HOMENAGEADO

Carlos Alberto Faraco, um dos linguistas mais importantes do Paraná e do Brasil, é Professor titular aposentado da Universidade Federal do Paraná e encontra-se vinculado ao Grupo de Pesquisa HGEL - Historiografia, Gramática e Ensino de Línguas (UFPB/CNPq).

Sua colaboração atuante na área de Linguística, com ênfase em linguística aplicada, propicia o desenvolvimento de pesquisas em diversas áreas. Seus trabalhos englobam principalmente os seguintes temas: história do pensamento linguístico; Bakhtin, discurso e dialogismo; ensino de português.

Em seu extenso e qualificado Currículo Lattes constam mais de 25 livros publicados ou organizados, em coautoria ou não com outros relevantes pesquisadores brasileiros.

Dentre suas obras, podemos citar Para Conhecer Norma Linguística (2017), História Sociopolítica da Língua Portuguesa (2016) e Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino (2015).

Há ainda dezenas de capítulos de livros e de artigos publicados em renomadas revistas científicas.

Isso só para ficar em algumas de suas produções...

Sua formação se iniciou com a graduação em Letras Português/Inglês pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1972).

Em seguida, obteve título de mestre em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (1978) e, depois, de doutorado em Linguística pela University of Salford (1982).

Fez pós-doutorado em Linguística na University of California (1995-96).

No livro Conversas com Linguistas, organizado por Xavier e Cortez (2003), é possível conhecer, de forma direta, um pouco mais sobre o seu pensamento. Questionado sobre o que seria a Língua, o objeto de estudo da Linguística, Faraco afirma:

"[...] costumo dizer aos alunos que nosso objeto de estudo é uma complexa realidade semiótica estruturada sim, mas necessariamente aberta, fluida, cheia de indeterminações, de polissemias, porque é atravessada justamente por nossa condição de seres humanos" (p. 64).

Em sua concepção, "[...] a linguagem e as línguas são efetivos sine qua non da vida social, do funcionamento da sociedade humana" (p. 65), sustentando uma perspectiva que "[...] defende uma inter-relação forte entre essas três realidades, entre a língua, pensamento e cultura" (p. 65).

Para ele, a Linguística apresenta um potencial para colaborar com a Educação, entrando "[...] como uma espécie de mediadora, como partícipe de uma mediação entre problemas que a prática educacional apresenta, e a criação, a proposta de alternativas para esses problemas" (p. 68).


E é este grande pesquisador, docente e homem que, com muita alegria, homenageamos na presente edição do SIMVALE.