revista Plurais, v. 6, p. 34-48, 2021.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989.
FÉRREZ. (Org.). Literatura marginal: talentos da escrita periférica. Rio de Janeiro: Agir, 2005.
KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação: Episódios de Racismo Cotidiano. Tradução de Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
SOARES, Magda. Para quem pesquisamos? Para quem escrevemos? In: MOREIRA, Antônio Flavio; SOARES, Magda; Follari, Roberto A.; GARCIA, Regina Leite (org). Para quem pesquisamos? Para quem escrevemos? O impasse dos intelectuais. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2003, p. 71 – 96.
TADDEO, Eduardo – Facção Central. [Entrevista postada por Mandrake]. Portal RAP Nacional. 2009. Disponível em: <http://www.rapnacional.com.br/2010/index.php/entrevistas/eduardo-faccao-central/>.
VIEIRA, Alessandra Kelly. “Dá nada pra nós” (?): o real do encarceramento de adolescentes. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. 2012, 191 f.
Adriana do Carmo Corrêa Gonçalves (Doutora em Educação - UFRJ)
Erika Loureiro de Carvalho (Mestra em Educação UFRJ)
Duração: 4h
Ementa: Num país com o passado-presente racista como o Brasil, que oficialmente, nega o racismo estrutural que marca a vida do povo negro, torna-se urgente e necessária o desenvolvimento de propostas políticas, sociais e acadêmicas que assumem a luta antirracista. Neste minicurso, serão explorados aspectos conceituais e práticos relacionados aos debates e vivências de mulheres negras que materializam o conceito de interseccionalidade em seu cotidiano. Essa proposta se desenvolverá, a partir da obra da escritora negra Carolina Maria de Jesus. No Brasil que vigora o racismo estrutural, o racismo epistêmico e a anulação cultural, é urgente inserir nas atividades acadêmicas, as histórias de vida das negras de nosso tempo. Diante do desafio de tratar a assunção da mulher negra situada na interseccionalidade, o tema será explorado usando como recurso a proposta de escrevivência de Conceição Evaristo da Veiga, tendo como material base, a escrevivência de Carolina Maria de Jesus. Serão privilegiadas interações poéticas-reflexivas, ancoradas nas vivências de escrevivências das participantes.
Objetivo: Valorizar a mulher negra, pelo exercício de escrevivências, a partir de Carolina Maria de Jesus.
Conteúdo Programático: Interseccionalidade, feminismo, racismo estrutural, escrevivência.
Referências:
EVARISTO, Conceição. Becos da Memória. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2013.
JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo – diário de uma favelada. São Paulo: Francisco Alves, 2009.
AKOTIRENE. Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Polém, 2019.
MINICURSOS APROVADOS
Hemanuelle Di Lara Siqueira Jacob (Doutoranda em Educação - UFG)
Duração: 4h
Ementa: Este minicurso tem como referência o produto educacional elaborado como pré-requisito para a conclusão da dissertação de mestrado intitulada de Ensino e Identidade: um estudo sobre as mulheres negras na escola. Na ocasião foi elaborado uma sequência didática que envolvendo os temas de educação étnico racial, gênero, classe social e cultura corporal. Esta sequência didática tem como referência a proposta de Saviani (2008) que se divide em um planejamento do conteúdo organizado em cinco passos: pratica social inicial, problematização, instrumentalização, catarse e pratica social final. O objetivo desse minicurso é de incluir, acrescentar, ampliar essa discussão tão importante à sociedade de modo geral.
Objetivo: 1)Problematizar os conteúdos étnicos raciais presentes no contexto e nos conteúdos escolares; 2)Identificar elementos e mecanismos discriminatórios nos conteúdos e no contexto escolar; 3)Apresentar uma metodologia de ensino que garanta a crítica social; 4)Relacionar o debate das relações de poder com as relações raciais e de gênero na escola a partir do conteúdo programático.
Conteúdo Programático: 1)Como estruturar o conhecimento a partir dos cinco passos apresentado por Saviani; 2)O papel do esporte na consolidação do racismo; 3)A mulher negra no esporte; 4)A caracterização do debate racial na sociedade de classe.
Referências:
ALTHUSSER, L. Aparelhos Ideológicos de Estado. Tradução de Walter José Evangelista e Maria Laura Viveiros de Castro. 9ª edição, Rio de janeiro: Edições Graal Ltda, 2003.
GOELLNER. S. V. et al. Gênero e Raça: inclusão no esporte e lazer. Porto Alegre: Ministério do Esporte/Gráfica da UFRGS, 2009. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/81280
GOMES, N. L. Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Currículo sem Fronteiras, v. 12, p. 98-109, 2012. Disponível em: http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/11/curr%C3%ADculo-erela%C3%A7%C3%B5es-raciais-nilma-lino-gomes.pdf
GREGORIO, F. e MELO. B. M. Preconceito racial no esporte nacional. Esporte e Sociedade. Ano 10, n. 24, Março. 2015.
PINA, L. D. Pedagogia Histórico-crítica e transmissão do conhecimento sistematizado sobre o esporte na educação física. Motrivivência, Florianópolis, n. 31, p. 99-114, 2008. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/2175- 8042.2008n31p115
SAVIANI, D. (1992). Escola e Democracia. Campinas: Autores Associados.
SOARES, C. L. et al. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 2006.
WILLIAMS, R. Cultura e sociedade. Tradução de Leônidas H. B. Hegenberg, Octanny Silveira da Mota e Anísio Teixeira. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1969.
Andresa de Souza Ugaya (Doutora em Educação Física - Unesp)
Ayodele Floriano Silva (Mestranda em Educação - UFSCar)
Duração: 4h
Ementa: Conceitos de Literatura, literatura infantil e infanto-juvenil; Leis 10.639/08 e 11.645/08; Educação para as relações étnico-racias; Práxis pedagógica no projeto de núcleo de ensino “Qual a minha história: relações étnico-raciais na Educação Infantil”.
Objetivo: Compartilhamento de uma práxis pedagógica com a literatura infantil e a perspectiva da Educação para as relações étnico-raciais na Educação Infantil no projeto “Qual a minha história” e elaboração de reflexões críticas acerca da experiência.
Conteúdo Programático: 1)Boas-vindas; Apresentação das/dos participantes; 2)Apresentação da proposta do minicurso; 3)Conceitos de literatura, literatura infantil e infantojuvenil; 4)Leis 10.639/03 e 11.645/08; 5)Literatura infantil e infanto-juvenil e Educação para as relações étnico-raciais no campo da Educação; 6) Elementos para escolha dos livros de literatura infantil e infantojuvenil (texto verbal e não verbal; personagem; contexto e aspectos da cultura africana, afro-diaspórica e indígena; 7)Pilares da Educação Infantil; 8) Educação Infantil na Base Nacional Comum Curricular; 9)Práxis pedagógica no projeto “Qual a minha história: relações étnico-raciais na Educação Infantil”.
Referências:
ADICHIE, C. N. O perigo da história única. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
ANDRADE, I. P. Construindo a auto-estima da criança negra. In: MUNANGA, Kabengele (org.). Superando o racismo na escola. 2. ed. Brasília: MEC, 2005. p. 117-123.ARAÚJO, D. C. Meninas e meninos negros nos livros infantis contemporâneos: três tendências positivas. In: MORO, Catarina; SOUZA, Gizele de (orgs.). Educação infantil: construção de sentidos e formação. Curitiba : NEPIE/UFPR, 2018b, p. 219-241.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.
CAVALLEIRO, E. (Org.). Racismo e anti-racismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo: Selo Negro, 2001.
CUTI. Literatura negro-brasileira. São Paulo: Selo Negro, 2010.
DEBUS, E. A temática da cultura africana e afro-brasileira na literatura para crianças e jovens. São Paulo: Cortez: Centro de Ciências da Educação, 2017.
ECO, U. Sobre a literatura. Rio de Janeiro: Record, 2003.
GOUVÊA, M. C. S. de. Imagens do negro na literatura infantil brasileira: análise historiográfica. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 79–91, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022005000100006&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 19 dez. 2021.JOVINO, I. S. Literatura infanto-juvenil com personagens negros no Brasil. In. SOUZA, Florentina e LIMA, Maria Nazaré (Org). Literatura Afro-Brasileira. Centro de Estudos Afro-Orientais, Brasília: Fundação Cultural Palmares, 2006.LAJOLO, M.; ZILBERMAN, R. Literatura infantil brasileira: histórias e histórias. 6. ed. São Paulo: Ática, 2007.MULLER, M. L. R. et al. Educação e diferenças: os desafios da lei 10.639/03. Cuiabá: EdUFMT, 2009. SANTOS, A. M. Vozes e silêncios do cotidiano escolar: as relações raciais entre alunos negros e não negros. Cuiabá: EdUFMT, 2007. VALENTIM, S. S; PINHO, V. Ap; GOMES, V. L (Org.). Relações étnico-raciais, educação e produção do conhecimento: 10 anos do GT 21 da Anped. Belo Horizonte: Nandyala, 2012.
Eduardo Prachedes Queiroz (Mestre em Semiótica e Linguística Geral - USP)
Duração: 4h
Ementa: Compreensão panorâmica da Semiótica Discursiva. Apresentação dos conceitos de Temas e Figuras para a Semiótica. Análise de textos e depreensão de discursos racistas.
Objetivo: O minicurso tem como objetivo mostrar a potencialidade do ferramental teórico da Semiótica Discursiva para a análise de textos e o reconhecimento de discursos racistas, introduzindo conceitos de suma importância e demonstrando a aplicabilidade da teoria por meio de exemplos de análises.
Conteúdo Programático: 1. Apresentação panorâmica da Semiótica Discursiva: Plano de expressão, plano de conteúdo e percurso gerativo do Sentido. 2. Tema e Figura na Semiótica: explicação dos conceitos na teoria. 3. Breve análise de textos imagéticos: aplicar os conceitos aprendidos em uma breve análise de imagens para depreender o discurso racista nelas presente. 4. Análise de trechos do romance O Cortiço (1980): valendo-se principalmente dos conceitos de tema e figura, analisar excertos do romance em busca de compreender as estratégias utilizadas para caracterizar personagens negras e os seus efeitos resultantes.
Referências:
AZEVEDO, Aluísio Tancredo Gonçalves de. O Cortiço. Rio de Janeiro: Editora BestBolso, 2016.
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria do discurso: fundamentos semióticos. São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 2002.
BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria semiótica do texto. São Paulo: Editora Ática, 2011.
BATISTA, Wilson. Lenço no Pescoço. Intérprete: Sílvio Caldas. Victor, 1933.
BERTRAND, Denis. Caminhos da Semiótica Literária. Trad. Grupo CASA. Bauru, SP: Edusc, 2003.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.
FIORIN, José Luiz. Elementos de análise do discurso. 15 ed. São Paulo: Contexto, 2018.
FIORIN, José Luiz. Linguagem e Ideologia. 8. ed. São Paulo: Editora Ática, 2010.
GONZALES, Lélia. Por um Feminismo Afro-Latino-Americano: ensaios, intervenções e diálogos. Organização. Flavia Rios, Márcia Lima. 1ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.
GREIMAS, Algirdas Julien & COURTÉS, J. Dicionário de Semiótica. Tradução de Alceu Dias Lima, Diana Luz Pessoa de Barros, Eduardo Peñuela Cañizal, Edward Lopes, Ignacio Assis da Silva, Maria José Castagnetti Sombra, Tieko yamaguchi Miyazaki. São Paulo: Contexto, 2016.
KILOMBA, Grada, A Máscara. In: Memórias da plantação – Episódios de racismo cotidiano. 1. Ed. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019, p. 33-46.
MBEMBE, Achile. A Crítica da Razão Negra. Trad. Marta Langa. Lisboa: Antígona, 2014.
QUEIROZ, Eduardo Prachedes. A construção de personagens negras em O Cortiço. 2021. Dissertação (Mestrado em Semiótica e Lingüística Geral) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021. doi:10.11606/D.8.2021.tde-24082021-212225.
QUEIROZ JÚNIOR, Teófilo de. Preconceito de cor e a mulata na literatura brasileira. São Paulo: Ática, 1975.
RAMOS, Arthur. Introdução à antropologia brasileira: as culturas européias e os contactos raciais e culturais. Rio de Janeiro : Edições CEB, 1947.
SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro: as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1983.
Jaqueline Cassu Manzano (Especialista em Educação - UNICAMP)
Josiane Cristina Tripodi (Especialista em Ensino de Filosofia - UFSCar)
Duração: 4h
Ementa: A proposta do minicurso surgiu dos resultados da prática pedagógica da E. E. Prof.º Eduardo Velho Filho que está inserida nos currículos dos componentes curriculares da área de CHSA (Ciências Humanas Sociais Aplicadas), em função do distanciamento exigido em 2020 e parte dos meses de 2021, as ações do projeto foram adequadas no formato híbrido, portanto aconteceram de forma ajustada as condições impostas pela pandemia do Covid 19. Assim, a ideia do mesmo veio com o intuito de colaborar com outros profissionais da educação ou graduandos, com ações de como trabalhar a temática em torno do racismo e resistência nos espaços escolares em formato remoto, presencial ou híbrido, a partir das experiências vividas em 2020 e 2021.
Objetivo: O minicurso tem como objetivo a replicabilidade de boas práticas aos graduandos ou professores da educação básica em relação a educação para as relações étnico-raciais e descaracterizar a visão estereotipada e generalizada do continente africano, além de reforçar a Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004, que regulamentou a Lei Federal 10.639/03. Podendo ainda, esclarecer e dialogar com os conceitos do que trata a temática, como racismo estrutural, apropriação cultural, interseccionalidade, necropolítica, necropoder, supremacia racial, política de ações afirmativas e antirracismo, intercâmbio cultural, empreendedorismo negro, análise de dados estatísticos da população negra, dentre outros.
Conteúdo Programático: Propor um projeto que possa oportunizar e garantir o espaço, mesmo que em formato híbrido, para o debate e reflexão quanto aos desdobramentos pertinentes ao tema, fomentando, na comunidade escolar ― sobretudo nos jovens negros ― a busca pela ressignificação de suas próprias histórias, partindo do pressuposto de que o resgate histórico é peça fundamental na afirmação identitária. Por fim, os docentes, sobretudo os da área de ciências humanas, possam reafirmam que a educação das relações étnico-raciais e a educação antirracismo são pautas que devem estar inclusas durante todo o ano letivo, não se restringindo apenas ao mês/semana/dia da Consciência Negra.
Referências:
ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo Estrutural. São Paulo: Editora Jandaíra, 2020;
JESUS, Maria Carolina de Jesus. Quarto de Despelo, diário de uma favelada. São Paulo: Editora Ática, 2019;
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação, episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2021;
MOSÉ, Viviane. A escola e os desafios contemporâneos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014;
MUNANGA, Kabelenge. Negritude: uso e sentidos. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2020;
RIBEIRO, Djamila. Lugar de Fala. São Paulo: Pólen, 2019;
RIBEIRO, Djamila. Pequeno Manual Antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 201;
WILLIAM, Rodney. Apropriação cultural. São Paulo: Pólen, 2019.
Leihge Roselle Rondon Pereira (Doutoranda em Educação - UFMT)
Duração: 4h
Ementa: Aspectos históricos sobre os estereótipos de gênero nas ciências exatas; estudos que relacionam gênero e as características cognitivas, de habilidades ou sociais; estudos frente aos desafios vivenciados pelas estudantes das áreas de exatas; interseccionalidade entre tecnologia, gênero e raça; conceitos sobre a materialização tecnológica; processos relacionais que influenciam a permanência universitária das mulheres nos cursos de exatas; a importância da presença feminina nos cursos da área STEM.
Objetivo: O objetivo do minicurso é compartilhar conhecimentos sobre os aspectos psicossociais que influenciam as barreiras para a permanências das mulheres nos cursos de graduação da área STEM, bem como apresentar as estratégias relacionais que possam contribuir com a mudança do cenário educacional, que atualmente indique a baixa presença das mulheres nos cursos de ciências exatas..
Conteúdo Programático: 1- Preocupações que orientam nossas ações; 2- Desafios para as estudantes - tecnologia, gênero e raça; 3- Tecnologia é neutra? Aspectos psicossociais na materialização tecnológica; 4- Estratégias de apoio relacional para a permanência universitária; 5- A importância das lentes de gênero.
Referências:
GAETE, R.; ÁLVAREZ, J.; RAMÍREZ, M. Reflexiones y experiencias de profesoras-investigadoras mexicanas sobre eltecho de cristal. Calidad en la educación. v. 50, p. 457-491, 2019. Disponível em: http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0718-45652019000100457 &lang=pt
LOBO, M. M. de O.; RIBEIRO, K. da S. F. M.; MACIEL, C. Mulheres Negras na Computação e Tecnologias: autoafirmação identitária e resistência. LAWCC 2018. 2018. Disponível em: http://cleilaclo2018.mackenzie.br/docs/LAWCC/188151.pdf
MENEZES, S. K. O.; SANTOS, M. D. F. Gender in Computer Education in Brazil and the Entry of Girls into the Area: A Systematic Review of Literature. Brazilian Journal of Computers in Education - RBIE, v. 29, p. 456-484, 2021. Doi: 10.5753/RBIE.2021.29.0.456.
SHARKAWY, A. Envisioning a career in science, technology, engineering and mathematics: some challenges and possibilities. Cult Stud of Sci Educ. 2015. Doi: 10.1007/s11422-013-9557-9.
STOUT, J. G.; DASGUPTA, N.; HUNSINGER, M.; MCMANUS, M. A. STEMing the tide: Using ingroup experts to inoculate women's self-concept in science, technology, engineering, and mathematics (STEM). Journal of Personality and Social Psychology, v. 100, n. 2, p. 255–270, 2011. Doi: https://doi.org/10.1037/a0021385
Olívia Chaves de Oliveira (Pós-doutoranda - UFMS)
Carina Elisabeth Maciel (Doutora em Educação - UFMS)
Duração: 4h
Ementa: Estabelecer conceitos, políticas e a relação entre educação rural, educação do campo e comunidades quilombolas. Apresentar dados e análises sobre o acesso de estudantes quilombolas na educação superior, tendo a democratização desse nível de educação como eixo articulador.
Objetivo: Apresentar em minicurso de 4 horas de duração em seção única, conceitos e dados de pesquisa teórica de pós-doutoramento em educação, sobre o acesso de estudantes quilombolas na educação superior que, permitam iniciar uma discussão e aprofundar a temática de modo a propiciar uma visão geral sobre o assunto, contribuir para a formação de professores e estimular pesquisas futuras.
Conteúdo Programático: Educação rural e educação do campo: conceitos, histórico, características (30 min). Comunidades quilombolas no Brasil: características, conceito, legislação (40 min). Educação do campo: legislação, dados estatísticos, principais características (40 min). Intervalo (10 min). Estudantes quilombolas na educação superior: acesso, perfil socioeconômico, permanência, desafios (40 min). Política de acesso e de permanência na educação superior (30 min). Debate (40 min)..
Referências:
ANTONIO, C. A.; LUCINI, M. Ensinar e aprender na educação do campo: processos históricos e pedagógicos em relação. Cadernos CEDES, Campinas, v. 27, n. 72, maio/ago, 2007.
ARRUTI, J. M. Políticas públicas para quilombos: terra, saúde e educação. In: PAULA, M. de; HERINGER, R. Caminhos Convergentes: estado, sociedade na superação das desigualdades raciais no Brasil. Heinrich Boll Stiftung; Actionaid. 2009.
Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES). Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (FONAPRACE). V Pesquisa do Perfil Socioeconômico e Cultural do Estudante de Graduação das IFES Brasileiras. Uberlândia, MG. 2019. Disponível em: http://www.andifes.org.br/wp-content/uploads/2019/05/V-Pesquisa-doPerfilSocioeconômico-dos-Estudantes-de-Graduação-das-Universidades-Federais-1.pdf Acesso em: 05/02/2019.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. SP: Editora Revista dos Tribunais. 1988.
______. Decreto nº 4.887 de 20 de novembro de 2003. Regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil: seção 1, Brasília, DF, p. 4, 21 Nov, 2003.
______. Decreto nº 7. 234 de 19 de julho de 2010. Dispõe sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil – PNAES. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil: seção 1, Brasília, DF, p. 5, 20 Jul, 2010.
Jairo Barbosa Moreira (Mestre em Educação - UFG)
Pollyanna Rosa Ribeiro (Mestre em Educação - UFG)
Duração: 4h
Ementa: Conceituação de literatura social e decolonial. Biografias de Carolina Maria de Jesus e Itamar Vieira Junior e contextos históricos das obras Torto Arado (2019) e Diário de Bitita (1986). Narrador, criação literária e leitor. Contribuições de Paulo Freire (2005, 2022), Benjamin (1994), Bondía (2002), Oliveira (2021) e Rancière (2007) na leitura dessas obras formativas que instrumentalizam para a luta social, conscientização e emancipação.
Objetivo: Debater a literatura decolonial, a partir das especificidades e das confluências entre as obras destacadas, com realce à criação literária constituída pela luta social, a conscientização e o desmascaramento da estrutura excludente e racista em que estamos imersos.
Conteúdo Programático: Repertório literário; Concepção de literatura como direito social; Interlocução entre as obras destacadas: contexto histórico da obra, autores; e a voz do narrador; leitura de mundo e leitura da palavra; luta social e contraposição à opressão, conscientização e emancipação.
Referências:
BARROS, José D’Assunção. História e literatura: novas relações para os novos tempos. Contemporâneos-Revista de Artes e Humanidades, Santo André, n. 6, maio/out. 2010. Disponível em: https://www.revistacontemporaneos.com.br/n6/dossie2_historia.pdf. Acesso em: 5 nov. 2021.
BENJAMIN, Walter. 1994. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: Obras Escolhidas: magia, técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense.
BONDÍA, Jorge Larossa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. Jan/Fev/Mar/Abril, nº 19. 2002.
CANDIDO, A. O direito à literatura. In: ______. Vários Escritos. 5. ed. Rio de Janeiro: Ed. Ouro sobre Azul, 2011. p. 171-193. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3327587/mod_resource/content/1/Candido%20 O %20Direito%20%C3%A0%20Literatura.pdf. Acesso em: 5 nov. 2021.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 39. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
JESUS, Carolina Maria de. Diário de Bitita. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. Disponível em: https://www.academia.edu/37005773/Di%C3%A1rio_de_Bitita_Carolina_Maria_de_Jesus. Acesso em: 5 nov. 2021.
LOPES, Eliane Marta Teixeira. História da Educação e Literatura: algumas ideias e notas. Revista Educação, Santa Maria, v. 30, n. 2, jul./dez. 2005. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/3744/2148. Acesso em: 5 nov. 2021.
OLIVEIRA, Maria Aparecida Cruz de. Representações decoloniais: as meninas negras no romance afro-brasileiro contemporâneo. 2019. 178 f. Tese (Doutorado em Literatura) – Instituto de Letras, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2019. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/35725. Acesso em: 5 nov. 2021.
RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
Renan Mota Silva (Mestre em Educação - UFRRJ)
Duração: 4h
Ementa: O mini-curso “Educação e Decolonialidade: perspectivas em comunidades tradicionais” tem como objetivo a introdução aos principais conceitos de autoras e autores do Grupo Modernidade-Colonialidade (M/C) via epistemologia decolonial emancipatória. Buscar-se-á uma aproximação com a realidade sociocultural brasileira, através de caminhos suleadores para o combate à “castração cultural". Indubitavelmente, os estudos via epistemologias decoloniais emancipatórias são formas de enfrentamentos na busca de conhecimentos-outros (WALSH, 2006) com novas maneiras de ver e estar em sociedade. Pensa-se que é muito relevante trazer novas formas de reintrerpretação dos conhecimentos eurocentrados, uma vez que, vencer esse silenciamento de histórias subalternizadas e invisibilizadas dos povos originários e dos povos das comunidades tradicionais, implica em construir um espaço de discussão que questione os valores da Modernidade. A luta para construir um conhecimento outro, de forma a valorizar todas as formas de produção de conhecimentos, vêm da incessante luta contra o poderio do colonialismo. Haja vista, é perceptível que a maioria dos conteúdos que compõem as grades curriculares de nossas escolas, são em sua maioria eurocêntricos. Assim, a interculturalidade crítica será demonstrada como um instrumento de grande relevância para a construção do conhecimento crítico e autônomo em relação à preservação dos costumes e da herança cultural. Ela deve propiciar ações colaborativas no sentido de firmar o respeito e o reconhecimento à diversidade cultural que existe nas comunidades nativas e afrodescendentes (BRASIL, 2011). No decorrer dos diálogos e discussões, serão apresentadas possibilidades em confluência com autoras e autores decoloniais, com vistas ao atual cenário político.
Objetivo: I) Reaproximar professorxs, pesquisadorxs, estudantxs e demais interessados em torno da temática decolonial com vistas à educação; II) Socializar sobre a Lei Federal n.º 10.639/03 como mecanismo de enfrentamento á colonialidade em espaços escolares; III) Socializar os resultados de estudos desenvolvidos pelo Grupo Mornidade Colonialidade (GED/UFRRJ) e da pesquisa desenvolvida na Comunidade Quilombola da Restinga da Ilha da Marambaia-RJ, oportunizando aos pesquisadores um espaço de fala para exporem seus seus dilemas, dificuldades e estratégias no enfrentamento de questões eurocentradas.
Conteúdo Programático: Para tanto, o corpus de entendimento será baseado nos autores referenciados do Grupo Modernidade Colonialidade: Aníbal Quijano, Boaventura de Sousa Santos, Catherine Walsh, Edgardo Lander, Ramón Grosfoguel e Walter Mignolo, e nas contribuições de Antunes (2014); Arroyo (2011); Bahia (2017); Coelho (2021); Freire (2011); Gomes (2007); Loureiro (2005); Silva (2021), Yabetá (2009), entre outros autores enquanto aporte teórico. Ademais também nas legislações que versam sobre a temática antirracista.
Referências:
BALLESTRIN, Luciana. (2013). América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, n.º 11, Brasília, maio - agosto, pp. 89-117. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbcpol/a/DxkN3kQ3XdYYPbwwXH55jhv/?lang=pt#>. Acesso em 03 de Março de 2020.
BRASIL. 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afrobrasileira”, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/ l10.639.htm>. Acesso em 10 de Novembro de 2020.
______. Ministério de Educação e Cultura. Lei n.º 11.645/08, de 10 de marco de 2008. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm>. Acesso em 15 de Outubro de 2019.
COELHO, B. W. de N.; Evangelista Regis, K.; & Farias da Silva, C. A. (2021). O lugar da Educação das Relações Étnico-Raciais nos Projetos Político-Pedagógicos de duas escolas paraenses. Revista Exitus, 11(1), e020129. Disponível em <https://doi.org/10.24065/2237- 9460.2021v11n1ID1533>. Acesso em 17 de Junho de 2021.
______. Formação de professores e relações étnico-raciais (2003-2014): produção em teses, dissertações e artigos. Educar em Revista, Curitiba, v. 34, n.º 69, p. 97-122, mai/jun. 2018. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/57233>. Acesso em 21 de Junho de 2021.
DAMASCENA, Quecia Silva et al. Identidade Negra, Educação e Silenciamento: o olhar pedagógico para a aplicação da Lei Federal n.º 10.639/03. Revista Teias, Rio de Janeiro-RJ, v. 19, n.º 53, p. 6-19, 20 jun. 2018. Universidade de Estado do Rio de Janeiro. Disponível em: <https://doi.org/10.12957/teias.2018.29313>. Acesso em 07 de Janeiro de 2021.
DUSSEL, Enrique. El encubrimiento del otro. Hacia El origendel “mito de la Modernidad”. Conferencias de Frankfurt, Octubre 1992. Colección Academia n.º 1 Plural editores - Faculdade de Humanidades y Ciencias de La Educación - UMSA: La Paz, 1994.
______. Ética da Libertação na idade da globalização e da exclusão. 3.ª ed. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
______. Europa, modernidade e eurocentrismo. In: LANDER, Edgardo (Org.) A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas, p. 55-70. Buenos Aires: Clacso, 2005.
______. Filosofia da Libertação na América Latina. Tradução de Luiz João Gaio. São Paulo: Loyola.
FANON, F. Os Condenados da Terra. 2.ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.
FREIRE, G. Casa Grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 4.ª ed. São Paulo: Global, 2003.
FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1967.
______. Pedagogia do oprimido. 44.ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: Uma breve discussão. Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal n.º 10.639/03 / Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
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SANTOS, B. S. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. São Paulo: Cortez, 2008.
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SILVA, Renan Mota. Comunidade Quilombola da Ilha da Marambaia/RJ: Educação, Ancestralidade e Decolonialidade. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pósgraduação em Educação Agrícola, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, p. 160. 2021.
WALSH, C. Estudios (inter)culturales en clave de-colonial. Revista Tábula Rasa, n.º 12, p. 209-227, jan/jun. 2010. Disponível em: <951.pdf (semead.com.br)>. Acesso em 09 de Janeiro de 2020.
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______. Interculturalidade crítica e pedagogia Decolonial: in-surgir, re-existir e re-viver. In: CANDAU, Vera (Org.). Educação Intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 07 Letras, 2009.
______. Lo pedagógico y lo decolonial. Entrejiendo caminos. In: WALSH, Catherine. Pedagogías Decoloniales: Prácticas insurgentes de resistir, (re)existir, y (re)vivir. Tomo I. Quito, Ecuador: Ediciones Abya-Yala, 2013. p. 553.
Geovana Reis (Doutora em Educação - UFG)
José Elias Domingos Costa Marques (Doutor em Sociologia - IFG)
Renato Gomes Vieira (Doutor em Sociologia - UFG/IFG)
Duração: 4h
Ementa: História do currículo e sua função de regulador das atividades escolares. A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) como forma de currículo prescritivo, fechado e detalhista. Discussão de pontos importantes da BNCC para a Educação Básica. BNCC e seus vínculos com o pensamento neoliberal e conservador.
Objetivo: 1. Compreender o capitalismo na sua fase atual neoliberal. 2. Refletir sobre a história do currículo. 3. Entender a BNCC como reguladora da Educação Básica.
Conteúdo Programático: 1. Capitalismo neoliberal 2. História do currículo 3. A construção da BNCC 4. BNCC para o ensino fundamental 5. BNCC e reforma do ensino médio. 6. BNCC e o futuro da educação básica.
Referências:
ALVES, Giovanni. Trabalho e subjetividade. São Paulo: Boitempo, 2011.
ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho. São Paulo: Boitempo, 1999.
APPLE, Michael. Ideologia e currículo. São Paulo: Brasiliense, 1982.
______________. Política cultural e educação. São Paulo: Cortez, 2000.
______________. Educando à direita: mercados, padrões, Deus e desigualdade. São Paulo: Cortez/Instituto Paulo Freire, 2003.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. (Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental).
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base (terceira versão). Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2017.
CASSIO, Fernando. Existe vida fora da BNCC? In: CASSIO, Fernando; Jr. CATELLI, Roberto. Educação é a base? 23 educadores discutem a BNCC. São Paulo: Ação Educativa, 2019.
DOURADO, Luiz; SIQUEIRA, Romilson. A arte do disfarce: BNCC como gestão e regulação do currículo. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação – RBPAE – v. 35, n. 2, p. 291 - 306, mai./ago. 2019.
DOURADO, Luiz Fernandes; OLIVEIRA, João Ferreira. Base nacional comum curricular (BNCC) e os impactos nas políticas de regulação e avaliação da educação superior. In: AGUIAR, Ângela e DOURADO, Luiz (orgs.). A BNCC na contramão do PNE 2014-2024: avaliação e perspectivas [Livro Eletrônico]. Recife: ANPAE, 2018.
ENGUITA, Mariano. A face oculta da escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.
FREITAS, Luiz Carlos. A reforma empresarial da educação: nova direita, velhas ideias. São Paulo: Expressão Popular, 2018.
HELOANI, Roberto. Gestão e organização do capitalismo globalizado. São Paulo: Atlas, 2003.
HYPOLITO, Álvaro. BNCC, agenda global e formação docente. In: Revista Retratos da Escola. Brasília, v. 13, n. 25, p. 33-37, jan./mai. 2019.
LAVAL, Christian. A Escola não é uma empresa. O neoliberalismo em ataque ao ensino público. Londrina: Editora Planta, 2004.
RAVITCH, Diane. Vida e morte do grande sistema escolar americano. Porto Alegre: Sulina, 2011.
PARASKEVA, João. Ideologia, cultura e currículo. Lisboa: Plátano Editora, 2007.
SACRISTÁN, José Gimeno. Currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre: Artmed. 2000.
REIS, Geovana; LOPES, Gustavo de Faria: MARQUES, José Elias Domingos Costa; VIEIRA, Renato Gomes. Para tempos neoliberais, uma base curricular para o mercado. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n. 12, p. 115482-115493, dec. 2021
SAVIANI, Demerval. Educação escolar, currículo e sociedade. Movimento - Revista de Educação, Niterói, n. 4, p. 54-84, 2016.
SENNET, Richard. A cultura do novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2006.
As propostas deverão indicar:
Título
Nome (s), titulação, vínculo institucional; endereço, telefone e e-mail para contato do(s)/da (s) proponente(s);
Ementa do minicurso ou oficina;
Objetivo;
Conteúdo Programático;
Referências.